DIAGNÓSTICO DE GERENCIAMENTO DE ÓLEO DE COZINHA RESIDUAL EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DE DOIS MUNICÍPIOS COSTEIROS DA ILHA DE MARAJÓ, PARÁ

SOARES¹, Igor dos Santos;TAVARES-MARTINS2, Ana Cláudia Caldeira; CARDOSO3, Andrei Tiego Cunha; ASSIS4, Davison Marcio Silva de.

¹- Graduado em Ciências Naturais- Biologia- Uepa (igorsoares910@hotmail.com).

²- Doutora em Botânica, Uepa. (tavaresmartins7@gmail.com).

³- Mestre em Oceanografia Biológica, Gestor-chefe da Reserva Extrativista Marinha de Soure (ResexMar) –ICMBio. (andreicardoso@gmail.com).

4- Mestrando em Ciências Ambientais - (PPGCA), Uepa.(davison-assis@hotmail.com).

 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi diagnosticar a situação do óleo residual gerado por bares e restaurantes em quatro praias pertencentes a áreas de preservação ambiental, a Reserva Extrativista (RESEX) em Soure e as praias da Marinha do Brasil, em Salvaterra, visando contribuir para a prevenção de possíveis danos ambientais provocados pelo resíduo a esses locais.Para tanto, os proprietários responderam um questionário com perguntas-chave sobre o uso e gerenciamento de óleo em cada estabelecimento comercial. Os resultados revelaram uso considerável e descarte indevido de óleo residualna areia da praia, além disso, constatou-se ausência de ações de reaproveitamento do resíduo e falta de conhecimento de formas de reuso entre os proprietários dos estabelecimentos. O diagnóstico também contribui com a promoção de uma açãode reuso de óleo para produção de sabão artesanal que obteveresultados satisfatórios que a levaram entrar em processo de inclusão no portifólio de ações de gestão e educação ambiental desenvolvidas pelo ICMBio na Resex Marinha de Soure. Aausência de gerenciamento de óleo nas quatro praias demanda a necessidade de ações de educação ambiental integradasà gestão municipal de resíduos, visando a conscientização dos comerciantes e a preservação destas praias.

Palavras- chave: Gerenciamento de resíduos. Áreas de preservação. Educação ambiental.

 

ABSTRACT

The aim of this study was to diagnose the situation of residual cooking oil generated by bars and restaurants on four beaches belonging to environmental preservation areas, the Extractive Reserve (RESEX) in Soure, and beaches under the Brazilian Navy, in Salvaterra, aiming to contribute to the prevention of possible environmental damage caused by the waste to these places. To that end, the owners answered a questionnaire with key questions about the use and management of oil in each commercial establishment.The results revealed considerable use and undue disposal of residual oil in the sand of the beach,

in addition, it was verified absence of actions of reuse of the oil and lack of knowledge of forms of reuse among the owners of the establishments.The diagnosis also contributes to the promotion of an oil reuse action for the production of handmade soap that obtained satisfactory results that led it to enter the process of inclusion in the portfolio of management and environmental education actions developed by ICMBio in the Resex Marinha de Soure.The absence of residual oil management in the four beaches requires the need for environmental education actions integrated with municipality waste management, aiming at the awareness of merchants and the preservation of these beaches.

 

Keywords: Waste management. Areas of preservation. Environmental education.

 

 

1-    INTRODUÇÃO

O Brasil é um país que produz diversos tipos de oleaginosas tais como de girassol, amendoim, canola, algodão e soja (NUNES, 2011). Em números, só a estimativa de produção para apenas um trimestre de 2016 perfez valores aproximados a 600 milhões de toneladas (IBGE, 2016), uma evidênciado potencial do país nesse setor.

Na linha de produção industrial, essas oleaginosas são transformadas em óleos comestíveis que são usados no preparo de alimentos fritos e pré-fritos, cujo consumo tem se elevado nos últimos anos devido a mudanças de hábitos alimentares mediados por fatores socioeconômicos e pelo desenvolvimento de estabelecimentos do setor de serviço alimentar (BORJES et al., 2014).

O uso demasiado destes óleos vegetais e sua consequentemente, sua má destinação residual, tem gerado preocupação ambiental devido aos grandes impactos que o seu descarte causa ao meio ambiente. Estudos revelam que um único litro de óleo lançado em corpo hídrico contamina cerca de um milhão de litros de água, equivalendo ao que uma pessoa leva 14 anos para consumir (NETO; ROSSATO, 2014).

Outros prejuízos causados pelo descarte de óleo no ambiente são poluição dos rios e consequente mortandade de animais aquáticos, contaminação do lençol freático, impermeabilidade do solo que favorece enchentes, alagamentos, entupimento da rede de esgoto e água, proliferação indesejável de microrganismos, insetos, roedores, fermentação e danos ao sistema radicular das plantas (PALM; TOMASI; QUEVEDO, 2012; BORTOLUZZI, 2011).

De acordo com a Lei Ambiental Federal n° 9605/98, o descarte de óleo e demais resíduos no meio ambiente é crime ambiental que incide em reclusão, caso os danos supracitados forem constatados (BRASIL, 1998). A atual Política Nacional de Resíduos Sólidos-PNRS, especifica normas sobre a disposição de óleo de cozinha em estabelecimentos comerciais e residências, porém apenas 2,5% da produção, estimada em 3 bilhões L/ano são reaproveitados (FILHO et al., 2013; NOVAES; MACHADO; LACERDA, 2014).

Atualmente não podemos negligenciar o papel da educação como ferramenta para a sensibilização do descarte correto de resíduos de alto potencial poluente, tendo em vista sua capacidade de causar danos de difícil reparo ao meio ambiente, uma vez que a sobrevivência de uma série de indivíduos depende do seu equilíbrio (PERERIA et al., 2014).

Nos municípios de Salvaterra e Soure, no Arquipélago do Marajó, Pará, o uso do óleo de cozinha aumenta no período de maior fluxo de pessoas, especialmente nas férias do mês de Julho, devido ao aumento na demanda por procura de alimentos nos restaurantes a beira mar.

Esse fato, aliado a ausência de ações de gerenciamento do resíduo causa preocupação ambiental, pois no contexto destes municípios, os estabelecimentos que o geram se encontram em praias pertencentes a uma reserva ambiental, a RESEX marinha, em Soure e em praias sob tutela da Marinha do Brasil, em Salvaterra, locais que demandam cuidados pela importância do conjunto formado pelos seus ecossistemas.

Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi diagnosticara situação do gerenciamento de óleo residual de cozinha gerado por bares e restaurantes em praias dos municípios costeiros de Salvaterra e Soure, visando contribuir para prevenção de impactos ambientais nesses locais de preservação.

 

2-    MATERIAL E MÉTODOS

2.1- Área de estudo

O trabalho foi realizado no período de Julho de 2013 nas praias Grande de Salvaterra e Joanes, no município de Salvaterra, e entre Julho e Agosto de 2014 nas praias do Pesqueiro e Barra Velha, em Soure, envolvendo 22 proprietários de estabelecimentos de serviço alimentar.

Estas praias compõem parte importante dos ecossistemas aquáticos como: manguezal, restinga e costeiro com associações de matas de terra firme, que se encontram sob proteção federal da Marinha do Brasil e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, por constituírem um patrimônio com imenso potencial pesqueiro e biotecnológico que necessita ser preservado. Além disso, o conjunto de belezas naturais destes ecossistemas apresenta forte apelo turístico, principalmente nas férias de julho, mês no qual a geração de óleo residual se eleva devido ao grande fluxo de veranistas.

2.2- Natureza do estudo

Trata-se de um estudo descritivo, onde segundo Gil (2010),se prima pela descrição de características de certa população ou fenômeno, além da busca da existência de associações entre variáveis. Os dados foram coletados a partir de um questionário com perguntas abertas, observação direta e conversas informais e abordados de maneira quali-quantitativa (GUNTHER, 2006), onde gráficos, tabelas e quadros complementam os dados qualificados.

2.3- Levantamento e análise de dados

O diagnóstico da situação de gerenciamento de óleo nos estabelecimentos das quatro praias se baseia nos dados levantados com perguntas-chave do questionário sobre gerenciamento de óleo em cada estabelecimento e na proposição de Cunha e Caixeta Filho (2002), que trata das atividades de gerenciamento de resíduos (coleta) como geração, acondicionamento, transporte e disposição final. As informações levantadas foram dispostas em gráficos, tabelas e quadros e confrontadas com a literatura sobre o tema.

Os proprietários responderam as seguintes questões-chave: qual a quantidade de óleo usado exclusivamente para fritura no seu estabelecimento? Onde o óleo é descartado após o uso? Existe alguma ação de reaproveitamento de óleo na sua praia? Você conhece alguma forma de reaproveitar o óleo de cozinha usado? Como é feito a remoção do resíduo na praia?

 

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os dados coletados na 1ª etapa, a maior parcela de comerciantes usa em média de 6 a 10 litros de óleo por semana exclusivamente para fritura (IMAGEM 1). Além disso, em 90% dos estabelecimentos das quatro praias, o óleo queimado provem da fritura do peixe, que é o prato mais comercializado durante o ano, principalmente durante as temporadas de férias, o restante, 10%, é oriundo da fritura de salgados e alimentos usados na composição de outros pratos.

 

 

Imagem 1- Média de uso semanal de óleo nos estabelecimentos.

 

A maior taxa de uso semanal (6 a 10L) registrada nos estabelecimentos é considerável, se comparado ao uso anual de óleo de uma família, que varia entre 12 a 15 L/ano (ECÓLEO, 2016), no entanto a realidade pode ser bem mais preocupante se observada a escala de tempo em que essa quantidade é alcançada, assim como, a quantidade de  litros de  óleo e estabelecimentos que o usam. Desse modo, a partir de uma simples operação entre os valores mínimos (x) e máximos (y) de litros usados, um valor constante (K) equivalente as quatro (4) semanas do mês de julho e quantidade de estabelecimentos (Z) que usam o óleo, estimou-se que o uso mensal nos 22 estabelecimentos investigados pode perfazer valores mínimos e máximos variando entre 704L/mês a 1060L/mês, respectivamente (Tabela 1).

 

 

 

 

 

Tabela 1: Estimativa de uso de óleo no mês de Julho nos estabelecimentos das praias investigadas, com base nos dados absolutos obtidos.

 

 

            Em face da evidência de maximização dos números de uso de óleo para fritura no mês de Julho, a maioria dos comerciantes relatou não conhecer nenhuma forma para reaproveita-lo, assim como afirmou não existir nenhum tipo de ação que promova a reutilização do resíduo gerado nas praias. Sendo assim, nas duas praias de Salvaterra, 100% deles afirmaram descarta-lo no lixo acondicionado em embalagens PET, no entanto, foram constatadas manchas de óleo na areia dos arredores de alguns estabelecimentos, dando indícios de descarte direto na areia e/ou na pia com canalização direta para o quintal arenoso, que é uma extensão da praia.

            De semelhante modo, se verificou o mesmo procedimento na praia do Pesqueiro em Soure (100%), já na praia da Barra Velha, no mesmo município, apesar dos proprietários dos restaurantes também acondicionarem o óleo em garrafas PET por um período que pode chegar até um mês, 50% acabamdescartando na areia da praia, bem próximo ao mangue e furos de rio, por não terem uma alternativa adequada para o resíduo (Imagem 2. A, B, C e D), os outros 50% descartamdiretamente no lixo.

 

 

Imagem 2: A- óleo usado acondicionado em garrafas PET; B- Detalhe destacado de mancha de óleo na areia; C- Proximidade dos estabelecimentos a mata marginal do mangue. D- furo de rio no mangue, próximo da praia.

 

Quanto à presença de transporte para remoção do resíduo, os comerciantes relataram que o óleo descartado por eles no lixo é recolhido semanalmente sem que ocorra qualquer seleção devido à ausência de ações que promovam a reaproveitamento do mesmo. Nas praias de Salvaterra, o transporte utilizado são caminhões, enquanto que nas de Soure, inicialmente usam-se carroças movidas a tração de búfalos que realocam o lixo em ponto estratégico para posteriormente serem removidos pelo caminhão, no entanto, sem regularidade efetiva, o óleo e outros lixos acabam acumulando na praia.

Em trabalho semelhante de Do Monte et al. (2015),  em Paulista - PE, 50% dos populares também não conheciam nenhuma forma de reaproveitar o óleo usado, e por isso, 80%  descartavam-no no lixo, ralo da pia, solo, entre outros locais. Nas contribuições de Rabelo e Ferreira (2008), envolvendo estabelecimentos de serviço alimentar em Goiânia –GO verificou-se o acondicionamento de óleo em sacos plásticos antes de serem destinados a um aterro sanitário da cidade. Já na investigação de Oliveira (2016), no município de Teixeira– PB se constatou o descarte do resíduo no lixo, porém com taxa inferior (29%), as encontradas nas quatro praias investigadas no presente trabalho. Esses dados evidenciam a recorrênciados problemasem torno da gestão do resíduo pelo país.

No caso específico da praia da Barra velha, devido a proximidade dos estabelecimentos dela ao mangue e aos furos de rio que seguem Reserva adentro, a conjuntura da elevação de uso e o descarte indevido na areia, aumenta a possibilidade de danos ambientais a esses ecossistemas, uma vez que podem atingir toda a comunidade biológica que os compõem, principalmente a do  próprio manguezal, como populações microbianas e de vegetais típicos, fundamentais na ciclagem de nutrientes e retenção de sedimentos (ALVES, 2001). Além de espécies de fungos ali encontradas, com potencial despoluente e biotecnológico comprovado (MARTINS JUNIOR et al., 2013).

A iminência de riscos ambientais evoca, portanto, a necessidade e importância de se dar destinação adequada ao resíduo. Neste sentido, em diferentes trabalhos, além da viabilidade de produção de sabão artesanal e detergente (KUNZLER; SCHIRMANN, 2011; SILVA PAZ, et al., 2015; REQUE; KUNKEL, 2016) como formas mais simples de reuso, também se verificaram excelentes resultados com o uso do resíduo na fabricação de biodiesel (DIB, 2010; FREITAS et al., 2010; SANTOS; DA SILVA, 2016), ração para animais (REIS et al., 2007) e até tintas (ZUCATTO et al., 2013). Porém, atualmente, a ausência de conscientização da população humana sobre o potencial poluente do óleo residual e de conhecimento dessas formas de reaproveita-lo tem favorecido a continuidade do descarte indevido e dificultado o gerenciamento adequado desse material, que por sua vez, também é pouco empregado por serviços públicos e privado.

A respeito disso, Cunha e Caixeta Filho (2002) elencam as atividades de geração, acondicionamento, transporte, disposição final e coleta, como variáveis que caracterizam um processo contínuo e funcional de gerenciamento e, que pode ser usado nesse caso, como modelo para identificar se está ocorrendo gestão que contribua com a integridade ambiental das áreas estudadas. Para os autores, o gerenciamento de resíduos ocorre, quando a coleta engloba todo o percurso realizado pelo veículo desde sua saída, passando pela remoção do resíduo dos pontos de armazenamento até o local de descarga do material, finalizando com a volta do veículo ao ponto de partida. Assim, baseado nessa proposição, o resumo do diagnóstico realizado nas quatro praias apresentou os seguintes resultados (Quadro 1).

 

Quadro 1- Diagnóstico das atividades do processo de gerenciamento de óleo residual nas quatro praias

 

 

De modo geral, as informações apresentadas no quadro, indicam que a ausência ou inconformidade de qualquer uma das variáveis do processo de coleta, que vai desde o acondicionamento até a disposição final do resíduo, acaba por comprometer o caráter contínuo e funcional do que seria um gerenciamento ideal do óleo, que depende do alinhamento de todas essas variáveis. Esse fato é observado em todas as praias, onde a disposição final na areia ou no lixão anulam as outras atividades adequadas. A anulação de uma atividade bem sucedida por outra que não aconteceu a contento, culmina, portanto, em ausência de coleta.

A concepção conturbada que a maioria dos comerciantes (das praias de Joanes, Salvaterra e Pesqueiro) apresentou sobre “coleta”, quando declararam que estão realizando-a ao acondicionarem o óleo em recipiente PET, oque é uma boa atitude, a despeito do descarte direto no ambiente (REQUE; KUNKEL, 2010), pode estárefletindo a incompreensão social da complexidadecriada em torno da temática ambiental, provocada pelas mudanças ocorridas no ambiente nas últimas décadas (ZANETI; SÁ, 2002). Como exemplo, destacam-se os significados que termos como “coleta” adquirem, nesse caso, englobando os processos de gestão de resíduo.

Desse modo, a partir da compreensão dos dados apresentados, pode-se confirmar a inexistência de gerenciamento de óleo residual nas quatro praias, fato que pode ser combatido quando se lançar mão de instrumentos preventivos que promovam a gestão e gerenciamento do resíduo,integradas a ações de educação ambiental(HEMPE; NOGUERA, 2012) que foquem no reaproveitamento do resíduo e sensibilização da população.

Foi baseado nesse diagnóstico, que em 2014, a Universidade do Estado do Pará- Uepa, em parceria com o ICMBio, promoveu a ação integrada de EA e gestão de óleo residual intitulada “Peixe frito sustentável: Se fritar tem que Reciclar!”, nas Praias da Barra Velha e Pesqueiropor meio da produção de sabão artesanal, onde a prioridade à participação dos comerciantes nos processos de armazenamento do resíduo e produção do sabão culminou em resultados satisfatórios, dando destinação final  adequada ao óleo usado(SOARES, 2015), levando-a a entrar em processo de inclusão no portifólio de  ações de gestão e EA desenvolvidas pelo ICMBio na ResexMar de Soure(Imagem 3. A, B, C e D).

 

 



Imagem 3: A-  Armazenamento de óleo por comerciante; B- Oficina de reaproveitamento de óleo; C- Transformação do resíduo em sabão. D- Sabão artesanal como resultado final.

 

Sobre esse aspecto, Segundo Pereira et al.(2014), as abordagens em educação quando envolvem todo o universo social, promovem resultados extraordinários, como o estímulo a conscientização ecológica e consequente melhoria na qualidade de vida (RABELO e FERREIRA, 2008), sendo fundamentaisquando constatações dessa natureza são evidenciadas.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com essa pesquisa foi possível identificar a ausência de gerenciamento de óleo residual de cozinha nas praias dos dois municípios investigados. O descarte indevido na areia e no lixo e a inexistência de ações que promovam o reaproveitamento do resíduo evidenciam a necessidade de ações de educação ambiental integradas aos processos de gestão e gerenciamento do resíduo que permitam a participação das comunidades onde as praias estão alocadas, visando asensibilização dos populares para a preservação desses espaços. A promoção de empreitadas desta naturezapode ser mediada por parcerias interinstitucionais de órgãos gestores (como o ICMBio), poder municipal e instituições acadêmicas.

 

 

 

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