Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(3)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6)
Dúvidas(4)
Entrevistas(4)
Saber do Fazer(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(1)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(1)
Ações e projetos inspiradores(25)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Notícias(21)
| Números
|
Breves Comunicações
Percepção do segmento universitário frente ao Tabagismo 1-Roosevelt S. Fernandes, M. Sc. Coordenador do curso de Engenharia de Produção Civil da UNIVIX (Vitória
– ES) Coordenador do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA –
UNIVIX Conselheiro titular dos Conselhos Estadual de Meio Ambiente e do
Estadual de Recursos Hídricos, do Estado do Espírito Santo, bem como do
Conselho Temático de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria.
roosevelt@ebrnet.com.br 2 – Clarissa Massariol Oliveira Aluna do curso de Farmácia da UNIVIX e bolsista do NEPA – UNIVIX clarissamassariol@hotmail.com
Resumo Apresentamos o relato preliminar dos resultados de uma pesquisa de
avaliação da percepção de
estudantes universitários (33 diferentes cursos, turnos matutino e noturno), de
11 instituições de ensino, envolvendo os Estados de SP, MG, RS e ES, além do
Distrito federal, envolvendo uma amostra de cerca de 1.600 estudantes. O autor
explicita o interesse de ampliar a pesquisa para outros Estados, visando poder
chegar a um perfil nacional da problemática do Tabagismo entre universitários. 1 – Introdução O problema do Tabagismo prescinde de maiores explicações, quer como
problema pessoal para quem é fumante, bem como para aqueles que vivem no
entorno dos fumantes. 2 – Desenvolvimento da pesquisa Deste modo, objetivando conhecer a realidade específica deste problema
junto a um segmento especial da sociedade – o de estudantes de nível superior
– o Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA desenvolveu uma
pesquisa específica que envolveu cerca de 1.600 estudantes, de onze instituições
de ensino superior localizadas em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo,
Espírito Santo e o Distrito Federal, com a participação de
trinta e três diferentes cursos, com estudantes distribuídos ao longo de todos
os períodos dos cursos envolvidos na pesquisa. O grupo amostrado apresentou a predominância do gênero feminino (58%),
com pesos entre 34 e 125 quilos, idade entre 17 e 60 anos, com predominância do
grupo que não trabalha, apenas estuda (48%), seguido (17%) daqueles que recebem
até R$ 500,00, sendo a grande maioria, solteiros (87%). O grupo se dividiu entre não fumantes (84%), fumantes (9%) e 6% de ex
fumantes, apresentando uma faixa entre 10 e 30 anos (predominância do intervalo
14 a 17 anos, com 9%) como resposta a pergunta “que idade começou a fumar”. Entre os 33 motivos que os levaram a iniciar o ato de fumar, observa-se
a predominância das opções “influência dos amigos” (5%) e
“curiosidade” (4%), encontram-se também motivações como “modismo”,
“briga familiar”, “ansiedade”, “associação à bebida”,
“estresse”, “curtição”, “grupo social”, “status”, “término
de namoro”, “achar bonito” e
“bobeira”. O grupo de fumantes admite que em média fuma menos de cinco cigarros
por dia (5%), seguido dos que fumam entre cinco e dez cigarros (3%) e os que
fumam entre dez e vinte (2%), com apenas 0,4% para o grupo que admite fumar
entre vinte e trinta cigarros. Em relação aos ex fumantes o motivo apresentado para deixar de fumar
foi “saúde” (2%), registrando-se opções como “influência da família”,
“vontade própria”, “corte de despesas”, “gravidez”, “mau hálito”,
“igreja”, “influência dos amigos”,
sem qualquer registro em relação à opção “por restrição
legal”. Em casa (68%) ninguém fuma, seguido de “alguns fumam” (23%) e todos
fumam (2%), Já em relação aos amigos do dia-a-dia predomina a opção
“alguns fumam” (70%), seguido de “ninguém fuma” (26%). Quanto ao uso de bebida alcoólica, as opções assumidas foram: “não
bebo” (33%), “bebo muito pouco” (30%), “bebo moderadamente” (24%),
“acho que às vezes vou além do razoável” (10%) e “bebo acima da média”
(2%). Entre as formas de pensar dos componentes da amostra, 32% partem do
princípio que “fumar deveria ser proibido em lugares fechados”, enquanto
37% são favoráveis ao fumo apenas em lugares especialmente destinados para
tal. Observam-se opções como “proibição em lugares abertos e fechados”
(19%) e 5% que admite ser não fumante, mas “não tem nada contra alguém que
fume a seu lado”. Quando perguntados (fumantes e ex fumantes) se sentiam algum efeito
sobre a saúde como decorrência do uso do cigarro, as opiniões se dividiram:
“não” (13%) e “sim” (11%), porém admitem (93%) que as pessoas no
entorno dos fumantes são afetadas, bem como, segundo a opinião dos
entrevistados, que até dez pessoas morrem por hora no Brasil, atribuídas ao
tabagismo, apesar de haver 14% que admitem que este valor seja de mais de
quarenta mortes diárias. Em contrapartida, quando perguntados se já tentaram
deixar de fumar, 5% disseram “não”, 4% disseram “sim, e consegui” e
“sim, por várias vezes, e não consegui” (3%). Em relação ao efetivo
desejo de deixar de fumar, 4% disseram “sim”, 3% “não tenho certeza” e
3% “não”. Admitem que o ato de parar de fumar depende de “ter desejo de parar”
(48%) e “ter o desejo associado ao uso de medicamentos” (31%). Por outro lado, enfatizam (62%) que o tema “tabagismo” deveria ser
muito bem discutido no âmbito das instituições de ensino (do ensino
fundamental ao superior), observando-se um grupo de 12% que “admite não ser
necessidade”, destacando-se 23% que se oferecem como voluntários para
desenvolver ações nas suas instituições de ensino. Por último, para comentar apenas alguns pontos da pesquisa, os fumantes
admitem que fumam o primeiro cigarro uma hora após acordar, seguido dos grupos
“entre quinze e trinta minutos” e “entre trinta minutos e uma hora (ambos
com 1% cada), havendo casos onde o cigarro é utilizado em menos de dez minutos
(2%). 3 – Proposta de ampliação da pesquisa Nossa intenção é transformar o presente estágio da pesquisa em uma
consulta de âmbito nacional, envolvendo instituições de ensino superior de
outros Estados, além daqueles já inseridos na mesma. Os interessados poderiam
nos contatar, sendo que passaríamos aos mesmos todas as informações necessárias
para o desenvolvimento da pesquisa, certamente explicitando o crédito no
trabalho final, a todos que contribuírem para a mesma. |