Educação Ambiental em Ação 37
Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
Desafios do Jornalismo ambiental em pauta no Rio de Janeiro
O evento terá ênfase na cobertura da conferência Rio + 20 e os participantes
terão acesso a palestras, oficinas, mini-cursos, exposições, lançamentos de
livros e mostras cientificas com grandes nomes da pesquisa em Comunicação
Ambiental do Brasil
Por Liliana Peixinho - Colaboração Imprensa IV CBJA
No período de 17 a 19 de novembro o Brasil será palco de grandes encontros
sobre Jornalismo ambiental durante o IV Congresso Brasileiro de Jornalismo
Ambiental. Em foco, o aprofundamento do debate com os novos desafios da
mídia frente à Sustentabilidade. O evento deverá reunir cerca de 1200
profissionais membros da Rede Brasileira de Jornalismo
Ambiental; Jornalistas e profissionais de comunicação ligados à cobertura de
temas ambientais e de sustentabilidade; Profissionais de comunicação de
empresas que tem a sustentabilidade como foco operacional; Assessores de
imprensa de empresas, ONGs e organismos de governo ligados a questões
sociais, ambientais e de sustentabilidade; além de estudantes pesquisadores
em comunicação socioambiental.www.jornalismoambiental.org.br/
O que é o IV CBJA
A 4ª edição do CBJA - Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental
acontecerá entre os dias 17,18 e 19 de novembro, na Pontifícia Universidade
Católica, no Rio de Janeiro-RJ, e terá ênfase na cobertura da conferência
Rio + 20. O evento, antes programado para 2012, foi antecipado pela comissão
organizadora para estimular o debate e os preparativos para a conferência
internacional, marco histórico da pauta mundial sobre Meio Ambiente.
Palestras, oficinas, mini-cursos, exposições, lançamentos de livros e
mostras cientificas com grandes nomes da pesquisa em Comunicação Ambiental
do Brasil. Compõem a grade de programação painéis temáticos como: impactos
das mudanças climáticas, uso de redes sociais no jornalismo,
espiritualidade, Economia Verde, envolvendo o papel da mídia na construção
do novo paradigma mundial de mudança de comportamento frente aos desafios
para a garantia da Vida.
Segundo a coordenação o objetivo do CBJA, é colaborar para a formação
continuada dos profissionais de comunicação ambiental e fortalecer a Rede
Brasileira de Jornalismo Ambiental e suas parcerias. Pela primeira vez as
inscrições para o IV CBJA serão gratuitas e o acesso é pelo site
Eventos Paralelos
Durante o Congresso serão realizados outros eventos, em paralelo, como o
Encontro da RedCalc – Red Latino-Americana de Periodismo Ambiental, que
reúne jornalistas que atuam com pautas ambientais e de sustentabilidade em
toda a América Latina; o I Encontro Nacional de Pesquisadores em Comunicação
Ambiental; I Encontro Nacional da REBIA (Rede Brasileira de Informação
Ambiental). O CBJA também conta com uma mostra científica, que reúne grandes
nomes da pesquisa em Comunicação Ambiental do Brasil.
Contextualização histórica
Há 20 anos o Brasil sediou a Rio 92, Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92 ou Eco 92 . Desde então, entrou
em pauta um ciclo de conferências das Nações Unidas para discussão de
problemas que afetam a a Vida, na humanidade. Desses eventos surgiram as
Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, Agenda
21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban e
inúmeros outros documentos, acordos, convenções, códigos ainda não em
prática efetiva para o enfretamento da reversão de problemas sérios como
fome, miséria, injustiça social e degradação ambiental. Eventos que frustrou
esperanças e indignou gente séria, atentas aos processos e formas de
utilização de recursos, de toda ordem, para a preservação/adaptação da Vida,
em agonia nesse planetinha de constantes mudanças.
Sete bilhões com fome
Informações divulgadas pelas redes ambientais mostram que sete bilhões de
seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de
1929. Um cenário com desigualdade social, pobreza extrema, fome em mais de
bilhão de pessoas e o paradoxo do desperdício de alimentos, da falta de
cuidado com a grande matriz natureza sendo devorada por um modelo capital em
cheque junto às mentes inteligentes e altruístas mundo afora. Temos ainda,
em pleno século XXI, guerras e situações de violência endêmica, racismo,
xenofobia. A proposta de Cadeias Produtivas Sustentáveis de ponta a ponta é
uma utopia diante de um sistema de produção e consumo as grandes
corporações, mercados financeiros e os governos, que asseguram a sua
manutenção, produz e aprofunda a decadência da Vida diante da perda de
biodiversidade, escassez de água potável, aumento da desertificação dos
solos e acidificação dos mares, a derrubada das florestas, o aumento da
violência, do desemprego, do caos nos grandes centros urbanos.
Nessa crise civilizatória, inédita, governos, instituições internacionais,
corporações e com certeza o até o Terceiro Setor, estão em cheque com o
modelo de economia, governança e valores considerados ultrapassados,
paralisantes, perversos e até criminosos. A economia, conduzida num mercado
financeiro global, apoiada no lucro fácil, rápido, especulativo, deixa suas
marcas no trabalho escravo à moda moderna; na queima dos combustíveis
fósseis, na degradação dos ecossistemas, no desenvolvimento igualado ao
crescimento, na produção pela produção e outras práticas distante do tão
propalado discurso Sustentável.
Adaptação da Vida
Esse olhar transversalizado sobre as necessidades de adaptação da Vida na
Terra alimenta a oportunidade do que os ambientalistas chamam de "reinventar
o mundo", apontando saídas para o perigoso caminho que estamos trilhando.
Educadores da rede brasileira tomaram a seguinte posição: "a ação dos atores
hegemônicos do sistema internacional e mediocridade dos acordos
internacionais negociados nos últimos anos, suas falsas soluções e a
negligência de princípios já acordados na Rio92, entendemos que se não
devemos deixar de buscar influenciar sua atuação, tampouco devemos ter
ilusões que isso possa relançar um ciclo virtuoso de negociações e
compromissos significantes para enfrentar os graves problemas com que se
defronta a humanidade e a vida no planeta.".
Entendem que a agenda necessária para uma governança global democrática
pressupõe um fim da condição atual de captura corporativa dos espaços
multilaterais. Reforçam a idéia de mobilização social onde a mudança somente
virá da ação dos mais variados atores sociais: diferentes redes e
organizações não governamentais e movimentos sociais de distintas áreas de
atuação, incluindo ambientalistas, trabalhadores/as rurais e urbanos,
mulheres, juventude, movimentos populares, povos originários, etnias
discriminadas, empreendedores da economia solidária. Garantir condições
materiais e tecnológicas para que novas formas de produção, consumo e
organização política sejam estabelecidas, potencializando a atuação
coletiva.
Para movimentos ambientais brasileiros como REBEA, AMA, RAMA, REBIA, RBJA, e
outros coletivos, a Rio +20 poderá ser um importante ponto na trajetória das
lutas globais por justiça social e ambiental construídas antes e depois da
Rio-92, como Seattle, FSM, Cochabamba, COP 17, G20. Oportunidade que precisa
ser potencializada como espaço democrático para gerar forças e resistência
na defesa da Vida.
Preparação para a Rio + 20
A Conferencia Mundial chamada de Rio + 20, será realizada em junho de 2012,
como evento autônomo e plural, provisoriamente denominado Cúpula dos Povos
da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, paralelo à Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). A Bahia levará ao evento
propostas para ações cotidianas através das campanhas dos Movimentos AMA –
Amigos do Meio Ambiente e da RAMA- Rede de Mobilização em Comunicação
Ambiental através da Agenda Ambiental Doméstica, com ações proativas para
Consumo Consciente, Adoção da Cultura dos 7 Rs - Racionalizar, Reduzir,
Repensar, Recriar, Reaproveitar, Repartir, Revolucionar e Desperdício Zero =
Lixo Zero = Saúde 10. Ações com agregação em aproveitamento integral de
alimentos/segurança alimentar, cultura de prevenção e cuidado com a Vida e
construção de cadeias produtivas sustentáveis de ponta a ponta, para
comércio justo, inclusão social e bem viver em harmonia com a grande matriz
Natureza.
Carbono Zero
IV CBJA será carbono negativo, ou seja, serão plantadas mais árvores que o
necessário para a neutralização das emissões de carbono do evento, que
também adotará práticas ecoeficientes e produtos reciclados. A proposta é
que o IV CBJA seja um exemplo do que os jornalistas ambientais esperam ver
na sociedade. A Realização é da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental, com
organização da REBIA e Envolverde. Tem o apoio institucional da PUC Rio e
NIMA; operação da Pega Eventos e patrocínio master o Fundo Vale e Petrobrás
e outros como Itaú Unibanco e Fundação Banco do Brasil. A curadoria é dos
jornalistas Dal Marcondes, com a Envolverde e RBJA e Vilmar Berna, com a
REBIA e a RBJA.
Programação:
PAINEL 1
Os desafios da cobertura da Rio+20
-Luiz Figueiredo – embaixador, diretor de meio ambiente do Itamaraty (A
confirmar)
-Ladislau Dowbor – economista e professor da PUC SP (confirmado)
-Aron Belinky – Vitae Civilis e Ecopress (A Confirmado)
-Sérgio Besserman (A confirmar)
Moderação
Dal Marcondes – jornalista e diretor de redação da Envolverde
PAINEL2
Redes Sociais e Sustentabilidade
-Alan Dubner (Confirmado)
-Ismar Soares – Prof. Educomunicação USP (A confirmar)
-Luis Nassif (A confirmar)
-Luiz Antônio Prado (colunista da REBIA -A confirmar)
Moderação
Henrique Camargo – Mercado Ético (A confirmar)
PAINEL3
Jornalismo em Tempo de Economia Verde
-Amélia Gonzalez – editora do caderno Razão Social – O Globo (A confirmar)
-Sonia Araripe – editora revista Plurale (A Confirmar)
-Ricardo Voltolini – Editor revista Ideia Sustentável (A confirmar)
-Ricardo Arnt - Revista Planeta (A confirmar)
Moderação
-Ricardo Young – ex-presidente do Instituto Ethos (A Confirmar)
PAINEL4
O jornalismo científico e o diálogo imprensa/academia
-Ulisses Capozolli – Editor da Scientific America Brasil (A confirmar)
-Eduardo Geraque (A confirmar)
-Wilson da Costa Bueno (Confirmado)
-Renato Janine
ñ Moderação
Ilza Girardi (Confirmada)
PAINEL5
As novas pautas da sustentabilidade
-Andrea de Lima – ex-gerente de comunicação do instituto Ethos (A confirmar)
-Sonia Favaretto – diretora de comunicação da BM&F Bovespa (A Confirmar)
-Celso Marcondes – diretor da revista Carta Capital (A Confirmar)
ñ Moderação
Reinaldo Canto – ex-diretor de comunicação do Greenpeace (Confirmado)
PAINEL6
Sustentabilidade no Rádio e na TV
-Maria Zulmira – Repórter e produtora de TV (A confirmar)
-Paulina Chamorro – Gerente de Meio Ambiente da Rádio Eldorado (A confirmar)
-Sergio Abranches (A confirmar)
ñ Moderação
João Batista Santafé (A confirmar)
PAINEL7
Redes Sociais e Sustentabilidade
-Alan Dubner (Confirmado)
-Ismar Soares – Prof. Educomunicação USP (A confirmar)
-Luis Nassif (A confirmar)
-Luiz Antônio Prado (colunista da REBIA -A confirmar)
Moderação
Henrique Camargo – Mercado Ético (A confirmar)
PAINEL7
Cidades Sustentáveis
-Andrea Young – Unicamp / INPE (A confirmar)
-Luanda Nero – jornalista do Movimento Nossa São Paulo (A confirmar)
-Rafael Greca ( A confirmar)
Moderação
André Trigueiro (Confirmado)
IV CBJA - EcoAgência
Fonte:
http://www.ecoagencia.com.br/index.php?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUspFSjZEZhN2aKVVVB1TP