Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Plantas medicinais
03/09/2010 (Nº 33) Alergias da Primavera: previna-se com a natureza
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=884 
  
Educação Ambiental em Ação 33

Alergias da Primavera: previna-se com a natureza

Bere Adams

 

É comum, nesse período onde a natureza se embeleza das mais variadas cores através das flores, passarmos por processos alérgicos. Quando são casos leves e isolados é ideal buscar recursos na natureza, a menos que a situação se agrave e um médico deverá, sem dúvida, ser consultado. Como é o meu caso – os espirros são os primeiros sintomas para mim – recorri a pesquisas sobre plantas medicinais que pudessem auxiliar para amenizar sintomas alérgicos provocados pela floração da época, e reuni algumas informações para compartilhar com leitores da EA em Ação. Espero que aproveitem assim como eu aproveitarei.

 

RINITE E OUTRAS ALERGIAS: Tratamentos Alternativos

Rinite é a inflamação da membrana mucosa nasal. Assim como todo processo inflamatório, a rinite é um sinal de que há algo errado com o corpo.

ERVAS QUE AJUDAM NA CURA DA RINITE

Erva-de-são-joão (sumo e chá)

Óleo de eucalipto (sobretudo para a rinite alérgica)

Alfazema

Unha-de-gato

 

Fonte: http://curapelanatureza.blogspot.com

 

Vejamos, a seguir, detalhes sobre cada uma destas plantas indicadas:

 

 

Erva de São João

O nome científico da erva de São João é Hiypericum perforatum L., pertence a família Hipericáceas. È uma planta cujo sua origem é advinda da Europa, Ásia e África do Norte. Atualmente, entretanto, sendo cultivada em todos os continentes. Toda a planta é utilizada, especialmente as flores para fins fitoterápicos.

A Erva de São João é conhecida também pelos seus sinônimos artemigem, artem´sai-verdadeira, artemísia-vulgar, artemísia-comum.

A erva de São João é uma pequena planta aromática, apresentando na época de São João flores amarelas que só vivem um dia e logo depois murcham. A erva de São João deve ser colhida na época da floração.

Os gregos empregavam a erva de São João pelas suas propriedades diuréticas, analgésicas e cicatrizantes.

Seu nome vem do grego e significa segundo a versão mais aceita - "aquilo que está em cima do imaginado". Sempre fez parte dos ritos de passagem do solstício de verão nas culturas celta, romana e grega. Na mitologia nórdica, pertencia a Balder, o deus radiante da luz e o mais bonito de todos. Para banir suas origens pagãs, a Igreja a rebatizou, na Idade Média, como o nome de Erva de São João. Apesar disso, continuou a ser utilizada, durante muito tempo, para afastar os espíritos negativos. Era pendurada nas portas das casas como proteção contra demônios e bruxas, ou carregada junto ao corpo com verbena. Porém, para aumentar assuas virtudes - medicinais e mágicas -, tinha que ser colhida na noite de São João e passar pela fogueira.

A erva de São João é composta pelas seguintes substãncias: óleo essencial, taninos, resina, pectinas, glicosídeos (hipericina - corante vermelho) flavonóides (hiperosídeo, quercitina, rutina, quercitrina), catequinas, fitoesteróis (B-sitostero0, vitamina C e P, carotenos, saponinas, princípios amargos e vitamina C.

Foram encontradas no hipérico propriedades antidepressivas - às vezes é chamado de Prozac natural - e antivirais, especialmente contra o vírus da gripe, da estomatite vesicular e do herpes. Além disso, a Erva de São João possui também atividade aninflamatória, hipotensora e antidiarréica.

O conjunto de todos seus componentes estimula os órgãos digestivos, inclusive a vesícula biliar, e tonifica a circulação.

A hipericina exerce ligeira ação calmante, auxiliando em quadros depressivos.

A ação adstringente é dada pela presença de taninos e flavonóides na sua composição. Já as saponinas são responsáveis pela ação estimulante da circulação sanguínea, levando a uma tonificação e eliminando impurezas intercelulares.

Os princípios amargos asseguram ação digestiva, pois estimulam a secreção dos sucos digestivos.


Indicações da Erva de São João

Balmé fala de sua ampla esfera de ação na medicina popular da Europa. Em uso interno, é indicada para gota, reumatismo, bronquite, dispepsias em geral, intoxicações do fígado e menstruações irregulares; s erve ainda como vermífuga e combate a incontinência noturna das crianças. Externamente é usada contra queimaduras, inflamações e feridas em geral. Além dessas propriedades, Alonso (1998) relata ainda seu emprego como sedativo, antidepressivo, antifebril . vermífugo, reumatismo e antidiarréico.

Contra-indicações da Erva de São João

Não é recomendada para mulheres que amamentam. A planta é tóxica quando usada em doses elevadas, bem acima das indicadas.

 

Fonte: http://www.saudenarede.com.br

 

 

 

Eucalipto – Propriedades

 

O eucalipto é considerado um medicamento natural com inúmeras propriedades medicinais, sobretudo provenientes das suas folhas. Da sua folha é retirado o óleo que tem propriedades antissépticas e também desinfetantes. Quando aplicado localmente, o eucalipto pode danificar a sensibilidade e aumentar a atividade cardíaca. Este medicamento natural é utilizado para combater a asma, aliviar afecções brônquicas, tosse, constipações, rinite e sinusite, aliviar a dor de cabeça e descongestionar as vias nasais. Pode ser útil também no tratamento de dores musculares, reumatismo, infecções urinárias e feridas. Contudo, a sua utilização deve ser moderada e segundo prescrição e aconselhamento médico, pois em quantidades maiores pode ser tóxico para o organismo provocando complicações graves para a sua saúde.

 

 A sua forma de utilização é muito diversificada, podendo ser aproveitado através do seu óleo, ingerido sob a forma de chá, por inalação do vapor ou aplicação local. Para uma inalação do vapor, precisa de uma chaleira com água a ferver, óleo de eucalipto, uma toalha grande, e um recipiente que seja largo. A sua cabeça deve estar pendente sobre o recipiente que contem a água quente com 3 gotas do óleo, e coberta com a toalha, para que todo o vapor libertado seja inalado por si: respire lentamente e profundamente durante aproximadamente 10 a 15 minutos.

 

Fonte: http://vidadequalidade.org

 

 

Alfazema

(Lavandula spica)

 

Utilizada para tratar anúria, apoplexia, asma, doenças do fígado, baço, cãibras, dores de cabeça, enxaqueca, gota, inapetência, leucorréia, nervosismo, reumatismo, tosses catarrais, feridas, abscessos, acne.

 

Como utilizar: Chá por infusão usa-se 2 colheres de sopa de folhas, flores ou sumidades floridas frescas. picadas em 1 litro de água fervente.Dose triplicada para uso externo.

 

Posologia: 3 xícaras de chá ao dia.

 

Propriedades médicas: diuréticas, expectorante, sedativa, antiinflamatória, sudoríficas, antiespasmódicas, anti-séptica, cicatrizante e colagogas é indicada para a asma,renite, enxaquecas,utilizada como calmante e cardiotônica. Tônico do sistema nervoso, estimulante, digestivo, anti-espasmódico, combate cólicas, gases e indigestão.

 

A alfazema é uma das plantas aromáticas de jardim preferidas, devido ao seu cheiro delicioso. Os Romanos usavam-na para perfumar a água do banho, donde o seu nome, que vem do verbo latino lavare (lavar). Os Gregos receitavam-na para tratar a tosse.É uma planta geralmente considerada bom sedativo e remédio calmante para a digestão. É ideal para enxaquecas e outras dores de cabeça, quer para uso interno quer externo em massagens. O óleo de alfazema é também calmante para as queimaduras do sol e ajuda a relaxar e a reanimar, quando deitado na água do banho.

 

Recomenda-se para os seguintes casos:

Anúria, amenorréia, apoplexia, asma, afecções do fígado e do baço, blenorragia, cãibra, clorose, dores de cabeça, enxaqueca, escrófulas, gotas hipocondria, inapetência, icterícia, leucorréia, nervosismo, reumatismo, ventosidades, má digestão e anti-espamódica.

 

Parte usada: toda a planta por infusão.

 

Aplica-se topicamente cataplasma quentes com folhas cozidas, para acalmar as nevralgias e dores reumáticas.

Na supressão da menstruação, restabelece o fluxo.

 

Mais informação:

Nomes científicos: Lavandula vera, Lavandula officinalis.Outros nomes:alfazema do mato.

 

Excitante e antiespasmódica. Na falta de regras, promove ou restabelece o fluxo menstrual. Usa-se o chá das folhas para expelir gases intestinais. Para asma, afecções do fígado e baço, nervosismo, dor de cabeça, neurose cardíaca, ventuosidade, tosses catarrais, feridas, abcessos, acne, reumatismo, gota. Sua essência combate piolhos e outros parasitas. A infusão das sementes serve para digestões difíceis.

 

Fonte: http://www.bam-international.com

 

 

Unha-de-gato

(Uncaria tomentosa)

 

 

A planta medicinal unha-de-gato (Uncaria tomentosa) não deve ser confundida com outra planta também conhecida popularmente como unha-de-gato (Ficus pumila), uma trepadeira muito utilizada em paisagismo aqui no Brasil para cobrir muros e paredes.

 

A unha-de-gato (Uncaria tomentosa) é uma planta medicinal muito popular no Peru. Trata-se de uma trepadeira arbustiva que cresce apoiada geralmente em uma árvore, com folhas compostas, opostas e ovais. Seu nome popular foi inspirado na semelhança de seus espinhos com as unhas do gato - nos Estados Unidos ela é conhecida como Cat's claw.

 

Sabe-se que os incas foram os primeiros a tirar benefícios de seus princípios ativos e, ao passarem os seus conhecimentos para os índios, deixaram uma riqueza medicinal utilizada no tratamento de doenças como artrite, gastrite, reumatismo e inflamações em geral. Descrita pela primeira vez em 1830, a unha-de-gato pode ser encontrada em toda a amazônia peruana e principalmente nas bacias dos rios da selva central do Peru.

A planta começou a despertar o interesse científico somente em 1970, quando foram realizadas inúmeras pesquisas na Europa que acabaram comprovando o seu valor terapêutico. Pesquisas comprovaram a eficácia da unha-de-gato nas ações antiinflamatórias. Vários estudos realizados na Áustria, Alemanha, Inglaterra, Hungria, Itália, Peru e Brasil mostram efeitos benéficos da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) no tratamento de amigdalites, artrite, sinusite, bursite e rinite.

 

A planta também é benéfica para o tratamento de doenças reumáticas e musculares, principalmente na terceira idade. Os princípios ativos de maior interesse são os alcalóides oxindólicos e os compostos glicosídeos do ácido quinóvico que demonstram ser os responsáveis pelos efeitos antiinflamatórios.

 

As propriedades medicinais da unha-de-gato (Uncaria tomentosa) vêm surpreendendo o meio científico a cada dia. Em 1995, essa selvagem planta peruana foi de grande importância no tratamento das vítimas do acidente nuclear ocorrido em Chernobil, na Ucrânia.

Atualmente, unha-de-gato está sendo estudada no tratamento de doenças como o câncer e a Aids, em razão de seu poder modulador do sistema imunológico.

 

Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br

Ilustrações: Silvana Santos