Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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O que fazer para melhorar o meio ambiente
10/03/2009 (Nº 27) CIDADANIA AMBIENTAL: MANUAL DO USUÁRIO
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educação ambiental em Ação

CIDADANIA AMBIENTAL: MANUAL DO USUÁRIO

LEONARDO FRANCISCO STAHNKE – leobio@pop.com.br

BIÓLOGO E INTEGRANTE DO GRUPO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA UNISINOS

 

Se você começou a ler este artigo, parabéns! Isso é sinal de que você se preocupa com o meio ambiente e tem, pelo menos, noção de seus direitos e deveres como cidadão.

Entretanto lhe pergunto: o que você efetivamente já fez pelo meio ambiente? Você sabe como agir frente às agressões que lhe são impostas? Bem, gostaria que vocês ao menos pensassem no assunto e, quem sabe, discutam-no com outras pessoas, pois o diálogo gera conhecimento, mas mais do que isso, potencializa ações diretas que tem o peso do coletivo de anseios que carrega.

Muito me indigna a comodidade das pessoas, sobretudo brasileiros, em não participar de discussões que lhes afetam diretamente. Falo das questões ambientais que são refletidas nas questões de saúde, política, lazer e até policiais. Concordo com Leonardo Boff quando diz que “o que reafirma nossa humanidade é o nosso direito de ao menos espernear”. E já que temos este Direito, porque não o usamos?

Vejo colegas meus, estudantes ou biólogos, queixarem-se de danos ambientais, mas na hora de fazer uma denúncia formal, voltam atrás. Triste me foi ouvir de um professor, que ele deixaria de participar de um espaço de discussão porque não acreditava na política.

Mas se somos nós que a fazemos, será que a omissão é cabível? Clamo para o compartilhamento do conhecimento, sobretudo técnico, que esclarece os mal-entendidos e informa aos leigos, fazendo sobressair a verdade.

Saibam leitores que, amparados pela Lei, temos o direito de cobrar aos órgãos municipais, estaduais e federais ações de proteção ambiental e, sobretudo, Fiscalização.

Somos fiscalizadores e temos o dever de denunciar, participar de audiências públicas e saber o que fazem com nosso dinheiro no/pelo meio ambiente. Falo isso porque se pensarmos no tempo das plantas, por exemplo, veremos que não é o mesmo que o nosso.

Uma árvore tombada não pode ser compensada por 10 ou 15 mudas, pois o papel que era desempenhado naquele micro-ambiente (seja ele de fixação do solo, de captura de CO2, suavização da temperatura, alimento ou abrigo para animais) não poderá ser substituído por importantes, mas vulneráveis mudinhas.

Percebo, hoje, que não temos áreas protegidas, mas sim, espaços ameaçados. Não sou contra o contato homem-natureza, desde que o homem perceba a fragilidade com o que está em contato. Água, solo, ar, fauna e flora são coerentes e equilibrados em seu interagir, basta que, nos reconhecemos como parte da fauna e, assim, entendamos nosso papel no universo. Ajamos AGORA...

Ilustrações: Silvana Santos