Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 53) A PROBLEMÁTICA DO LIXO DISCUTIDA NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO “DAVID ROLDI”, SÃO ROQUE DO CANAÃ, ESPÍRITO SANTO
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A PROBLEMÁTICA DO LIXO DISCUTIDA NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODAVID ROLDI, SÃO ROQUE DO CANAÃ, ESPÍRITO SANTO.

 

Adelayde Luchini

Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Santa Teresa. Rod. ES 080, Km 93 - São João de Petrópolis
29.660-000 - Santa Teresa – ES.

adelaydeluchini@hotmail.com

RESUMO

 

A produção de lixo em uma sociedade consumista como a atual se tornou inevitável. Assim sendo, o presente trabalho apresenta meios de como ajudar o meio ambiente e os jovens a não ser mais tão agredido com relação ao descarte inadequado do lixo. Algumas alternativas foram expostas, como a reciclagem, a coleta seletiva de lixo, a compostagem entre outras. Neste sentido, a metodologia aplicada visou captar o que os alunos conheciam sobre o assunto por meio de um questionário inicial e introduzir novos conceitos que foram analisados na aplicação de um questionário final. O público alvo da pesquisa forma 15 alunos de uma turma de 9º ano do ensino fundamental de uma escola estadual, composta por jovens que podem aprender mais cedo e entender a importância dos recursos naturais para nossa vida. Verificou-se que os alunos adquiriram novos conhecimentos sobre o assunto ao longo do projeto, mudaram o comportamento em relação à produção indevida de papel na escola, propiciando ampliação do conhecimento quanto à produção e destinação correta do lixo dentro e fora do ambiente de convívio familiar e principalmente na escola.

 

Palavras-chave: Resíduos Sólidos; Reaproveitamento do Lixo; Educação Ambiental.

 

1 INTRODUÇÃO

 

No mundo atual, quando algo se torna inservível vai para o lixo e muitos acreditam que daí em diante o lixo deixa de ser um problema. Mas há um grande engano, pois quando o lixo não possui uma destinação correta surgem outros grandes problemas. Tais problemas podem ser minimizados com a busca incessante pela educação, neste caso ambiental.

Os termos Educação Ambiental (EA) se empenham em conseguir solucionar alguns questionamentos, além de ser destinada a desenvolver nas pessoas conhecimentos, habilidades e atitudes voltadas para a preservação da natureza e uso sustentável de seus recursos, estando em alta na mídia e de importância e discussão relevantes, envolveu vários assuntos relacionados à conservação do Meio Ambiente.

A Educação Ambiental assume cada dia mais uma função transformadora. Função esta que deve ser admitida pelas escolas, na qual a corresponsabilização dos indivíduos (alunos) tornou-se um objetivo primordial para promover um novo tipo de desenvolvimentoo desenvolvimento sustentável (JACOB, 2003).

Diante de um ramo diverso de estudo da Educação Ambiental, destaca-se a problemática da produção e destinação do lixo. Com isso, a escola é a responsável por ensinar as crianças e jovens a como fazer para minimizar os impactos causados pelo lixo no ambiente.

Perante tal fato, foi necessário caracterizar a situação do lixo na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio: “David Roldi” através das compreensões dos alunos acerca do assuntoLixona própria escola e na localidade onde eles residem procurando sensibilizá-los com relação à importância da coleta do lixo, seu tratamento e sua destinação correta.

É necessário trabalhar este tema em todas as escolas, todos os anos, buscando na formação de novos conceitos uma nova concepção de ambiente principalmente entre os jovens para que no futuro se tornem pessoas mais comprometidas com o meio ambiente. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de novas práticas educacionais voltadas para o aprendizado e à formação de um senso crítico entre os alunos.

 

2 MATERIAIS E MÉTODOS

 

A metodologia desenvolvida para a realização deste estudo baseou-se no trabalho de Castoldi et al. (2009) e apresentou uma abordagem quali-quantitativa. Para a efetivação da pesquisa abordou-se qualitativamente, por ser o caminho mais fácil para compreender o significado e a intencionalidade das falas, percepções, experiências, necessidades e atitudes dos sujeitos pesquisados (alunos) (OLIVEIRA et al. 2012).

O trabalho foi dividido em 5 etapas, tendo como primeira ação a coleta de dados por meio da aplicação de um questionário inicial semiestruturado do tipo levantamento com os alunos, como também realizado por Braga e Marcomin (2010) e Santos e Pardo (2011) para avaliar o nível de compreensão dos estudantes acerca do conteúdo antes do início do estudo. Na análise dos dados realizou-se uma comparação entre o primeiro e o segundo questionário aplicado. Os resultados obtidos diante deles foram analisados simultaneamente ao final do estudo.

Na segunda etapa foram exibidos alguns vídeos para os alunos sobre o funcionamento de usinas de lixo e os efeitos exercidos em nossas vidas pela produção dos resíduos. Em seguida, apresentaram-se algumas paródias com o tema meio ambiente e Lixo e como atividade avaliativa solicitou-se aos alunos que se organizassem em grupos de 06 alunos e confeccionassem suas próprias paródias, num prazo de 20 dias e entregando ao final da quarta etapa.

Na terceira etapa desenvolveram-se aulas expositivas, discutindo em sala aula a problemática do lixo, buscando orientá-los no sentido do não descarte do lixo nas ruas e buscando ao mesmo tempo uma sensibilização de toda a família dos educandos.

Na quinta etapa, aplicou-se um questionário final com as mesmas questões do questionário inicial para avaliar a evolução da aprendizagem dos alunos. Como relata AMARO et al (2005):

Um questionário é extremamente útil quando um investigador pretende recolher informação sobre um determinado tema. Deste modo, através da aplicação de um questionário a um público-alvo constituído, por exemplo, de alunos, é possível recolher informações que permitam conhecer melhor as suas lacunas, bem como melhorar as metodologias de ensino podendo, deste modo, individualizar o ensino quando necessário (p. 03).

As avaliações baseiam-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) e foram voltadas para o acompanhamento dos alunos participantes do estudo, onde o professor observou as contribuições individuais e resultados parciais dos grupos.

Esse modo de avaliação permitiu que os professores detectassem as dificuldades e ajudassem os estudantes a superá-las para um melhor aprendizado. Assis (2002) cita em seu trabalho desenvolvido na disciplina de Inglês sobre o trabalho em grupo: “Em um ambiente positivo, como apontaram os pesquisados, o aprendiz desenvolverá seu nível potencial e refletirá sobre a língua que está aprendendo, ajudará mutuamente e aprenderá com o colega” (p.9).

 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Diante dos questionários analisou-se que houve mudanças de respostas, significando um avanço do aprendizado, como disse também em seu trabalho AMARO et al (2005):

[...] a aplicação de inquéritos por questionários pode revelar-se como um instrumento muito útil na obtenção de dados acerca do conhecimento dos nossos alunos, nunca esquecendo que isoladamente estes de nada servem.

Nos questionários consideraram-se todas as respostas válidas, não avaliando respostas em certas ou erradas, incluindo os dois questionários. Assim, os alunos passaram a conhecer novos conceitos e aprimorar os que já detinham a respeito do tema Educação Ambiental e Lixo.

No questionário inicial (Figura 1) foi feito a seguinte pergunta: O que é Lixo?

Sendo que 26,60% dos alunos responderam que lixo era tudo o que as pessoas destruíam ou não usavam mais; 20% acreditavam que era tudo o que podia ser reutilizado; 20% expressaram que lixo eram os restos de comida ou materiais que não seriam mais úteis e 6,60% responderam que eram todos os restos ou sobras de algo que não poderiam mais ser reutilizado.

 

Figura 1: Percentual das respostas dos alunos quanto ao conceito de lixo no Questionário Inicial.

Fonte: A autora

No questionário final (Figura 2) analisou-se que as respostas não sofreram mudanças de conceitos, os alunos apenas mudaram a forma de escrever esses conceitos. Segundo Ferreira (1999), lixo é “aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua e se joga fora, entulho. Tudo o que não presta e se joga fora. Sujidade, sujeira, imundície. Coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor”.

Sendo que 33,34% responderam que lixo era tudo o que fora jogado na lixeira; 26,66% expressaram que era tudo o que não poderia mais ser aproveitado somente para reciclagem; 20% acreditavam que lixo era o que nós não usamos mais e queremos jogar fora e 20% responderam que era restos de alguma coisa.

 

Figura 2: Percentual das respostas dos alunos quanto ao conceito de lixo no Questionário Final.

Fonte: A autora

Outra importante pergunta feita aos alunos foi com relação o que eles mais produziam de lixo na escola.

Perante os questionários observou-se que o lixo que eles mais produziam era o papel com 60%, plástico e restos orgânicos era produzido apenas por 20% dos alunos cada (Figura 3).

No Questionário Final esta porcentagem variou pouco pois não era uma pergunta com chances de mudanças de respostas: papel 80% (este percentual aumentou pois estão incluidos os alunos que não haviam respondido o questionário inicial devido faltas), plástico 13,33% e orgânico 6,67% dos alunos respectivamente. O que motivou os alunos a terem mais responsabilidades quanto a deixarem de produzir lixo sem necessidade. No caso deles o papel (Figura 4). Segundo Alencar (2005):

O lixo é gerado há muito tempo, em grande quantidade e sempre. Nos primórdios, era constituído de restos de alimentos, ossos, cinzas, metais, papéis e outros materiais que a natureza podia assimilar facilmente. O desenvolvimento produziu novos materiais, como couro, panos, plástico, cujo destino final são os aterros na periferia das cidades. Outros resíduos, quando lançados ao mar e nos rios, contribuem para poluí-los, provocando a destruição do ambiente e das reservas de alimentos. (p.97)

Todavia, com pequenas atitudes que os alunos mostraram como usar papel de forma adequada, não jogar o lixo ao redor da escola, mas devidamente na lixeira, isso fez com que o meio ambiente passasse a sofrer menos danos.

 

Figura 3: Percentual das respostas dos alunos quanto a produção de lixo no Questionário Inicial e Final.

Fonte: A autora

Referente ao conhecimento de materiais recicláveis obteve-se o resultado onde todos os alunos conheciam algum ou alguns materiais que poderiam ser reciclados. O plástico era o mais conhecido pelos alunos com 86,6% pelo fato de que era muito divulgado nos meios de comunicação; o papel ficou em segundo lugar com 46,6% dos alunos; em seguida o vidro com 26,6%; o metal com 20,0% e o alumínio e o cobre com 6,6% respectivamente. Este percentual permaneceu o mesmo no questionário final por ser uma pergunta com poucas chances de mudanças de respostas (Figura 4).

Figura 4: Conhecimento sobre materiais recicláveis

Fonte: A autora

Os momentos de ensino e aprendizagem formam bem proveitosos, onde parte dos alunos se mostraram atenciosos e participativos durante as aulas. Entretanto, alguns alunos faltaram muitas aulas do projeto e como o tempo era curto não se tinha como repassar tudo o que era feito nas aulas, isto ficava a cargo dos póprios colegas, que de boa iniciativa passava as informações para os faltosos em outras aulas para que não ficassem prejudicados. Estas faltas comprometeram o andamento do projeto, pois a turma já era pequena e com alunos faltando  o processo de aprendizagem tornou-se mais complicado, pois quando a turma toda estava presente precisava-se voltar no conteúdo anterior para relembrar  e ensinar novos conceitos.

A escola como um todo produzia na ocasião da pesquisa em torno de 10 sacos de lixo (com capacidade de 150 litros) todos os dias, lixo este advindo principalmente das atividades dispensáveis dos alunos.

Todavia, com pequenas atitudes que os alunos mostraram como usar papel de forma adequada, não jogar o lixo ao redor da escola, mas devidamente na lixeira, isso fez com que o meio ambiente passasse a sofrer menos danos. Uma das alternativas de grande relevancia para os alunos como forma de minimizar o descarte de lixo, tanto da escola quanto em toda a cidade seria a reciclagem.

As paródias foram escritas de forma adequada, onde os alunos incluiram nas letras os conceitos que aprenderam durante o estudo. Sendo avaliadas como boas.

 

4 CONCLUSÃO

 

Com este estudo foi possivel concluir que:

à Os alunos já detinham um conhecimento superficial sobre problemas ambientais causados pelo lixo. Eles não haviam sido instruidos sobre a quantidade diária de resíduo produzido pela escola. Não haviam se atentado para o fato da existência de um córrego próximo a escola e a possibilidade de contaminação desse manancial pelo lixo deixado no pátio da escola, através do carregamento pelo vento.

Durante o estudo levou-se em conta o cotidiano dos próprios alunos, o que eles praticavam em suas casas com relação a destinação do lixo, levando-se o assunto  para a sala de aula para discussão durante as aulas. Inicialmente, muitos alunos não se preocupavam com o que era feito do lixo em suas casas, muito menos com o lixo produzido na escola.

àO projeto permitiu uma mudança de visão dos alunos, os quais passaram a prestar mais atenção na destinção do lixo, ou seja, passaram a utilizar lixeiras e em suas casas também orientaram os familiares a procurarem pessoas que recolhessem materiais usados como latinhas de refrigerante, cerveja e garrafas pet.

àOs resultados dos questionários demonstraram um crescimento no aprendizado dos alunos principalmente com relação aos assuntos que eles não conheciam. Os trabalhos apresentados mostraram excelentes resultados educativos. Os alunos gostaram da atividade pois puderam colocar nas letras das paródias os conceitos aprendidos durante o estudo.

àNa avaliação final realizada pela professora da disciplina de Ciências, notou-se a mudança de comportamento dos estudantes com relação aos uso de papel na escola, que passou a ser usado de forma mais racional tanto em sala de aula quanto nos demais setores na escola. Observou-se também uma mudança de atitude nas residências dos alunos onde o uso de materiais descartáveis também diminuiu.

àA escola produzia diariamente 10 sacos de lixo (com capacidade de 150 litros). Com a execução do projeto a produção diminuiu para 9 sacos.

Esta redução não foi mais significativa pois somente uma turma foi envolvida no projeto. Presume-se que em caso de participação de todas as turmas os resultados teriam sido mais significativos. Acredita-se que apesar da pesquisa ter sido voltada para a produção de resíduo, isto serviu de incentivo para as outras turmas e demais setores da escola se conscientizarem e também começarem a diminuir sua produção de lixo.

Os alunos me receberam e juntamente o projeto de forma agradável. São jovens simples, humildes, mas com muita disposição e criatividade diante das aulas. Entre eles a um sentimento de amizade, coleguismo e também com a professora de ciências. Porém com relação a alunos de outras turmas se mostraram preconceituosos na questão da cor da pele e nível social.

A relação entre os professores era de grande amizade, um ajudava o outro no que fosse necessário, já a relação entre os professores e a equipe pedagógica era às vezes conflitante, pois as atividades que requeriam outro espaço, uma visita técnica por exemplo era vetada pela equipe pedagógica sem se quer ao menos tentar resolver o problema.

A equipe pedagógica me auxiliou em todos os momentos, dando sugestões de atividades que melhor seriam desenvolvidas pelos alunos.

O aprendizado adquirido neste projeto sem dúvida foi grande. O desafio de ensinar é uma tarefa em que todos os dias se avança um pouco, com ajuda de toda a equipe da escola e de aulas bem preparadas que despertem nos alunos motivação, criatividade, pois sozinhos não se chega a lugar algum.

 

 

REFERÊNCIAS

 

AMARO, A.; PÓVOA, A.; MACEDO, L. A arte de fazer questionários. [s.l.]: Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 2005.

 

ASSIS, E. F. de. As atividades colaborativas no processo de ensino/aprendizagem da língua inglesa. 2002. Disponível e: < http://www.ceped.ueg.br/anais/IIedipe/pdfs/as_atividades_colaborativas_no_processo.pdf> Acesso em: 09 maio 2014.

 

BRAGA, R. N.; MARCOMIN, F. E. A percepção ambiental como objeto de investigação à Educação Ambiental. 2010. Disponível em: Acesso em: 20 de maio de 2013.

 

CASTOLDI, R.; BERNARDI, R.; POLINARSKI, C. A. Percepção dos problemas ambientais por alunos do ensino médio. Revista Brasileira de Ciência, Tecnologia e Sociedade. V. 1, n. 1, 2009, p. 3.

 

JACOBI, P. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf>.Acesso em: 05 set.2013.

 

OLIVEIRA, J. L. S.; SANTOS, J. L. S.; SILVA, J. O.; CARVALHO, R. B. C. Análise do impacto social e ambiental do lixo descartado no povoado de Rômulo Campos, Itiúba, Bahia. Itiúba: Bahia. 2012.

 

PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Secretaria de Educação Fundamental-Brasília: 1998.138p.

 

SANTOS, F. A. S.; PARDO, M. B. L. O papel da escola e do educador para uma educação ambiental transformadora: a compreensão do conceito de educação ambiental dos professores de Indiaroba/SE. V Colóquio Internacional. Sergipe, Brasil. 2011.

 

Ilustrações: Silvana Santos