Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(3)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6)
Dúvidas(4)
Entrevistas(4)
Saber do Fazer(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(1)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(1)
Ações e projetos inspiradores(25)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Notícias(21)
| Números
|
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos
ATIVIDADE DE SENSIBILIZAÇÃO: DESPERTANDO A VISÃO Berenice Gehlen Adams
Público: Adultos
Esta atividade pretende evidenciar o quanto estamos desatentos em relação ao que vemos, ao que enxergamos, e ao mesmo tempo, sequer percebemos. O sentido da visão é um dos mais utilizados e um dos que mais influenciam em nossa percepção de mundo. Por isto, é fundamental explorar ao máximo este sentido, para um ressignificado daquilo que “vemos, mas não vemos”, como ilustra o belíssimo e sensível poema de Otto Lara Rezende.
Etapas:
- Conversar sobre o sentido da visão e a sua relação com a nossa percepção de mundo - Comentar sobre o que lembram de ter visto, desde o início do dia que foi mais significativo -Vendar os olhos - De olhos vendados, ouvir a leitura do texto: Ver Vendo
VER VENDO OTTO LARA REZENDE
... De tanto ver, a gente banaliza o olhar... Vê não-vendo... Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver... Parece fácil, mas não é... O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade... O campo visual da nossa rotina é como um vazio... Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta... Se alguém lhe perguntar o que você vê no seu caminho, você não sabe... De tanto ver, você não vê... [...] O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem... Mas há sempre o que ver... Gente, coisas, bichos... E vemos? Não, não vemos... Uma criança vê o que um adulto não vê... Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo... O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de tão visto, ninguém vê... Há pai que nunca viu o próprio filho... Marido que nunca viu a própria mulher (e desconhece os seus segredos e desejos), isso existe às pampas... Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos... É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença...
- Escutar uma música, continuar de olhos vendados até terminar.
- Fazer comentários sobre o poema destacando que a partir dele podemos perceber a amplitude do sentido da visão, e que ver não é somente enxergar, mas concomitantemente, sentir algo, que dá significado e vida ao que se está vendo.
Mais atividades de sensibilização você encontra no livro “Pela trilha da sensibilidade”, disponível para a venda em www.apoema.com.br
|