Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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28/05/2009 (Nº 28) Mesofauna Edáfica como Indicadora de Áreas Degradadas
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Mesofauna Edáfica como Indicadora de Áreas Degradadas

Mesofauna Edáfica como Indicadora de Áreas Degradadas

 No Brasil principalmente no semi-árido são limitadas as pesquisas voltadas    para a fauna do solo.Essa pesquisa objetiva mostrar através da literatura a importância da mesofauna do solo como indicadora de áreas degradadas para maior conscientização ambiental.

Edinete Maria de Oliveira *

*Mestre em Manejo de Solo e Água pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Extensionista Rural da Emater-PB.

 

Endereço para correspondência: Av.Assis Chateaubriand s/n, Distrito Industrial,      CEP: 58.105-420 Campina Grande-PB.

Telefone: (83) 3331-3200             Email: edineteoliver@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo: A mesofauna edáfica tem sido objeto de pesquisas que visa a recuperação e manejo racional do solo, uma vez que a principal função da biota do solo é a participação nos processos de transformação e fluxo de nutrientes. A atividade antrópica inadequada tem gerado a degradação de imensas áreas, tornando-se improdutivas do ponto de vista agrícola. Nesse sentido, consideramos indispensável a identificação e quantificação da fauna edáfica na compreensão das interações biológicas do sistema solo/planta e no conhecimento do nível de degradação, bem como na busca da mitigação desse processo.No Brasil, principalmente no semi-árido são limitadas as pesquisas voltadas para a fauna do solo. Dessa forma, o presente trabalho objetiva mostrar através da literatura a importância da mesofauna do solo como indicativo de áreas degradadas.

 

Palavras-Chave: mesofauna, áreas degradada, meio ambiente.

 

 

1. Introdução

 

Atualmente percebe-se uma crescente preocupação com o ambiente e com a preservação dos recursos naturais, com vistas à manutenção da qualidade de vida em busca do desenvolvimento sustentável através do equilíbrio entre as questões ambientais, econômicas e sociais. Depois da ECO 92, pela elaboração da Agenda 21, ocorreu mudanças significativas na tomada de consciência de toda sociedade brasileira, pois os recursos naturais passaram a ser visto com mais seriedade e responsabilidade, embora ainda se tenha muito a conquistar, pois preservar a biodiversidade nos dias de hoje depende de muitos fatores.                                

Em todos os recantos do mundo moderno está havendo um esforço muito grande para a conscientização da humanidade a preservar e conservar a natureza. Para viver o ser humano precisa dos recursos naturais, porem deve explora-los de modo racional, usando técnicas conservacionistas e aproveitando os resíduos. A partir da metade do século passado, a humanidade começou a se preocupar mais com o que poderia acontecer com o nosso planeta, e com apoio de organismos internacionais como a ONU, tem promovido uma serie de conferencias e iniciativas internacionais, através das quais tem definido conceitos importantes para que se possa entender melhor o planeta em que vivemos, e criar políticas públicas para um desenvolvimento sustentável para o setor com tarefa comum a todos os paises signatários dessas conferencias e convenções internacionais. O estudo do meio ambiente é transdisciplinar (BARBOSA, 2004).

O solo pode ser considerado como um sistema complexo, composto de seres vivos, matéria orgânica e mineral cujas interações resultam em suas propriedades químicas, físicas e biológicas, fazendo com que os organismos do solo não sejam apenas habitantes, mas também seus componentes (VITTI et al., 2004). No entanto, a fauna do solo tem importante papel na sustentabilidade do sistema através dos seus efeitos nos processos do solo, e devido a sua grande sensibilidade as interferências no ecossistema, a composição da comunidade pode refletir o padrão de funcionamento do mesmo (ROZANSKI, 2004).

A principal função da biota do solo é a participação nos processos de transformação e fluxo de nutrientes. A atividade e diversidade desses organismos refletem o tipo de solo e suas características (MARTINHO et al., 2004). A diversidade tem um papel importante na manutenção da estrutura e do funcionamento do ecossistema. Os ecossistemas naturais, geralmente seguem o principio de que mais diversidade permite maior resistência à perturbação e interferência. Os ecossistemas com alta diversidade tendem a se recuperarem mais rapidamente, e restauram o equilíbrio em seus processos de ciclagem de materiais e fluxo de energia; enquanto que em ecossistemas com baixa diversidade, a perturbação pode provocar mais facilmente modificações permanentes no funcionamento, resultando na perda de recursos do ecossistema e em alterações na constituição de suas espécies (AQUINO e CORREIA, 2005).

Devido à alta sensibilidade as alterações ambientais, a fauna edáfica vem sendo utilizada como indicador da qualidade do solo (ROVEDDER et al., 2004). Nesse contexto, o equilíbrio ambiental dos solos pode ser medido pela observação das características populacionais de grupos de organismos específicos, considerados bioindicadores do grau de alteração ou fragmentação local. A diversidade de insetos edáficos pode revelar o nível de  qualidade ambiental,  a parti da qual pode ser determinadas intervenções, a fim de manter, recuperar ou restaurar a sanidade ambiental atingindo a sustentabilidade ecológica dos ecossistemas (WINK e JERSON, 2005).

Em relação à preservação e recuperação de solos, verifica-se no Brasil, principalmente no Semi-árido limitadas pesquisa voltada para fauna do solo que é grande indicativo de qualidade ambiental, uma vez que o semi-árido apresenta características climáticas e edáfica próprias e manejo extremamente diferenciado em relação ao restante do país. Diante do exposto, o presente trabalho objetiva mostrar através da literatura sobre matéria orgânica/solo/fauna a importância da mesofauna do solo como indicativo de áreas degradadas.

 

2. Áreas Degradadas

 

A Convenção Mundial de Combate a Desertificação, define em seu primeiro artigo degradação de terras como a redução ou a perda da produtividade biológica ou econômica das terras agrícolas de sequeiro das terras de cultivo irrigado dos pastos e dos bosques em zonas áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, pelos sistemas de utilização da terra ou por um processo ou uma combinação de processos, incluídos os resultantes de atividades humanas e padrões de povoamento, tais como: (i) a erosão do solo causada pelo vento ou pela água; (ii) a deterioração das propriedades físicas, químicas e biológicas ou das propriedades econômicas do solo e (iii) a perda duradoura da vegetação natural (CCD, 1977).

A carência de conhecimentos apropriados, aliada ao uso inadequado dos fatores produtivos e ao desconhecimento do funcionamento integrado do meio-ambiente, tem sido um dos agravantes da degradação e da perda do potencial produtivo das terras.  Essa carência profissional, aliada à própria falta de educação adequada de convívio com o semi-árido, se constitui num fator agravante da agressividade das atividades produtivas, promovendo o irracionalismo da produção e não permitindo o caminhamento em direção da sustentabilidade (BARBOSA, 2004).

Para o mesmo autor supracitado, a adoção de práticas degradantes do meio físico, como o plantio morro abaixo e as queimadas, em detrimento de práticas conservacionistas, está associado à carência de conhecimentos apropriados devido às dificuldades da assistência técnica chegar até ao (à) produtor (a). De forma geral, a agricultura tradicional praticada na região semi-árida tem baixo rendimento quando comparada a outras áreas do País.

O fenômeno da degradação do solo, em toda América Latina, tem influencias diretas negativas sobre cerca de 160 milhões de pessoas. No Brasil, as áreas degradadas somente pelos processos de desertificação e arenização compreendem 10% da superfície do país (SAADI, 2000).

No Brasil, ou mesmo em outros países, os processos erosivos se intensificam com a combinação do regime climático, os solos frágeis e o rápido desenvolvimento econômico. Para Guerra (1998), o ciclo hidrológico é o ponto de partida do processo erosivo. A ação das gotas da chuva, diretamente, ou por meio de gotejamento, causa à erosão por salpicamento (splash) e, quando o solo não consegue mais absorver água, o excesso começa a se mover, provocando erosão através do escoamento superficial (runoff) ou sub-superfícial das águas. O escoamento superficial do terreno desempenha um papel importante no mecanismo erosivo. A intensidade do fenômeno depende da velocidade do escoamento e, nas vertentes mais íngremes, a ação da gravidade acentua grandemente o processo (BIGARELLA, 1985).

O nordeste brasileiro é a área do país fortemente vulnerável a incidência da degradação ambiental, um meio frágil, com amplas áreas tropicais e semi-áridas, exposto a forte pressão demográfica, durante quase cinco séculos de povoamento. Além das grandes secas periódicas que ocorrem no sertão nordestino, agravando ainda mais a situação rural, as atividades econômicas dessa região semi-árida, baseadas na pecuária extensiva e em práticas tradicionais de uso do solo, é também, um forte fator para aumentar a degradação ambiental no nordeste brasileiro (RODRIGUES E VIANA, 1997).

Como a degradação das terras é um processo essencialmente social, não pode-se culpar somente o fenômeno climático Seco (às vezes acentuado por mudanças globais, como o EL NIÑO) pelo Desastre Seca, que vem sendo construído há 500 anos e que se caracteriza pela desertificação do semi-árido e pelo empobrecimento dos camponeses proprietários ou não de terras, mas principalmente o modelo econômico adotado no País, que permite uma alta concentração de renda e à falta de políticas públicas adequadas à convivência com o semi-árido, voltadas para o desenvolvimento sustentado com diminuição dos riscos (BARBOSA, 2004).

Para Duda et al. (1999), é crescente o surgimento de áreas degradadas no Brasil, esse avanço é atribuído às atividades antrópica, onde o ponto comum dessas áreas é a remoção da camada superficial do solo, incluindo a matéria orgânica, acarretando diversos problemas ao solo. A degradação causada pelo ser humano é a mais severa e degradatoria que geram grandes prejuízos econômicos, sociais, cultural, político e ambiental.A degradação no Estado da Paraíba ocorre desde o nível mais baixo até o mais grave (BARBOSA, 2004).

Trabalhando o efeito de leguminosas nas características químicas e matéria orgânica de um solo degradado, Nascimento et al. (2003), constataram efeito significativo isolado da profundidade sobre as características, matéria orgânica, fósforo, cálcio, soma de bases, capacidade de troca de cátions. As leguminosas contribuíram para diminuir a acidez do solo, elevando o pH no perfil estudado. Os maiores efeitos das leguminosas na elevação dos teores de nutrientes no solo dizem respeito ao potássio e ao magnésio, na profundidade de 0-10 cm.

Bettiol et al. (2002), comparando os efeitos do sistema de cultivo orgânico e convencional, para as culturas do tomate e do milho sobre a comunidade de organismos do solo e suas atividades em Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico, observaram que a atividade microbiana avaliada pela evolução de CO2, manteve-se superior no sistema orgânico, sendo que em determinadas avaliações foi o dobro da evolução verificada no sistema convencional. O número de espécies de minhoca foi praticamente dez vezes maior no sistema orgânico.

Oliveira e Franklin (1993), trabalhando com o efeito do fogo sobre a mesofauna do solo constataram que uma queimada de pequena intensidade deixa ilhas de vegetação e troncos mal queimados que constituem abrigos para os invertebrados durante a queima, isso os fez pensar que a recolonização estar fortemente relacionada com o desenvolvimento da cobertura vegetal.

Rovedder et al. (2004), estudando os seguintes usos do solo: 1) área degradada; 2) área degradada em vias de recuperação com plantio de Eucalyptus sp; 3) área com plantio direto; 4) área de campo nativo, observaram que a abundancia e a diversidade da fauna edáfica foi influenciada pelos diferentes usos do solo e que a área degradada apresentou o menor numero total de organismos e o menor índice de diversidade, além do menor numero de colêmbolos, evidenciando as características de solo degradado pela arenização.

Cerri et al. (1985), pesquisando o efeito do desmatamento sobre a biomassa microbiana em Latossolo Amarelo da Amazônia, verificaram que o desmatamento e a queima da vegetação são acompanhados de uma queda de 2/3 da biomassa microbiana inicial, que desaparece totalmente nos primeiros 10cm. No solo cultivado por dois anos e depois deixado três anos em pousio, observam de novo a biomassa desde a superfície ate 30cm de profundidade. Quantitativamente, a biomassa microbiana total volta a ser a mesma do solo sob mata natural, porem sua distribuição no perfil é diferente, encontrando-se agora um máximo de concentração na superfície do solo.

 


3. Mesofauna Como Indicadora de Áreas Degradadas

 

Queimada

 
  O solo é o habitat de uma grande variedade de organismos que são responsáveis por inúmeras funções e, apresentam grande variedade de tamanho, forma e metabolismo. As características de um solo, bem como sua qualidade é determinada por vários fatores entre eles, especialmente pelos organismos presentes. Nesse sentido, Souto (2006), diz que a atividade biológica do solo é responsável por inúmeras transformações físicas e químicas dos resíduos orgânicos que são depositados, mantendo assim a sustentabilidade dos ambientes.

Existem diferentes critérios de classificação dos organismos do solo, sendo que o mais citado é considerando o tamanho dos organismos. Nesse sentido, Correia et al. (2000), cita Swift et al. (1979), e classificam a biota do solo da seguinte forma: a) microfauna (4 μm –100 μm) tendo como principais organismos nematoda, protozoários e rotifera; b) mesofauna (100 μm - 2mm) que são os acari, collembola, protura, diplura, isoptera. c) macrofauna (2 mm – 20 mm) que possuem como principais representantes os aracnídeos, oligoquetas, coleóptera, chilopodes e diplópodes.        

 

 

A atividade da mesofauna de solo no processo e na estrutura do solo são: regular as populações de fungos e da microfauna; alterar a ciclagem de nutrientes; fragmentar detritos vegetais; produzir pelotas fecais; criar bioporos e promover a humificação. Estes organismos, apesar de extremamente dependentes de umidade do solo, são terrestres (CORREIA et al., 2000).

A ciclagem dos nutrientes depende intensamente da atividade dos microrganismos do solo, com participação em cerca de 95% na decomposição, e dos invertebrados que vivem na serrapilheira acumulada e nas camadas superiores do solo, sendo estes responsáveis pelo rearranjo dos detritos e sua desintegração. Esses grupos realizam a degradação e decomposição do material orgânico mantendo o fornecimento eficiente dos nutrientes no ambiente (SOUTO, 2006).

Ações antrópica, ao longo dos tempos têm alterado a fertilidade dos solos e reduzido a capacidade dos bioindicadores de indicar o nível de degradação de um ambiente. Para Wink e Jerson (2005), cada espécie responde de forma diferenciada a um distúrbio, sendo fundamental, reconhecer a sua interação com as alterações ambientais, bem como reconhecer e entender a sua evolução, tanto em locais degradados como em estágio de recuperação.

Zilli et al. (2003), concordam com o mesmo pensamento, dizendo que uma moderna concepção de qualidade de solo deve ser coerente com as particularidades inerentes a cada ecossistema. O uso da diversidade microbiana como indicador da qualidade do solo vem tendo avanço muito importante. Isso porque tem se tornado consenso que a diversidade da fauna do solo possui importantes vantagens na indicação da qualidade do solo.

Souto (2006), estudando a acumulação e decomposição da serrapilheira e distribuição de organismos edáficos, em área de caatinga, observou decréscimo na população da mesofauna nos períodos secos, atribuindo esse fato, provavelmente, a diminuição na oferta de alimento, o que limita a existência de alguns grupos, restando apenas os mais adaptados às condições de escassez hídrica e de alimento, bem como das temperaturas elevadas do solo.Correa Neto et al. (2001), trabalhando em duas áreas, uma com plantio de Eucalipto (Eucaliptus grandis) e outra área de floresta secundária e processo espontâneo de regeneração, observaram que entre as estações, os maiores valores de diversidade foram encontrados na estação do outono provavelmente, devido a uma maior adição de material decíduo principalmente do estrato folhas, contribuindo na oferta de alimento e favorecendo o aumento do número de grupos funcionais da fauna do solo. No entanto, Soares e Costa (2001), pesquisando fauna do solo em áreas com Eucaliptus ssp e Pinus elliottii, acreditam que as temperaturas baixas, que ocorreram no inverno, pouco influenciaram na fauna do solo, onde a variável estação do ano não apresentou uma diferença significativa na distribuição populacional.

Trueba et al. (1999), analisaram a densidade e distribuição espacial da mesofauna do ponto de vista estacional em época seca (Março) e chuvoso (Julho) com distinta topografia e observaram que do total de indivíduos a maior porcentagem correspondeu aos ácaros devido a notável contribuição dos oribatideos. Em segundo lugar ficou os colêmbolos. Em Julho o valor da densidade foi (434 125 ind/m²), ou seja, três vezes superior ao registrado na época seca (142 450 ind/m²). Foi possível relacionar os valores médios de densidade por época e os valores por média de umidade de solo, onde 21,76% em Março, menor que em Julho com 41,43%. A desigualdade de disponibilidade de água entre as parcelas é mais acentuada em Março, não existindo diferenças significativas na densidade registrada em Julho onde provavelmente o aumento da umidade favorece ambos sítios independente de sua topografia.

Para Rovedder et al. (2004), devido à alta sensibilidade as alterações ambientais, a fauna edáfica vem sendo utilizada como indicador da qualidade do solo e, constataram que em área degradada houve um menor número total de organismos e um menor índice de diversidade, além de um menor número de collembolos, evidenciando as características de solo degradado pela arenização. Nesse sentido, Steffen et al. (2004), reafirmam a eficiência dos collembolos como bioindicadores da qualidade do solo.

Rovedder et al. (2001), avaliando população de collembolos de três diferentes coberturas vegetais e de um solo degradado, confere que a ordem collembola destaca-se como a mais eficiente como indicadora de áreas degradadas, por serem organismos que respondem, sensivelmente as modificações imprimidas ao solo, além de serem a base alimentar de uma grande variedade de organismos. Em caatinga, no semi-árido paraibano, Souto (2006), constatou que um dos grupos predominantes encontrados foi os colêmbolos, demonstrando adaptação às condições desse ambiente.

Oliveira e Franklin (1993), observando efeito do fogo sobre a mesofauna do solo, reconhecem que a perturbação exercida do ambiente resulta no desaparecimento de vários grupos taxonômicos, principalmente, nos períodos iniciais após a queima. Na mesma pesquisa percebeu-se que a baixa densidade de collembola, registrada na área queimada, sugere a sensibilidade deste grupo de insetos à ação do fogo; sua recolonização está fortemente relacionada com o desenvolvimento da cobertura vegetal.

Estudando a influência do método de preparo da área sobre a mesofauna do solo, Ferreira e Kato (2003), registraram baixa densidade de collembola na área queimada e, sugerem sensibilidade deste grupo de insetos às áreas degradadas, mostrando que o número de indivíduos de acari nesta mesma condição foi superior, tanto no período seco como no período chuvoso. Para Antoniolli et al. (2006), o uso de diferentes coberturas vegetal e de práticas cultural pode atuar diretamente sobre a população da fauna edáfica.

Dessa forma, estudando o impacto da queima controlada da palhada da cana-de-açúcar sobre a comunidade de insetos locais, Araújo et al. (2005), constataram que, na primeira coleta depois da queima, o número de insetos em cinco espécies reduziu, dentre as 17 selecionadas para análise, em comparação com a abundancia existente antes da queima. Aos 90, 120 e 150 dias após a queima, ocorreu queda gradativa na maioria das espécies. Embora a observação da recuperação tenha sido relativamente rápida nas áreas queimadas, os resultados indicam impactos negativos sob essas áreas queimadas e, com escassez de refúgio (áreas não queimadas). Semelhantemente, Martinho et al. (2004), trabalhando com cana de açúcar sob duas formas de colheita (queima e sem queima da palhada) em duas profundidades (0-5 e 5-10 cm), observaram que um maior numero de indivíduos no tratamento cana queimada na profundidade de 5-10cm e também um acréscimo na percentagem de macrófagos e saprófagos nas áreas de cana crua em relação a cana queimada , demonstrando que a queima da palhada promove redução do número de indivíduos devido a morte e/ou migração da fauna edáfica.

A utilização de pastagens nos processos de recuperação de solos degradados tem sido mais uma alternativa para mitigar o processo, embora, o excesso esteja comprovado que degradam o solo. Sauteer et al. (1998), em pesquisa com fim para avaliar a população de oribatei (Acari cryptostigmata ) e collembola (insecta), em pastagens na recuperação de solos degradados pela mineração do xisto (folhelho), observaram que o uso de espécies vegetais forrageiras e adubação mineral, com permanência da palhada sobre o solo, proporciona aumento no número de collembola na camada de 0-3 cm de solos degradados pela mineração de xisto.

A mesofauna pode ser influenciada pelo sistema de cultivo, adubação e calagem, o que lhe confere a condição de bioindicador do solo. Giracca et al. (2003), em levantamento da meso e macrofauna do solo na microbacia de Arroio Lino, afirmam que as práticas de manejo utilizadas em um sistema de produção podem afetar de forma direta e indireta a fauna do solo. Barretta et al. (2006), fazendo análise multivariada da fauna edáfica em diferentes sistemas de preparo e cultivo do solo, constataram que, em análise discriminante de identificação, os grupos Acarinos, Hymenoptera, Isopoda e Collembola foram os que mais contribuíram para discriminar sistema de preparo e cultivo do solo, pela separação dos tratamentos de semeadura direta e preparo reduzida do solo, com sucessão de culturas, dos demais tratamentos, com rotação de culturas. A partir da identificação destes grupos de organismos pode-se desenvolver estudos complementares, com maior detalhamento taxonômico, para se verificar a contribuição desses animais, em termos de ações ecológicos no solo, o que ampliaria sua utilização como bioindicadores da qualidade do solo.

Para Benedetti et al. (2002), a determinação da população e diversidade da mesofauna é de fundamental importância para avaliação das interações biológicas no sistema solo/planta, contribuindo para avaliação global da qualidade biológica do solo.

Luizão (1985), pesquisando em duas áreas de Latossolo Amarelo sendo a primeira pouco mais degradada que a segunda, apresentaram resultados diferenciados após receberem tratamentos com calagem e adubação, evidenciando maior desenvolvimento da mesofauna após melhorarem, sensivelmente, em relação a umidade, aquecimento e infiltração de água. Em impactos ambientais das atividades agro-silvipastoris sobre ecossistemas Amazônicos, Oliveira et al. (2000), perceberam que a diversidade de colêmbolos sugere que os sistemas agroflorestais podem conduzir a uma menor degradação do solo, se comparado com o cultivo de mandioca. No entanto, Giracca et al. (2003), constatou em duas propriedades (AG2 e AG14), que a comunidade da fauna do solo foi mais favorecida pelo sistema com cultivo de fumo, aveia, pastagem e mandioca.

Um solo de qualidade funciona dentro dos limites do ecossistema para manter a produtividade biológica. A atividade antrópica inadequada tem gerado a degradação de imensas áreas, que passam a ser improdutivas do ponto de vista agrícola. A sensibilidade dos invertebrados do solo aos diferentes manejos, refletem claramente a quanto uma determinada prática de manejo pode ser considerada ou não conservativa do ponto de vista da estrutura e fertilidade do solo, tais características já justificam a utilização da fauna do solo como indicadora das modificações do ambiente (CORREIA, 1995).

Duarte (2004), estudando a abundancia de microartropodes do solo, em fragmentos de mata com araucária de diferentes tamanhos e sob pressões antrópica no sul do Brasil, obteve como resultados em densidade média e em termos percentuais amplas dominância dos ácaros Oribatideos em todos os fragmentos, porem, apresentando um menor percentual em M3 (pisoteio) e M4 (estrato arbóreo alterado) devido à degradação da área, ou seja, intenso pisoteio pelo gado e serrapilheira escassa. Rozanski et al. (2004), trabalhando com mesofauna em áreas de campo nativo, mata de araucária e floresta de pinus em diferentes estágios de desenvolvimento, constatou que na avaliação individual da mesofauna pela catação manual evidenciou predomínio de Acarina com freqüência relativa em torno de 30 a 60%, independente dos sistemas analisados. Outro grupo com expressiva participação foi Hymenoptera com freqüência relativa em torno de 20 a 50%. Isso comprova que nos tratamentos 3 e 4 (pinus 12 e 20 anos respectivamente) há um predomínio de 2 ou 3 grupos  o que se difere do tratamento 2 (mata nativa), onde há uma grande quantidade de outros grupos, comprovando assim que o ambiente onde não a degradação pelo homem há uma maior biodiversidade da fauna edáfica.

Ferreira e Marques (1998), constataram em pesquisa de artrópodes de serrapilheira, em áreas de monocultura com Eucalyptus sp. e mata secundária heterogênea, que de 181 mofo-espécies de artrópodes, 149 foram encontrados na área de mata e apenas 46 no eucaliptal, tal resultado mostrou-se de acordo com a expectativa teórica de que uma maior diversidade estrutural do ambiente implica em maior diversidade de espécie. O eucaliptal, provavelmente, não fornecia as mesmas condições para o estabelecimento de uma fauna similar àquela encontrada na mata, ele possuía um dossel descontinuo que permitia uma intensa irradiação solar, que causava, provavelmente, uma elevada evaporação no solo.

 Moço et al. (2005), caracterizando a distribuição da fauna edáfica nos compartimentos do solo e na serrapilheira, em duas épocas do ano, em cinco diferentes coberturas vegetais, observaram que as coberturas de floresta natural, especialmente a floresta preservada e não preservada, de maneira geral, mostraram valores de densidade e riqueza de fauna superior aos de povoamento de eucalipto e do pasto, tanto no solo quanto na serrapilheira nas duas épocas de coleta.

Em trabalho com organismos do solo em sistema de cultivo orgânico e convencional, Bettiol et al. (2002), observaram que de modo geral o número de indivíduos de microartropodes foi superior no sistema orgânico do que no sistema convencional, refletindo no maior índice de diversidade de Shannon. As maiores populações de insetos foram da ordem collembola, enquanto para os ácaros a maior população foi da superfamília Oribatuloidea. Indivíduos dos grupos Aranae, Chilopoda, Dyplopoda, Pauropoda, Protura e Symphyla foram ocasionalmente coletados e de forma similar entre os sistemas.

Araújo et al. (2004), estudando o impacto causado por deltametrina em coleópteros de superfície do solo associados à cultura do milho em sistemas de plantio direto e convencional, observaram que o impacto do inseticida nos coleópteros em plantio direto diferiu do observado em plantio convencional. Observou-se um impacto significativo da deltametrina nos coleópteros da superfície do solo presente no plantio convencional o que não foi verificado, na comunidade amostrada, no sistema de plantio direto.

Recentemente, vários investigadores têm expressado o conceito de que os resíduos de defensivos agrícolas ou produtos tóxicos de decomposição parcial podem ser estabilizados no húmus do solo e, posteriormente, liberados e absorvidos por microrganismos, mesofauna ou por plantas, e por isso, constituem problemas sérios de poluição ambiental, o que é extremamente indesejável (TAUK, 1990). Nesse sentido, Steffen et al. (2004), diz que no Brasil, os collembolos estão sendo usados, também, para estudos com relação ao impacto de metais pesados ao solo, efeitos residuais de defensivos agrícolas e como bioindicadores das condições hídricas do solo.

 

4. Considerações Finais

 

-No Brasil, existe um déficit muito grande em pesquisas voltadas para fauna do solo, principalmente, no semi-árido que apresenta vulnerabilidade a desastres ambientais.

 

- A fauna edáfica contribui muito na decomposição da matéria orgânica e na estruturação do solo, portanto sua identificação e quantificação são indispensável na compreensão das interações biológicas do sistema solo/planta.

 

- O estudo da mesofauna do solo tem importância relevante para o conhecimento do estado de degradação do solo, bem como na busca da mitigação desse processo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5. Referencias Bibliográfica

 

 

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Ilustrações: Silvana Santos