A CONSTRUÇÃO CIVIL E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS: UMA ANÁLISE SOBRE A POSSIBILIDADE DO USO DE TIJOLOS ECOLÓGICOS PARA REDUÇÃO DA PRODUÇÃO DE RESÍDUOS



Aline Antonia Castro1*, Andressa Quimquim Samuel2; Gabriel Braun Kepp2; Juliana Freitas Santos2; Karina Raasch Jacobsen2; Luana Laurett Groner2



1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. Coordenadoria do Curso Técnico em Edificações. Campus Nova Venécia. Nova Venécia – ES. Brasil (CEP 29850-000). *E-mail: alinecastro@ifes.edu.br

2Curso Técnico em Edificações. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. Campus Nova Venécia. Nova Venécia – ES. Brasil (CEP 29850-000).



RESUMO

A sustentabilidade é um tema que vem sendo incessantemente discutido pela sociedade e pelo Estado ao longo dos anos, devido aos inúmeros problemas gerados ao meio ambiente através da intervenção humana. A construção civil não escapa dessa discussão, pois, de acordo com INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA, 2012), o Brasil gera 31 milhões de toneladas de resíduos de construção civil anualmente. Sendo assim, tornou-se fundamental buscar novas práticas construtivas a fim de conferir efetivo desenvolvimento sustentável. Assim, o presente estudo objetiva analisar a viabilidade de se utilizar tijolos solo-cimento (tijolos ecológicos) para a redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos de classe A. Para isso, a pesquisa consiste em levantar dados sobre as características da fabricação e aplicação do tijolo solo-cimento; traçar o desempenho ambiental do tijolo ecológico, relacionando-o com o bloco cerâmico e observando a existência ou não de gases poluentes e a geração de resíduos; por fim, analisar, comparativamente, os custos da utilização de alvenaria convencional com o do tijolo solo-cimento. Os tijolos ecológicos são assim chamados porque em sua fabricação não é necessária a etapa de queima, eliminando a emissão de gases poluentes (CHAGAS et al., 2015). Como resultados, pôde-se observar que o tijolo ecológico apresenta superioridade no que tange ao desempenho ambiental, não emitindo gases em sua fabricação, possuindo matéria prima abundante, dispensando o uso de formas de madeira e produzindo menor quantidade de resíduos. Sob o ponto de vista financeiro, realizando uma análise comparativa entre a utilização de tijolos de solo-cimento em relação à alvenaria de blocos cerâmicos, o primeiro tipo obteve vantagem, apresentando um custo é 67% menor que o segundo tipo.

Palavras-chave: Construção civil; Sustentabilidade; Tijolo ecológico.

ABSTRACT

Sustainability is a theme that has been unceasingly discussed by society and the State over the years, due to the innumerable problems generated by the human intervention through the environment. Civil construction does not escape this discussion, because, according to INSTITUTE OF APPLIED ECONOMIC RESEARCH (IPEA, 2012), Brazil generates 31 million tons of construction waste annually. Therefore, it has become fundamental to seek new constructive practices in order to confer effective sustainable development. Thus, the present study aims to analyze the feasibility of using soil-cement bricks (ecological bricks) to reduce the environmental impacts generated by class A waste. For this, the research consists of collecting data on the characteristics of the manufacture and application of the brick soil-cement; tracing the environmental performance of the ecological brick, relating it to the ceramic block and observing the existence or not of gaseous pollutants and the generation of waste; and finally, to analyze, comparatively, the costs of using conventional masonry with that of soil-cement brick. Ecological bricks are so called because in their manufacture the burning stage is not necessary, eliminating the emission of polluting gases (CHAGAS et al., 2015). As a result, it could be observed that the ecological brick presents superiority with respect to environmental performance, not emitting gases in its manufacture, possessing abundant raw material, dispensing the use of wood forms and producing less amount of residues. From the financial point of view, comparing the use of soil-cement bricks in relation to masonry of ceramic blocks, the first type was advantageous, with a cost 67% lower than the second type.

Keywords: Construction; Sustainability; Ecologic brick.



1 INTRODUÇÃO

A sustentabilidade é um tema que vem sendo incessantemente discutido pela sociedade e pelo Estado ao longo dos anos, devido aos inúmeros problemas gerados ao meio ambiente através da intervenção humana. Várias conferências, como a de Estocolmo em 1972, Rio+20 no Rio de Janeiro em 2012 e a COP-21, realizada em Paris no final de 2015, são promovidas para abordar a temática e tentar amenizar os impactos que a irresponsabilidade ambiental é capaz de gerar ao meio ambiente (GUIA DO ESTUDANTE, 2017).

A construção civil não escapa dessa discussão. Tanto a quantidade de matéria prima extraída da natureza, quanto os resíduos gerados pela atividade, são capazes de acentuar a preocupação com a sustentabilidade. De acordo com INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA, 2012), o Brasil gera 31 milhões de toneladas de resíduos de construção civil anualmente. Pensando nisso, várias abordagens passam a ser feitas acerca de construções sustentáveis, onde surgem diversos vieses quanto à sua aplicabilidade.

Sendo assim, tornou-se fundamental buscar novas práticas construtivas a fim de conferir efetivo desenvolvimento sustentável ao setor. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar por meio de pesquisa bibliográfica, a viabilidade de se utilizar tijolos solo-cimento (tijolos ecológicos) para a redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos de Classe A, apresentando seu desempenho ambiental e financeiro, comparado à alvenaria de tijolos convencionais.

Os objetivos específicos desta pesquisa são: traçar, por meio de revisão de literatura, o desempenho ambiental do tijolo ecológico observando a existência ou não de gases poluentes e a geração de resíduos, relacionando-o com o bloco cerâmico; analisar comparativamente os custos da utilização de alvenaria convencional com os do tijolo solo-cimento.

1.1 Impactos Ambientais gerados pela Construção Civil

Ao longo da era da industrialização, alterações puderam ser destacadas quanto aos impactos gerados ao meio ambiente, como por exemplo, poluição da água por intermédio de resíduos sólidos e poluição do ar atmosférico devido a gases poluentes emitidos pelas novas indústrias.

A crescente preocupação política e social torna-se justificável quando se refere a essas questões ambientais, sejam elas inerentes aos resíduos sólidos, gerados, ou a quantidade de recursos naturais que são desperdiçados ao longo do tempo (GUIMARÃES et al., 2009).

John (1999), ao comparar com outros países de primeiro mundo, retrata como é acanhada a iniciativa do Brasil quanto à reciclagem de resíduos. No entanto, o cimento e o alumínio apresentam destaque em reciclagem no país. O cimento guiado majoritariamente pela reciclagem nas indústrias de cimento com as escórias de alto forno básica e cinza volante. Já o alumínio, atravessa o prelúdio da questão ambiental, e torna clarividente problemas sociais e econômicos internos.

No Brasil, a legislação prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sob a égide da lei 12.305/2010 que estabelece objetivos, princípios, instrumentos e diretrizes para gestão dos resíduos. Detém conceitos relativos à prevenção e precaução, responsabilidade compartilhada, reconhecimento do resíduo economicamente, controle social, entre outros.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e tem como objetivos definir as diretrizes das políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais; definir as normas necessárias à execução da política nacional do meio ambiente; definir as normas e os critérios para a autorização de atividades efetivamente ou potencialmente poluentes; contratar a realização de estudos sobre as alternativas e os possíveis efeitos sobre o meio ambiente de projetos públicos ou privados, entre outros objetivos (SCHNEIDER, 2003, apud GUIMARÃES et al., 2009).

Com relação à geração de resíduos sólidos urbanos, segundo a ABRELPE (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), em 2015 houve um aumento de 1,7% na geração de resíduos sólidos urbanos com relação ao ano de 2014, uma média de 218.874 toneladas diárias, o que corresponde a 1,071 Kg por habitante.

Na construção civil, a periculosidade dos resíduos não é a maior preocupação, uma vez que é considerada baixa. O impasse recai sobre a quantidade gerada, estimada pela ABRELPE em 2010 em 99.354 toneladas diárias (IPEA, 2012).

A norma técnica, NBR 10004 – Resíduos Sólidos - Classificação (2004), é responsável pela classificação de resíduos sólidos, estabelecendo-as conforme o grau de periculosidade, sendo a Classe I considerado perigosos (inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos ou patogênicos) e a Classe II, os resíduos não perigosos (inertes ou não inertes).

A construção civil é um dos setores onde há maior consumo de matérias-primas naturais e está constantemente em crescimento. Por conta disso, existe em todo planeta uma crescente preocupação com a sustentabilidade nesse ramo para que, a cada dia, os impactos se tornem cada vez menores (CHAGAS et al., 2015).

Por conseguinte, torna-se necessária a implantação de estratégias diferenciadas para proporcionar uma construção mais sustentável, um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de edificação, habitação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras (ARAÚJO, 2008).



1.2 Alvenaria Convencional e Alvenaria de Tijolos Ecológicos

No Brasil, a alvenaria convencional é amplamente utilizada e é uma das principais responsáveis pelo desperdício e geração de resíduos de obras, sendo esse um problema ainda sem solução concreta (SOUZA, 2012).

A alvenaria convencional é caracterizá-la como elementos de vedação da estrutura, ou seja, não possuem a função estrutural (LOPES; TIMBÓ, 2014). Para realização da vedação, podem-se utilizar materiais específicos como blocos cerâmicos, blocos de concreto, blocos sílico-calcários, blocos de concreto celular autoclavados, blocos de solo-cimento e tijolos de vidro (MARINOSKI, 2011).

Souza (2012) propõe que a grande preferência e ampla utilização de blocos cerâmicos e de concreto no país é justificada pela cultura brasileira de construção, que leva em consideração a realidade nacional, ou seja, o amplo conhecimento das técnicas construtivas utilizando a alvenaria convencional.

Ainda segundo Souza (2012), apesar do constante uso, esses materiais provocam problemas na construção. Isso ocorre, pois a mão de obra não especializada somada com deficiências na execução gera um aumento de custos, de desperdício e de resíduos. Sendo assim, esses fatores tornam-se evidências da necessidade de mudança nas práticas construtivas, buscando novas alternativas para promover a redução do impacto ambiental provocado por esses materiais.

Justificando a necessidade de um sistema construtivo de baixo custo e que reduza a geração de resíduos, o tijolo solo-cimento surge como uma alternativa para a solução dessa problemática.

Entretanto, em decorrência do crescimento dos ideais da sustentabilidade no país, notou-se o tímido aumento da popularidade dos tijolos solo-cimento, alvo de estudo desta pesquisa, por serem materiais que reduzem os impactos ambientais relacionados ao desperdício, além de reduzir os custos de produção, se comparados à alvenaria convencional, sendo então, uma alternativa ecologicamente correta (GILMAR, 2013).

Ao se associar cimento com solo e pouca água tem-se uma mistura com aparência de farofa. Depois de prensada, umedecida e endurecida, assume a forma de um tijolo que, no final do processo, adquire grande resistência e durabilidade, além de possuir excelente aspecto e formato diferenciado. A esse produto final dá-se o nome de Tijolo solo-cimento (BERALDO; FREIRE, 2003).

De acordo com a ABNT NBR 8491- Tijolo de solo-cimento — Requisitos (2012), o tijolo de solo-cimento é definido como:

Componente de alvenaria constituído de uma mistura homogênea, compactada e endurecida de solo, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos e/ou pigmentos em proporções que permitam atender aos requisitos desta Norma, cuja altura (H) seja menor que sua largura (L). Pode ser maciço ou vazado.



A fabricação é feita por olaria ecológica. Primeiramente é feita a pré-seleção do solo, corrigindo-o. Em seguida é misturado com cimento e um pouco de água, prensado em até 6 toneladas e levado para a cura. Durante a cura, os tijolos devem ser umedecidos, configurando uma vantagem sobre os tijolos de alvenaria convencional, que não podem ficar expostos a umidade, podendo perder resistência. Posteriormente, o tijolo solo-cimento assume elevada resistência média de 5,6 MPa (56 Kgf/cm²), superando a exigida pela norma técnica NBR 8491 – Tijolo solo-cimento - Requisitos (2012) que estabelece o parâmetro de resistência média à compressão igual ou superior a 2,0 MPa (20 Kgf/cm²) e valor individual igual ou superior a 1,7 MPa (17 Kgf/cm²) (ECO PRODUÇÃO, 2010).

As peças de tijolo adquirem o formato e as dimensões da prensa de acordo com a forma utilizada. Após a saída da prensagem, os tijolos são organizados em pilhas com altura máxima de 1,50 m sobre uma superfície plana. É necessário o umedecimento com água chuviscada molhando todas as faces do tijolo durante os sete primeiros dias. O local de cura deve estar coberto e caso não esteja, é preciso usar uma lona para cobrir a pilha (PIRES, 2004).

As vantagens deste tipo de tijolo são as seguintes: (CHAGAS et al., 2015)

- o tijolo solo-cimento, por ser produzido em prensa, dispensa a cura em forno à lenha, eliminando a emissão de gases poluentes.

- o consumo de água é inferior comparado ao bloco de alvenaria convencional.

- o sistema de encaixe macho-fêmea (Figura 1) proporciona facilidade e redução de materiais utilizados para construção das vedações, deixando o canteiro de obras mais limpo e organizado.

- o assentamento pode ser realizado com argamassa ou cola branca, o que facilita a execução e diminui o tempo de obra, gerando uma menor quantidade de resíduos e aumentando a produtividade.

Figura 1 - Sistema de encaixe macho-fêmea

Fonte: ECO PRODUÇÃO, 2010

- os furos no tijolo o tornam bom isolante térmico e acústico, o deixa mais leve, além de servir de passagem para a instalação elétrica e sanitária (Figura 2) evitando a quebra das paredes, o que comprometeria a estrutura de vedações.

- com od furos nas peças, as colunas podem ser embutidas sem necessitar do uso de formas, reduzindo o custo de carpintaria e o consumo de madeira.

- a existência de folgas na junção das peças previne o aparecimento de trincas e fissuras por dilatação (PIRES, 2004).

Figura 2 - Passagem de instalações sanitárias pelos furos

Fonte: ECO PRODUÇÃO, 2010

Para a realização de uma parede perfeita é necessário que as primeiras fiadas estejam bem niveladas; recomenda-se que sejam assentadas com massa convencional. A estruturação é feita quando as paredes alcançarem 0,50 m de altura interligando as colunas com grampos, enchendo os furos reservados para as mesmas com concreto armado, cimento, areia e pedrisco, na proporção de 1:2:1 repetindo a operação para cada 0,50 m (ECO PRODUÇÃO, 2010).

As cintas de amarração são feitas com o tijolo canaleta, garantindo a estabilidade e resistência da construção. Para toda e qualquer construção é necessário o acompanhamento de um engenheiro responsável, sendo que o total de colunas de sustentação varia de acordo com a obra (ECO PRODUÇÃO, 2010).

Depois do assentamento e execução da laje pode-se optar por deixar o tijolo à mostra. Para isso é necessário fazer a limpeza das paredes e aplicar uma resina acrílica para a proteção, ou uma camada de tinta. Pode-se também utilizar o reboco sobre a alvenaria. (ECO PRODUÇÃO, 2010).



2 MATERIAL E MÉTODOS

Quanto à natureza, a presente pesquisa pode ser classificada como aplicada, pois “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais” (MENEZES; SILVA, 2005, p. 20).

No que se refere aos objetivos, esse trabalho possui um caráter exploratório, pois visa:

(...) proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (SELLTIZ et al., 1967, apud GIL, 1991, p. 41).



Quanto aos procedimentos técnicos utilizados neste estudo, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, porque “(...) é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 1991, p. 44). Embora na maioria das pesquisas seja necessário estudo bibliográfico, essa usa-o como método único. Portanto, será necessário um estudo de referenciais bibliográficos buscando analisar a viabilidade da utilização de tijolos solo-cimento com intuito de reduzir os impactos ambientais.

Quanto à abordagem do problema é classificada como qualitativa, pois não exige o uso de técnicas estatísticas, possui caráter somente descritivo (MENEZES; SILVA, 2005).

Para analisar o tijolo solo-cimento como uma alternativa para diminuir a degradação ambiental, a realização da pesquisa foi dividida em duas etapas:

Na primeira etapa, foi traçado o desempenho ambiental do tijolo ecológico, por meio de revisão de literatura observando a existência ou não de gases poluentes e a geração de resíduos relacionando-o com o bloco cerâmico.

Na segunda etapa, os custos foram analisados comparativamente relacionando a alvenaria convencional com os do tijolo solo-cimento visando a elaboração de uma planilha orçamentária.

3 RESUTADOS

3.1 Desempenho Ambiental

Os impactos ambientais causados pela utilização do tijolo de cerâmica começaram a fazer parte do cenário nacional de diversas formas, como através da queima da madeira para o cozimento dos tijolos, e da calcinação do cimento cujo processo é responsável por gerar grande quantidade de CO2 na atmosfera. Mas somente no fim do século XX, por conta da acumulação de resíduos gerados pelo setor da construção civil, iniciou-se a busca pela redução dos impactos ambientais por meio do desenvolvimento sustentável (PEREIRA, 2009, apud CARDOSO; GONÇALVES, 2016).

Nesse sentido, o tijolo ecológico (Figura 5) surge como uma inovação na área de materiais de construção, pois visa à sustentabilidade e a preocupação com a preservação do meio ambiente (ARAÚJO; MACHADO, 2014).

Os tijolos ecológicos são assim chamados porque em sua fabricação não é necessária a etapa de queima, nem a utilização de madeira para fabricação de formas, eliminando a emissão de gases poluentes e tornando desnecessário o corte das árvores. Além disso, o consumo de água é inferior se comparado ao processo de fabricação do bloco de alvenaria convencional (CHAGAS et al., 2015).

As máquinas e equipamentos utilizados em todo o processo de fabricação podem ser simples máquinas de prensagem até equipamentos especializados de linha de produção (CHAGAS et al., 2015).

Aliados, redução no tempo de construção e economia de materiais, como, por exemplo, a argamassa de assentamento, inferem aos tijolos solo-cimento particularidades ímpares para abrangente utilização no mercado. Ademais, cientes de que o custo referente à alvenaria convencional eleva-se em função do desperdício oriundo de eventuais quebras, a formulação de blocos modulares com encaixes macho-fêmea, desenvolvidos em um Sistema Construtivo Modular por Francisco Aguilar, otimiza o tempo de obra, bem como reduz a perda (PIRES, 2004).

A construção utilizando alvenaria de solo-cimento não solicita mão de obra com algumas especificidades e qualificações, mas é imprescindível que o funcionário posicione as peças com alinhamento. Demasiadas vezes os blocos utilizam o solo local, reduzindo custos de transporte e material (PIRES, 2004).

O uso de argamassa convencional se limita à primeira fiada, onde os tijolos devem estar alinhados e aprumados, ademais, a modulação dos blocos possibilita um canteiro de obras mais organizado e limpo. Para a disposição das peças subsequentes, manipula-se cola branca ou cimento, aplicados com bico de confeiteiro ou própria embalagem no caso da cola branca (ECO PRODUÇÃO, 2010).

De acordo com a NBR-8491 Tijolo de Solo-cimento – Requisitos (2012), a existência de furos requer o distanciamento mínimo de 50 mm entre esses e espessura mínima de 25 mm de parede. Esses, reduzem o peso do módulo, além de facilitar a passagem da rede elétrica e hidráulica, introduzir propriedade térmica e acústica aos tijolos e embutir colunas estruturais (PIRES, 2004).

A inserção de barras de ferro no interior dos furos deve atender ao sistema estrutural da obra, essas devem estar fundidas na fundação e alcançam a altura de 1,70 m, e a cada 0,50 m de parede grampos serão posicionados a fim de garantir estabilidade (ECO PRODUÇÃO, 2010).

Os furos serão completamente umedecidos para impedir futuras trincas, e preenchidos de concreto (Figura 3) com traço 1:2:1 de cimento, areia e pedrisco com o auxílio de um funil (ECO PRODUÇÃO, 2010).



Figura 31 - Preenchimento dos furos com concreto

Fonte: ECO PRODUÇÃO, 2010

Ao atingir a altura determinada em projeto ou encontrar a posição de uma esquadria, cintas de amarração substituirão as vergas e contravergas e serão sobrepostas a uma fiada de tijolo calha (PIRES, 2004).

Os intervalos inutilizados podem ser aproveitados para instalação de colunas de água fria, em que tijolos de calha farão a distribuição de ramais e sub ramais, enquanto para instalações elétricas, a fiação poderá passar pelos furos (figura 13), é obrigatória a utilização de eletrodutos segundo à NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão (2004). Interruptores e tomadas podem ser fixados na alvenaria com a utilização de caixas de passagem elétrica, evitando sempre que as duas instalações estejam dispostas concomitantemente no mesmo furo (PIRES, 2004).

O acabamento entre as frestas poderá ser feito com auxílio de uma bisnaga com massa e o uso de um bastão ou espátula para remover os excessos. A limpeza da parede poderá ser feita com palha de aço e no caso de tijolos aparentes, aço roscado é indicado para regularizar frestas entre fileiras (ECO PRODUÇÃO, 2010).

Ao término da construção, fica sob preferência do proprietário dar acabamento aos tijolos, que por possuir características esteticamente agradáveis (figura 14), dispensam cobertura emassada (ECO PRODUÇÃO, 2010).



Figura 2 - Construção com tijolos ecológicos sem revestimento

Fonte: Tudo construção, 2016. (Disponível em: http://www.tudoconstrucao.com/20-modelos-de-casas-com-tijolinho-vista/).

O tijolo solo-cimento possui baixos índices de poluição, pois não utiliza argila pura, que é extraída do fundo de várias encostas de rios, impactando a vegetação ao seu redor (ARAÚJO; MACHADO, 2014).

Além disso, na sua fabricação, a fim de reduzir ainda mais o impacto ambiental, através da reciclagem, pode-se fazer a incorporação de resíduos, tais como o montículo do cupim Cornitermes cumulans (ALBUQUERQUE et al., 2008, apud AMARAL; SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2014), adição de grits - resíduo produzido pela indústria de celulose e papel - (PINHEIRO et al., 2013, apud AMARAL; SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2014), de casca de arroz e de Brachiaria (FERREIRA et al., 2008, apud AMARAL; SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2014), terra crua tratada com aditivos (FERREIRA, 2005, apud AMARAL; SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2014), dentre outros.

Ademais, entre as vantagens dos tijolos ecológicos, destacam-se a utilização de matéria prima natural de alta disponibilidade e de baixo custo, uma vez que o solo é o componente que entra em maior quantidade na mistura. Também é importante pontuar que a utilização das peças produz menor quantidade de resíduos e entulhos se comparado com os tijolos de cerâmica, já que a estrutura é encaixada e não necessitam de pregos, arames e furos na parede (AMARAL; SCHNEIDER; OLIVEIRA, 2014).

Há, ainda, redução de uso de madeiras nas caixarias dos pilares e vigas em quase zero. Ao se reduzir a utilização de madeiras em obras, contribui-se para evitar que áreas sejam desmatadas, provocando perda da biodiversidade, extinção de animais silvestres, desequilíbrio do clima e do ciclo hidrológico (WWF, 2011, apud COSTA et al., 2011), enchente e assoreamento dos rios e desertificação, erosão e empobrecimento dos solos (PESSOAL EDUCACIONAL, 2011, apud COSTA et al., 2011).

Nessa mesma perspectiva, há uma economia de 70% no concreto e argamassa para assentamento, trazendo uma atenuação no uso de recursos naturais não renováveis, tais como a pedra britada e a areia, que seriam explorados e, consequentemente, redução na geração de resíduos provenientes das embalagens destes materiais (COSTA et al., 2011).

Também se verifica uma economia de 50% de ferro, evitando a exploração desse mineral, o que poderia acarretar em grandes impactos ambientais, tais como a poluição do ar, da água, sonora, além de alterações ambientais e degradação de áreas (COSTA et al., 2011).

A cura do tijolo solo-cimento é realizada com água e sombra, diferente dos tijolos convencionais que dependem da queima em fornos, evitando o derrubamento de árvores, pois a madeira é a principal forma de combustível. Além disso, evita-se, também, a emissão de CO2, principal gás estufa (FARIA, 2002, apud COSTA et al., 2011).

Sua durabilidade é maior do que a do tijolo comum, chegando a ser seis vezes mais resistente, o que resulta em uma amenização das quebras, desperdícios e também a geração de resíduos provenientes de tais quebras (COSTA et al., 2011).

Os furos dos tijolos formam câmaras térmicas evitam que o calor presente externamente penetre no interior do ambiente. Dessa forma, a temperatura interna acaba sendo menor que a externa tornando desnecessária, em alguns casos, a instalação de aparelhos para refrigeração de ar, diminuindo o uso de energia elétrica (COSTA et al., 2011).

Isso porque, instalado em uma residência durante o verão, estima-se que o ar condicionado faz a conta de energia subir entre 20 e 25% pois aumenta o consumo de eletricidade em cerca de 2.000 quilowatts em três meses numa pequena área de 45 metros quadrados. Outrossim, eles funcionam à base de hidrofluorcarbonos (HFC), substâncias que possuem poder de aquecimento 1.300 vezes superior ao do gás carbônico (CLIPPING, 2003).

Com o frio acontece o inverso, pois a temperatura da casa fica mais quente do que a externa, o que dispensa a utilização de aquecedores ou lareiras, levando a uma economia de energia no primeiro caso e, no segundo, elimina o uso de madeiras (COSTA et al., 2011).

Por fim, nas instalações elétricas e hidráulicas, toda a tubulação é embutida nos furos dos tijolos, dispensando a quebra de paredes, como acontece em alvenarias convencionais, o que também geraria resíduos. Nas instalações elétricas os eletrodutos, caixas de passagem e caixas de luz são obrigatórios respeitando à NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão (2004). (COSTA et al., 2011).



3.2 Desempenho Econômico

Acerca da viabilidade econômica da aplicação dos tijolos ecológicos, foi elaborada uma planilha orçamentária, comparado com a alvenaria de tijolos convencionais. Como referência, para a obtenção de dados, foi considerado o Trabalho de Conclusão de Curso sobre Tijolo de Solo-Cimento: Análise das Características Físicas e Viabilidade Econômica de Técnicas Construtivas Sustentáveis, elaborado por CHAGAS et al., 2014.

A Tabela 1 e a Tabela 2 foram elaboradas equiparando as características e os custos da construção de uma parede de 16,20 m2 com tijolos solo-cimento e com alvenaria convencional.

Tabela 1 - Relação das características e custos dos tijolos ecológicos

TIJOLO ECOLÓGICO

UN.

QTD.

CUSTO UNITÁRIO

CUSTO TOTAL

1. Parede

Tijolos ecológicos 15x30x7,5

Peças

360

1,05

378

Cimento

Kg

12

Economia

Economia

Areia

0,13

Economia

Economia

Cal

Kg

20

Economia

Economia

2. Pilares dentro dos furos (3 grautes) de 2,90m

Areia

0,12

50

6

Cimento

Kg

8

20

160

Brita

0,1

10

1

Tábua de 15cm para forma

m

18

Economia

Economia

Ripa para travamento da forma

m

3

Economia

Economia

Pregos

Kg

0,5

Economia

Economia

Armação 8mm

m

12

19,5

234

Armação 4,2mm para estribos

m

6,5

Economia

Economia

Arame recozido

Kg

0,25

10

2,5

3. Verga e Contraverga 0,10 x 0,10 x 3,0 (2 vergas)

Areia

0,02

50

1

Cimento

Kg

10,5

20

210

Brita

0,02

100

2

Tábua de 15cm para forma

m

24

Economia

Economia

Ripa para travamento da forma

m

3

Economia

Economia

Pregos

Kg

0,5

Economia

Economia

Armação 8mm

m

6

19,5

117

Armação 4,2mm para estribos

m

4,42

Economia

Economia

Arame recozido

Kg

0,05

10

0,5

4. Reboco 16,2m²

Cimento

Kg

25

Economia

Economia

Areia

0,58

Economia

Economia

Cal

Kg

80

Economia

Economia

5. Pintura 16,2m²

Massa corrida

L

3

Economia

Economia

Selador para alvenaria

L

1

Economia

Economia

Tinta no tijolo

L

1

24,9

24,9

CUSTO TOTAL

1136,9



Tabela 2 - Relação das características e custos da alvenaria convencional

ALVENARIA CONVENCIONAL

UN.

QTD.

CUSTO UNITÁRIO

CUSTO UNITÁRIO

1. Parede

Tijolos baiano 11,5x14x24

Peças

235

0,46

108,1

Cimento

Kg

12

20

240

Areia

0,13

50

6,5

Cal

Kg

20

10

200

2. Pilares dentro dos furos (3 grautes) de 2,90m

Areia

0,12

50

6

Cimento

Kg

8

20

160

Brita

0,1

100

10

Tábua de 15cm para forma

m

18

10

180

Ripa para travamento da forma

m

3

7

21

Pregos

Kg

0,5

10

5

Armação 8mm

m

12

19,5

234

Armação 4,2mm para estribos

m

6,5

5

32,5

Arame recozido

Kg

0,25

10

2,5

3. Verga e Contraverga 0,10 x 0,10 x 3,0 (2 vergas)

Areia

0,02

50

1

Cimento

Kg

10,5

20

210

Brita

0,02

100

2

Tábua de 15cm para forma

m

24

10

240

Ripa para travamento da forma

m

3

7

21

Pregos

Kg

0,5

10

5

Armação 8mm

m

12

19,5

234

Armação 4,2mm para estribos

m

4,42

5

22,1

Arame recozido

Kg

0,05

10

0,5

4. Reboco 16,2m²

Cimento

Kg

25

20

500

Areia

0,58

50

29

Cal

Kg

80

10

800

5. Pintura 16,2m²

Massa corrida

L

3

20

60

Selador para alvenaria

L

1

80

80

Tinta no tijolo

L

1

24,9

24,9

CUSTO TOTAL

3435,1



As Tabelas 1 e 2 foram constituídas com base na idealização de uma parede de 16,20 m2, construída tanto com tijolos solo-cimento quanto com alvenaria convencional. Apresentando como única diferença o tipo de tijolo utilizado, as paredes apresentam uma janela de 2,40 m de largura, com transposição de 30 cm da verga e contraverga. É importante ressaltar a necessidade de revestimento argamassado como o reboco, pela alvenaria convencional, ocasionando maior utilização e consequente desperdício de materiais e custeamento da obra, em contrapartida à não necessidade de revestimento por parte dos tijolos solo-cimento.

Através da associação custo unitário X quantidade de cada material utilizado, foi possível relacionar os custos de produção, podendo então, apontar o de melhor viabilidade econômica para uso em construções.

Como pode-se observar nas tabelas 1 e 2 a construção realizada com o bloco de alvenaria convencional totalizou R$ 3.435,10 (três mil quatrocentos e trinta e cinco reais e dez centavos), já a construção feita com a utilização do tijolo solo-cimento totalizou R$ 1.136,90 (mil cento de trinta e seis reais e noventa centavos). Portanto, percebe-se que houve uma economia de 67% no preço fina da obra.

4 CONCLUSÃO

Como proposto, foram analisadas as características da fabricação e aplicação do tijolo solo-cimento, obtendo inúmeras vantagens em relação à alvenaria convencional, tais como a não-utilização de argamassa de assentamento, possibilitada pela existência dos encaixes macho-fêmea; melhor isolamento térmico e acústico, proporcionado pelos furos; e maior durabilidade, chegando a ser seis vezes mais resistente.

Além disso, pôde-se observar que o tijolo ecológico apresenta superioridade no que tange ao seu desempenho ambiental, não emitindo gases em sua fabricação, possuindo matéria prima abundante, dispensando o uso de formas de madeira e produzindo menor quantidade de resíduos.

E, por fim, realizando uma análise comparativa do ponto de vista financeiro entre a utilização de tijolos de solo-cimento em relação à alvenaria de blocos cerâmicos, o primeiro obteve vantagem, apresentando um custo é 67% menor que o segundo.

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