Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
19/09/2003 (Nº 3) É hora de paz
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É hora de paz


E fez-se então, a hora da paz
Os povos calaram-se
simultaneamente
E ouviram a voz das águas
Das montanhas, da natureza
Dos animais, e nada mais
O ar soprou forte
Fazendo folhas rodopiarem
Ninguém agiu nem falou
Ninguém se moveu
E então,
A humanidade entrou
Na imensidão do silêncio
E vivenciou
A mais perfeita paz
Naquela hora
Nenhuma arma foi acionada
Nenhuma máquina foi ligada
Nenhuma agressão foi cometida
Nenhuma sirene soou
Nenhum alarme disparou
Apenas funcionava
O que da vida cuidava
E, pela primeira vez
A humanidade conheceu a paz
Minutos antes de terminar
Todos estavam armados
Com uma pequena semente
Que ao soar o sinal programado
Foram lançadas à terra
Em todo o mundo
A paz foi semeada
Na Terra
E no coração
De cada um
O sábio que profetizou
A hora da paz
Proclamou à humanidade:
"E uma nova linguagem há de vir
Há de vir para ficar
Que traduz união
Justiça, igualdade
É a linguagem da paz
Somos todos irmãos
Somos todos iguais
Somos filhos da Terra
do Sol, da Água, do Ar
Somos todos peregrinos
Por esta Terra a viajar
Entrando para o novo milênio
Com a mais intensa missão
A missão de promover a paz
Uma nova linguagem
Há de vir
Há de vir para pacificar
Que traduz a Fé
A esperança, o amor
É a linguagem da paz
Que será falada, sentida, cantada
De norte a sul, de leste a oeste
Em todo planeta terrestre
Ecoará pelos confins da alma
E se expandirá pelo imenso universo
É a linguagem da paz
Que todos conhecerão
Que virá de dentro de cada ser
Para promover a união
Até que um só povo
Um povo multicor
De mãos dadas dançará
Entoando a mais bela canção
Todos a uma só voz
Unidos
Em nome da PAZ


Berenice Gehlen Adams
(Poema premiado no concurso do Yazigi "Cometa um ato de paz, escreva pela paz")

Ilustrações: Silvana Santos