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Editorial

 

“Educação ambiental: aprendendo a cuidar da vida”

 

 Que prazer estar mais uma vez compartilhando com vocês nossa revista.

 Já imaginaram em o quê um compositor está pensando ao escrever a letra de uma canção?

É um exercício divertidíssimo!

Vejam só está letra:

“Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser, diz-lhe numa prece que ela regresse porque eu não posso mais sofrer.

Chega de saudade a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza...”[1]

Será que estavam pensando nas árvores?

Acompanhe...

Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser; a nossa tristeza ao ver uma área devastada, a terra “pelada” correndo riscos de erosão, dizer aos proprietários da terra, que sem as árvores não pode ser!

Diz-lhe numa prece que ela regresse porque não posso mais sofrer;

Fazer uma prece para que as árvores regressem porque não podemos mais sofrer! Sofrer a falta d’água, a falta de sombra, o calor escaldante das ilhas de calor das grandes cidades...

Chega de saudade a realidade é que sem ela não há paz, não há beleza; Dizer que a vida fica triste, desanimada, sem pássaros, reduz a diversidade de flora e fauna, sem a beleza das árvores.

 

E assim brincando, vamos criando o nosso (bom) senso crítico e aprendendo a cuidar do nosso espaço, aquele pedacinho só nosso ao qual queremos tanto bem!

E então por curiosidade e diversão, resolvemos também cuidar de outros espaços, uma vez que o nosso com o carinho depositado nele encontra-se tão belo que destoa dos arredores...

E assim com a lição mais simples e mais bela, a partir do amor por nosso pequeno universo, partimos em busca de um universo maior.

 E sem ao menos perceber, pois foi feito com carinho, bom senso e amor, fizemos a nossa parte!

 

Viver pode ser muito divertido!

 

Marina Strachman- Arquiteta e Ambientalista marinastrachman@hotmail.com

 



[1] Chega de Saudade de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Com certeza, os autores não estavam pensando em reflorestamento, mas cabe como uma luva, não é?