Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
19/09/2003 (Nº 2) Asas da liberdade
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Asas da liberdade

Era a alegria do dia naquela casa. Todos estavam alegres pelo presente que a criança ganhara de aniversário, menos a criança que sofria com a tristeza do seu presente...

Era forte, jovem, restavam esperanças e muita força para sua jornada que tivera. Sabia que lá fora era perigoso, mas tinha que sair daquele lugar horrível. Já era noite. Todos estavam dormindo, era hora de por seu plano em ação. Com suas pequenas patinhas, levantou a porta da gaiola e colocou um pedaço de alguma coisa que conseguira pegar na hora. Estava aberta, finalmente aberta para que pudesse ir aonde quisesse. E ele sai. Sem querer, esbarra na gaiola e a porta se fecha, prendendo sua pata esquerda. Não era problema, só fazer uma forcinha e estaria livre, mas livre que nada, a porta da gaiola tinha enroscado no seu pé. Ele se debatia, na tentativa da liberdade.

O menino ouve um barulho e corre para a cozinha para ver se não era uma raposa que estaria comendo o presente que tinha ganhado do avô. Seu queixo cai ao ver a cena. Ele, o pássaro, parecia estar pedindo: “Por favor, me liberte, não irei sobreviver aqui!”. E a criança, vendo os pequenos olhos do prisioneiro brilharem, seu coração se aperta, abre a gaiola, dando-lhe a liberdade tão desejada. O pássaro voa rapidamente, está feliz pela primeira vez na vida.

Vendo isso, a criança sorri por abrir a porta para que a felicidade do animal se completasse. Agora poderia dormir feliz, estava alegre...

Daniel José (Amigos da Natureza: http://amgnatureza.kit.net/home.htm)


Ilustrações: Silvana Santos