Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
22/11/2007 (Nº 21) A educação, entre o mercado e o ambiente
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A educação, entre o mercado e o ambiente

Tiago Eduardo Genehr*

Muitas pessoas enxergam a educação meramente como preparação para o mercado de trabalho, dentro de uma economia globalizada. Desta maneira, os futuros profissionais se adaptam ao mercado, sem desenvolver o pensamento crítico, a criatividade e a consciencia ecológica.

Basta olhar ao redor para perceber que esta economia globalizada está gerando consequências muito graves, alguma até irreversíveis. Populações se deslocam para as grandes cidades, em busca de uma melhor qualidade de vida, mas as favelas e subúrbios aumentam na mesma medida. Quantidades enormes de lixo se acumulam em aterros, comprometendo terra, água e ar. Milhares de carros poluem o ar e engarrafam os centros urbanos. Grandes florestas são derrubadas, afetando regiões inteiras do planeta. É evidente a profunda crise ecológica em que nos encontramos. Esta crise não é somente ambiental, é uma crise de toda a humanidade, de todo o planeta. À medida que os problemas começam a se apresentar numa escala cada vez maior, mais pessoas sofrem as consequências deste descuido com o ambiente.

Na sociedade em que vivemos, a educação tende a reproduzir os valores da sociedade, ensinando como a fazer isto e aquilo, sem refletir sobre o porquê das coisas. É urgente que se transforme o modo como percebemos nosso ambiente, pois os recursos, como água, ar, rochas, minérios, terra, petróleo, não estão aí somente para abastecer o consumo humano, mas fazem parte de complexas relações com outras partes do planeta.

Neste planeta nós não somos donos nem governantes, mas uma parte do todo que respira, cresce e vive. Parabéns àqueles que enxergam as relações de interdependência entre todos os seres, que se posicionam e dançam no ritmo da vida na terra, sem cair no chão nem pisar muito forte.

* - jornalista, ativista ambiental (integrante do Movimento Roessler) e professor. Atua no InGá - Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, e no Programa Camboim de Educação Ambiental.

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Ilustrações: Silvana Santos