REPRESENTAÇÃO
SOCIAL DO AMBIENTE EM ESPAÇOS DE EXCLUSÃO SOCIAL: ESTUDO DE CASO COM MORADORES
DO FERRADURA MIRIM, NO MUNICÍPIO DE BAURU.
Cássia Maria da Silva Rodrigues
Orientadora:
Mestre Juliana Sakoda Telles Chinaglia
FESL-
Faculdade de Educação São Luís
Pós-Graduação
Lato Sensu em Educação Ambiental
e
Desenvolvimento Sustentável
Jaboticabal
– SP
Palavras-chave:
educação ambiental, representação social, assentamento subnormal.
E-mail
para contato: kyrodrigues@gmail.com
Com a
presente pesquisa, buscamos incluir no debate a necessidade de intervenções de
educação ambiental em espaços não formais, como forma de conscientização
dos moradores dessas áreas em relação a problemas sócio-ambientais.
Nossa
reflexão foi orientada a partir da problemática dos moradores do assentamento
subnormal conhecido como Ferradura Mirim, do município de Bauru, tendo como
referencial um diálogo dialético entre a apropriação dos temas ligados ao
ambiente pelo grupo mencionado e os conceitos de representação social.
A
revisão de bibliografia procurou primeiramente refletir sobre a conceituação
científica de meio ambiente, bem como a concepção assimilada pelo senso
comum. A seguir apresentamos uma breve discussão entre os conceitos de educação
ambiental formulados por alguns autores nacionais, aproximando-nos da proposta
de educação ambiental crítica. Por fim, discutimos o conceito de representação
social identificando-a como instrumento de diálogo entre teoria e a realidade
da vivência dos sujeitos.
Metodologia
Propusemos uma abordagem teórico-metodológica
dialética que identificou as representações de ambiente dos moradores do
assentamento subnormal Ferradura Mirim. Para tal, adotamos a pesquisa
qualitativa, que permite uma profundidade não alcançada pela análise
estritamente estatística. O instrumento de coleta de dados escolhido foi a
realização de entrevistas.
O
resultado da pesquisa mostrou que embora a maioria dos entrevistados não
relacionem seus problemas cotidianos à questão ambiental, os riscos ambientais
estão presentes entre os moradores do Ferradura Mirim. Diante
do quadro crônico da população residente em áreas de assentamentos
subnormais e da presença comum de elementos que favorecem a degradação
ambiental, compreendemos que a educação ambiental deve ser utilizada como
instrumento que estimule a atuação crítica das pessoas sobre seu meio.
Referências
GONÇALVES, C. W. P. Os
(des)caminhos do meio ambiente. 12. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
LOUREIRO, C.
F. B. Educação
ambiental transformadora.
In:
LAYRARGUES, P. P.(org). Identidades
da educação
ambiental brasileira. 1. ed. Brasília: MMA. Diretoria de Educação
Ambiental, 2004. p. 65-84.
SAVIANI, D. Educação:
do senso comum à consciência filosófica. 9. ed. São Paulo: Cortez. 1989.