Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Para Sensibilizar
12/03/2011 (Nº 35) Educação por políticos melhores
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=964 
  
Educação Ambiental em Ação 35

Educação por políticos melhores.

 

Estamos vivendo um momento bastante tumultuado neste início de 2011.

Na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, em um dos muitos escorregamentos de terra que ocorreram em todo o Brasil, e que por condições atmosféricas e de solo acontecem na época das chuvas de verão, morreram mais de 800 pessoas, sem contar os desaparecidos.

Os governantes da região, pouco fizeram, somente o prefeito da cidade de Areal, Laerte Calil, agiu com as ferramentas de que dispunha, ele foi à rua com um carro de som e com a ajuda da rádio local, conseguiu poupar a vida de todos os habitantes da cidade.

Outros prefeitos que receberam os mesmos avisos de Calil, nada fizeram para evitar tamanha tragédia. Ninguém é capaz de frear as forças da natureza, mas poupar a população é um dever.

No Mundo Árabe, houve, ou melhor, está havendo um “levante popular”, uma revolução. A população parece decidida a não mais viver sufocada por regimes ditatoriais. Este “grito” começou pela Tunísia, passou pelo Egito, Bahrein, Jordânia, Sudão, Omã, Argélia e Líbia onde ainda segue um sangrento conflito.

São episódios extremos, mas que tem algo em comum, governantes que pouco se importam com qualquer situação que não seu próprio bem estar.

No caso do Mundo Árabe, uma parte do povo é pobre, reprimida, sem condições básicas, esta parte da população se cansou de viver sob as mais variadas formas de ditadura e resolveu agir. A parte repressora resistiu ou ainda resiste como é o caso do Khadafi na Líbia.

Já a população brasileira, é pacata e parece se conformar.

A justiça no Brasil é lenta e problemática, por isto, nas eleições que tivemos em 2010, muitos políticos de honestidade duvidosa, concorreram a cargos públicos e alguns foram eleitos.

Parte desta “tranqüilidade” brasileira, perante o descaso das autoridades está na pouca atenção para melhores condições de ensino, tanto o público quanto o privado.

Quem não tem acesso à educação, ou têm, mas essa é de baixa qualidade, não se acha no direito de exigir.

A maior parte dos estudantes brasileiros que foram às ruas pelas “diretas já” em 1983/84, e pelo “fora Collor” em 1992, desapareceu, se calaram.

Tenho a esperança que os dias dos governantes inescrupulosos, algum dia se acabará.

Outros governantes virão, mas eles terão que saber priorizar e aprender que a prioridade não é a própria conta bancária. Pois o mundo não gira em torno do umbigo de ninguém!!!!

Rubem Alves diz que “Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido”, e eu digo mais, sem educação tudo é sem sentido.

 

MSc. Marina Strachman - arquiteta e urbanista, mestre em desenvolvimento regional e meio ambiente e especialista em educação ambiental. marinastrachman@yahoo.com.br
Ilustrações: Silvana Santos