COPA CLIMÁTICA 2025: AS PROPOSTAS DOS ESTUDANTES LATINO-AMERICANOS QUE SE DESTACARAM DIANTE DA CRISE CLIMÁTICA
23 agosto, 2025
No passado dia 22 de agosto, professores e estudantes de toda a América Latina se reuniram em Buenos Aires com um objetivo claro: apresentar seus projetos na final da segunda edição da Copa Climática 2025.
O grande desafio que enfrentam agora é tornar essas ideias realidade e implementá-las em cada uma de suas cidades. Aqui contamos todos os detalhes!
A Copa Climática 2025, a segunda edição do desafio socioambiental impulsionado pela Eco House Global, alcançou sua fase decisiva. Após meses de intensa capacitação, jogos e trabalho em equipe, em 22 de agosto foi definida a grande final que busca mudar o rumo de estudantes e professores de toda a América Latina.
A Copa Climática é mais do que um simples evento educativo; consolidou-se como um espaço de formação, cooperação e protagonismo juvenil. Nesta edição de 2025, foi alcançada uma convocatória de jovens sem precedentes: mais de 2.300 pessoas se inscreveram e competiram 300 equipes de diversos países da América Latina, incluindo Equador, Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Chile, Honduras, Panamá, El Salvador e Peru.
Dessas 300 equipes, apenas 4 projetos avançaram para a etapa final, que foi realizada no campus da UdeSA (Universidade de San Andrés, Buenos Aires) na sexta-feira, 22 de agosto, às 10:30 da manhã. A esperada decisão foi tomada por um júri de grande reconhecimento regional, composto por representantes do PNUD América Latina e Caribe, UNICEF Regional, a Rede Universitária pela Crise Climática (RUCC) e a Universidade de San Andrés.
Os projetos finalistas: desde reflorestamento e gestão de resíduos até resiliência urbana
Os projetos selecionados representaram soluções concretas para reduzir as emissões poluentes em suas comunidades. As propostas focaram em reflorestamento, no gerenciamento de resíduos e na resiliência urbana, todas com um objetivo compartilhado: motivar mais pessoas a agir diante da crise climática e construir comunidades mais sustentáveis.
Echar Raíces (Buenos Aires, Argentina) É um projeto de mitigação baseado no reflorestamento escolar. Impulsionado pela escola Bede’s Grammar School, promove o plantio de espécies nativas na escola com a visão de se expandir e replicar em outras instituições. A atividade tem os próprios estudantes como protagonistas, permitindo-lhes aprender e conscientizar-se sobre a importância da preservação ambiental.
Revive La Quebrada (Pichincga, Equador) O projeto “Revive La Quebrada”, uma iniciativa da Unidade Educacional Ángel Polibio Chaves, visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa através do correto gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. O objetivo da iniciativa é recuperar a quebrada de Tingo em 60%.
Eichhirnia Sostenible (Bogotá, Colômbia) Este projeto da Escola Gimnasio Kaiporé tem como objetivo normalizar o uso de biofiltração à base de plantas macrófitas. Propõe uma solução focada na comunidade local próxima aos brejos, especificamente o brejo de Córdoba. A proposta ataca um problema existente e é um projeto 100% voltado para mitigar impactos ambientais.
Ecolab (Córdoba, Argentina) Do Ecolab, abordam a problemática climática derivada da má gestão de resíduos. “Coletamos óleo de cozinha usado e o reciclamos para produzir sabonetes e velas artesanais“, explicaram os membros da Escola Experimental Proa Laboulaye. A partir do projeto, formaram uma cooperativa escolar e estabeleceram acordos com instituições locais para gerar consciência ambiental, reduzir a contaminação e criar fontes genuínas de trabalho.
Reconhecimento para as equipes finalistas
A equipe vencedora receberá capacitações e um acompanhamento personalizado para expandir sua iniciativa e alcançar um impacto real em sua comunidade, além de oportunidades para apresentar seu projeto em eventos e obter visibilidade na mídia.
Em setembro, as equipes semifinalistas terão acesso a um programa de capacitações e mentoria —com temas que vão desde gestão de projetos e orçamentos sustentáveis até implementação e acompanhamento— para fortalecer suas soluções, graças ao apoio da EY GDS Argentina.
Além disso, na UdeSA não apenas ocorreu a final da copa: a Universidade concederá bolsas parciais às equipes vencedoras como um impulso adicional para sua formação acadêmica. Por sua vez, a Digital House complementa o reconhecimento com a oferta de membros gratuitos por um ano em temas-chave de gestão de projetos.
Como parte da experiência educativa, os finalistas se prepararam para a grande final no Dazzler by Wyndham, outro dos patrocinadores que ofereceu hospedagem às equipes latino-americanas. A esta proposta juntou-se o Starbucks Argentina, que mimou cada finalista acompanhando professores e estudantes com um almoço.