CICLO HIDROLÓGICO EM ÁREAS URBANAS

 

Tatiana Valencia Montero

Engenheira Ambiental pela UNESP – Campus Rio Claro

Diretora da Novos Rumos Educação para Sustentabilidade

E-mail: tatiana@novosrumoseducação.com.br

Michael César Alves

Biólogo, Pós-graduando em Educação Ambiental para a

Sustentabilidade – Centro Universitário Senac

E-mail: michael-alves@live.com

Valdir Lamim-Guedes

Biólogo e Mestre em Ecologia pela Universidade Federal de Ouro Preto

Doutorando em Educação pela Universidade de São Paulo

Professor do Centro Universitário Senac-Santo Amaro, SãoPaulo-SP

E-mail: dirguedes@yahooo.com.br

 

Resumo: O ciclo hidrológico é o fenômeno de circulação de água entre a superfície do planeta e a atmosfera decorrente, basicamente, da influência da energia solar. Com o processo de urbanização, devido à redução de áreas verdes, o aumento da impermeabilização, canalização de corpos d’água, entre outras intervenções no ambiente, temos alterações no ciclo hidrológico, como o aumento do escoamento superficial e redução da infiltração da água no solo. As práticas educativas sobre o ciclo hidrológico devem considerar tais alterações. Nesse texto apresentamos uma proposta de atividade prática de educação ambiental, na qual aborda-se o ciclo da água em cidades, buscando uma maior contextualização no ensino deste tema, para que os alunos possam identificar as ações antrópicas que causam mudanças do ciclo hidrológico, podendo evitá-las ou mitigá-las.

 

Palavras-chave: Urbanização; Ciclo Hidrológico; Educação Ambiental; Planejamento Ambiental; Controle Social.

 

1.      INTRODUÇÃO

Na sociedade atual, a água passou a ser vista como recurso hídrico e não mais como um bem natural, disponível e essencial à existência humana e demais espécies. Seu uso tornou-se indiscriminado e sem uma análise das consequências ambientais e sociais em relação à sua qualidade e quantidade (BACCI;PATACA, 2008).Além do conhecimento acerca do uso da água na sociedade e seus impactos, é de extrema importância discutir as políticas públicas existentes sobre o tema e quais as formas de planejamento e gestão devem ser utilizadas para um bem tão necessário quanto a água. Esta análise se aproxima da Educação Ambiental, quando consideramos que participação e controle social são essenciais para uma gestão dos recursos naturais mais justa.

Segundo Santos (2004), planejamento pode ser definido como um processo de coleta, organização e análise sistematizadas de informações com o objetivo de tomar decisões ou fazer escolhas acerca das melhores alternativas para o aproveitamento dos recursos disponíveis. Um exemplo bastante conhecido de planejamento ambiental é a Agenda 21 (ONU, 1992), que visa o desenvolvimento sustentável para o planeta.Levando em consideração a gestão ambiental, mais especificamente a gestão da água pelas políticas públicas, a partir dos anos 1990 evidenciou-se a necessidade de uma gestão que respondesse às demandas que se apresentavam e que profissionais da área avaliassem diferentes fatores de forma integrada para assim criar a Lei 9433/97 (BRASIL, 1997) que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (RIBEIRO, 2012).

Dessa forma, a questão da água no contexto educacional pode ser abordada a partir de diferentes perspectivas. Diante da atual crise socioambiental acredita-se que a educação para a água deve partir do contexto local, uma vez que “a abordagem do local, tendo como unidade de estudo a bacia hidrográfica, auxiliada pelos conteúdos das geociências e por metodologias interdisciplinares, proporciona uma visão integrada e contextualizada do tema para a construção do conhecimento” (BACCI;PATACA, 2008, p. 226).Ou seja, a questão da água deve ser abordada pela educação ambiental, que a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) define como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999, s.p.).

Este contexto local de análise da água em áreas urbanas e, consequentemente, do ciclo hidrológico, leva-nos a questionar o uso da figura abaixo, representando uma situação em áreas naturais:

Figura 1:Ciclo Hidrológico em Área Natural. Fonte: Engenharia Onde Já Civil (2011).

 

O ciclo hidrológico, definido como “fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfícieterrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solarassociada à gravidade e à rotação terrestre” (CARVAHO; SILVA, 2006, p. 11). Esteé modificado em áreas urbanas, sendo que no ensino de ciências, biologia ou geografia, dificilmente é representado de forma realística para essas áreas, focando somente a análise em áreas naturais, como representado na figura 1. Tarôco, Ferreira e Souza (2015, p. 63), que desenvolveram uma pesquisa sobre a percepção de alunos sobre áreas de risco de alagamento e desbarrancamentos em São João del-Rei, Minas Gerais, afirmam que “a discussão do tema risco ambiental na geografia escolar, ainda é incipiente e não tem favorecido o esclarecimento efetivo sobre o seu significado”. Estes autores comentam também que

 

(...) os conceitos não estão claros entre a maioria. A informação é recebida, mas não é trabalhada e assimilada completamente. As experiências de cada aluno também devem ser levadas em consideração durante os estudos, uma vez que as mesmas podem constituir situações conhecidas e vivenciadas por cada um deles de maneira direta ou indireta. O conhecimento que deveria ser resultado de uma experiência escolar está sendo, nos casos investigados, fruto de notícias oriundas de veículos que defendem opiniões e interesses particulares (TARÔCO; FERREIRA; SOUZA, 2015, p. 62-63).

 

A análise destes autores permite-nos identificar duas questões: os alunos obtêm informações sobre os riscos ambiental através dos meios de comunicação, sobretudo, a televisão, assim, a participação da escola é pequena na compreensão desta situação; deve-se usar as experiências pessoais de cada aluno na análise dos riscos ambientais, incluindo aqui as alterações do ciclo hidrológico nas cidades. Nas duas figuras abaixo, são apresentadas alguns aspectos que são alterados nas cidades.

Figura 2: Escoamento em Áreas Impermeáveis.Fonte: Santos (2013).

Figura 3: ilhas de calor, comparação entre zona rural e cidade. Fonte:Pivetta (2012).

 

Neste sentido, percebe-se que o tratamento destes assuntos em sala de aulade forma contextualizada é essencial. Assim, para podermos ter uma visão mais realística do ciclo hidrológico, devemos considerar que a impermeabilização do solo e a ausência de cobertura vegetal, aumentam o escoamento superficial e reduz a infiltração da água no solo. Isto favorece a ocorrência de inundações, assim como a redução da absorção da água pelo solo, o que influencia negativamente a recarga do lençol freático.Como afirma Luiz Roberto Barretti, engenheiro da Secretaria de Planejamento Urbano da Prefeitura de São José dos Campos:

 

Com a expansão urbana e o consequente aumento das áreas impermeabilizadas nas cidades ocorre grande aumento no volume das águas de drenagem pluvial e diminuição no tempo de concentração na bacia, o que provoca sobrecarga na macrodrenagem, acarretando quase sempre inundações, erosões nas margens, danos a pontes e estradas, entre outras coisas (AGSOLVE MONITORAMENTO AMBIENTAL, 2007).

 

A Figura 3 trata do fenômeno das ilhas de calor. Pivetta (2012) apresenta estudos sobre Manaus e Belém e compara com a capital paulista, na qual, a urbanização tem aumentado o índice de chuvas, consequentemente, amplificado as alterações no ciclo hidrológico:

 

Um possível reflexo do efeito ilha de calor é alterar o regime de chuvas sobre o território das duas cidades amazônicas. Em São Paulo, por exemplo, a quantidade de chuva média anual que cai na maior cidade brasileira aumentou 30% nos últimos 80 anos – e parte dessa elevação pluviométrica, particularmente na primavera e verão, é creditada por alguns estudos à crescente urbanização de seu território.

 

Em termos de planejamento ambiental, a urbanização deve ser feita considerando as características geológicas dos terrenos, bem como deve acontecer a implantação de infraestrutura, como, por exemplo, a pavimentação, e a drenagem das águas pluviais, pois quando não ocorre esse processo, ou seja, quando os fatores geológicos não são avaliados e respeitados, normalmente acontecem acidentes geológicos, como erosão acelerada, áreas urbanas com riscos de afundamento, alagamentos e inundação, entre outros (BERTÉ, 2009). A tragédia ocorrida em janeiro de 2011 na região serrana do Estado do Rio de Janeiro é um exemplo da necessidade de planejamento ambiental, assim como, de respeito à legislação ambiental e das consequência do escoamento superficial aumentado na paisagem. A existência de Área de Proteção Ambiental (APPs) é prevista em lei (foi mantida no atual código florestal, lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012; BRASIL, 2012). Funcionários do Ministério do Meio Ambiente realizaram uma inspeção na área atingida e, ao apresentarem isto em um relatório (SCHÄFFERet al.,2011), deixam claro a necessidade de não ocupar as margens dos rios devido ao perigo das inundações (veja imagem a seguir).

Figura 4: a imagem superior mostra a forma de ocupação agrícola da região de Bonsucesso, Petropólis-RJ, numa imagem desatélite (Google Earth de 13.03.2004); imagem inferior, situação após as chuvas de 11 de janeiro de 2011. Fonte: SCHÄFFER et al. (2011).

 

A gestão dos recursos hídricos é realizada no Brasil de forma participativa através dos Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH). Os CBHs:

 

são organismos colegiados que fazem parte do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e existem no Brasil desde 1988. A composição diversificada e democrática dos Comitês contribui para que todos os setores da sociedade com interesse sobre a água na bacia tenham representação e poder de decisão sobre sua gestão. Os membros que compõem o colegiado são escolhidos entre seus pares, sejam eles dos diversos setores usuários de água, das organizações da sociedade civil ou dos poderes públicos. Suas principais competências são: aprovar o Plano de Recursos Hídricos da Bacia; arbitrar conflitos pelo uso da água, em primeira instância administrativa; estabelecer mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água; entre outros (CBH, s.d., s.p.).

 

Estes organismo colegiados são espaços para a participação e devem influenciar e regular o planejamento dos recursos hídricos na perspectiva da bacia hidrográfica. Somado a isto, estes organismos também devem desenvolver ações de educação ambiental (para saber mais sobre este assunto acesse os materiais ANA, 2011, 2014).

Nesse texto apresentamos uma proposta de atividade prática de educação ambiental, na qual aborda-se o ciclo da água em cidades. Estatem como justificava a necessidade de analisar a questão dos recursos hídricos localmente, com destaque para áreas urbanizadas, para que haja uma maior contextualização no ensino do ciclo hidrológico. Especificamente neste tema, entende-se como extremamente necessário que a sociedade tenha a capacidade de identificar as ações antrópicas que impactam nas mudanças do ciclo hidrológico, podendo evitá-las ou mitigá-las. Desta forma, espera-se que os alunos tenham maior interesse no debate e na sugestão de soluções para os problemas atuais, como a crise de abastecimento de água.

 

2.      METODOLOGIA

O referencial metodológico desta proposta de atividade é a Educação Ambiental Crítica.

 

A Educação Ambiental Crítica objetiva promover ambientes educativos de mobilização desses processos de intervenção sobre a realidade e seus problemas socioambientais, para que possamos nestes ambientes superar as armadilhas paradigmáticas10 e propiciar um processo educativo, em que nesse exercício, estejamos, educandos e educadores, nos formando e contribuindo, pelo exercício de uma cidadania ativa, na transformação da grave crise socioambiental que vivenciamos todos (GUIMIRÃES, 2004, p. 30-31).

 

Ao longo da trajetória da EA crítica tem-seum conjunto de noções principais como: “cidadania ambiental, participação/democracia participativa, interdisciplinaridade, socioambientalismo e sociedade sustentável que, a meu ver, caracterizam e iluminam a trajetória dessa tendência de EA” (LIMA, 2009, p. 147). Assim, no contexto desta proposta de ação prática, a perspectiva crítica é relevante para, partindo de um conhecimento técnico – ciclo hidrológico -, contextualizado – focado nas áreas urbanas -, permitir uma análise da realidade que garantauma melhor compreensão das consequências e soluções para diversos problemas ambientais, como as inundações, além de uma posição que favoreça um planejamento preventivo, não apenas de mitigação.

 

3.      PROPOSTA DE ATIVIDADE

O público alvo dessa atividade são os alunos do ensino médio ou superior, sobretudo que residam em áreas urbanas, caracterizadas pelo alto porcentual de impermeabilização do solo e poucas áreas verdes.

A partir da abordagem inicial do ciclo hidrológico “tradicional” (Figura 1),seguida pela contraposição à uma visão focada na realidade urbana (Figuras 2 e 3),serão apresentados conteúdos relacionados ao tema e iniciadas as discussões sobre os mesmos, para que os alunos tenham a capacidade de entender a situação local, visualizar os problemas, identificar como contribuem com o mesmo e apresentar formas de mitigação e prevenção. Para facilitar o desenvolvimento da atividade, propõe-se dois encontros.

1º Encontro:Para iniciar a atividade deve-se apresentar o modelo tradicional do ciclo hidrológico, ou seja, o ciclo da água na natureza, sem as interferências antrópicas. Um modelo que pode ser utilizado é apresentado na Figura 1. Assim, podem ser tratados alguns conceitos como evaporação, evapotranspiração, condensação, precipitação, escoamento superficial e infiltração.

Passada essa primeira fase de apresentação ou revisão do ciclo hidrológico, iniciam-se os questionamentos de como as cidades influenciam no mesmo: quais mudanças a cidade traz ao ambiente natural? Quais os impactos dessas mudanças? Primeiro deve-se realizar um debate em grupo, anotando as respostas no quadro. Para um melhor entendimento e associação à realidade, sugere-se que a atividade seja realizada considerando a cidade na qual a escola esteja localizada.

Na questão das mudanças no ambiente natural, devem aparecer as questões de desmatamento, grandes áreas impermeabilizadas, ilhas de calor, solo exposto, retificação e canalização de rios,captação de água para abastecimento público, sistemas de tratamento de água e esgoto, bem como o retorno das águas tratadas e não tratadas aos recursos hídricos, dentre outros identificados na região. Em relação aos impactos que essas mudanças trazem às cidades podem ser mencionados alguns como: enchentes, deslizamentos de terra, possibilidades de falta de água e contaminação dos recursos hídricos.

Após o debate os alunos devem ser separados em grupos (sugestão de quatro alunos) e devem fazer a ilustração do ciclo hidrológico em uma cidade.Essa etapa, como um todo, será o diagnóstico da situação dos recursos hídricos na região.

2º Encontro:No primeiro encontro as discussões e atividades foram focadas em traçar um diagnóstico da situação atual da água nas cidades, mais especificamente a cidade onde se localiza a escola. Nesta fase, o foco, além da unidade política, irá considerar a bacia hidrográfica a qual a cidade pertence.

Para essa fase a discussão será baseada no planejamento e gestão ambiental. Como exemplo de planejamento ambiental pode-se utilizar a Agenda 21 (desde o documento global até os desdobramentos locais) e, para gestão ambiental, a Política Nacional de Recursos Hídricos.

Primeiramente, deve-se propor um debate para que os alunos sugiram ações para evitar, minimizar e mitigar os impactos e problemas encontrados na fase anterior. Depois os mesmos devem avaliar quem seriam os responsáveis por essas ações? Elas já estão previstas em alguma política pública? Sugere-se fornecer uma cópia da PNRH e da Agenda 21 para pesquisa, ou acesso a esses e outros documentos por meio de computadores.

Após a avaliação e discussão dos itens acima, solicitar aos alunos que escrevam uma conclusão do assunto. Caso identifiquem que já existam as políticas públicas necessárias para a questão da água, é importante problematizar as limitações da mesma, assim como os seus avanços. Caso identifiquem ações que não estão previstas em documentos, fazer a lista das mesmas e sugerir quem seriam os responsáveis pela implantação das mesmas.

A proposta acima pode ser adaptada à realidade do professor e dos alunos, somado a isto, pode-se incrementar com excursões a campo, por exemplo, ao entorno da escola; a realização de registros fotográfico pelos alunos, pode-se usar os próprios celulares com câmera, seguida por uma pequena exposição das imagens obtidas.

Outras questões pertinentes à esta atividade são; a discussão sobre a crise de abastecimento que afeta a Grande São Paulo e algumas regiões dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, desde 2014 e que ainda não está solucionada (LAMIM-GUEDES, 2015); e a discussão sobre as causas desta crise, que envolvem alterações no ciclo hidrológico, mas também problemas de gestão dos recursos hídricos. Somado a estes dois aspectos, pode-se tratar de como a população sofre e reage à crise, assim como, as mobilizações em torno do tema, por exemplo, como está retratado na imagem abaixo.

Figura 5: propaganda do governo do Estado de São Paulo incentivando a economia de água com pichação. Imagem obtida em São Paulo-SP, março de 2015. Fonte: Lamim-Guedes (2016, p. 5).

 

Um grande problema desta crise de abastecimento de água é a despolitização do problema. Parece que não causa espanto o fato de a crise ocorrer em uma cidade tropical com alto índice pluviométrico. Esta situação traz à tona a visão malthusiana do conflito entre crescimento humano e uso dos recursos naturais, com o agravamento devido à precificação da água (MILANEZ, 2015).Somado a isto, temos que questionar a visão de que temos uma grande quantidade de água no Brasil, como se fosse algo distribuído em todo o território de forma semelhante. Na verdade, a maior parte da água doce em território nacional está na região norte, enquanto as regiões mais populosas estão no sudeste. Além disto, a água disponível é reduzida ou tornar-se mais sazonal com as alterações no ciclo hidrológico, influências das mudanças climáticas e destruição ambiental e pela degradação dos recursos hídricos, incluindo aqui o lançamento de esgoto nos rios e contaminação do lençol freático.

 

4.      CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que é essencial entender como o homem afeta a realidade local. Essa compreensão na escola, por meio de atividades como a apresentada acima, poderá fazer a diferença na formação de indivíduos críticos, participativos, aptos a enfrentar os problemas ambientais e uma possível crise dos recursos naturais disponíveis, dentre eles a água.

Avaliar e planejar o meio ambiente urbano torna-se um desafio, tanto para o poder público como para a sociedade civil organizada, sendo necessário a Educação Ambiental como meio de intervenção e base para boas práticas, em busca de uma melhor qualidade de vida e desenvolver o meio ambiente sem agredi-lo criando uma visão integrada do mundo que nos cerca, uma visão que nos leve a compreender as diversas esferas (hidrosfera, biosfera, litosfera e atmosfera) e suas inter-relações, bem como as interferências geradas pelo homem no meio em que vive.

Através da Educação Ambiental o aprendizado construtivo é desencadeado e a aplicação holística interdisciplinar é estimulada, permitindo a potencialização da capacidade cognitiva sobre o ambiente ao entorno, possibilitando o resgate deste elo entre o ser humano e a natureza, enfatizando o desenvolvimento dos princípios da Educação e Interpretação Ambiental (CHUNG; LIMA, 2007).

O envolvimento da sociedade com as questões ambientais permite que criem novos conceitos acerca do mundo em que vivem e passem a olhá-lo com outros olhos, possibilitando um replanejamento dos modelos de desenvolvimento adotados, tornando-os responsáveis com o meio ambiente e os ciclos responsáveis pela a manutenção da vida.

 

5.      REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGSOLVE MONITORAMENTO AMBIENTAL. Conhecimento do ciclo hidrológico das cidades facilita preservação. 2007. Disponível em: <http://www.agsolve.com.br/noticias/conhecimento-do-ciclo-hidrologico-das-cidades-facilita-preservacao>. Acesso em: 04.mai.2016.

ANA (Agência Nacional de Águas).Comitê de Bacia Hidrográfica. Youtube. 2014. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=uRzt9tv0EJU>. Acesso em 02.jun.2016.

ANA (Agência Nacional de Águas). O Comitê de Bacia Hidrográfica: o que é e o que faz?. Brasília: ANA, 2011.(Cadernos de capacitação em recursos hídricos; v.1). Disponível em <http://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/CadernosDeCapacitacao1.pdf>. Acesso em 02.jun.2016.

BACCI, Denise de La Corte; PATACA, Ermelinda Moutinho. Educação para a água. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, pp. p. 211-226, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142008000200014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 02.Jun.2016. 

BERTÉ, Rodrigo. Gestão Socioambiental no Brasil. Curitiba: Ibpex, São Paulo: Saraiva, 2009.

BRASIL. Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 (Política Nacional de Educação Ambiental). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm>. Acesso em: 14.mai.2016.

BRASIL. lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (“‘Novo” Código Florestal). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm>. Acesso em: 14.mai.2016.

BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997 (Política Nacional de Recursos Hídricos). 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm>. Acesso em: 14.mai.2016.

CARVALHO, Daniel Fonseca de; Silva, Leonardo Duarte Batista da. Ciclo Hidrológico. Apostila da disciplina Hidrologia, Departamento de Engenharia/Instituto de Tecnologia/Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. 2006. Disponível em <http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/it113-hidrologia.htm>. Acesso em 02.jun.2016.

CBH (Comitês de Bacia Hidrográficas). O que é um CBH?. Sem data. Disponível em <http://www.cbh.gov.br/GestaoComites.aspx>. Acesso em 02.jun.2016.

CHUNG, Fabiola Granato; LIMA, Marta Maria Vieira. Educação Ambiental com Ênfase na Preservação dos Recursos Hídricos no Município de Campos do Jordão-SP. In: Seminário de recursos hídricos da bacia hidrográfica do paraíba do sul: o eucalipto e o ciclo hidrológico, Taubaté, São Paulo, 07-09 nov. 2007. Anais... p. 131-137, 2007.

ENGENHARIA ONDE JÁ CIVIL.O Ciclo da Água. 2011. Disponível em <http://engenhariaondejahcivil.blogspot.com.br/2011/03/o-ciclo-da-agua.html>. Acesso em 02.jun.2016.

GUMARÃES, Mauro. Educação Ambiental Crítica. LAYRARGUES, Philippe Pomier (coord.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004, p. 25-34.

LAMIM-GUEDES, Valdir. Crise da água na região metropolitana de São Paulo, Brasil. Global Education Magazine, v. 11, p. 95-99, 2015. Disponível em <http://www.globaleducationmagazine.com/crise-da-agua-na-regiao-metropolitana-de-sao-paulo-brasil/>. Acesso em 02.jun.2016.

LAMIM-GUEDES, Valdir. Economize água... para?. In: LAMIM-GUEDES, Valdir (Org.). (Vi)ver n_a Cidade: Ocupações de Espaços Urbanos. São Paulo: PerSe, 2016, p. 5.Disponível em <https://viveracidade.wordpress.com/2016/02/22/livro-viver-n_a-cidade-ocupacoes-de-espacos-urbanos/>. Acesso em 02.jun.2016.

LIMA, Gustavo Ferreira da Costa. Educação ambiental crítica: do socioambientalismo às sociedades sustentáveis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.35, n.1, p. 145-163, jan./abr. 2009.

MILANEZ, Felipe. Malthus e a crise hídrica em São Paulo. Conta D’Água. 2015. Disponível em <https://medium.com/a-conta-da-agua/malthus-e-a-crise-hidrica-em-sao-paulo-8a2c3d732f0c>. Acesso em 13.mai.2016.

ONU (Organização das Nações Unidas). Agenda 21. 1992. Disponível em <http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global>. Acesso em 02.jun.2016.

PIVETTA, Marcos. Ilha de calor na Amazônia. Pesquisa FAPESP, v. 200, Out. 2012. Disponível em <http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/10/11/ilha-de-calor-na-amazonia/>. Acesso em 02.jun.2016.

RIBEIRO, Sérgio Augusto de Mendonça. Interdisciplinaridade e transdisciplinaridade na mudança do paradigma instrumental do uso da água. 2012. 179 f., il. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Sustentável) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/handle/10482/11427>. Acesso em 14.mai.2016.

SANTOS, Márcio. Hidrologia escoamento superficial. 2013. Disponível em <http://pt.slideshare.net/marciotecsoma/hidrologia-escoamento-superficial-23627791>. Acesso em 02.jun.2016.

SANTOS, Rozely Ferreira dos. Planejamento ambiental: teoria e prática. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.

SCHÄFFER, Wigold Bertoldo; ROSA, Marcos Reis; AQUINO, Luiz Carlos Servulo de; MEDEIROS, João de Deus. Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação & Áreas de Risco. O que uma coisatem a ver com a outra? Relatório de Inspeção da área atingida pela tragédia das chuvas na RegiãoSerrana do Rio de Janeiro. Brasília: MMA, 2011.(Série Biodiversidade, 41). Disponível em <http://www.mma.gov.br/estruturas/202/_publicacao/202_publicacao01082011112029.pdf>. Acesso em 02.jun.2016.

TARÔCO, Larissa Trindade; FERREIRA, André Barbosa Ribeiro; SOUZA, Carla Juscélia de Oliveira. Geografia e educação para o risco: uma abordagem possível. Territorium Terram, v. 3, n. 5, pp. 54-64, 2015. Disponível em <http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/territorium_terram/article/view/861>. Acesso em 02.jun.2016.