Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 53) AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR ATRAVÉS DE PARÂMETROS BIOLÓGICOS E VISUAIS NOS BAIRROS DE SÃO BRÁS, NAZARÉ E CIDADE VELHA, EM BELÉM (PA)
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO AR ATRAVÉS DE PARÂMETROS BIOLÓGICOS E VISUAIS NOS BAIRROS DE SÃO BRÁS, NAZARÉ E CIDADE VELHA, EM BELÉM (PA)

 

Josiana Kely Rodrigues Moreira¹

Biatriz Araújo Cardoso²; Marco Valério de Albuquerque Vinagre³; Alberto Carlos de Melo Lima4.

 

¹ Professora Mestre da Universidade da Amazônia –             Av. Alcindo Cacela, 287. Cep 66060902. Belém (PA). josikely@hotmail.com        

 

² Professora Mestre da Universidade da Amazônia – Av. Alcindo Cacela, 287. Cep 66060902. Belém (PA). biatrizac@yahoo.com.br

 

³ Professor Doutor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano - Av. Alcindo Cacela, 287. Cep 66060902. Belém (PA). valeriovinagre@unama.br

 

4 Professor Doutor do Programa de Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano - Av. Alcindo Cacela, 287. Cep 66060902. Belém (PA). acmlima@gmail.com

 

 

RESUMO

O desenvolvimento industrial e urbano, o crescimento da frota automotiva, fatores meteorológicos, o crescimento populacional, os atuais padrões de consumo, o desmatamento, as queimadas, entre outros fatores, tem como consequência o crescente aumento de poluentes em suspensão na atmosfera, gerando um clima urbano poluído e propício a desenvolver diversos tipos de doenças, principalmente as doenças respiratórias. Dessa forma este trabalho buscou avaliar a qualidade do ar através de parâmetros biológicos e visuais nos bairros de São Brás, Nazaré e Cidade Velha, em Belém (PA).Para coleta de dados utilizou-se a análise biológica, através da análise microbiológica do ar, através da Placa de Petri contendo meio de cultura e posteriormente mediu-se o Índice de Fumaça, através da escala colorimétrica (Tipo Ringelmann Reduzido) Em relação a qualidade do ar encontraram-se nas amostras bactérias Gram-positivas, como os Estreptococos e bacilos Gram- negativos como as Enterobacter spp e Escherichia coli, com maior frequência no bairro de São Brás. E por fim, os bairros apresentaram alta frequência de poluentes emitidos pelos veículos automotores de acordo com a Escala de Ringelmann, principalmente com destaque ao bairro de São Brás, fato que está relacionado pelo bairro ser porta de entrada e saída da cidade, além de possuir intenso tráfego de veículos automotores, em destaques os carros, caminhões, ônibus, transportes alternativos e ter densidade populacional elevada, gerando bolsões de ar quente em áreas específicas. Dessa forma, é de extrema importância que sejam adotados procedimentos para facilitar a qualidade do ar na região e medidas devem ser adotadas para reduzir a poluição e gerenciar a qualidade do ar.  

 

PALAVRAS-CHAVE: Poluição do Ar. Qualidade do ar. Saúde Humana.

 

 

 

ABSTRACT

 

The industrial and urban development, the growth of the automotive fleet, meteorological factors, population growth, the current patterns of consumption, deforestation, forest fires, among other factors, results in the increasing number of pollutants suspended in the atmosphere, generating a polluted and prone to develop various kinds of diseases, especially respiratory illnesses urban climate. Therefore this study aimed to evaluate the air quality by biological and visual parameters in neighborhoods of São Brás, Nazareth and Old Town in Belém (PA). To collect data to biological analysis by microbiological analysis of air by Petri dish containing culture medium and subsequently measured the index Smoke, by colorimetric scale (Type Ringelmann Reduced) for air quality were found in Gram-positive bacteria samples, such as streptococci and bacilli Gram-negative as Enterobacter spp and Escherichia coli, with greater frequency in São Brás. And finally, the districts with high frequency pollutants emitted by motor vehicles according to the Ringelmann Scale, particularly highlighting the São Brás, a fact that the neighborhood be associated port of entry and exit of the city, besides having traffic of motor vehicles, featured cars, trucks, buses, alternative transport and have high population density, creating pockets of warm air in specific areas. Thus, it is extremely important that procedures are in place to facilitate the air quality in the region and measures should be taken to reduce pollution and manage air quality.

 

KEYWORDS: Air Pollution Air Quality. Human Health.

 

 

INTRODUÇÃO

            O desenvolvimento industrial e urbano, o crescimento da frota automotiva, fatores meteorológicos, o crescimento populacional, os atuais padrões de consumo, o desmatamento, as queimadas, entre outros fatores, tem como consequência o crescente aumento de poluentes em suspensão na atmosfera, gerando um clima urbano poluído e propício a desenvolver diversos tipos de doenças (TORRES, 2009).

            Esses fatores antropogênicos também chamados de fatores determinantes vêm ocorrendo diariamente e tem influenciado na emissão de gases do Efeito Estufa e poluentes tóxicos, no qual se destaca o Dióxido de Carbono (CO2) e Metano, como gases prejudiciais à saúde do ser humano, além do prejuízo e impactos às mudanças na temperatura global (SOUZA, 2004).

            O crescente aumento das concentrações de substâncias contaminantes no meio terrestre é responsável pelos danos ocorridos na saúde e na qualidade de vida da população, além de desequilíbrios nos ecossistemas. Algumas substâncias e compostos podem permanecer na atmosfera por longos períodos de tempo e alcançar diversas distancias devido às características próprias de cada região, tais como: circulação, intensidade e velocidade dos ventos ou das chuvas (BRASIL, 2011).

            A poluição do ar provém, sobretudo, da queima de combustíveis fósseis e, especialmente nas grandes cidades, originam-se da emissão diária de toneladas de substâncias sólidas e gasosas oriundas de indústrias e veículos (FERNANDES et al., 2010). Com a crescente industrialização e com o aumento do número de veículos em circulação nos últimos anos, o problema tende a se agravar se não forem tomadas medidas para a redução dessas agressões com a população (GOUVEIA; MAISONET, 2006).

            Segundo Monteiro e Mendonça (2009), a preocupação com as alterações introduzidas pelo processo de urbanização na qualidade do ar da cidade constitui-se no principal alerta e desperta o interesse para elaboração de estudos do mesmo. Segundo o autor um considerável número de cidades de pequeno, médio e grande porte no Brasil foi alvo de investigação de seus ambientes atmosféricos urbanos a partir da década de 1960 tendo se intensificado e se distribuído por quase todo o território nacional na década de 1990.

            No Brasil, o grande problema da poluição do ar vem sendo trabalhado no campo da saúde pública em diversos desfechos, ficando evidente a sua associação e influência com as doenças respiratórias, cardíacas, oftalmológicas, dermatológicas e até neoplásicas. 

            Segundo Martins et al. (2002), Bakonyi et al. (2004) e Bueno et al. (2010), as crianças e os idosos são grupos que têm se mostrado mais susceptíveis aos efeitos da poluição atmosférica e a mesma tem sido associada ao decréscimo da função pulmonar, aumento no uso de medicamentos, principalmente em idosos, além de observar alterações do sistema imunológico de pessoas normais.

            Cidades localizadas na porção Centro-Sul foram e continuam sendo alvo de estudos de seu ambiente atmosférico, pois é nesta porção do território brasileiro que se localiza a maior densidade da urbanização e as maiores áreas urbanas, no qual se habita a maior parte da população brasileira. Na região Norte do Brasil, Belém figura-se como a capital brasileira com poucos estudos sobre a qualidade do ar (MONTEIRO; MENDONÇA, 2009). 

            Dessa forma, este trabalho buscou avaliar a qualidade do ar através de parâmetros biológicos e visuais nos bairros de São Brás, Nazaré e Cidade Velha, que são locais densamente urbanizados em Belém (PA) e possuem intenso tráfego de veículos em suas principais vias.

 

 

URBANIZAÇÃO E O CLIMA URBANO

O deslocamento da população do campo para a cidade é propiciado por mudanças estruturais que, juntamente com os incrementos populacionais, geram ganhos de produtividade por trabalhador e aumento da renda per capita associados ao crescimento econômico. O grande avanço tecnológico e os esforços para o conhecimento das forças da natureza permanecem ainda bastante vulneráveis e parecem tornar-se cada vez mais indefesas diante de “eventos naturais extremos”, particularmente aqueles de origem meteorológica, hidrológica e geológica (IPEA, 2010; MOURA, 2009).

No Brasil a urbanização atingiu a expansão no século XIX, adquirindo suas características atuais somente no final do século XX, e início do século XXI, fato marcante em que a população urbana ultrapassou a rural (DOWBOR; TAGHIN, 2005).

Na Tabela 1, destaca-se a evolução da população brasileira (urbana e rural) no Brasil de 1980 a 2010.

 

 

 

 

 

Tabela 1. População urbana e população rural no Brasil de 1980 a 2010.

Ano

População

Urbana (%)

Rural (%)

1980

67,70

32,30

1991

75,47

24,53

1996

78,36

21,64

2000

81,23

18,77

2010

84,36

15,64

Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.

 

Na Tabela 1 observa-se aproximação e posterior crescimento demográfico das cidades brasileiras na década de 1980 quando a população atinge porcentagens superiores de habitantes residentes, correspondendo à 67,7%. Maricato (2000) afirma que em 1940 a população urbana atingiu 26,3% do total. Em 2000, passou para 81,2%. Em 1940, a população que residia nas cidades somava 18,8 milhões de habitantes, e em 2000, estes números cresceram para, aproximadamente, 138 milhões. 

  Esse crescimento populacional urbano não significou e nem gerou desenvolvimento para as cidades, pelo contrário, gerou desigualdades sociais, econômicas e ambientais, fato esse devido a ausência de prévio planejamento em infraestrutura, condições de moradia e saneamento para receber a população vinda do interior.

De acordo com Dowbor e Tagnin (2005) e Brito (2006) as grandes regiões metropolitanas se expandiram a partir dos anos 70 e 80, em que a urbanização e a concentração de pessoas encontravam-se tendo o mesmo avanço.  Todo esse movimento de construção urbana teve uma evolução rápida, a população cresceu e, com isso, ocorreram transformações em assentamentos, saúde e transporte, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, e na década de 1990 intensificaram as transformações na Região Norte.

  Na Tabela 2, observa-se o grau de urbanização nas regiões brasileiras de 1980 à 2000.

 

Tabela 2: Grau (%) de urbanização das regiões brasileiras nos anos de 1980, 1991, 2000 e 2010.

Ano

Grau de urbanização

1980

1991

2000

2010

Norte

51,6

59

69,9

73,5

Nordeste

50,5

60,7

69,1

73,1

Sul

62,4

74,1

80,9

84,9

Sudeste

82,8

88

90,5

92,9

Centro-oeste

67,8

81,3

86,7

88,8

Brasil

63

72,6

79,4

84,4

Fonte: Adaptado de Dowbor e Tagnin, 2005; IBGE, 2010.

 

A Região Metropolitana de Belém (RMB) também, apresentou profundas e amplas repercussões no sistema urbano, gerando transformações físicas e populacionais. O crescimento acelerado e desordenado provocou concentração na área central de população com níveis de renda mais elevados e direcionou os menos favorecidos para áreas periféricas, que além das desvantagens socioeconômicas, enfrentam também dificuldades relacionadas às carências de infraestrutura urbana e de serviços públicos e o aumento das distâncias médias em relação ao centro, onde está localizada a maioria das atividades econômicas (SILVA, 2011).

Segundo dados da Síntese de Indicadores da PNAD/IBGE de 2005 (BRASIL, 2006), a proporção de pessoas residentes em áreas urbanas foi de 82,8%. O avanço da industrialização acentuou o processo de urbanização e de desenvolvimento das metrópoles brasileiras até os anos de 1980. Porém outro aspecto vem ocorrendo nas últimas décadas, são as diminuições nas taxas de crescimento das sedes metropolitanas/regionais, ao passo que se observa um crescimento mais significativo nas suas áreas de entorno. Isso pode demonstrar um expressivo crescimento populacional de cidades não metropolitanas em todas as regiões brasileiras, onde cidades pequenas e de porte intermediário apresentaram crescimento significativo.

E vinculado às taxas de crescimento populacional ao redor das grandes cidades, pode-se destacar o aumento exponencial da frota de automóveis resultante assim, da urbanização, da facilidade de crédito no mercado financeiro, e da dependência do transporte individual nas grandes cidades. Importante colocar que esse processo se faz benéfico ao crescimento das cidades, porém a emissão de gases poluentes advindos dos veículos automotores é favorável à contaminação e poluição do ar.

Os veículos emitem grande quantidade e diversidade de substâncias, conhecidas como poluentes tóxicos. Todos os compostos, além dos chamados compostos secundários, como ozônio, nitratos e ácidos orgânicos, podem causar implicações adversas à saúde das pessoas, principalmente as doenças do trato respiratório.

Esse processo de urbanização nas grandes cidades e metrópoles ocorreu melhorias do controle das fontes industriais, entretanto, o aumento da frota de veículos e as mudanças no uso e ocupação do solo têm colocado as emissões veiculares como a principal fonte de poluição do ar no mundo.

Apesar da diversidade de enfoques dado por cada ciência e autor e da necessidade de um conhecimento multidisciplinar para um entendimento mais complexo sobre essa relação da urbanização e do clima urbano, um elemento se faz importante e necessário nas diversas conceituações e abordagens é o fato de que essas vias do conhecimento têm seus objetos de estudo relacionados aos processos que permeiam a organização social, seu desenvolvimento e sua transformação no espaço e no tempo. 

 

QUALIDADE DE VIDA E QUALIDADE DO AR

Os diversos conceitos sobre o tema “Qualidade de Vida” se configuram em uma área multidisciplinar de conhecimentos que englobam diversas formas de ciências unidas ao conhecimento de uma dada população, com conceitos permeados sobre a vida das pessoas em sociedade. As definições de Qualidade de Vida passam por inúmeros elementos do dia a dia do homem, considerando desde a percepção até a expectativa subjetiva sobre a vida, além das questões mais determinantes relacionadas entre a saúde e doença (ALMEIDA; GUTIERREZ; MARQUES, 2012).

A compreensão da qualidade de vida, como uma forma humana de percepção da própria existência a partir das esferas objetivas e subjetivas, é imprescindível um entendimento adequado para que não haja reducionismo perante o tema, pois se percebe a interrelação constante entre os elementos que compõe esse universo. Barbosa (1998) afirma que a qualidade de Vida é necessária como forma de adotar uma expectativa ou um paradigma complexo de mundo, pois se expressa na relação entre homem, natureza e o ambiente que o cerca.

De acordo com Minayo et al. (2000) Qualidade de Vida é definida como:

 

“Noção eminentemente humana que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo abrange muitos significados que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo, portanto, uma construção social com a marca da relatividade cultural”.

 

Interessante expressar que diversos são os conceitos definidos pelos autores acerca da Qualidade de Vida. Se faz necessário destacar a ideia de Nahas, Barros e Francalacci (2001) e Gonçalves e Vilarta (2004) abordando a qualidade de vida como elemento fundamental para designar a maneira como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano, envolvendo, portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho, meio ambiente e condição humana do qual irá resultar em um conjunto de parâmetros individuais e socioambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições e participações nas decisões em prol da sociedade.

  Em destaque, pode-se citar que em nível regional e local, os efeitos da poluição ambiental são mais característicos nos grandes centros urbanos, onde a concentração de atividades poluentes é maior e mais intensa, o que pode vir a desencadear menores índices de qualidade de vida nesse grupo.  Eventos grandiosos associados à poluição do ar, como o fog de Londres, na década de 1950, no qual milhares de pessoas morreram e o acidente tóxico de Bhopal, na Índia, em 1980, em que envolveu a empresa Union Carbide Corporation, demonstraram o quanto é prejudicial a poluição do ar para o ser humano.

  Considerando a poluição atmosférica como uma consequência do desenvolvimento humano, pautado no processo intenso de urbanização e industrialização no mundo, a mesma tornou-se, do ponto de vista da saúde ambiental, um fenômeno conhecido, afetando em níveis mais expressivos, a qualidade de vida de seus habitantes, principalmente daqueles presentes nos extremos da linha etária, ou seja, as crianças e os idosos.

  E para correlacionar a qualidade de vida com a qualidade do ar das pessoas, em 28 de junho de 1990 foi criada a Resolução nº 003, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em que define os Padrões de Qualidade do Ar (Quadro 2.1), as concentrações de poluentes atmosféricos ultrapassados e que podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

  Essa qualidade do ar é produto da influência múltipla e complexa de fatores dos quais se destacam as condições meteorológicas da região, a topografia, favoráveis ou não às dispersões de poluentes e a magnitude das emissões.

Os parâmetros regulamentados pela legislação ambiental são os seguintes: Partículas Totais em Suspensão, Fumaça, Partículas Inaláveis, Dióxido de Enxofre, Monóxido de Carbono, Ozônio e Dióxido de Nitrogênio. A Resolução prever como Método de Referência, os métodos aprovados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

  De acordo com o Art. 4º (CONAMA 003/90) o monitoramento da qualidade do ar é atribuição dos Estados e no Art. 5º, ficam estabelecidos os Níveis de Qualidade do Ar para elaboração do Plano de Emergência para Episódios Críticos de Poluição do Ar, visando providências dos governos de Estado e dos Municípios, assim como de entidades privadas e comunidade geral, com o objetivo de prevenir grave e iminente risco à saúde da população.

  A evolução da ciência, tecnologia e os efeitos dos poluentes atmosféricos à população se mostraram aptos a reverem as referências dos Padrões de qualidade do Ar, com a atualização dos valores dos padrões adotados, assim como a inclusão de novos parâmetros, baseados na União Europeia e nos Estados Unidos.

Em 2005, a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou um documento com uma revisão dos valores-guias para os poluentes atmosféricos visando à proteção da saúde da população. Segundo a OMS esses Padrões de Qualidade do Ar (PQAr) variam de acordo com a abordagem adotada para balancear riscos à saúde, considerações econômicas, viabilidade técnica, e vários outros fatores sociais e políticos, que, por sua vez, dependem, entre outras coisas, da capacidade e do nível de desenvolvimento do Estado para gerenciar a qualidade do ar.

  A OMS também preconiza que o processo de estabelecimento de padrões vise atingir as menores concentrações possíveis no contexto de limitações locais, regionais, capacidades técnicas e prioridades em termos de saúde pública. Em 2013, o Estado de São Paulo publicou o Decreto Estadual nº 59113 de 23 de abril de 2013, em que estabeleceu novos Padrões de Qualidade do Ar, por intermédio de um conjunto de metas preconizadas para que a redução da poluição atmosférica seja alcançada em níveis almejados à longo prazo.

Dentro dos novos Padrões de Qualidade do Ar foi criado o Índice de Qualidade do Ar, cuja finalidade foi desenvolvida para simplificar o processo de divulgação da qualidade do ar (LIMA et al., 2012). Esse índice foi criado usando a experiência da Agência Ambiental Americana (Environmental Protection Agency – EPA) e da União Européia (European Commission/Joint Research Centre – JRC) abordando os processos adotados para estabelecimento e revisão de padrões e metas de qualidade do ar, bem como a situação atual da qualidade do ar em cada região e as medidas a serem adotadas para reduzir a poluição e gerenciar a qualidade do ar.  

 

METODOLOGIA

Neste artigo são apresentados os embasamentos metodológicos que orientaram o processo de elaboração da pesquisa, incluindo, o tipo de estudo, pesquisa, as etapas dos procedimentos metodológicos e a análise dos dados.

 

TIPO DE ESTUDO

Esta seção trata sobre a trajetória metodológica, demonstrando o caminho percorrido em busca de respostas às perguntas que a pesquisa procura responder. O presente estudo se caracteriza como do Tipo Transversal, sendo chamado de estudos seccionais ou de corte transversal, pois são aqueles que produzem “instantâneos” da situação de saúde de uma população ou comunidade com base na avaliação individual do estado de saúde de cada um dos membros do grupo, e também determinam indicadores globais de saúde para o grupo investigado (BASTOS; DUQUIA, 2007; SITTA et al., 2010; CARVALHO; ROCHA, 2013).

O presente trabalho escolheu como base técnica de investigação o método indutivo, pois a partir da observação, foi possível formular uma hipótese explicativa da causa do fenômeno da poluição do ar sobre a saúde humana da população estudada na cidade de Belém. Portanto, por meio da indução chegou-se a conclusões que são apenas prováveis.

 

ÁREAS DE ESTUDO

A cidade de Belém (Pará) se caracteriza por sua localização na faixa de latitude tropical, em um dos maiores estuários na foz do Rio Amazonas. Os elementos mais significativos, segundo o Instituto de Desenvolvimento Social do Estado do Pará (IDESP, 2009) são o clima quente e úmido. A capital paraense fica localizada a quatro metros acima do nível do mar, às margens da Baía do Guajará e do Rio Guamá, distante 120 quilômetros do mar no estuário do Rio Pará (SÁNCHEZ, 2005).

Com cerca de 1,4 milhões de habitantes, Belém abriga quase 30% (trinta) da população do Estado do Pará, constitui-se no principal centro urbano da Amazônia, apresentado a seguinte carga populacional ao longo dos últimos anos (IBGE 2010).

Sena (2007) afirma que as áreas mais densas em população próximas ao Centro são: Jurunas, Condor, Cremação, São Brás e Umarizal. A área central de Belém formada pelos bairros da Campina, Cidade Velha, Batista Campos, Nazaré, Reduto e Umarizal configuram-se como importantes nos setores de comércio e serviços, concentrando empregos e edifícios históricos e culturais.

Para melhor compreensão, foram selecionados 3 (três) bairros (Figura 1) de extrema importância histórica, social e econômica para a coleta de dados desta pesquisa (Cidade Velha, Nazaré e São Brás).

 

Descrição: belém rosa dos ventos

Figura 1: Área central da cidade de Belém.

Legenda:                Bairros selecionados na pesquisa

Fonte: IBGE (2010).

 

COLETA DE DADOS

A coleta de dados se deu nos pontos estudados Após seleção dos bairros, foi realizada a coleta de dados Biológicos, utilizando a Análise Microbiológica do Ar, em que os meios de cultivo, também chamados meios de cultura. Em especial para a coleta de dados utilizou-se a Pesquisa de Bactérias e Identificação (Coloração de Gram). No qual foram levadas aos bairros estudados, placas de Petri contendo meio de cultura Ágar Nutriente, Himedia, previamente esterilizados em autoclave de pressão a 121ºC.

Todas as placas foram colocadas em cima de um isopor pequeno que ficaram expostas por 90 minutos, tempo necessário para os preenchimentos dos formulários pelos entrevistados, dependendo de cada bairro. Após, o tempo decorrido, as placas foram encaminhadas ao Laboratório de Análises de Alimentos da Universidade da Amazônia (UNAMA), situado no 2º andar do Campus Alcindo Cacela, onde foram incubadas em estufa à 37ºC por um período de 48 horas. Passadas às 48 horas, verificou-se a proliferação de microrganismos nas placas. Para identificação do tipo de bactérias, utilizou-se o Método de Coloração de Gram preconizado por Burton e Engelkirk (2004).

E para os dados Visuais e Físicos utilizou-se a Escala de Ringelmann, (CETESB, 2013), na qual convém determinar o índice de fumaça nos locais de estudo. O Índice de Fumaça Tipo Ringelmann Reduzido serve para medição de densidade de fumaça. Seu critério de medição de fumaça é baseado no cartão que determina os parâmetros, normas, padrões aplicáveis e avaliação da escala de emissão da fumaça veicular. Para análise dos dados

O período de coleta de dados foi nos meses de agosto à outubro de 2013, seguindo o que foi previamente planejado no cronograma.

 

 

RESULTADOS

 

EFEITOS DA QUALIDADE DO AR E SAÚDE

O ar atmosférico atua como um meio de dispersão de microrganismos, alguns dos quais oferecem riscos à saúde humana. Na Figura 2 pode se encontrar bactérias Gram-positivas, como os Estreptococos e bacilos Gram- negativos (Enterobacter spp e Escherichia coli).

Na Figura 2-A apresenta o bairro de São Brás com intensidades elevadas de bactérias Gram-positivas e bacilos Gram- negativos em relação aos bairros de Nazaré e Cidade velha. O bairro de São Brás destaca-se por ser um bairro central da cidade de Belém e porta de entrada da capital paraense, em que há um grande fluxo de trânsito, diversas linhas de ônibus, transportes alternativos e clandestinos intensamente nos horários de pico.

Já no Bairro de Nazaré (Figura 2-B) a atividade de bactérias Gram-positivas e bacilos Gram- negativos encontrou-se em menor quantidade. Fato que pode ser justificadas pela presença de ruas largas e arborizadas, traçado ortogonal, lotes grandes, amplas residências e sobrados, praças públicas e espaços de lazer.

E o bairro da Cidade Velha (Figura 2-C) apresentou dados semelhantes ao bairro de Nazaré, recebendo destaque devido a velocidade do ar que contribui na mistura dos poluentes com o ar limpo, causando assim uma diluição. Todavia, quando o vento está em menor velocidade, ou seja, calmo, a diluição se torna um processo muito lento. Assim como o vento depende das condições meteorológicas, também depende dos obstáculos encontrados no ambiente.

 

Figura 2 - Análise Microbiológica do Ar nos bairros de estudo.

Legenda: A: Bairro de São Brás; B: Bairro de Nazaré; C: Bairro da Cidade Velha.

 

A velocidade do ar, o nível de poeira e o grau da atividade exercida pelas pessoas que ocupam um espaço, são decisivos no nível de contaminação do ar respirado pelos indivíduos. A transmissão de microorganismos aos seres humanos ocorre intimamente através de gotículas geradas a partir de fontes ambientais que contém micróbios e fragmentos celulares que quando combinados com o metabolismo celular podem oferecer riscos à saúde da humana (ISHIMATSU et al., 2001; LUOMA; BATTERMAN, 2001).

Sendo assim, os Estreptococos são bactérias esféricas Gram positivas que causam uma ampla variedade de doenças, tais como pneumonia, meningite, faringite, otite média, endocardite e até cáries dentárias (TORTORA; FUNKE; CASE, 2005). Quanto aos bacilos Gram negativos encontrados nas amostras coletadas estes estão relacionados e envolvidos particularmente em infecções do trato respiratório, trato urinário, trato gastrointestinal e ferida cirúrgica, em especial Escherichia coli pode ocasionar no ser humano, diarreia, disenteria, cólicas abominais, até infecções hepáticas dependendo do grau de infecção.

Os efeitos para a saúde humana da má qualidade do ar desencadeiam sintomas, dos quais foram encontrados na população estudada, em que pode se destacar: os oftalmológicos (conjuntivite e excesso de lágrimas), os respiratórios (congestão nasal, rouquidão, garganta seca e dor de garganta); os pulmonares (sensação de falta de ar e tosse seca) e os dérmicos (alergias e edemas).

O ar é uma fonte de propagação de microrganismos. Estes, em sua maioria estão na natureza de forma e vida livre e uma pequena quantidade pode vir a causar doenças ao homem. Os diversos microrganismos proliferam em determinados órgãos do corpo desencadeando o funcionamento anormal do organismo e a forma mais adequada de evitar a proliferação dessas doenças é cuidando e conscientizando sobre aspectos relacionados a higiene e a limpeza do ambiente, através do saneamento básico de uma cidade (CAVINATTO, 1992; SOARES; BERNARDES; CORDEIRO NETTO, 2002).

Considera-se que a contaminação microbiológica do ar de ambientes domiciliares tenha como fonte as ruas (fontes externas) e as geradas no próprio ambiente. A insegurança e precariedade do saneamento básico brasileiro, principalmente relacionado ao sistema de esgoto sanitário permitem concentrações elevadas de bactérias Gram-negativas em contato diariamente nas ruas das cidades. Interessante destacar que os agentes bacterianos podem ser carreados para o interior de residências ou ambientes de trabalho pela sola de sapato (RIZZO; ARRUDA; NASPITZ, 1999; MEDEIROS et al., 2012).

Está evidente na literatura que a via de dispersão utilizada por fungos e bactérias em sua disseminação é o ar atmosférico (TRABULSI et al., 2008) e alguns processos alérgicos, como a rinite e a sinusite podem ser desencadeadas pela ação dos fungos no ambiente interno ou externo (JOSEP; JOSEPA; ALBERTO, 1999).

Tais fatos evidenciam a necessidade da participação dos gestores públicos municipais e estaduais a mobilizar-se no sentindo de concretizar um plano amplo e capaz de dar aos sistemas de saúde locais um nível de resolubilidade que garanta melhorias substanciais na qualidade de vida da população regional.

 

ANÁLISE DA POLUIÇÃO VEICULAR NOS BAIRROS ESTUDADOS

A medição do Índice de Fumaça Tipo Ringelmann Reduzido, consiste na comparação visual de um disco de papel com escala colorimétrica, de branco à preto, à pluma de fuligem emitida na extremidade do tubo de escape do veiculo. Essa escala é dividida em cinco tons, variando entre preta e outras quatro escalas de cinza, do mais claro ao mais escuro, correspondendo, cada um desses, a uma densidade colorimétrica da fumaça emitida equivalente a 20% (padrão n° 1), 40% (n° 2), 60% (n° 3) e 80% (n° 4) e com relação ao tom mais escuro, o preto, 100% (nº 5).

Ao analisar a Escala de Ringelmann nos bairros pesquisados em Belém percebe-se a alta frequência na escala N1-D20% (padrão n°1) e N4-D80% (padrão nº 4) no bairro de São Brás e N3-D60% (padrão nº3) no bairro da Cidade Velha (Figura 3).  Isso se deve ao alto fluxo de veículos nos bairros estudados, por sua vez, lançam grandes quantidades de particulados na atmosfera, e pelo fato de haver pouca cobertura vegetal, há um aumento da temperatura, resultando em grande ao máximo o desconforto térmico no local. Apesar de ter algumas árvores, o desconforto ambiental ainda é grande, devido a verticalização, impermeabilização do solo e o fluxo intenso de carros e ônibus, no Bairro de Nazaré.

 

 

Figura 3 – Dados referente a Escala de Ringelmann nos bairros pesquisados.

Legenda: N – Escala; D – Densidade da fumaça.

 

O aumento da frota veicular no Brasil é uma tendência provocada pela deficiência do transporte público, pela elevação do poder aquisitivo da população, de incentivos fiscais do governo e das facilidades financeiras no investimento de veículos individuais (IPEA, 2011). De acordo com o DETRAN/DF (2010), o aumento do número de veículos do ano de 2008 para 2009 encontrou-se por 8,7%, o que significou aproximadamente um aumento de 91.489 automóveis a mais. Esse aumento expressivo na frota de veículos contribui significativamente para a degradação da qualidade do ar devido à emissão de material particulado e de gases nocivos, como o monóxido de carbono (CO), e compromete a qualidade de vida da população.

A emissão de gases e partículas pela queima de combustível fóssil dos meios de transporte nas grandes cidades gera consequências negativas ao meio ambiente, sobretudo, no bem estar das pessoas (BALLESTER; PEIRÓ, 2008).

 

 

5 CONCLUSÃO

Os resultados encontrados evidenciaram que os poluentes existentes no ar, quer seja originados por emissão veicular quer seja provocado pelo homem em áreas internas ou externas, reforçam a importância de estudos mais detalhados para que seja verificado a exposição da população residente nos bairros de São Brás, Nazaré e Cidade Velha.

Como conclusão relevante desta pesquisa, analisou-se que a alocação de recursos pode ser melhorada com a utilização de critérios mais objetivos e o acompanhamento de políticas publicas preventivas para poder passar a integrar as politicas publicas de saúde na cidade de Belém (Pa). 

O ar atmosférico atua como um meio de dispersão de microrganismos, alguns dos quais oferecem riscos à saúde humana. Nos bairros encontraram-se bactérias Gram-positivas, como os Estreptococos e bacilos Gram-negativos (Enterobacter spp e Escherichia coli).

Ao analisar a Escala de Ringelmann percebe-se a alta frequência na escala N1-D20% (padrão n°1) e N4-D80% (padrão nº 4) no bairro de São Brás e N3-D60% (padrão nº3) no bairro da Cidade Velha. 

Conclui-se assim que é de extrema relevância o conhecimento científico sobre a influência da poluição do ar na saúde humana, principalmente na cidade de Belém (PA), onde os estudos científicos ainda são escassos. A necessidade dos estudos se dá pelo fato de reforçar as medidas cabíveis ao Estado, para a facilitação do controle do clima urbano e emissão de poluentes em níveis adequados, evitando assim riscos relacionados à saúde e promovendo níveis de qualidade de vida à população.

 

 

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Ilustrações: Silvana Santos