CONSUMIR
SIM, CONSUMISMO NÃO!
Fofonka, Luciana
Lufofonka_uab@yahoo.com.br
O Natal está chegando e a figura do Papai Noel e toda campanha de
marketing que o acompanha, passam a mensagem de que para comemorar essa data é
preciso gastar. Mas esse consumismo não é uma tradição de origem Natalina,
foi criada, e continua cada vez mais imposta pelos empresários com objetivo de
aumentarem suas vendas. Se pararmos para pensar, o Natal representa o nascimento
de Jesus, mas na verdade ele é o menos lembrado por muitas pessoas. Estamos
esquecendo o sentido real do Natal!
O consumismo que aumenta nas Festas
Natalinas e de final de Ano, contribui para impactos negativos sobre a natureza.
Isso porque os produtos que adquirimos utilizam recursos naturais e depois de
usados resultam ainda em desperdícios. Vejamos o
exemplo da confecção de uma camiseta. Segundo Mídia Independente (2008) para
produzir esta camiseta, foi necessário ocupar uma área de 5 metros quadrados
de terra fértil que poderia ter sido usado na produção de alimentos, área
que precisou ser aguada e pelo fato do algodão ser uma planta frágil precisa
de muito pesticida, consumindo, as lavouras de algodão, 10% da produção de
pesticida, pesticidas que alteram o ecossistema da região, contaminam o solo e
o ar, até que uma chuva os levem para o lençol d'água mais próximo.
Mas não para por aí, este
algodão tem que ser colhido e beneficiado, por máquinas grandes que consomem
combustível/energia elétrica e também tiveram que passar por um longo
processo de produção. Depois o tecido tem que ser tingido, com substâncias
classificadas como perigosas pelo governo, cujos resíduos também vão parar
nos rios. Daí ela é transportado para a loja, por um veículo, que também foi
produzido, e queima um recurso importante e não-renovável como o petróleo,
produzindo CO2 que provoca aquecimento do planeta e conseqüentemente dos mares,
matando os fitoplanctons, sensíveis ao calor e maiores reguladores do oxigênio
do planeta (os mares são maiores do que qualquer Floresta Amazônica), e também
os maiores produtores dos gases que provocam a formação de nuvens. Para
acompanhar uma sacolinha, que também teve um processo de produção. Tudo isso
para apenas uma camiseta (Mídia Independente, 2008).
Esse cenário alerta para a importância de revermos nossos conceitos,
refletindo sobre essas datas e buscando um consumo responsável. Pequenos gestos
fazem a diferença na hora de contribuir para a qualidade sócio-ambiental de
nosso planeta. Que tal aderir a algumas dessas dicas?? (QUERCUSPORTO, 2008)?
§
Faça sempre uma lista do que realmente necessita para não
comprar por impulso;
§
Prefira artigos reutilizáveis;
§
Evite comprar produtos embalados e sempre que possível
compre avulso fruta, legumes,... Exatamente a quantidade que pretende;
§
Prefira produtos com o rótulo ecológico;
§
Aproveite o papel de embrulho, laços para outras ocasiões;
§
Tenha o cuidado de adquirir artigos que geram menos resíduos.
§
Nas lojas que permitem levar os próprios frascos ou caixas
e assim evitar completamente as embalagens de transporte;
§
Consuma alimentos provenientes de agricultura biológica,
que é melhor para a saúde e de quem cultiva, para a saúde do planeta e ainda
é uma prova de respeito pelas gerações futuras;
§
Quando for às compras levar um saco de pano, sacola ou
sacos de plástico que já tinha em casa;
§
Procure sempre saber como são elaborados os produtos que irá
comprar e que impactos ambientais ou sociais eles causam;
§
Compre em lojas de “Comércio Justo” produtos como o café,
cacau e chás... Garantem que os produtores dos países menos desenvolvidos
sejam tratados com respeito e justiça e, além disso, também são, freqüententemente,
biológicos;
§
Ao comprar eletrodomésticos fique atento ao rótulo energético
europeu. Este rótulo mostra a eficiência energética do aparelho, usando
letras de A (mais eficiente, menos consumo) a G (menos eficiente, mais consumo).
Os de categoria A podem ser, por vezes, mais caros, mas em médio prazo o acréscimo
é compensado pela poupança energética.
§
Quando comprar móveis verificar se a madeira utilizada é
de origem legal e se possui certificação ambiental;
§
Se comprar animais ou plantas certifique-se que
o vendedor tem os documentos comprovativos da legalidade da sua proveniência.
Caso não tenha, denuncie às autoridades (SOS Ambiente – 808 200 520 ).
§
Nunca compre animais e plantas exóticos em vias de extinção.
Se
conseguirmos fazer algumas destas sugestões já estaremos abrindo um caminho em
prol da conservação dos nossos recursos naturais. Cada um fazendo a sua parte
no individual e coletivamente, com ações locais e globais. Além disso
aproveite para resgatar o verdadeiro sentido do Natal, presenteando as pessoas
com bondade, fraternidade, amor, caridade, humildade, apoio, esperança, paciência...
Sentimentos nobres e muitas vezes raros, que são essenciais para vivermos em
paz e felizes.
E
não esqueça:
“Consumir
sim, consumismo não!”?
Referências
Bibliográficas
Disponível
em: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2001/12/13311.shtml
Acesso
em 29 de novembro de 2008.
Disponível
em: http://www.quercusporto.org/consumo.html
Acesso
em 29 de novembro de 2008.