Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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13/03/2010 (Nº 31) EDUCAR PARA GERIR: UMA PROPOSTA BASEADA NOS FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL
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Educação ambiental em Ação

EDUCAR PARA GERIR: UMA PROPOSTA BASEADA NOS FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL

Leonardo Oliveira DA SILVA

Biólogo, aluno do Curso de Especialização em Educação e Sustentabilidade Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN.

le.biology@gmail.com

 

Elineí ARAÚJO-DE-ALMEIDA

Professora do Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

elineiaraujo@yahoo.com.br

RESUMO

Muito se fala em desenvolvimento sustentável, mas até quando se aceitará esse desenvolvimento com toda a carga pragmática que o capitalismo proporciona? Como buscar novas possibilidades para proporcionar à sociedade uma melhor qualidade de vida fundamentada em processos associados a mecanismos do uso ambiental menos degradante? Para responder tais questões buscou-se uma nova proposta educativa para a gestão dos ambientes e recursos naturais, tendo em vista a necessidade de se preservá-los, para que se possa então sonhar com a continuidade da vida humana como a conhecemos hoje. Para tanto, devemos nos situarmos no tempo e no espaço buscando novos caminhos a serem percorridos dentro de um contexto pelo qual se leva ao processo de preservação e sustentabilidade.

Palavras – Chave: Educação Ambiental – Gestão Ambiental – Sustentabilidade Socioambiental – Sensibilização.

 

INTRODUÇÃO

A proposta de desenvolvimento sustentável para vincular modernização e mínima degradação ambiental vem sendo discutida e tem se intensificado principalmente na última década, aonde economistas vieram a público alertar a população da ocorrência de possíveis distúrbios na economia devido à diminuição contínua de todos os tipos de ambientes naturais e da biodiversidade devido à degradação. Mas, a melhor maneira de se desenvolver é aquela onde se tem preocupação com o bem estar e qualidade de vida da sociedade, e sendo assim, segundo Hubert (1997):

Os indicadores criados para medir esta qualidade de vida são notadamente bioestatísticos, psicométricos e econômicos, fundamentados em uma lógica de custo-benefício. E as técnicas criadas para medi-la não levam em conta o contexto cultural, social, de história de vida e do percurso dos indivíduos cuja qualidade de vida pretende medir.

Desde a década de 60 a humanidade tem sido levada a se preocupar com o meio ambiente, mas ao mesmo tempo o consumo acelerado “com o bem estar pessoal” proporcionado pela cultura atual de “desenvolvimento”, vem levando o meio ambiente a um abismo de degradação incalculável. Nem mesmo as inúmeras estratégias de fiscalização, legislação, decretos e normas são suficientes para minimizar e desacelerar o crescimento desse processo de destruição ambiental, devido à falta de sensibilização frente às melhores estratégias de gerir os ambientes naturais e o uso racional dos recursos renováveis, e assim evitar o desperdício e o mau uso desses elementos. Este comportamento ocorre devido à impregnação da cultura consumista presente em nossa sociedade e da falta de um planejamento coerente com os princípios da educação ambiental.

Entretanto, quando se trata de desenvolvimento é necessário que este tipo de cultura seja modificado ao longo dos anos a partir de uma proposta educacional libertária como já salientava Freire (1996), “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.  Sendo assim, diante desta proposta, busca-se identificar metas para levar os indivíduos a buscar ações menos degradantes e mais inteligentes que possam ser implementadas apropriando-se dos recursos tecnológicos para promover a sustentabilidade socioambiental de forma que os seres humanos transformem suas atitudes e assim alterem o seu comportamento frente às questões ambientais e sejam uno com todos os elementos da natureza.

A EDUCAÇÃO COMO DIRETRIZ PARA REPENSAR O MEIO AMBIENTE

Para ser feita uma abordagem em educação ambiental é necessário antes de tudo aferir seus fundamentos, apontar e visualizar os contextos que a definem e com os quais ela interage. Perceber as situações, identificar as contribuições feitas por esta concepção, estabelecer as relações com as mais diversas áreas do conhecimento, como esta interação ocorre e enfim suas abordagens e finalidades. Estes são alguns aspectos relevantes a serem levados em consideração ao debate palpável sobre a eficácia de uma nova proposta em educação ambiental.

Conforme Layrargues (1999a), a Educação Ambiental, enquanto fator de conscientização e compreensão da complexa interação dos aspectos ecológicos que se misturam com questões políticas, econômicas e sociais, bem como sócio-culturais, deve ser priorizada dentro de um contexto que além de trabalhar pontualmente temas ambientais globais, que estão sendo discutidas em diversas partes do planeta, tais como a redução da camada de ozônio, as queimadas nas florestas tropicais, as chuvas ácidas e o comércio do lixo radioativo, também deve priorizar o estudo dos problemas ambientais locais que se encontram na ordem do dia e que afetam as comunidades e as organizações.

            Estas interações estão intrínsecas a finalidade do ato de educar e sendo assim leva consigo as concepções da educação no processo de ensino-aprendizagem que atualmente estão implícitos no sistema educacional vigente. Da Silva (2008), afirma que:

Desta forma vale utilizar a Educação Ambiental não apenas como uma mera metodologia, mas levar a aplicabilidade desta a uma profundidade onde esta se torne uma ferramenta indispensável para a transformação e levar os indivíduos a ter uma consciência ambiental voltada para uma melhor qualidade de vida.        

A partir daí surgem possibilidades de tratar esta temática que, muito embora seja relativamente nova, frente a outras áreas do conhecimento, se posiciona atualmente em um processo gradual de estruturação e desenvolvimento de suas bases teóricas, tendo em vista a inserção neste processo de estruturação, onde suas concepções estão se definindo e ainda pelo fato de ainda sofrerem influências de várias dimensões e correntes de pensamento, mas que demonstra eficiência com suas propostas, seus avanços e possibilidades diante da problemática ambiental. Gadotti explicita que o processo educacional deve:

amar o conhecimento como espaço de realização humana, de alegria e de contentamento cultural; cabe-lhe selecionar e rever criticamente a informação; formular hipóteses; ser criativa e inventiva (inovar); ser provocadora da mensagem e não pura receptora; produzir, construir e reconstruir conhecimentos elaborados. E mais: numa perspectiva emancipadora da educação a escola tem que fazer tudo em favor dos excluídos. Não discriminar o pobre.  Ela não pode distribuir poder, mas pode construir e reconstruir conhecimentos, saber, que é poder. Numa perspectiva emancipadora da educação, a tecnologia não é nada sem a cidadania. (2000, p. 251).

Partindo do ponto-chave: A educação ambiental é capaz de atuar indubitavelmente de forma a modificar o atual sistema de degradação do meio ambiente e, portanto, sendo educação, vai sofrer as mais diversas influências das múltiplas vertentes a que se sujeita a área pedagógica. Mas por outro lado ao se refletir sobre educação ambiental nota-se os desafios e necessidades do papel que esta proposta desempenha na sociedade, podendo levar até mesmo a uma mudança radical no atual sistema global e local de degradação sócioambiental, sendo assim baseando-se na proposta da educação ambiental transformadora.

Loureiro (2004) ressalta que “falar em Educação Ambiental Transformadora é afirmar a educação quanto práxis social que contribui para o processo de construção de uma sociedade pautada por novos patamares civilizacionais e societários distintos dos atuais, na qual a sustentabilidade da vida, a atuação política consciente e a construção de uma ética que se firme como ecológica seja o seu cerne”.

Não se pode desenvolver uma proposta de sensibilização do ser como um sistema que vai contra as forças do desenvolvimento, mas que esta proposta seja sustentável não indo contra o processo de desenvolvimento, mas que este seja com sustentabilidade, tendo em vista que as forças sociais apóiam a desejam este desenvolvimento.

Portanto, a educação ambiental está de tal forma relacionada na dinâmica da sociedade que exige uma tomada de posição crítica e militante, sob pena de se desenvolverem algumas práticas educativas que, mesmo bem intencionadas, revelarão posturas políticas conservadoras. Logo, o que se pretende e propõe à práxis educativa é um projeto crítico emancipatório de educação ambiental, que pode ser mediado pelos elementos conceituais da gestão ambiental.

  Para tanto, Loureiro afirma que:

A Educação Ambiental é uma práxis educativa e social que tem por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidades e atitudes que possibilitem o entendimento da realidade de vida e a atuação lúcida e responsável de atores sociais individuais e coletivos no ambiente. Nesse sentido, contribui para a tentativa de implementação de um padrão civilizacional e societário distinto do vigente, pautado numa nova ética da relação sociedade-natureza. (2002, p. 69)

A GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental assim como a educação ambiental é uma área do conhecimento nova que vem se desenvolvendo gradativamente e vem assumindo um lugar de destaque na busca da amenização das ações degradantes pelas organizações e sociedade de um modo geral, sendo assim ainda hoje tem se levantado muitas questões no que se refere esse gerenciamento ambiental.

Para dar continuidade à discussão é necessário o esclarecimento sobre o que é gestão ambiental e qual a funcionalidade da mesma para as questões ambientais. Para Leff (2001),

a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento.

A gestão ambiental se coloca com um caráter multidisciplinar, com a atuação de profissionais das mais diversas áreas possibilitando uma forte discussão entre as diversas ciências. Antigamente existiam nítidas diferenças entre os indivíduos envolvidos nas questões ambientais, pois existiam aqueles ambientalistas românticos que defendiam o meio ambiente e os que, ao contrário propunham a utilização irrestrita dos recursos ambientais. Com o passar do tempo e advento da preocupação pelas questões ambientais e a imposição de um desenvolvimento sustentável, tornou-se possível agregar as mais diversas áreas de conhecimento e unir os profissionais com o objetivo de tratar do meio ambiente e da exploração "racional" dos recursos naturais, formando uma nova classe de pesquisadores: Os gestores ambientais.

A gestão ambiental surgiu com o propósito de ordenar as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros, tendo em vista que não é possível haver um desenvolvimento socioeconômico sem a geração de impactos ambientais pelo fato de esse impacto ambiental é inerente a todo processo de desenvolvimento.

O que deve enfim ser salientado é o ato de gerir ou gerenciar deve ter por objetivo a utilização das ferramentas existentes da melhor maneira possível, não tendo que necessariamente desenvolver técnicas ou emplacar pesquisas na área ambiental em si, por este fato é que muitas confusões decorrem do conceito de gestão ambiental e da gama de profissionais que atuam diretamente com o meio ambiente. Muitos destes indivíduos são partes das ferramentas de Gestão (ciências naturais, pesquisas ambientais, sistemas e outros), mas não desenvolve esta como um todo. Esta função pertence aos gestores ou gerentes ambientais que devem ter uma visão holística apurada, onde este seja capaz de perceber a interferência das ações humanas no meio ambiente. Segundo Leff,

Os movimentos ambientalistas caracterizam-se pela diversidade de suas motivações, seus interesses e suas ações; sua heterogeneidade transcende uma classificação formal segundo suas origens de classe ou suas vinculações partidárias, dependendo antes das diferentes concepções e estratégias em que se inscrevem suas práticas. A especificidade de cada movimento ambientalista provém das condições culturais e do meio ecológico onde se desenvolve como também das circunstâncias políticas, econômicas e institucionais onde se inscreve e adquire sua identidade através de suas práticas concretas. (2001, p. 111).     

Outra discussão que ocorre com relação à gestão ambiental é o que vem a ser gerenciamento ambiental. Alguns defendem que o processo de gestão está relacionado com as questões de políticas públicas como, por exemplo, a gestão da cidade, de um parque, de bacias hidrográficas, de zonas de proteção ambiental e outros apontam a gestão ambiental como um processo de gerenciamento referente ao meio privado, ou seja, de empresas, indústrias, fazendas e outros. Discussões desta natureza não irão levar a lugar algum tendo em vista que o que é realmente importante é que haja um gerenciamento ambiental de todos os ramos da sociedade em todos os seus aspectos na busca da minimização de toda e qualquer ação degradante.

Pode-se então concluir que a Gestão Ambiental é conseqüência natural da evolução do pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio, onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja possível, deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada.

EDUCAR PARA GERIR: APONTANDO UMA PROPOSTA SUSTENTÁVEL

Os grandes avanços alcançados nas áreas que aqui explicitadas estão intrinsecamente inter-relacionados as questões ambientais, desde aqueles que estão relacionados aos instrumentos técnicos, políticos e legais, sendo que estes são os principais atributos para a construção de uma política ambiental para melhoria da qualidade ambiental e conseqüentemente de vida onde quer que esta proposta seja implantada.

Nos últimos anos ocorreram grandes saltos de qualidade na perspectiva ambiental, formulando novas concepções, principalmente aos que se referem às consolidações de práticas e a caracterização de novas diretrizes que irão tratar das questões ambientais desde as políticas públicas de desenvolvimento até as que estão relacionadas aos setores da sociedade como comércio, indústrias e o turismo. Estes são resultados alcançados das lutas desde a eco 92 no Rio de Janeiro, onde ocorreu o lastrar do conceito de desenvolvimento sustentável e o mesmo se consolidou. Porém, o que o conceito de sustentabilidade traz como novos desafios são os caminhos para a gestão ambiental. A preocupação deixa de ser com o controle ambiental e passa ser com a gestão dos recursos naturais e o meio ambiente como um todo e que este processo leve a sustentabilidade.

De acordo com Dias (2000), o perfil ambiental resultante dessa pesquisa de percepção ambiental, fornece subsídios importantes para o planejamento seguro, abordando os aspectos sociais, econômicos, culturais e outros, revelando assim as prioridades da comunidade, o que deve dar origem aos objetivos e a nomeação de estratégias. E ainda na elaboração desse perfil ambiental, sob uma ótica da ecologia humana, que é o que consegue chegar mais próximo das carências reais da comunidade para o tema ambiental enfocado, possibilita ainda traçar o mapa político local, identificando quem é quem, quais as lideranças comunitárias mais expressivas e quais dessas lideranças podem influir positiva e negativamente na consecução do programa ou projeto.

Desta forma a educação promovendo ações de sensibilização para com o meio ambiente vai se apresentar também como parte da engrenagem que levará a um patamar de sustentabilidade, assumindo assim o novo desafio que vem se agigantando nestes últimos anos, que é fazer com que os mais diferentes setores da sociedade estejam envolvidos, comprometidos e atuantes em seus próprios espaços com a produção, criação e preservação da qualidade sócioambiental. Nesse sentido, explicita Dias,

Um dos principais objetivos da educação ambiental consiste em permitir que o ser humano compreenda a natureza complexa do meio ambiente, resultante das interações dos seus aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais. Ela deveria facilitar os meios de interpretação da interdependência desses diversos elementos, no espaço e no tempo, a fim de promover uma utilização mais reflexiva e prudente dos recursos naturais para satisfazer as necessidades da humanidade. (2004, p. 210)

Notadamente alguns setores já vêm assumindo posturas preservacionistas e incorporando os novos modelos de desenvolvimento no processo de produção de sua organização buscando enfim a preservação da dimensão ambiental. Desta forma a proposta aqui explicitada vem de encontro à busca da implantação de sistemas organizacionais e de produção que valorizem os recursos naturais, os ecossistemas naturais que são fontes de matérias-primas, as potencialidades das culturas humanas, as comunidades tradicionais, apontando para o inicio de um novo ciclo onde se busca a fuga dos quadros degradantes outrora propostos, saindo da cultura dos descartáveis e poluentes e passando a vivenciar a necessidade de transformar as concepções degradantes em ações preservacionistas.

A partir deste processo educacional que aqui é proposto, visando à melhora da qualidade do meio ambiente através de processos já implantados, como o da necessidade de se reciclar e a mudança de hábitos como o do desperdício, propondo a capacitação permanente dos profissionais nos mais diferentes níveis e escalas de conhecimento, apoiando o trabalho em equipe em prol das questões ambientais.

Como destacado anteriormente, para que esses novos processos de produção venham a desabrochar, é necessária a ação de práticas educacionais contundentes, positivas e pró-ativas promovidas por meio de métodos e experiências e assim, comprovar a eficácia desta proposta para fazer com que ocorra a realização do real e novo através da disseminação deste caminho de mudanças.

Como estratégias já desenvolvidas na gestão do meio ambiente, citando como exemplo, as ISO’s, que já são exigidas pelo mercado, venham atuar como estimulantes para que cada vez mais os diversos setores da sociedade venham se tornar atores pró-ativos no gerenciamento ambiental. E assim a educação ambiental passa a ser um dos instrumentos indutores de um modelo de desenvolvimento que tem como parâmetros e índices de sucesso e eficácia o uso consciente dos recursos naturais e a qualidade de vida.

A CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL: UM ESTUDO MULTIDISCIPLINAR

Inicialmente deve ser feita a caracterização do ambiente, a observação das fontes geradoras de degradação e onde se dá a maior atribuição dos impactos, e a partir daí instrumentalizar as ações práticas e o processo de sensibilização para a diminuição de atos degradantes e também o reaproveitamento dos recursos naturais. Carvalho salienta que:

numa primeira consideração, que o novo de uma EA realmente transformadora, ou seja, daquela EA que vá além da reedição pura e simples daquelas práticas já utilizadas tradicionalmente na educação, tem a ver com o modo como esta EA revisita esse conjunto de atividades pedagógicas, reatualizando-as dentro de um novo horizonte epistemológico em que o ambiental é pensado como sistema complexo de relações e interações da base natural e social e, sobretudo, definido pelos modos de sua apropriação pelos diversos grupos, populações e interesses sociais, políticos e culturais que aí se estabelecem. (2001, p.43)

 A aplicabilidade desta proposta se dá a partir do objetivo principal que é a descrição e definição dos principais conceitos elementares referentes ao meio ambiente buscando introduzir e descrever sobre o ensino ambiental, mostrando que os conceitos básicos sobre meio ambiente, a caracterização das questões ambientais e o processo de gestão ambiental estão intimamente ligados e constitui a base para o desenvolvimento do tema sensibilização ambiental, propondo cursos e atividades e que estes sejam ministrados por meio de oficinas de trabalho, seminários, ciclos de palestras, teatro, estudos de caso, simulações, técnicas de trabalhos em grupo e muito mais. Nesse sentido, Carvalho diz que:

“uma formação prática onde não se destaca um autor ou teoria”; “soma de experiências”; “um mosaico de coisas” que acumularam ao longo da vida. Neste tipo de formação pela ação, convergem saberes e sensibilidades ambientais diversificados, condensando profissão, valores pessoais e militância. (2001, p. 313)

A partir daí pode-se discorrer sobre os temas propostos pela gestão ambiental levando com que a educação ambiental venha surtir efeitos na tentativa de contribuir para melhoria do cenário das empresas e dá sociedade de um modo geral, através do processo educacional, seja ele com base num sistema formal ou informal.

Ringquist (1997) reconhece que a observação da realidade local e conseqüente enfoque dos problemas existentes auxiliam a percepção dos sujeitos sociais mais expostos ao risco ambiental. Segundo Field (1997), esses estudos simplesmente comprovam o que Friedrich Engels observou em 1840 em Manchester, na Inglaterra. As indústrias que se instalavam na vizinhança das comunidades de baixa renda provocavam poluição do ar e da água, afetando apenas essa classe social. De fato, Chiro (1992) esclarece que o famoso mote do ambientalismo “Pensar Global, Agir Local” obscurece as experiências e ações dos indivíduos para a melhoria das condições locais nas comunidades marginalizadas. Assim, sugere que o mote poderia ser modificado para “Pensar Local (mas conhecendo os vínculos com o Global) e Agir Local”.

Conseqüentemente, na prática da educação voltada para a gestão ambiental, é necessário se ter maior atenção aos problemas ambientais locais, em detrimento dos globais, não menos importantes, mas menos prioritários. É nesse sentido que Ribeiro (1992) reforça a idéia de que o eixo da gestão ambiental deve se localizar na ação local. Também nesse sentido, a OECD (Organization for Economic Co-operation and Development) julga que a apropriação do contexto local para a educação ambiental permite o desenvolvimento do senso de responsabilidade entre os educandos (CerI, 1995).

Estas ações estão embasadas na realidade educacional e científica do país, principalmente a partir de 1972, com a "Declaração sobre o Ambiente Humano", da Conferência de Estocolmo, que estabeleceu o Plano de Ação Mundial, e em particular, recomendando um programa internacional com vistas à educação do cidadão comum, para a melhor compreensão dos mecanismos de sustentação de vida na terra como a primeira etapa para o manejo e controle do ambiente.

A EDUCAÇÃO E OS SISTEMAS DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL

A educação ambiental constitui um passo preliminar e de grande importância para a sensibilização e capacitação. Através dela é possível garantir a implantação dos sistemas de políticas e gerenciamento, onde haja o envolvimento de todos os funcionários, cidadãos e profissionais dependendo do contexto no qual este processo seja inserido.

De acordo com Leff (1999), a questão ambiental é como uma crise de civilização que emerge a partir do pensamento da complexidade como resposta ao projeto epistemológico positivista unificador do conhecimento e homogeneizador do mundo, caracterizando-se na forma de  três aspectos fundamentais de fratura e renovação:

a)   Os limites do crescimento e a construção de novo paradigma de produção sustentável;

b)   O fracionamento do conhecimento e a emergência da teoria de sistemas e o pensamento da complexidade;

c)    As reivindicações da cidadania por democracia, equidade, justiça, participação e autonomia, como forma de se questionar à concentração do poder do Estado e do mercado.

 Os pontos de ruptura, ainda conforme LEFF (1994 a), “questionam os paradigmas do conhecimento e os modelos societários da modernidade, a partir da defesa da necessidade de construir outra racionalidade social, numa orientação de novos valores e saberes, além de modos de produção sustentada em bases ecológicas e com significados culturais, guiados por novas formas de organização democrática”.

E é por este motivo que a identificação dos efeitos, aspectos e impactos ambientais gerados pelas ações sejam da empresa e/ou da comunidade. Para as empresas pode ocorrer o envolvimento dos fornecedores e clientes e para as comunidades, envolve as outras comunidades do entorno e o sistema escolar, para que desta forma se desenvolva as práticas da melhor maneira possível, tentando não perder o foco: Desenvolvimento de ações que implicam na diminuição das atividades degradantes.

Não se pode permitir que estas ações se desenvolvam como receitas, mas que se adéqüe as realidades de cada local, fazendo que todos os níveis sociais estejam envolvidos através de campanhas de estímulo, e assim todos estejam participando das discussões, propondo soluções e ações, avaliando e reavaliando a adequação e aferindo o surgimento dos efeitos esperados ou não. Vale salientar também a base que se tem através da Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA de ABRIL 1999 LEI 9.795

“Art. 3. I-Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo: ao poder público, nos termos dos artigos 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promoverem a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.

A Política nacional de educação ambiental determina que compete:

II- às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;

III- aos órgãos integrantes do SISNAMA, promover ações de educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;

IV- aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;

V- às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas implementarem programas e atividades permanentes de educação ambiental...

Assim, comprova-se a funcionalidade desta proposta e a aplicabilidade da mesma tendo embasamento legal para sua implantação.

OS BENEFICIÁRIOS DAS PROPOSTAS AMBIENTAIS SUSTENTÁVEIS

A educação para a gestão ambiental ocorre, então, através de um processo participativo no qual o individuo e a coletividade constrói valores sociais, adquirem conhecimentos e atitudes e competências voltadas para a conquista e manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Loureiro salienta que:

A educação ambiental é um trabalho que exige continuidade e constantes reflexões relativas à qualidade de vida. Assim, é necessário que, cada vez mais, se expanda o número das pessoas que acreditam ser capazes de criar uma consciência conservacionista por meio de seu trabalho, atitudes e palavras. Essas pessoas vão muito além do educador formal. Elas podem ser estudantes, donas de casa, aposentados, crianças, adultos ou técnicos de qualquer profissão. (2002, p.103)

Para que esse processo de participação se desenvolva da melhor maneira possível, é necessário que haja o desenvolvimento desta proposta de educação para gestão de forma consolidada e assim o pragmatismo do capitalismo tende a perder suas forças através da cooperação desta proposta educacional, tendo em vista que – para que se possa dar continuidade a vida da maneira como a conhecemos hoje existe a emergencial necessidade de se implantar um eficiente programa de educação para a gestão, pois se continuarmos atendendo a atual demanda de “desenvolvimento” deste sistema vigente de capitalismo a sociedade bem como todo o meio ambiente serão levados a situação de um verdadeiro colapso.

Desta forma é necessário a reformulação deste processo de desenvolvimento para que o sistema capitalista se adéqüe as necessidades ambientais e não o meio ambiente se adequar a essas exigências de desenvolvimento do mercado, proporcionando de alguma maneira uma compensação ambiental para tantos danos. Jacobi complementa que

Há uma demanda atual para que a sociedade esteja mais motivada e mobilizada para assumir um papel mais propositivo, bem como seja capaz de questionar, de forma concreta, a falta de iniciativa do governo na implementação de políticas ditadas pelo binômio da sustentabilidade e do desenvolvimento num contexto de crescente dificuldade na promoção da inclusão social. (2003, p. 192)

Tendo em vista a abordagem sistêmica da educação para a gestão com a preocupação com as questões de cunho ambiental, onde todos esses processos devem estar interligados a todos os aspectos sociais e de negócios, sabendo que o mesmo pode ser desenvolvido quer sejam nas organizações e/ou nas comunidades através da atuação principalmente de voluntários.

A ABRANGÊNCIA DA PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL

Praticamente em todo planeta as questões ambientais tem tido relevância tanto nas comunidades para a preservação dos recursos naturais os quais tem necessidade e também nas empresas onde por sua vez incorporam esta postura preservacionista tendo em vista as questões de responsabilidade social e de marketing, pois muitos consumidores hoje se preocupam em saber se o produto que estão consumindo não é oriundo de processos degradantes ao meio ambiente.

Essa nova postura deve ser adotada a partir do momento que se tenha condições de possibilitar que mais pessoas desenvolvam a consciência de sustentabilidade ambiental, a partir do momento que se perceba que não há mais condições de manter uma postura degradante frente aos grandes problemas ambientais que vão surgindo dia-a-dia.

Morin (1998) complementa que será preciso indicar o complexo da crise planetária que marcou o século XX, mostrando que todos os seres humanos, confrontados de agora em diante, aos mesmos problemas de vida e de morte, partilham um destino comum.

O sucesso do processo educacional para a uma gestão eficiente do meio ambiente e de seus recursos irão ocorrer mediante a concepção de que a educação, que aqui é qualificada com o ambiental, vai ser um instrumento valioso para que a sociedade e as organizações possam potencializar suas capacidades preservacionistas, conceber novos valores e princípios para a gestão do meio ambiente e, por meio destes, questionar o mundo capitalista degradante que vive e assim conscientizar-se que não mais se pode admitir um mundo com posturas igual as que vêm sendo tomadas no decorrer dos anos.

Sendo assim a partir do momento que qualquer pessoa, seja ele um cidadão comum e/ou um funcionário de uma determinada organização, vai obter o conhecimento de um conteúdo valiosíssimo que é o da necessidade de preservar e conservar o meio ambiente e assim, com o somatório do aprendizado e das experiências vivenciadas modificarão suas posturas tornando-se pessoas com atitudes mais reflexivas e críticas frente às questões ambientais, saindo daquela visão ingênua, ou ainda manipulada pelo próprio sistema.

O ser humano só se transforma e procura intervir socialmente quando preparado para tanto, através de uma educação realmente crítica e problematizadora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo educacional sempre teve êxito quando implantado seja qual for o projeto que venha a ser desenvolvido, ainda mais quando qualificado com o ambiental. A partir do momento que se constate a necessidade de uma intervenção educacional para as questões ambientais com a implantação de uma proposta como esta que hora está sendo exposta pode se desenvolver para então reverter o quadro dominante de degradação.

Finalmente, é necessário enfatizar que esse pragmatismo do tom predominantemente antropocêntrico detém o propósito exclusivo de criar o instante de sensibilização e engajamento do educando para a questão ambiental: uma etapa necessária.

Pudemos verificar anteriormente que pesquisas recentes apontam para um relativo fracasso da educação ambiental, pois nos últimos vinte anos, as atividades educativas relativas ao meio ambiente, em geral, não têm conseguido mobilizar os indivíduos para um engajamento efetivo na luta pela proteção ambiental.

Um dos argumentos que procura explicar essa relativa “falência” da educação ambiental é que ela esteve tradicionalmente calcada sobre uso de valores afetivos positivos, isto é, sempre se priorizou o desenvolvimento da afetividade pela natureza, posta na condição de sujeito, e não objeto de apropriação humana.

Por outro lado, alguns estudos concluem haver um engajamento ativo na proteção ambiental por parte de sujeitos afetados após episódios de perda de serviços ambientais. Isso significa que há um significativo potencial de mobilização para a questão ambiental através do desenvolvimento de valores afetivos negativos, enfatizando-se a relação de causalidade entre as ações antrópicas na natureza e suas decorrências para a vida humana.

 

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Ilustrações: Silvana Santos