Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Reflexão
07/12/2014 (Nº 50) A CULTURA DO DESCARTÁVEL E ANIMAIS ABANDONADOS
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1958 
  

A CULTURA DO DESCARTÁVEL E ANIMAIS ABANDONADOS

*Daniel de Bem - daniel@progbr.com

(Idealizador do portal Focinhos.net e do portal Amigosdanatureza.net )


*Programador web, amante da natureza e dos animais. Criador dos site
www.amigosdanatureza.net e www.focinhos.net

 

Com o aperfeiçoamento dos meios de gerenciamento, produção e distribuição, muitos itens de consumo, antes considerados caros e para poucos, tornaram-se mais acessíveis. Junto a esta acessibilidade, o conceito de descartável tornou-se mais comum. Ora, muitas vezes é mais barato descartar um eletrônico e comprar um novo, do que enviá-lo à assistência técnica.

Vivenciei, inclusive, uma situação muito peculiar onde, conversando com alguns amigos sobre os últimos lançamentos de aparelhos de celular, uma das características que um colega leva em consideração ao avaliar um determinado aparelho é a de quanto tempo ele dura. - Este deve durar no máximo um ano. Dizia ele com total convicção, sem se importar com o descarte do equipamento.

Mas, uma das industrias mais cruéis que aproveitam dos novos meios de produção é de animais de estimação. Chamadas de "fábrica de filhotes", estas empresas, geralmente de pequeno porte, criam animais em péssimas condições, com falta de higiene e cuidados veterinários, tudo isso para conseguirem oferecer um "produto" mais barato do que os concorrentes.

Destes animais, muitos desenvolvem problemas físicos ou psicológicos quando crescem, decorrentes dos maus tratos sofridos quando filhotes e por isso são friamente abandonados nas ruas, à mercê da própria sorte. Em 2013 a OMS estimou que no Brasil existia 30 milhões de animais abandonados.

A solução para este problema, apesar de simples, não tem sido levada tão a sério. Primeiramente, a educação dos donos de animais, no sentido de serem mais responsáveis e não abandonarem os seus bichos por qualquer motivo. Em segundo lugar a castração como forma de redução da procriação desordenada dos animais de rua. E em terceiro, e mais importante, a adoção responsável, ao invés da compra de animais.

 

Ações simples, mas que demonstram muito respeito e amor pelos cães e gatos.

 

*Programador web, amante da natureza e dos animais. Criador dos sites www.amigosdanatureza.net e www.focinhos.net

 

 

Ilustrações: Silvana Santos