Educação Ambiental em Ação 41

Política Nacional de Agroecologia impulsiona agricultura familiar

Publicada em 21/08/2012 às 17:26

 

 

No dia 21 de agosto de 2012, foi instituída a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. O documento prevê a elaboração de um plano com metas e prazos a serem cumpridos pelo governo federal, além de determinar elementos como a concessão de crédito, seguro, assistência técnica e pesquisa para ampliar a oferta dos produtos agroecológicos no Brasil.Segundo o diretor de geração de renda do MDA, Arnoldo de Campos, a nova política trará avanços na geração de renda para os agricultores familiares, no respeito ao meio ambiente e na saúde dos consumidores, que passarão a ter alimentos mais saudáveis.

 

A política e suas medidas foram debatidas durante meses entre organizações não-governamentais, movimentos sociais, representantes do setor privado e o governo federal. Para elaborar o documento, o governo formou, em 2011, um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), composto pelos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), Meio Ambiente (MMA), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), além do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

O decreto vem de encontro às reivindicações de organizações do campo ligadas à agroecologia e à produção orgânica, como a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que aposta em uma política nacional como forma de fortalecer a agricultura familiar camponesa e de povos e comunidades tradicionais. Os movimentos buscam formas de produção ecologicamente corretas, com usos racionais dos solos e das águas, além da eliminação do uso de agrotóxicos. O objetivo da nova política é orientar a ação dos agricultores, de modo a produzir alimentos em maior quantidade e qualidade, de forma sustentável, sem agredir a saúde dos consumidores e o meio ambiente. Os movimentos sociais reivindicam ainda que a Política Nacional os ajude na preservação do patrimônio cultural e natural e na dinamização de redes locais de economia solidária.

 

Arnoldo de Campos também destacou as vantagens da medida para a agricultura familiar, maior produtora de orgânicos e produtos agroecológicos do país,  que passam a ser mais valorizados no mercado com a iniciativa. Ele salientou, ainda, que o mercado para estes produtos vem crescendo a taxas de dois dígitos no país e no mundo. No Brasil, o mercado expande cerca de 20% ao ano – acima da taxa mundial, de 15% –  e ainda tem bastante espaço para crescer (hoje são aproximadamente R$ 400 milhões, valor ainda pequeno se comparado aos mais de R$ 80 bilhões do mercado externo).

 

A biodiversidade também é abordada na nova Política. O manejo florestal, além de não agredir o meio ambiente, também é um setor com demanda crescente. Campos lembra que cada vez mais os produtos da floresta abastecem diferentes setores, que vão além do alimentício. Hoje, por exemplo, está em franca expansão o uso destes produtos nas indústrias de cosméticos e farmacêutica, com os medicamentos fitoterápicos. Desta forma, a nova Política gera benefícios ao meio ambiente, aos consumidores e, sobretudo, aos mais de 90 mil produtores agroecológicos do país, dos quais 85% são agricultores familiares.

 

Com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário | Foto: Tamires Kopp/MDA

Fonte: http://www.programaredes.org.br/politica-nacional-de-agroecologia-impulsiona-agricultura-familiar/

 

Para visualizar no DOU:

 

Pag 1: http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=4&data=21/08/2012

Pag 2: http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=21/08/2012&jornal=1&pagina=5&totalArquivos=176

 

Dica do Léo!