Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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30/05/2022 (Nº 79) ANÁLISE DA GESTÃO DE RESÍDUOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE: ESTUDO MULTICASE NA MICROREGIÃO LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO NORTE – BRASIL
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ANÁLISE DA GESTÃO DE RESÍDUOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE: ESTUDO MULTICASE NA MICROREGIÃO LITORAL SUL DO RIO GRANDE DO NORTE – BRASIL



ANALYSIS OF HEALTH SERVICE WASTE MANAGEMENT: MULTICASE STUDY IN THE SOUTH COASTAL MICROREGION OF RIO GRANDE DO NORTE - BRAZIL



Dany Geraldo Kramer1.

Amanda Almeida Gomes Dantas2.

André Nagalli3.



1. Pós-doutorando - UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL.+ 55 84 – 33422411. dgkcs@yahoo.com.br

2. Doutoranda do Programa de Pós – Graduação em Ciências da Saúde - UFRN. + 55 84 – 33422411. almmeidaamanda2@gmail.com

3. PROF. DR. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL. Curitiba - Paraná – Brazil. +55 41 3279-6520. nagalliutfprr@gmail.com.





Resumo

Analisou-se a percepção de 62 profissionais da saúde sobre resíduos hospitalares. Os entrevistados demonstraram pouco conhecimento sobre a gestão de resíduos (72,58%) e normas legais (80,64%). Portanto, faz-se importante a implementação de programas de formação continuada para esses profissionais.

Palavras-chave: Resíduos, Litoral Sul Potiguar, Profissionais de saúde.



ABSTRACT

To analyze the perception of 62 health professionals about hospital waste. Management has little knowledge of the rules on the license (80.64%). Therefore, it is important to implement continuing education programs for these professionals.

Keywords: Waste, South Coast of Potiguar, Health professionals.

Keywords: Waste, Litoral Sul Potiguar, Health professional.



1. Introdução

Os problemas ambientais que o planeta vem enfrentando são crescentes e decorrem do aumento populacional e do crescimento de demanda por serviços. Dentre estes problemas está a geração de resíduos sólidos, que pode contribuir com a poluição atmosférica, do solo e da água. Além disso, riscos à saúde humana e ambiental podem existir, principalmente no manejo e na disposição de resíduos perigosos, como os industriais e os produzidos por serviços de saúde (ECKELMAN; SHERMAN, 2016; SOYAM et al. 2017; NCUBE et al. 2017).

As instituições de saúde podem ser caracterizadas como locais onde os serviços de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da saúde são realizados. Estas unidades utilizam uma ampla gama de recursos, como água, energia, alimentos e produtos de limpeza, além de equipamentos médicos e medicamentos complexos (DESMARCHELIER et al. 2013; ECKELMAN; SHERMAN, 2016).

Ademais, nestas instituições, diferentes serviços de especialidades médicas podem ser ofertados aos pacientes, tanto clínicas quanto cirúrgicas ou limitados a grupos etários, tais como os atendimentos a pacientes psiquiátricos, câncer e transplante de órgãos (ALMEIDA, 2017; KADAM et al. 2018).

Em vistas do tamanho, da complexidade e do tipo de serviço realizado, estas instituições ocasionam a geração de rejeitos (resíduos hospitalares ou resíduos de serviços de saúde) com características e quantidades variadas. Anualmente, o Brasil produz aproximadamente 1.250 (mil e duzentos e cinquenta) toneladas de Resíduos de Serviços de Saúde por dia (XIM, 2015; POZZETTI; MONTEVERDE ALI et al. 2017; LUCCHESE et al. 2018).

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) podem ser definidos segundo a Resolução 358/2005 do CONAMA, como todos aqueles resultantes de atividades dos serviços de saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final (CONAMA, 2005).

Estes resíduos podem ser classificados em cinco grupos, conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (RDC n° 306/2004) e o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) (Resolução n° 358/2005):



  • Grupo A: Resíduos Potencialmente Perigosos - Resíduos com a possível presença de agentes biológicos;

  • Grupo B: Resíduos Químicos - Resíduos que contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente;

  • Grupo C: Rejeitos Radioativos - Materiais com radionuclídeos;

  • Grupo D: Resíduos equiparados aos Resíduos Domiciliares – Não apresentam risco biológico, químico ou radiológico;

  • Grupo E: Materiais perfurocortantes.



Estas normas, acrescidas da Lei n. 12.305/10, buscam padronizar a gestão destes resíduos no Brasil. Esta última normatiza planos municipais de gestão de resíduos sólidos, os quais podem ser do tipo simplificado para municípios menores de 20.000 habitantes (BRASIL, 2010). Entretanto, em muitas destas localidades, menores e socialmente desfavorecidas, é comum a utilização de um sistema coletor único para todos os tipos de resíduos sólidos, inclusive para os produzidos por serviços de saúde, misturando-se os resíduos comuns a infectantes e perfurocortantes (LUCCHESE et al. 2018; ANDRADE et al. 2018).

A ausência de gestão adequada destes resíduos sólidos pode acarretar uma série de problemas legais, ocupacionais e ambientais. Dentre os quais, sujeitos às penalidades, que configuram as infrações à legislação sanitária federal (autuação, multas e interdições); riscos ocupacionais aos funcionários da instituição; riscos à saúde humana (pacientes e população externa) e riscos de poluição biológica, física e química do solo, da água e da atmosfera (CARRARO et al. 2016; OLI et al. 2016).

Um Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) deve ser disponibilizado em todo serviço gerador, devendo atentar às regulamentações federais, estaduais e municipais, conforme estipulado na RDC Nº 222/18 da ANVISA. Este documento precisa “descrever os programas de capacitação desenvolvidos e implantados pelo serviço gerador abrangendo todas as unidades geradoras de RSS e o setor de limpeza e conservação” (BRASIL, 2018), de forma que os profissionais da instituição apresentem conhecimento, sensibilização e conscientização da problemática. Quando realizado eficazmente, o PGRSS tem impacto positivo na redução de infecção hospitalar, redução de acidentes de trabalhos e de custos para a unidade (FREITAS, 2012; MARHURA et al. 2016), além de racionalizar a geração de RSS.

Desta forma, a análise do conhecimento de profissionais de saúde sobre a temática se faz relevante, principalmente em unidades de saúde que apresentam recursos limitados como, por exemplo, a microrregião do Litoral Sul Potiguar. Esta é constituída por 10 municípios, 162.989 habitantes, 1.592 profissionais de saúde e 144 estabelecimentos de saúde; e tem a média do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na região de 0,5906 (IBGE, 2018). Os dados deste estudo podem contribuir para o desenvolvimento ou correções no PGRSS desses municípios, assim como demonstrada eventual necessidade de ampliação dos ciclos de treinamento às equipes.

Em decorrência da relevância do estudo em regiões socialmente desfavorecidas; a região de atuação do pesquisador e a temática apresentar relação com a Linha de Pesquisa: Monitoramento e Gestão Ambiental do Programa de Pós Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o presente estudo foi apresentando como proposta inicial para a seleção do EDITAL Nº 07/2020, sendo aprovada a sua realização.

Além disso, os conhecimentos obtidos servem de base para contribuir com os gestores das unidades de saúde a compreenderem suas organizações sob a ótica da estratégia sustentável, permeando metas e processos que levem a qualidade de serviços, de processos, melhoria da biossegurança, preservação do meio ambiente, ética e responsabilidade ambiental (FREITAS, 2012; KRUGER et al. 2017; LOPES et al. 2018). Nesta conjuntura buscou-se analisar a percepção de profissionais de 03 municípios desta microrregião: Arês, Espírito Santo e Vila Flor.



2 METODOLOGIA

Do ponto de vista metodológico, o presente estudo caracterizou-se como quantitativo e exploratório, tendo sido realizadas aplicações de questionários, para profissionais de saúde, nos municípios que se dispuseram a participar do estudo.



2.1 Locais do estudo:

As entrevistas foram realizadas em três municípios potiguares (Figura 01), uma vez que, seus representantes legais deram prévia autorização. Sendo os municípios de Arês (14.526 habitantes; IDH = 0,606; 112 profissionais de saúde e 07 unidades de saúde); Espirito Santo (12.924 habitantes; IDH = 0,558; 83 profissionais de saúde e 06 unidades de saúde); Vila Flor (12.924 habitantes; IDH = 0,576; 83 profissionais de saúde e 02 unidades de saúde) – (CNES, 2020). Os profissionais participantes da entrevista atuam em Unidades Básicas de Saúde e/ou hospitais de pequeno porte destas localidades.



Figura 01: Municípios onde foram realizadas as pesquisas de campo.

Fonte: Adaptado de: CGU, 2015.



2.2 Entrevistas

As coletas de dados das entrevistas foram realizadas com profissionais de saúde dos municípios de Arês, Espirito Santo e Vila Flor, presencialmente, com prévio consentimento da gestão. O instrumento de pesquisa (Apêndice A) foi um questionário, estruturado em dados socioeconômicos e análise de conhecimento sobre RSS (aspectos legais e gerenciais). O recrutamento dos participantes ocorreu por livre conveniência, na qual foram apresentados os termos da pesquisa e convite à participação voluntária. De forma a se facilitar a representação gráfica descritiva, algumas variáveis do estudo foram codificadas – Tabela 1.



Tabela 1: Nome e descrição de variáveis que foram utilizadas codificações.

NOME DA VARIÁVEL

DESCRIÇÃO

Nível de conhecimento sobre normas e PGRSS

CONAMA n°358/2005

Nível de conhecimento do entrevistado sobre a Resolução CONAMA n°358/2005

PGRSS

Nível de conhecimento do entrevistado sobre os Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde

ANVISA n° 222/2018

Nível de conhecimento do entrevistado sobre a Norma ANVISA RDC n° 222/2018

Lei 12.305/ 2010

Nível de conhecimento do entrevistado sobre a Lei 12.305 de 2010

Influência dos Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde

DES ECON/COMP

A implantação de PGRSS na sua unidade de saúde teria efeito positivo sobre o desempenho econômico e competitivo, garantindo benefícios de curto e longo prazo

RED AUT/MUL

O PGRSS é um fator chave para se reduzir autuações/multas por
órgãos fiscalizadores.

RED INF/HOSP

O PGRSS é útil na redução da disseminação de infecções na unidade de saúde

Treinamento sobre Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e identificação de símbolos

COD/SIMB RSS

Identifico bem o sistema de codificação de cores/símbolos de
recipientes/sacos para RSS.

TREIN CONT

Minha organização oferece treinamento acerca da gestão do RSS

Perfurocortantes (PF)

RECIP PERFUCORT

Minha organização oferece recipientes adequadamente preparados e identificados para o descarte de PF

ACID PERFUCORT

Já tive acidentes com perfurocortantes em minha vida profissional.

Itens do Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS)

PAT PAV/IMP

Os pátios de depósito de resíduos são pavimentados e
impermeabilizados

INV RES

A empresa/unidade mantém atualizado um inventário de resíduos.

PROG RED RES

A instituição conta com um programa para redução da geração de
resíduos

SEG RES

A instituição realiza segregação de RSS

TREI CONT

A instituição oferece treinamento contínuo sobre o PGRSS

COL EMP ESP

A coleta externa e destinação de resíduos é realizada por uma empresa especializada

Fonte: Autoria própria



2.3 Tabulação e análise dos dados



Os dados foram tabulados e analisados através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 26.0. Para análise dos dados foi utilizada estatística descritiva e inferencial. As análises bivariadas foram realizadas por meio do teste Qui-quadrado, sendo analisados os níveis de associação da variável dependente Nível de conhecimento do entrevistado sobre a Norma ANVISA RDC n° 222/2018 - ANVISA no 222/2018 - com as demais variáveis desse estudo. Foram consideradas estatisticamente significativas as que apresentam o valor de (p≤0,05).



3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Análise estatística - Qui-quadrado de Pearson



A análise bivariada foi realizada por meio do teste Qui-quadrado, sendo analisada a correlação das variáveis do estudo com a variável dependente “o nível de conhecimento dos entrevistados sobre norma da ANVISA RDC n° 222/2018- ANVISA n° 222/2018. Foram consideradas estatisticamente significativas as correlações que apresentam o valor de (p≤0,05). A Tabela 2 apresenta os dados acerca da análise das variáveis sociodemográficas (sexo, faixa etária, escolaridade e renda salarial) com a variável dependente - ANVISA n° 222/2018.



Por meio das variáveis sociodemográficas listadas na Tabela 2 não foram observadas, diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de correlação com a variável dependente - ANVISA n° 222/2018, p valor superior a 0,05 em todos os casos, não podendo serem correlacionadas.

A Tabela 3 apresenta os dados acerca da análise das variáveis associadas ao Nível de conhecimento sobre normas e PGRSS; a frequência de ofertas de Treinamento sobre Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e a facilidade para identificar de símbolos vinculados a categorias de resíduos; sobre perfurocortantes e Itens do Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) com a variável dependente - ANVISA n° 222/2018.





* Variáveis com p 0,05

a. Nenhuma estatística foi calculada porque é uma variável constante – todos os participantes tiveram opinão única.

PGRSS - Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde

CONAMA n°358/2005 - Resolução CONAMA n°358/2005

DES ECON/COMP - A implantação de PGRSS na sua unidade de saúde teria efeito positivo sobre o desempenho econômico e competitivo, garantindo benefícios de curto e longo prazo

TREIN CONT - Minha organização oferece treinamento acerca da gestão do RSS

RED AUT/MUL- O PGRSS é um fator chave para se reduzir autuações/multas por órgãos fiscalizadores

RED INF/HOSP-O PGRSS é útil na redução da disseminação de infecções na unidade de saúde

COD/SIMB RSS- Identifico bem o sistema de codificação de cores/símbolos de recipientes/sacos para RSS

RECIP PERFUCORT- Minha organização oferece recipientes adequadamente preparados e identificados para o descarte de PF

ACID PERFUCORT- Já tive acidentes com perfurocortantes em minha vida professional

PAT PAV/IMP- Os pátios de depósito de resíduos são pavimentados e impermeabilizados

INV RES-A empresa/unidade mantém atualizado um inventário de resíduos.

SEG RES- A instituição realiza segregação de RSS

COL EMP ESP- A coleta externa e destinação de resíduos é realizada por uma empresa especializada.



Na análise bivariada, a variável nível de conhecimento dos entrevistados sobre norma da ANVISA RDC n° 222/2018 - ANVISA n° 222/2018, teve correlação estatística (p 0,05) com as variáveis sobre o nível de conhecimento acerca do Plano de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), a Resolução CONAMA n° 358/2005 e a Lei 12.305 de 2010. Foi observado que a maioria dos sujeitos que desconhecem a resolução da ANVISA RDC n° 222/2018, desconhecem também as demais resoluções e o PGRSS. Desse modo, comprova-se a necessidade de uma qualificação destes profissionais consoante à essa formação, uma vez, detectado a necessidade do planejamento adequado e implantação dos programas de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

Outra correlação observada (p 0,05) com a variável ANVISA RDC n° 222/2018, referiu-se sobre a Influência dos Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde poderem contribuir com a redução de Autuações ou multas (RED AUT/MUL) de órgãos fiscalizatórios junto a unidades de saúde. Esta percepção foi apontada por 41 entrevistados. Mesmo apenas 14 destes conhecendo a norma da ANVISA RDC n° 222/2018. Observou-se que embora a maioria desconheça esta norma, reconhecem a importância da gestão adequada dos resíduos como benéfica para a unidade de saúde no ponto de vista de atendimento as normas legais.

Relativo aos itens do Plano de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) (PAT PAV/IMP - Os pátios de depósito de resíduos são pavimentados e
impermeabilizados; INV RES - A empresa/unidade mantém atualizado um inventário de resíduos; PROG RED RES - A instituição conta com um programa para redução da geração de resíduos; SEG RES - A instituição realiza segregação de dos RSS e TREI CONT - A instituição oferece treinamento contínuo sobre o PGRSS) foi observada a correlação (p 0,05) com a variável - ANVISA n° 222/2018. Observa-se que os profissionais entrevistados, apesar de desconhecerem a norma da ANVISA indicam que os itens acima não estão presentes em sua unidade de trabalho. Assim, uma revisão da gestão dos programas de resíduos deve ser realizada, associando-se ao treinamento da equipe, buscando-se desta forma, os benefícios sociais, econômicos e ambientais advindos da adequada gestão dos RSSs.



3.2 Análise descritiva

Na presente pesquisa foram entrevistadas 62 pessoas, sendo em sua maioria mulheres (75,81%), com idade predominante até 38 anos (56,42%), nível de escolaridade ensino médio completo (58,06%) e que ocupam cargos de nível técnico (82,26%) Relativo ao tempo de atividade profissional, 87,09% atuavam há menos de 04 anos com 50% dos entrevistados recebendo até 01 salário mínimo – Tabela 4.



Tabela 4: Perfil dos entrevistados por sexo, faixa etária, escolaridade, nível do cargo que ocupa, tempo de exercícios e renda salarial.

Item

Dados -n

Percentual %

Sexo

Masculino

15

24,19

Feminino

47

75,81

Faixa etária

18 a 38 anos

35

56,42

29 a 48 anos

21

33,87

Acima de 48 anos

06

9,71

Escolaridade

Fundamental completo

07

11,29

Médio completo

36

58,06

Superior completo/incompleto

13

20,97

Pós-Graduação

06

9,68

Cargo

Nível técnico

51

82,26

Nível superior

11

17,74

Tempo de exercício

Até 03 anos

54

87,09

Mais de 04 anos

08

12,91

Renda salarial

Até 01 salário mínimo

31

50,00

Entre 01 e 02 salários mínimos

23

37,09

Acima de 02 salários mínimos

08

12,91

Fonte: Autoria própria

Os entrevistados foram questionados inicialmente sobre o nível de conhecimento acerca do Plano de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) e legislações sobre resíduos, como a Norma da ANVISA RDC n° 222/2018, Resolução CONAMA n°358/2005 e a Lei 12.305 de 2010. A maioria dos entrevistados, representando pelo eixo y, indicaram o desconhecimento sobre esses tópicos, conforme ilustrado no Gráfico 1.



Gráfico 01: Nível de conhecimento dos entrevistados sobre Plano de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS) e legislações sobre resíduos, como a Norma da ANVISA RDC n° 222/2018, Resolução CONAMA n°358/2005 e a Lei 12.305 de 2010.

Fonte: Autoria própria



O desconhecimento sobre o Plano de Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e normas legais aplicadas a resíduos do serviço de saúde alegado pela maioria dos profissionais, não é uma realidade incomum, semelhante ao observado por Camargo e Melo (2017), na qual apontaram que 60,00% dos entrevistados desconheciam normas legais e o PGRSS. Este desconhecimento pode ser um empecilho para a realização de atividades de responsabilidade do serviço de saúde, conforme cita Alves (2019), uma vez que as etapas de gestão do PGRSS, são de responsabilidade da unidade geradora de resíduos. Podendo acarretar em problemas no acondicionamento, transporte, segregação, armazenamento e descarte. Sendo importante na mudança desta realidade um treinamento contínuo da equipe.

Outro tópico questionado aos participantes, referiu-se aos possíveis impactos da implantação de PGRSS nas unidades de saúde em que trabalham, quanto à capacidade de: Melhorar desempenho econômico e competitivo institucional (DES ECON/COMP); Reduzir autuações/multas (RED AUT/MUL) e reduzir infecções hospitalares da unidade de saúde (RED INF/HOSP). Para os três itens, foi apontado pela maioria que ocorria impactos positivos, conforme ilustrado na Gráfico 02.



Gráfico 02: Análise da percepção dos profissionais sobre impactos do PGRSS na unidade de saúde, relativo a Melhoria do desempenho econômico e competitivo (DES ECON/COMP); Redução de Autuações/multas (RED AUT/MUL) e redução dos níveis de Infecções hospitalares da unidade de saúde (RED INF/HOSP).

Fonte: Autoria própria



Apesar dos profissionais entrevistados apontarem desconhecimento sobre o PGRSS e normas legais aplicadas à temática, a maioria (66,12%) reconhece a importância sobre a gestão adequada dos resíduos do serviço de saúde para o atendimento às normas legais, semelhante ao observado por Okechukwu (2020), na qual indicou em seu estudo, que os profissionais da saúde reconhecem impactos na redução de custos, riscos ambientais, atendimento a requisitos legais e redução nos quadros de infecções hospitalares.

Na sequência os participantes foram questionados sobre a facilidade que têm em identificarem a codificação de cores/símbolos dos RSS (COD/SIMB RSS) e se recebem treinamento contínuo (TREIN CONT) sobre a temática pela gestão municipal. A maioria apontou que têm facilidade para identificarem os códigos (82,26%) e todos apontaram não ter treinamento contínuo – Gráfico 03.





Gráfico 03: Nível de conhecimento dos participantes sobre os códigos para as categorias de resíduos -COD/SIMB RSS e quanto a treinamento continuo que tenham recebido - TREIN CONT.

Fonte: Autoria própria

Embora não tenham treinamento contínuo, semelhante ao observado por Silva et al. (2020), a maioria dos entrevistados aponta conhecer as categorias de resíduos. Esta particularidade se faz importante para futuros treinamentos destes profisisonais, uma vez que poderá contribuir para adequada, segregação, acondicionamento, descarte e planos de redução de resíduos, vinculado ao PGRSS.

Quanto aos perfurocortantes, foi indicado pela maioria dos entrevistados que setor em que trabalham não utiliza seringas-agulhas hipodérmicas (74,19%) ou agulhas conectadas (70,96%). A negativa também foi referida pela maioria acerca da necessidade de desconectar agulhas (54,88%). Acerca da oferta de recipientes adequados para o descarte de perfurocortantes, a maioria (79,00%) indicaram que sim. A resposta foi afirmativa pela maioria sobre o hábito de reencapar agulhas (74,19%). Já sobre terem sofrido acidentes com esse material tipo de material, todos indicaram não para esta ocorrência – Tabela 5.



Tabela 5: Concordância dos entrevistados sobre a temática de perfurocortantes

Item

Sim

Não

Perfurocortantes (PF)

Meu departamento/unidade usa seringas/agulhas hipodérmicas

16

46

Meu departamento/unidade eventualmente usa seringas sem agulhas conectadas

18

44

Meu departamento/unidade precisa desconectar e trocar agulhas após retirar a medicação

28

34

Minha organização oferece recipientes adequadamente preparados e identificados para o descarte de PF

49

13

Tenho o hábito de reencapar agulhas após o fim do procedimento para posterior descarte.

46

16

Já tive acidentes com perfurocortantes em minha vida profissional.

62

0

Fonte: Autoria própria



Com base nos dados da Tabela 5, observa-se que a maioria dos entrevistados não lidam com alguns tipos perfurocortantes e não tiveram acidentes com esse tipo de material. Além do mais, apresentam recipientes adequados para o descarte deste item, semelhante ao indicado no estudo de Camargo e Melo (2017), com 90,02% dos entrevistados indicando a presença de recipientes adequados. Por outro lado, o hábito de reencapar agulhas é um risco de contaminação desnecessário ao profissional, sendo necessários treinamento e orientação acerca desta prática.

Acerca da facilidade de identificação dos símbolos vinculados aos tipos resíduos, observou-se que os entrevistados conseguiram, em sua maioria, categorizar corretamente: Reciclável (91,94%); Perfurocortante (82,26%); Químico (87,09%); Radioativo (90,32%) e biológico (77,41%) – Gráfico 04.



Gráfico 04: Nível de conhecimento dos entrevistados sobre os símbolos da categoria de resíduos.



Fonte: Autoria própria



Os dados apresentados no Gráfico 04 ilustram que mesmo desconhecendo sobre PGRSS, a maioria dos entrevistados identificaram corretamente os símbolos de categorização dos resíduos do serviço de saúde. Semelhante ao observado por Barros et al. (2020), na qual os entrevistados do estudo tinham pouco treinamento sobre a temática, mas identificavam corretamente os símbolos. Isto pode ser explicado em parte, pela experiência/vivência profissional com os RSSs, sendo importante, pois facilita a criação de programas de segregação e redução de resíduos nas unidades de saúde.

Os entrevistados foram ainda questionados acerca de itens presentes no PGRSS em sua instituição, sendo indicados como ausentes pela maioria os itens: Depósito pavimentados e impermeabilizados (58,02%); Inventário atualizado (61,29%); Programa de redução da geração de resíduos (67,74%); Sistema de segregação de resíduos (66,12%) e a Oferta de Treinamento contínuo (79,03%). Por outro lado, a maioria indicou existir coleta de resíduos por empresa especializada (61,29%) – Tabela 6.



Tabela 6: Concordância dos entrevistados sobre itens associados ao Plano de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde

Item

Sim

Não

Planos de Gestão de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS)

Os pátios de depósito de resíduos são pavimentados e
impermeabilizados

26

36

A empresa/unidade mantém atualizado um inventário de resíduos.

24

38

A instituição conta com um programa para redução da geração de
resíduos

20

42

A instituição realiza segregação de dos RSS

20

42

A instituição oferece treinamento contínuo sobre o PGRSS

13

49

A coleta externa e destinação de resíduos é realizada por uma empresa especializada

38

24

Fonte: Autoria própria



Os dados apresentados na tabela 6 ilustram que itens 0erado0s no PGRSS é desconhecido pela maioria dos entrevistados. Esta realidade pode estar associada a um desconhecimento da maioria sobre este tema, alegado no início da pesquisa, ou mesmo decorrente de um Plano de Gestão de Resíduos na unidade de saúde. Desta forma, se faz importante como apontado por Barros et al. (2020), a necessidade de treinamento contínuo da equipe, para efetiva implantação das etapas do PGRSS, podendo-se contribuir para programas de redução de resíduos e segregação, impactando-se desta forma no volume 0erado, com consequente redução de custos e impactos ambientais associados à estes refugos.



4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No presente estudo foram entrevistados 62 profissionais de 03 pequenos municípios da microrregião do Litoral Sul Potiguar, sendo observado o desconhecimento destes profissionais sobre aspectos legais e Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS).

As unidades de saúde necessitam de adequações no Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), na visão dos entrevistados, quanto à melhoria dos depósitos de resíduos, treinamento contínuo, inventário de resíduos, programas de redução e segregação de resíduos.

Por outro lado, a coleta dos resíduos do serviço de saúde ocorre por empresas especializadas. E os profissionais participantes do estudo demonstram conhecimento acerca do descarte adequado de perfurocortantes e identificação de símbolos para as categorias de resíduos.

Quanto à importância do PGRSS para a unidade de saúde, nos aspectos ambientais, atendimento a normas legais, econômicos e de saúde pública, é citada pela maioria dos entrevistados.

Portanto, diante dos dados relatados, se faz importante a implementação de programas de formação continuada e do próprio PGRSS nas unidades de saúde dos municípios analisados, buscando-se ênfase na segurança ocupacional, qualidade gerencial, atendimento a normas legais vigentes, redução de custos e segurança ambiental.



AGRADECIMENTOS:

Ao PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL da UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – pelo suporte técnico e acadêmico a realização da presente pesquisa.



REFERÊNCIAS

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Ilustrações: Silvana Santos