Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Para Sensibilizar
07/12/2014 (Nº 50) IMA ENTREGA RELATÓRIO SOBRE LIXO JOGADO NA PRAIA DEPOIS DA FESTA DO LOPANA
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1940 
  

Hiper festas mostram hiper falta de educação de quem tem maior poder aquisitivo...

É o que comprova o relato publicado abaixo.

Infelizmente, riqueza gera indiferença com o meio ambiente, e gera muito, mas muito lixo...

Quanto maior a festa, pior para o meio ambiente.

Quem se importa com isto?

 

Para sentir,

Bere Adams

 

 

 

 

IMA entrega relatório sobre lixo jogado na praia depois da festa do Lopana

Publicado em 3 de dezembro de 2014 por Fabiano

Proprietário do bar Eduardo Palmeira diz que tomou ‘todas as medidas cabíveis’ e que a prefeitura não considerou que o evento trouxe visibilidade turística ‘até internacionalmente’

 

Description: Description: Lixo depois da festa, na manhã do domingo (30): de quem é a culpa? Foto: Alagoas24horas

Lixo depois da festa, na manhã do domingo (30): de quem é a culpa?
Foto: Alagoas24horas

por Felipe Miranda, do Alagoas Boreal
 

03/12/2014 06:12:53

 

Os banhistas que foram à orla de Maceió no domingo (30) se depararam com montantes de lixo nas areias da praia de Ponta Verde. Eram os resquícios da festa que ocorreu no sábado (29), realizada pelo bar e restaurante Lopana, que comemorou aniversário de dez anos. Compareceram à festa – que incluiu, ainda, o evento náutico “Lopana Boat Fest” e a gravação de um DVD da banda Jammil e Uma Noites –, aproximadamente, segundo a polícia militar, 30 mil pessoas.

O Instituto do Meio Ambiente (o IMA) enviou relatório para o Ministério Público Federal nessa terça-feira (2), afirmando que uma das condicionantes impostas para que a festa acontecesse foi o recolhimento do lixo. “Advertimos o proprietário do Lopana no domingo e fotografamos a área. Na segunda-feira [1o], todo o local já estava limpo.”

O proprietário do Lopana, Eduardo Palmeira, declarou que “todas as medidas cabíveis” foram tomadas para que o evento acontecesse de forma legal. “A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió [a Slum] esteve presente e fez a parte que lhe cabia. Mas eu esperava mais da prefeitura. Cerca de 20 mil pessoas estavam ali sem pagar. Fora os marinheiros e os donos de lanchas que estavam no mar. Solicitamos banheiros químicos, mas eles não foram disponibilizados. Deveríamos mesmo ter bancado isso?”

A sujeira na praia, segundo Palmeira, foi resultado da falta de educação das pessoas. “Várias vezes eu fui ao microfone pedir para que todos utilizassem as lixeiras e os sacos de lixo que estavam disponíveis. Tentamos conscientizar as pessoas, mas não deu certo. Depois do evento, fiquei aqui com a equipe da Slum até as duas horas da madrugada. O lixo que amanheceu na praia foi depositado pelos marinheiros depois de toda essa limpeza.”

Nessa segunda (1o) e terça-feira (2), a reportagem do site tentou falar com o diretor de operações da Slum Pablo Angelo, mas não obteve êxito. Por assessoria de imprensa, a superintendência informou que parte do efetivo de garis foi deslocada para realizar a limpeza “durante e depois do evento”, afirmando que “os transtornos” causados pelo lixo amontoado na areia, no domingo de manhã, “foi tudo um grande estardalhaço desagradável feito pela mídia”.

“A prefeitura”, declarou a Slum, “não pode disponibilizar um batalhão de mil homens para uma festa privada e muito menos obrigar os garis a virarem a noite trabalhando. Esperamos que nas próximas festas isso não se repita. Os empresários devem ser mais conscientes e contribuírem.”

Segundo o proprietário do Lopana, 95 seguranças particulares estavam presentes no sábado (29), além da Polícia Militar. “A Capitania dos Portos prendeu alguns motoristas de lanchas embriagados. Lembro-me de questioná-los a respeito dos banhistas que jogavam latas de cerveja na água. Por que eles não multavam essas pessoas? Eles afirmaram que não possuíam estrutura para isso. Se eles não podiam, imagine eu.”

200 leitos de hoteis ocupados

Eduardo Palmeira destacou, ainda, a importância da festa para o turismo local. “Um evento desse porte coloca nosso Estado como atrativo potencial. Para você ter uma ideia, de meu conhecimento, 200 leitos de hotéis foram ocupados. Convidamos 50 jornalistas para a cobertura do evento. A visibilidade para Alagoas em território nacional, e até internacional, foi enorme. Em breve mostraremos números para a imprensa.”

Galisteu Mathias, promoter da boate e casa de shows Le Hotel, afirmou não ter visto ninguém da prefeitura trabalhando no local.

“Nem lixeiras eu vi. Em uma festa desse porte deveria ter.” Parabenizando a organização quanto ao policiamento, ele destacou que a falta de educação era perceptível por parte de algumas pessoas. “Foi o ponto mais negativo, o causador de todo o lixo. Estavam jogando as garrafas na areia e no mar. Um amigo meu até cortou os pés.”

Fonte: http://www.globalgarbage.org.br/portal/2014/12/03/ima-entrega-relatorio-sobre-lixo-jogado-na-praia-depois-da-festa-do-lopana/

 

 

 

Ilustrações: Silvana Santos