Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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15/12/2015 (Nº 54) CONVIVÊNCIA ENTRE HOMENS E COBRAS NO RIO DE JANEIRO: ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA AÇÕES AMBIENTAIS
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CONVIVÊNCIA ENTRE HOMENS E COBRAS NO RIO DE JANEIRO: ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA AÇÕES AMBIENTAIS

 

Breno Hamdan 1,2,3, Nathalie Queirolo Kaladinsky Citeli 1,7, Valéria Ferreira1,4, Tyelli Ramos5, Claudio Machado6

1 - Laboratório de Coleções Biológicas e Biodiversidade, Instituto Vital Brazil,  

Niterói - RJ/Brasil.

2 - Laboratório de Biologia Evolutiva Teórica e Aplicada, Departamento de Genética, UFRJ, Rio de Janeiro - RJ/Brasil.

3 - Email: hamdanbreno@gmail.com

4- Email: valeryf23@yahoo.com.br

5 - Laboratório de Micrurus, Instituto Vital Brazil, Niterói - RJ/Brasil.

Email: tyelli.bio@gmail.com

6 - Setor de Herpetologia, Instituto Vital Brazil, Niterói - RJ/Brasil.

Email: herpetologia@vitalbrazil.rj.gov.br

7 - Autora correspondente: Nathalie Citeli

Email: nathalieciteli@yahoo.com.br

Instituto Vital Brazil

Avenida Maestro José Botelho, 64, Santa Rosa, Niterói - RJ/ Brasil. CEP: 24230 - 410.

Telefones: (21) 2711 8020 Ramais: 268/142 ou (21) 994731227

Instituição Financiadora do presente estudo: Instituto Vital Brazil - IVB

Resumo 

Entre 2007-2012 o SINAN registrou 4 óbitos por picadas de serpentes para o Estado do Rio de Janeiro e 315 acidentes apenas na capital. O presente trabalho lista as serpentes de importância médica da cidade do Rio de Janeiro, mapeia os bairros de ocorrência e propõe medidas educativas nos bairros com maior quantidade de registros. A lista de espécies foi confeccionada por meio de consulta às Coleções Científicas Instituto Vital Brazil(IVB), Museu Nacional do Rio de Janeiro(MNRJ) e Laboratório de Répteis da UFRJ. Obteve-se um total de 320 espécimes jararaca Bothrops jararaca(n=84), jararacussu B. jararacussu(n=70), coral-verdadeira M. corallinus(n=142), cobra-verde Philodryas olfersii(n=16) e a parelheira P. patagoniensis(n=8). As áreas com maiores registros de ocorrência de serpentes de importância médica são Complexo Floresta da Tijuca, Gávea, Barra de Guaratiba, Barra da Tijuca e Campo Grande. Sugerem-se medidas de educação ambiental nesses bairros com objetivo de mitigar o número de acidentes.

Palavras – chave: Serpentes, Envenenamento, Medidas educacionais



INTRODUÇÃO

Com 2.5 milhões de acidentes/ano no mundo, envolvendo 250.000 casos com sequelas e 85.000 óbitos apenas no ano de 2010 ¹, o ofidismo desponta como uma das principais doenças tropicais negligenciadas do século 21 ². A problematização da circunstância acima descrita é agravada pelas evidências de subnotificação desses acidentes ofídicos em diversas regiões do mundo ¹, o que pode levar a índices de morbimortalidade ainda mais elevados.

O Brasil acompanha esses altos índices e apresenta cerca de 28.000 casos/ ano notificados ³. No período de 1979-1983, no auge da chamada “crise nacional de soro antiofídico”, foram notificados 1.260 óbitos com letalidade em torno de 20% 4. A gravidade dessa situação levou o governo a instituir em 1986 o Programa Nacional de Ofidismo que passou a financiar iniciativas para montar coleções científicas e assim mapear as serpentes no Brasil como uma medida estratégica de ajuda no combate e controle do ofidismo 5.  

No estado do Rio de Janeiro são notificados cerca de 600 acidentes ofídicos/ano com óbitos registrados para as cidades de Petrópolis, Parati e Angra dos Reis, embora o município do Rio de Janeiro seja a localidade com maior número de notificações 6. A urbanização no Brasil tem levado a um desequilíbrio ambiental em áreas densamente povoadas, aumentando desproporcionalmente a abundância de algumas espécies nessas regiões e assim o encontro pela população dessas serpentes de importância médica 7.

Iniciativas de educação ambiental em sítios estratégicos das cidades, onde as serpentes podem ser encontradas com maior frequência, devem ser tratadas como prioridade, objetivando a adoção de programas de prevenção e combate aos acidentes, à diminuição da gravidade dos casos e número de óbitos.

Esse trabalho objetiva listar e mapear as serpentes de importância médica no município do Rio de Janeiro, buscando identificar sítios estratégicos na cidade como uma ferramenta de combate ao Ofidismo por meio de práticas de educação ambiental realizadas onde essas serpentes são encontradas com maior frequência.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de Estudo

O município do Rio de Janeiro (RJ) (22º 45’S e 23º 04’W) está inserido no Bioma Mata Atlântica e é delimitada ao norte pelo Maciço Gericinó-Mendanha, ao sul pelo Oceano Atlântico, a leste pela Baía de Guanabara e a oeste pela baía de Sepetiba (Figura 1). Foi capital do país entre 1763 e 1960, atraindo grande contingente de imigrantes em busca de melhores condições de vida. A expansão da cidade atingiu primeiramente as florestas nas baixadas, para a abertura de áreas para a agricultura e habitação, e, posteriormente, as áreas de encosta para fins agrícolas, principalmente no Ciclo do Café, nos séculos XVIII e XIX 8,9.

Atualmente o Rio é considerada a segunda maior mancha urbana do Brasil, com uma área territorial de aproximadamente 1.225 km², sendo 71% urbanizada 10, com mais de 6.000.000 de habitantes 11. O Rio de Janeiro recebe ainda mais de 1,4 milhão de turistas estrangeiros e 3 milhões de turistas nacionais por ano 12.

A região onde a cidade expandiu caracteriza-se por apresentar temperatura média anual de 23,6ºC, sendo o mês de fevereiro o mais quente, com temperatura média de 27, 3ºC, e junho, o mais frio, com média de 21,0ºC e extremos que alcançam de 10,1-42 ºC 13. O total médio anual de precipitação é de 1.027mm, sendo o mês de agosto o mais seco, com média 47mm e março, o mais chuvoso, com 140mm 14. Machado 15 informa que os máximos de precipitação localizam-se sobre os três maciços existentes na cidade: Maciço da Tijuca a leste, Maciço de Gericinó ao norte e Maciço da Pedra Branca a oeste.  

De acordo com o sistema de Köppen, a cidade do Rio de Janeiro possui preponderantemente o clima do tipo Aw ou Clima Tropical Chuvoso com chuvas abundantes no verão e inverno seco 16.

Lista de espécies

A lista de espécies de importância médica do município do Rio de janeiro foi confeccionada por meio da análise do Livro de Tombo e respectivos espécimes depositados nas seguintes instituições brasileiras (acrônimos entre parênteses): Coleção Científica de Serpentes do Instituto Vital Brazil (IVB), Niterói-RJ; Coleção Herpetológica do Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (MNRJ), Rio de Janeiro; Coleção de Répteis da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ZUFRJ), Rio de Janeiro.

A classificação sistemática e nomenclatura zoológica seguem Bérnils e Costa 17 e determinação dos espécimes foi conduzida por meio da literatura herpetológica 18,19,20.

Mapeamento

Dados relativos aos bairros de procedência e período de coleta dos espécimes foram extraídos dos Livros de Tombo das coleções científicas consultadas.

 Devido a imprecisão da informação sobre o bairro específico de coleta de alguns exemplares consideramos a região “Complexo Floresta da Tijuca” como procedência de todos os exemplares provenientes dos bairros Água Santa, Alto da Boa Vista, Andaraí, Botafogo, Cosme Velho, Engenho de Dentro, Grajaú, Humaitá, Itanhangá, Jacarepaguá, Jardim Botânico, Joá, Laranjeiras, Lins de Vasconcelos, Piedade, Quintino, Santa Teresa, São Conrado, Tijuca.

São consideradas serpentes de importância médica aquelas consideradas potencialmente capazes de produzir envenenamentos que necessitem de uma intervenção médica, podendo em alguns casos levar o ser humano a óbito. No Brasil essas serpentes estão representadas pelas jararacas do gêneros Bothrops, as cascavéis do gênero Crotalus, as surucucus do gênero Lachesis (Viperidae), corais-verdadeiras do gênero Micrurus (Elapidae) e pelas espécies de cobra-verde Philodryas olfersii, P. viridissimus, corre-campo P. patagoniensis, e muçuranas Clelia spp. e Boiruna spp. (todas Dipsadidae) 21,22.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

No período entre 1961 e 2014 foram registradas 5 espécies de serpentes de importância médica distribuídas pelas famílias Viperidae, Elapidae e Dipsadidae para o município de Rio de Janeiro. As espécies com os mais elevados registros de ocorrência nas fontes de consulta foram Micrurus corallinus (n=142) e Bothrops jararaca (n=84), seguidas de B. jararacussu (n=70), Philodryas olfersii (n=16) e P. patagoniensis (n=8).

As regiões da cidade do Rio que mais concentram registros de ocorrência de serpentes de importância médica foram o “Complexo Floresta da Tijuca” (n=173);  Gávea (n=16); Barra de Guaratiba (n=14); Barra da Tijuca e Campo Grande (n=10); Laranjeiras e Serra do Mendanha (n=8); Bancários (Ilha do Governador), Cidade Universitária, Glória, Leme, Realengo, Recreio do Bandeirantes (n=3); e por fim Bangu, Freguesia (Jacarepaguá), Santa Cruz, Urca e Vargem Grande (n=2).  

O primeiro registro de ocorrência para a cidade do Rio data de 1961 com a espécie M. corallinus (espécime ZUFRJ 894) para o “Complexo Floresta da TijucaCampo Grande (n=10). Dez anos mais tarde, na década de 70, todas as demais espécies aqui listadas já haviam sido registradas em alguma das fontes de consulta. Entre os anos de 2013 e 2014 quase todos os táxons assinalados foram registrados para a cidade do Rio de Janeiro, à exceção de P. patagoniensis, cujo último registro data de 2003. Assim, as evidências apontam que, virtualmente, todas as espécies ainda podem ser encontradas na cidade do Rio de Janeiro.

Alguns bairros como Catete, Glória, Laranjeiras, Leme, Madureira, Realengo, Rio Comprido, Santa Cruz, Vila da Penha, Bancários, Cacuia - Freguesia (Ilha do Governador e Jacarepaguá) possuem seus últimos registros de serpentes de importância médica na década de 90.  Mais estudos são necessários para identificar se a ausência de registros nos últimos anos deve-se a falta de coleta sistematizada, a diminuição de doação de serpentes por terceiros às fontes de consulta ou se essas serpentes estão extintas localmente.

O estado do Rio de Janeiro apresenta 83 espécies de Serpentes (dados de Rocha 23 atualizados pelos autores) sendo 14% dessas potencialmente capazes de produzir envenenamento que necessita de intervenção médica. Essas serpentes de importância médica estão distribuídas pelas famílias Viperidae, Elapidae e Dipsadidae. A família Viperidae abriga as espécies de jararacas Bothrops jararaca, B. fonsecai, B. jararacussu, B. neuwiedi e Bothriopsis bilineatus (a última provavelmente extinta no estado, segundo a Lista Oficial da Fauna Ameaçada de Extinção do Rio de Janeiro); cascavel C. Durissus e surucucu Lachesis muta. A família Elapidae abriga as coral-verdadeiras Micrurus corallinus, M. decoratus e M. lemniscatus; e a família Dipsadidae abriga a cobra-verde Philodryas olfersii e parelheira P. patagoniensis. Conforme verificado nesse estudo, o município do Rio de Janeiro abriga uma elevada representatividade com 41% do total de espécies de serpentes de importância médica listadas para todo estado do Rio de Janeiro.

A região do “Complexo da Floresta da Tijuca” por ser extensa e abrigar o Parque Nacional da Tijuca com seu grande remanescente de mata atlântica obteve a maior abundância relativa de registros de ocorrência de serpentes de importância médica. De acordo com Bochner, Fiszon e Machado7 áreas de proteção ambiental próximos a aglomerados urbanos ou áreas mais nobres oferecem abrigo para serpentes, o que pode explicar o cenário acima descrito.

A maior quantidade de registros da espécie Micrurus corallinus não era esperada, já que nos núcleos urbanos do sudeste do Brasil as serpentes mais comumente encontradas são da espécie Bothrops jararaca, em geral por ocorrerem também em áreas abertas e colonizarem regiões suburbanas e urbanas 21,24,25. No Parque Estadual da Serra do Mendanha, inserido na região metropolitana do município do Rio de Janeiro, Bothrops jararaca tem maior ocorrência nas áreas rurais em torno do parque 26. Em contrapartida, a espécie Bothrops jararacussu é registrada com maior frequência em áreas interiores preservadas e pouco avistada nas regiões de limites do parque 26. Esta característica de Bothrops jararaca em habitar áreas abertas, incluindo plantações 27 associada ao acumulo de lixo que pode tornar-se fonte inesgotável de alimento para roedores 28, podem contribuir para o aumento de encontros fortuitos com estes animais, e possíveis acidentes.

Em geral, as serpentes do gênero Micrurus são difíceis de serem visualizadas na natureza, principalmente devido ao seu hábito secretivo e a necessidade de uma cobertura vegetal de maior qualidade 21,29. Além disso, a dieta das serpentes do gênero Micrurus, em especial M. corallinus é preferencialmente de anfisbenídeos, gimnofionos, lagartos e colubrídeos 30,31,32,33, animais geralmente não encontrados em ambientes muito alterados pelo homem. Estudos ecológicos são necessários para entender os motivos de uma maior quantidade de registros para M. corallinus na capital do Rio de Janeiro.  

Bochner e Struchiner 34 estudando a epidemiologia dos acidentes ofídicos no Brasil nos últimos 100 anos, identificaram que as principais variáveis diretamente relacionadas ao ofidismo como  sexo, idade, mês de ocorrência, local da picada, gênero da serpente, tempo decorrido entre o acidente e o atendimento e evolução, já se encontravam presentes no Boletim para Observação de Accidente Ophidico criado por Vital Brazil ainda em 1901. Os autores informam também que o acidente ofídico está relacionado com populações de baixa renda, geralmente excluídas das políticas públicas.

Sugerimos, portanto, a incorporação dos tópicos acima descritos em qualquer trabalho relacionado a educação ambiental e combate ao ofidismo uma vez que há aumento da gravidade dos casos devido a condutas inadequadas tomadas pela população menos informada, como a utilização de torniquete, sucção do veneno, a colocação de diversas substâncias no local da picada, a ingestão de bebidas alcoólicas e a demora para buscar tratamento médico especializado 35.

Medidas preventivas nos acidentes ofídicos e a agilidade na busca por atendimento, ambas ações estimuladas por meio da educação ambiental são necessárias para ações de prevenção que conduzem a redução do número de casos, diminuição da letalidade e o desestímulo ao uso de práticas caseiras como primeiros socorros. Estudos apontam que modificações ambientais provocadas pela ação do homem aumentam risco a exposição a doenças negligenciadas como o Ofidismo e atuam negativamente na qualidade de vida da população 36.

Cabe ressaltar que as áreas de maior ocorrência de serpentes de importância médica no município do Rio de Janeiro são as preferidas para práticas de caminhadas, trilhas e montanhismo, atraindo milhares de turistas locais, regionais e internacionais todos os anos. Como as serpentes de importância médica listadas possuem hábito predominantemente terrícola ou semifossorial 37 também sugerimos esforços em educação ambiental para reduzir o número de acidentes. A adoção de medidas profiláticas relacionadas a vestimenta como o uso de botas ou calçados rígidos além de calças compridas e folgadas também é recomendada.

O presente trabalho amplia o conhecimento sobre a biota da Mata Atlântica em ambientes urbanizados. Ademais, identifica os sítios com os maiores registros de ocorrência como o “complexo floresta da tijuca”, Gávea, Barra de Guaratiba e Barra da Tijuca como áreas prioritárias para proposição de medidas educativas sobre serpentes e profilática na defesa contra o Ofidismo na cidade do Rio de Janeiro.

Figura 1. Bairros da Cidade do Rio de Janeiro com a intensidade dos registros de ocorrência exibida em escala de cinza. As áreas mais escuras apresentam maior número de registros.

Figura 2. Serpentes de importância médica da cidade do Rio de Janeiro.  A - Philodryas olfersii; B - Philodryas patagoniensis; C - Bothrops jararaca; D - Bothrops jararacussu; E - Micrurus corallinus; F - Cristo Redentor, um dos principais atrativos turísticos da cidade.  

Agradecimentos

Nós agradecemos ao Paulo Passos (MNRJ) e Daniel Fernandes (UFRJ) por ter nos permitido analisar os espécimes de coleções científicas que estão sob seus cuidados, Rosany Bocher (FIOCRUZ) pelas críticas e sugestões que melhoraram a versão prévia do manuscrito. Também somos gratos à CAPES e Instituto Vital Brazil pelo suporte financeiro.

 

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Contribuições dos autores:

Breno Hamdan elaborou o estudo e redigiu o texto. Nathalie Citeli recolheu e tabulou os dados. Claudio Machado contribuiu para a estruturação do texto. Valéria Ferreira e Tyelli Ramos contribuíram para o recolhimento dos dados e identificação do material.

 

 

 

 

Ilustrações: Silvana Santos