Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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12/03/2011 (Nº 35) A formação do técnico agrícola em Educação Ambiental: tecendo considerações
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Revista Educação Ambiental em Ação 35

A formação do técnico agrícola em Educação Ambiental: tecendo considerações

Leila Cristina Aoyama Barbosa

Bióloga, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, UFMS

Professora titular de biologia da Escola Técnica Estadual de Rondonópolis/MT

 

Endereço para correspondência:

Av. Bandeirantes, 5.117, Vila Operária, 78.720-000, Rondonópolis/MT

Telefone profissional: (66) 3422-0523

E-mail: leila.aoyama@gmail.com

 

RESUMO: Os cursos de nível técnico visam formar profissionais para atender a demanda de mercado específica. Entretanto, questiona-se até que ponto a visão do mercado deve prevalecer sobre a visão da coletividade. O texto traz algumas reflexões sobre como os cursos do ensino técnico da área agrícola podem estar formando seus estudantes. Ainda não encontramos respostas sólidas. Trata-se de um diálogo entre companheiros da educação ambiental em busca da construção da sociedade sustentável.

 

Palavras-chave: Educação Ambiental Crítica, Ensino técnico, Agronegócio.

 

 

1.  Introdução

O setor agrícola passou por grandes transformações no decorrer da segunda metade do século XX. Essas alterações, juntamente com toda a revolução tecnológica que ainda vivenciamos, ocasionaram mudanças no comportamento e nos valores da sociedade.

A Revolução Verde, da década de 1960-1970, difundida pelos norte-americanos, se espalhou pelo mundo inteiro e prometia aumento da produtividade das culturas. Aparecia ali a justificativa para se amenizar o problema da fome mundial. No entanto, o programa baseado no melhoramento genético, na multiplicação de sementes resistentes a doenças e pragas e na mecanização agrícola não somente foram incapazes de solucionar o problema da injustiça social, como parece incitá-la ainda mais (LUZZARDI, 2006).

Não se pode negar que a agricultura brasileira muito se modificou devido à inclusão destes elementos no processo. A agricultura artesanal, em que predominava a influência da natureza e as práticas sem embasamento técnico científico, com mão-de-obra familiar e produção para subsistência em que somente o excedente era vendido, foi substituída por uma agricultura mecanizada e de fertilizantes químicos com produção em alta escala, para a comercialização (ZAMBERLAM & FRONCHETI, 2007).

Desde então, nosso país tem se destacado como um dos celeiros mundiais e a crença de que aqui se produz grãos que chegam aos diversos países do globo terrestre cria uma ilusão em nossa sociedade de que muito fazemos pelo bem comum maior.

Dentre os anos de 1980-1990, Mato Grosso começou a se destacar entre os estados brasileiros produtores de grãos, principalmente devido à entrada da cultura da soja em suas lavouras (AZEVEDO & PASQUIS, 2007). Os autores ainda destacam que, até o ano de 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado mostrou um crescimento bem acima da média nacional: “entre 1994 e 2002, ele cresceu 5,6% vis a vis ao PIB nacional, que foi de 2,7%” (Ibid, p. 188).

Devido a esses números, não foi à toa que, durante o período de 2002 a 2006, a cidade de Rondonópolis, localizada na região sudeste mato-grossense, há 210 km da capital Cuiabá, sediou consecutivamente a feira de difusão tecnológica Agrishow Cerrado. Além disso, conforme informações do Sindicato Rural do município (2010), a Feira de Exposição Agropecuária realizada neste ano, 2010, movimentou R$ 63,7 milhões em que grande parte das negociações referiram-se a máquinas agrícolas.

O forte potencial agrícola do município reflete também sobre a educação oferecida, pois há instituições públicas e particulares que preparam profissionais para o trabalho com a agricultura em nível de ensino técnico e também de graduação e pós-graduação.

Desse modo, a Escola Técnica Estadual de Rondonópolis oferece, desde 2004, cursos profissionalizantes do ensino técnico na área de agropecuária, dentre eles o de técnico em Agricultura e em Agropecuária. A existência destes cursos e minha ligação com a instituição me levaram a investigar mais sobre as duas temáticas (técnico agrícola e EA) em minha pesquisa do mestrado.

A partir de algumas inquietações que me surgem, neste artigo teço algumas considerações sobre a formação do técnico agrícola em Educação Ambiental (EA). Mais do que apontar falhas ou acertos, o intuito é refletir sobre as possíveis concepções que estes sujeitos têm apreendido e se eles podem se tornar educadores ambientais em um ambiente de tão forte influência do agronegócio.

Esse ensaio busca pelo diálogo entre companheiros que acreditam na transformação da sociedade por meio de uma EA crítica. Imagino que nos diversos cantos de nosso país existem pessoas agindo em prol de uma sociedade sustentável e por intermédio de comunicações, como deste periódico, percebemos que não estamos sozinhos e que trabalho algum é em vão.

 

 

2.  A formação curricular do técnico agrícola e sua relação com a Educação Ambiental

O técnico agrícola é um profissional habilitado para o trabalho no campo e seu contato direto com o meio ambiente se faz pelas diversas atividades que vão desde o preparo do solo até a industrialização.

Conforme descrito nos Referenciais Curriculares Nacionais (2000a) da área de Agropecuária, este profissional tem por base de formação conhecimentos das áreas agronômica, biológica e química. Além disso, há um preparo para o trabalho administrativo deste indivíduo.

E, como em qualquer nível de educação, o currículo do ensino técnico visa integrar esses diversos conhecimentos para a formação de competências e habilidades profissionais do indivíduo. Entretanto, a transdisciplinaridade não é algo simples de se obter. “A divisão do saber em compartimentos estanques tornou-se prática e ‘necessária’ para atingir os objetivos educacionais de um sistema de ensino que nada mais é do que uma faceta de uma determinada visão de mundo, também fragmentada (BRUGGER, 1999: p. 36)

Em análise dos desenhos curriculares de cursos do ensino técnico da área de agropecuária oferecidos em duas instituições públicas do estado de Mato Grosso foi verificado que a EA é trabalhada de modo superficial e com uma concepção conservacionista (BARBOSA et al, 2010). Há poucas inserções de temáticas ambientais junto às bases tecnológicas trabalhadas no decorrer dos cursos e, explicitamente, não se apresenta o diálogo entre questões sociais e o trabalho deste profissional.

Esse fato já nos leva a refletir sobre a interferência da realidade local no desenho curricular dos cursos. Como estamos falando da realidade do estado de Mato Grosso, isso acaba se tornando um estudo de caso, mas por meio de pesquisas realizadas em instituições de outros estados percebe-se que o quadro não é muito diferente.

Estudos recentes (CARVALHO, 2004; CAVALCANTE, 2007; MOREIRA, 2009) realizados em Institutos Federais de Educação Profissional de diversas regiões do país analisaram a presença da EA em cursos técnicos agrícolas. Todos eles demonstram que a EA ocorre de modo fragilizado e não se torna capaz de criar uma consciência ecológica e a ética ambiental nos alunos. Há pouca articulação entre os conhecimentos científicos e a temática investigada de modo que ela se restringe a um trabalho de sensibilização ou nem mesmo a isso.

É fato que os próprios Referenciais Curriculares Nacionais (2000b) propõem que o currículo dos cursos técnicos se adequem à demanda de trabalho regional. No entanto, observando a supremacia do agronegócio mato-grossense fica a indagação se esta visão de agricultura voltada aos grandes produtores não ofusca a visão verdadeira de sustentabilidade não só nos técnicos agrícolas, mas na sociedade em geral.

Percebe-se uma tendência dos cursos buscarem atender somente à demanda de mercado do agronegócio e a própria sociedade quer isso. O deslumbramento pelas riquezas que surgiram para poucos durante os anos dourados da agricultura cria em grande parte da população o imaginário de uma vida mais abastada para todos os que estão envolvidos na cadeia produtiva.

Desse modo, por diversas vezes é possível notar a grande influência do setor produtivo nos currículos. Prima-se fortemente pelos conteúdos voltados para as grandes culturas, como a soja, o milho e o algodão; e pouca ênfase é dada a assuntos como a agricultura familiar, sustentabilidade e extensão rural.

O técnico agrícola de nível médio vivencia um mundo agrícola promissor de um lado e altamente problemático por outro. Se de um lado o avanço do agronegócio reforça a importância do setor primário na economia nacional, desencadeando um processo que vai desde a produção de alimentos, mecanização e implementos agrícolas, consumo de insumos, transporte, armazenamento, processamento e distribuição; por outro lado o técnico defronta cada vez mais com danos ambientais decorrentes da chamada agricultura moderna (SOARES, 2001).

O intuito não é demonizar a agricultura moderna ou o agronegócio, pois muitos dos setores e empresas envolvidos já se conscientizam para um trabalho social e ambiental; e é notável o crescimento econômico gerado a partir de suas produções e cadeias produtivas. Porém torna-se necessário refletir se a realidade não está coberta pela “névoa” ilusória de riquezas para alguns frente ao prejuízo de tantos outros e do próprio ambiente físico.

É isso que gostaríamos que fosse discutido junto aos estudantes, futuros técnicos agrícolas. Paulo Freire (2005) descreveu sobre a opressão que o povo brasileiro vivia diante do poder das classes mais abastadas. Não seria essa uma situação de opressão?

Estes estudantes, seus professores, a sociedade em geral não se percebem oprimidos? A realidade não está sendo manipulada para uma visão unilateral?

 

Seria muito interessante, para as elites no poder, evitar que os homens pensem, porém isso não é possível. É impossível. É impossível porque o pensar é resultado de nossa relação com o mundo e porque nós, em nosso processo de evolução, tornamo-nos homens pensantes que refletimos. Já que é impossível proibir que o homem pense, é necessário, para que o “status quo” se mantenha, mitologizar a realidade para, assim, mitologizar a consciência porque seria impossível falsificar a realidade sem falsificar também a consciência. (FREIRE apud TORRES, 1979: p. 36)

 

São muitas inquietações ainda sem respostas. Estaríamos nós tendo nossas consciências “mitologizadas”? Parece surreal pensarmos que em pleno século XXI a Pedagogia do Oprimido, escrito por Paulo Freire, em 1969, ainda faz tanto sentido em nossa realidade: continuamos oprimidos. Muda-se o personagem do opressor, mas o pensamento continua sendo manipulado e, neste caso, uma EA verdadeiramente transformadora pode se mostrar como um instrumento eficiente para alterar esse panorama.

 

 

3.    A Educação Ambiental que queremos

A EA surge, desde a década de 1970, nos eventos ambientais mundiais da época, como uma ferramenta para conscientizar a sociedade do papel do ser humano frente ao meio ambiente.

De lá para cá muitos conceitos na área foram elaborados e também desconstruídos. Surgiram teorias para embasar a epistemologia e muitas idéias para definir EA conservadora, transformadora, crítica, emancipadora, entre tantas outras (CARVALHO, 2004). No entanto, destacamos que, mais do que uma adjetivação, o importante é buscarmos por uma educação que busque a integração do ser humano em comunidade e da comunidade no ambiente.

Assim, procuramos por uma EA portadora de processos individuais e coletivos que contribuam com:

 

1) a redefinição do ser humano como ser da natureza, sem que este perca o senso de identidade e pertencimento a uma espécie que possui especificidade histórica;

2) o estabelecimento, pela práxis, de uma ética que repense o sentido da vida e da existência humana;

3) a potencialização das ações que resultem em patamares distintos de consciência e atuação política, buscando superar e romper com o capitalismo global;

4) reorganização das estruturas escolares e dos currículos em todos os níveis do ensino formal;

5) vinculação das ações educativas formais, não-formais e informais em processos permanentes de aprendizagem, atuação e construção de conhecimentos adequados a compreensão do ambiente e problemas associados (LOUREIRO, 2006: p.31).

 

O trabalho por uma EA que contemple estes elementos não é simples e nem fácil, pois por diversas vezes torna-se preciso modificar concepções, atitudes e até mesmo a consciência dos indivíduos.

Pensando em uma educação ambiental voltada para a formação do técnico agrícola,torna-se necessário acrescentar conceitos como o de sustentabilidade e agroecologia nessas discussões.

 

A agroecologia surge como um conjunto de conhecimentos, técnicas e saberes que incorporam princípios ecológicos e valores culturais às práticas agrícolas que, com o tempo, foram desecologizadas e desculturalizadas pela capitalização e tecnificação da agricultura (LEFF, 2002: p.42).

 

Assim é preciso promover a discussão dessas temáticas em ambientes de forte influência do agronegócio e em que a sociedade já se encontra emersa nos ideais do desenvolvimento econômico a qualquer custo e às práticas consumistas.

 

Por um lado, a agricultura sustentável é associada com as formas de produção da agricultura alternativa (biodinâmica, orgânica, biológica, natural), baseada em adubação orgânica, diversidade de culturas, consorciação agricultura-pecuária entre outras práticas. Por outro lado, vê-se a agricultura sustentável como uma evolução da agricultura convencional, com uma crescente preocupação acerca dos problemas de degradação ambiental. Ou seja, trata-se de um conjunto de estratégias corretivas ou reparadoras para manter ou recuperar a qualidade dos recursos e manter a produtividade dos agroecossistemas.(Luzzardi, 2006: p. 63)

 

No entanto, convém ressaltar que não queremos uma sustentabilidade calcada somente no preservacionismo. Buscamos por uma sustentabilidade também preocupada em sanar problemas sociais.

 

Dependendo das leituras de desenvolvimento sustentável que se possam fazer a “educação ambiental” torna-se realmente uma necessidade de mercado e, com isso, adestramento. O currículo oculto da chamada educação ambiental, tal como concebida em muitos casos, promete ser implacável em seu caráter instrumental. Promete ser muito mais adestramento do que educação e poderá resultar em um acirramento ainda maior das desigualdades sociais. (...) O ensino técnico destinado tradicionalmente às classes trabalhadoras tem na verdade contribuído para a permanência das desigualdades sociais, pois reproduz a divisão da sociedade em classes. (...) Os diferentes interesses “ambientais” que separam as elites das classes trabalhadoras saparam também os países do primeiro mundo dos países em “desenvolvimento”. (...) Isso reforça a idéia de que essa “educação” possa esconder um motivo escuso (BRUGGER, 1999: p. 90).

 

A partir do pensamento acima, de Brugger, percebemos que o trabalho com a EA não pode ser mero adestramento; em que se transmite conhecimentos sobre aquecimento global, efeito estufa, camada de ozônio ou poluição de rios, solos e desmatamento como se essa realidade estivesse longínqua de nós.

 

É incongruente [...] priorizar os macroproblemas internacionais, ou os grandes temas ambientais, desvinculando-os do cotidiano do educando e ignorando a desigualdade social e a situação de precariedade, no acesso a direitos elementares e bens materiais básicos, vivenciadas por parcela significativa da população (LOUREIRO, 2006: p. 133).

 

Desta forma, o técnico agrícola não deve ser formado somente pensando na atuação ao agronegócio e para o trabalho no campo sem pensar nas conseqüências geradas por seus atos. É fundamental que seu lado humano e social se desenvolva; que o indivíduo se perceba parte do mundo. E como parte desse mundo, o incentivo ao trabalho com pequenos agricultores e extensão rural deve ser uma opção.

Leff (2002) destaca que no trabalho com agricultores se apresenta a partilha de experiências, interesses e valores incomensuráveis com os valores monetários da agronomia. Pode ser gratificante para o técnico agrícola manter essa rede de pessoas unidas por objetivos comuns, como um meio ambiente saudável.

Assim, a atividade de EA com futuros trabalhadores deve buscar a tomada de consciência desses sujeitos. Deve demonstrar que sua participação e atitude em seu espaço de vivência é fundamental para a transformação de realidades e pela busca de um mundo mais igualitário e justo socialmente.

 

 

4.    À guisa de uma conclusão

Por se tratar de uma primeira reflexão sobre a inserção da EA em cursos de Técnico em Agricultura estamos longe de alcançarmos resultados conclusivos. Porém o diálogo se faz sempre necessário entre as pessoas e somente por meio dele é possível a partilha de idéias e experiências.

Ainda há muito o que se buscar da educação ambiental e, principalmente, da educação de modo geral que, ao não conseguir ser holística em seu trabalho acaba que se fragmentando nas diversas facetas: educação para o trânsito, educação sexual, educação ambiental, entre outras.

“Assim como a nossa sociedade é ‘não ambiental’, a educação tradicional, igualmente ‘não ambiental’ não poderá incorporar esse adjetivo sem passar ela própria por profundos questionamentos acerca dos valores” (BRUGGER, 1999: p. 108). Não há como exigir que professores sejam capazes de gerar essa transformação em crianças, adolescentes e trabalhadores se eles mesmo não receberam formação para tal ou nunca puderam refletir sobre o assunto.

 

Quanto à capacidade de uma educação promover valores ambientais, é importante destacar que o processo educativo não se dá apenas pela aquisição de informações, mas, sobretudo pela aprendizagem ativa, entendida como construção de novos sentidos e nexos para a vida. Trata-se de um processo que envolve transformações no sujeito que aprende e incide sobre sua identidade e posturas diante do mundo. A internalização de um ideário ecologista emancipatório não se dá apenas por um convencimento racional sobre a urgência da crise ambiental, mas, sobretudo implica uma vinculação afetiva com os valores éticos e estéticos desta visão de mundo. (LUZZARDI, 2006: p. 67)

 

Sem desenvolver a afetividade e o lado humano do indivíduo qualquer educação torna-se somente mecânica: um emaranhado de idéias apreendidas que devem ser seguidas, entretanto sem reflexão alguma, sem entronização. “Será preciso muito tempo, debates, combates, esforços para dar forma a revolução que começa a se efetivar aqui e ali na desordem” (MORIN, 2007: p. 76). Continuemos nossos trabalhos de beija-flor, levando em cada vôo um “baldinho de água para apagar o incêndio”. De maneira que, cada um fazendo a sua parte, seremos capazes de verificar a mudança na sociedade.

 

 

5.    Referências

AZEVEDO, A.A.; PASQUIS, R. “Da abundância do agronegócio à Caixa de Pandora ambiental: a retórica do desenvolvimento (in) sustentável do Mato Grosso (Brasil)”, Interações: revista internacional de desenvolvimento local, n. 2, v. 8, set. 2007, p. 183-191. Disponível em: . Acesso em: 01 set. 2010.

BARBOSA, L.C.A.; PIRES, D.X.; ZANON, A.M. “Presença da temática ambiental em currículos de cursos técnicos da área de agropecuária: análise nas instituições públicas de Mato Grosso”, Revista eletrônica do mestrado em Educação Ambiental, Porto Alegre, v. 24, jan./jun. 2010. p. 474-489. Disponível em: . Acesso em: 02 set. 2010.

BRASIL. Educação profissional: referenciais curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Brasília: Ministério da Educação, 2000b. (introdução)

BRASIL. Educação profissional: referenciais curriculares nacionais da educação profissional de nível técnico. Brasília: Ministério da Educação, 2000a. (área profissional: agropecuária)

BRUGGER, P. Educação ou adestramento ambiental? 2. ed. Florianópolis : Letras Contemporâneas, 1999.

CARVALHO, I. “Educação ambiental crítica: nomes e endereçamentos da educação”. In: LAYRARGUES, Philippe Pomier (Org.). Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004, p. 13-24.

CARVALHO, J.F.C. A temática ambiental e a educação ambiental: uma articulação necessária na formação do técnico agrícola. Santa Maria, RS: UFSM. (dissertação), 2004.

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EXPOSUL surpreende e comercializa 63.7 milhões. 38º Exposul, Rondonópolis, 16 ago. 2010. Disponível em: <http://www.exposul.org.br/index.php?pg=noticia&intNotID=120>. Acesso em: 30 ago. 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 47. ed. Paz e Terra: São Paulo, 2005.

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LOREIRO, C. F. B. Trajetórias e fundamentos da educação ambiental. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

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SOARES, M.D.O. A formação do técnico agrícola sob a perspectiva do desenvolvimento sustentável. Campinas, Unicamp. (dissertação), 2001.

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ZAMBERLAM, J.; FRONCHETI, A. Agricultura ecológica: preservação do pequeno agricultor e do meio ambiente. Petrópolis: Vozes,
Ilustrações: Silvana Santos