Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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07/12/2014 (Nº 50) HÁBITOS E PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL EM UM CONTEXTO UNIVERSITÁRIO DE SANTA CATARINA: ASSOCIAÇÕES COM O SEXO DOS INVESTIGADOS
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

HÁBITOS E PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL EM UM CONTEXTO UNIVERSITÁRIO DE SANTA CATARINA: ASSOCIAÇÕES COM O SEXO

 

Priscila Mari dos Santos1

Raysa Silva Venâncio2

Jéssica Jorge Probst3

Alcyane Marinho4

 

1Mestranda em Educação Física. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). priscilamarisantos@hotmail.com / (48) 9609-9898 / Servidão Olindina Maria Lopes, 904, CEP: 88066-028, Campeche, Florianópolis (SC).

2Acadêmica do curso de Fisioterapia da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). raysasv@hotmail.com / (48) 9620-2505 / Rua Santos Saraiva, 1284, Bloco A2 ap.: 404, CEP: 88070-101, Estreito, Florianópolis (SC).

3Acadêmica do curso de Fisioterapia da UDESC. probst.jj@hotmail.com / (48) 9983-1088 / Rua Prefeito Dib Cheren, 2453, Bloco 2, ap.: 1, CEP: 88090-001, Capoeiras, Florianópolis (SC).

4Doutora em Educação Física. Professora Adjunta do Departamento de Educação Física da UDESC.Professora Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Física da UFSC.

alcyane.marinho@hotmail.com / (48) 8416-2002/ Rua Vereador Ramon Filomeno, 357, ap.: 1001 Torre 1, CEP: 88034-495, Itacorubi/Parque São Jorge, Florianópolis (SC)

 

Resumo: Este estudo objetivou associar os hábitos e a percepção socioambiental com o sexo de universitários integrantes de laboratórios e núcleos de pesquisa vinculados às áreas Educação Física e Fisioterapia de uma universidade pública de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa descritivo-exploratória com abordagens quantitativa e qualitativa dos dados. Participaram 132 universitários, entre alunos (41,7%), professores (17,4%) e funcionários (13,6%), sendo 60,6% do sexo feminino e 39,4% do sexo masculino, com média de idade 27,6±8,4 anos. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário validado para este estudo, organizado em três blocos principais: a) características gerais dos participantes; b) hábitos referentes às questões socioambientais; e c) percepção socioambiental. Os dados quantitativos foram analisados por meio da estatística descritiva e inferencial, utilizando-se o software SPSS, versão 17.0. Para associar os hábitos e a percepção socioambiental com o sexo dos participantes foram empregados o Teste Qui-Quadrado e o Teste Exato de Fisher, ambos com nível de significância de 5%. Para a análise qualitativa foi aplicada a técnica de análise de conteúdo e utilizado o software NVivo, versão 9.2. A maioria das mulheres (97,5%) e dos homens (86,5%) afirmou ter interesse pelos assuntos socioambientais, porém, quando realizada a comparação estatística por sexo, as mulheres apresentaram tal interesse em maior proporção (p-valor=0,048). Diferenças estatísticas desse teor não foram encontradas de forma significativa nas demais variáveis analisadas neste estudo.

Palavras-chave: Ambiente. Percepção. Universidade. Educação Física. Fisioterapia.

 

Introdução

 

Na atualidade, autores têm apontado a urgente necessidade de mudanças referentes às questões socioambientais, no sentido de possibilitar a melhoria das inter-relações estabelecidas entre os seres humanos, entre eles e o ambiente natural e as demais espécies de vida no planeta, facilitando o convívio, respeitando as diferentes formas de vida, e evitando o desperdício dos recursos naturais (SORRENTINO, 2000; TRIGUEIRO, 2012). Apesar de haver indícios de que essas mudanças estão em curso, oriundas de um processo típico de transição, esses autores salientam que elas precisam ser mais bem diagnosticadas e compreendidas.

Nessa perspectiva, Trigueiro (2012) destaca que, no contexto brasileiro, a educação também se constitui em um assunto emergente. O autor questiona a função social da escola no cenário ambiental atual, em que a educação de qualidade deveria permitir o desenvolvimento de novas competências, com vistas a respeitar as distintas relações que se estabelecem entre os seres humanos e o ambiente.

Acredita-se que a educação, associada à variável ambiental, seja o ponto de partida para as mudanças requeridas pela sociedade. Para tanto, é pertinente ressaltar que o ambiente está sendo entendido não como mero sinônimo de natureza, mas, sim, como uma base de interações entre o meio físico-biológico com as sociedades e a cultura produzida pelos seus membros (SORRENTINO et al., 2005). A educação ambiental surge como um processo que trata da construção de uma cultura ecológica que compreenda a relação entre natureza e sociedade, com participação efetiva e coletiva na busca de compreensão e superação dos problemas ambientais (CARVALHO, 2004).

No Brasil, aponta-se a existência de distintas ações e documentos legais, os quais preveem a educação ambiental no conteúdo curricular da Educação Básica, e transversalmente em todos os níveis de ensino, nas instâncias formal e informal (BRASIL, 1981, 1988, 1997). No entanto, diversos autores destacam que as questões ambientais ainda estão distantes de estarem evidentes nos distintos níveis educacionais, especialmente quando se direciona a atenção para o segmento universitário (SORRENTINO; NASCIMENTO, 2010; GUANAES, 2012; MARINHO; SANTOS; FARIAS, 2012; SILVA, 2013).

Sorrentino e Nascimento (2010) enfatizam que há ausência significativa nos cursos de graduação e de pós-graduação de um direcionamento sobre as questões ambientais, especialmente sob uma perspectiva transversal e transdisciplinar. Por outro lado, os autores ressaltam que as universidades ainda são consideradas importantes referências para as sociedades. Assim, o que nela é feito e como ela o realiza pode servir de parâmetro para diferentes setores sociais.

Nesse sentido, observa-se a universidade como espaço privilegiado para estimular hábitos e atitudes mais favoráveis ao ambiente por meio de um processo educativo efetivo (BRASIL, 2005). Guanaes (2012) alerta sobre a necessidade de preparação das universidades para um relacionamento diferenciado com relação ao ambiente e aponta que, para o alcance desse relacionamento, será requerida a identificação coletiva dessas instituições de ensino em um processo aberto e transparente de discussão, permitindo o estabelecimento de metas e, consequentemente, de ações que possibilitem transformações ambientais.

A educação ambiental na universidade pode cumprir dois papéis: o de educar a própria instituição, no sentido de incorporar a questão ambiental no seu cotidiano; e o de contribuir para educar ambientalmente a sociedade (SORRENTINO; NASCIMENTO, 2010). Neste processo coletivo, Sorrentino (2002) enfatiza que todos, em suas particularidades, devem ser ouvidos e potencializados a expressar suas necessidades e vontades, sendo necessário, para tanto, a percepção de que vale a pena falar, fornecendo-lhes informações e possibilitando-lhes condições de participação.

No entanto, em um primeiro momento, é importante conhecer a percepção das pessoas sobre variáveis ambientais e seus efeitos, uma vez que tal percepção ainda não é muito evidente, podendo contribuir com o planejamento e com a ampliação de ações de educação ambiental em diferentes contextos (FERNANDES et al., 2008). Segundo Fernandes e Pelissari (2003), a percepção ambiental é, em essência, a visão de como cada indivíduo sente o ambiente que o cerca, e o que o leva, a partir dessa percepção, a interagir (positiva ou negativamente) com o seu entorno.

Cada pessoa tem uma experiência única de percepção e, atreladas a ela, as questões relativas às diferenças entre os sexos merecem ser destacadas, pois se vislumbradas sob este enfoque, as investigações acerca da temática socioambiental no contexto universitário, aqui especificamente por meio da identificação de hábitos e de percepções sobre o ambiente, poderia ser enriquecida ao permitir um repertório de perguntas, discussões e possibilidades de ação. Partindo destes pressupostos, torna-se premente o desenvolvimento de investigações com o intuito de identificar as possíveis diferenças entre os sexos acerca de hábitos e percepção socioambiental, que estão sendo estabelecidas na contemporaneidade, especialmente na universidade.

Observa-se uma escassez de estudos na literatura científica nacional acerca da abordagem dessas diferenças, particularmente no que se refere a determinadas áreas do conhecimento, tais como a Educação Física e a Fisioterapia. Apesar de ser possível encontrar estudos específicos sobre percepção ambiental desenvolvidos com universitários vinculados a cursos das áreas das Ciências Humanas, Ciências Biológicas e Ciências Exatas (SANTOS; SANTANA; NAKAYAMA, 2010; GROHMANN; BATTISTELLA; RANDOS, 2012; ROCHA; MOURA JÚNIOR; MAGALHÃES, 2012), as diferenças entre os sexos são pouco exploradas, podendo ser verificada uma lacuna na literatura quando o assunto se volta à área das Ciências da Saúde. Frente ao exposto, este estudo tem como objetivo associar os hábitos e a percepção socioambiental com o sexo de integrantes de laboratórios e núcleos de pesquisa vinculados às áreas Educação Física e Fisioterapia, em uma universidade pública de Santa Catarina.

 

Metodologia

 

Este estudo foi realizado por meio de uma investigação descritivo-exploratória, com abordagens quantitativa e qualitativa dos dados. Os participantes da pesquisa fazem parte de uma universidade pública de Santa Catarina e são integrantes de laboratórios e núcleos de pesquisa vinculados à Educação Física e à Fisioterapia, de um dos centros dessa universidade que oferta esses cursos de graduação. A investigação foi realizada com todos os integrantes dos laboratórios que aceitaram participar voluntariamente do estudo, presentes nesses locais durante a coleta de dados, a qual, por sua vez, foi realizada durante os anos de 2011 e 2012. Sendo assim, participaram 132 pessoas, sendo 60,6% (80) do sexo feminino e 39,4% (52) do sexo masculino. Esses indivíduos foram pesquisados nos laboratórios e núcleos de pesquisa em questão porque nesses espaços é possível encontrar, concomitantemente, professores, alunos, funcionários e outros profissionais, os quais compõem o ambiente universitário como um todo.

Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário adaptado da base de instrumentos de percepção ambiental do Núcleo de Estudos de Percepção Ambiental (NEPA) da Faculdade Brasileira UNIVIX, localizada em Vitória (ES), o qual passou por um processo de validação de conteúdo e avaliação de clareza de linguagem. O questionário validado foi organizado em três blocos principais: a) características gerais dos participantes (sexo; idade; função no laboratório; tempo de inserção no laboratório; formação profissional); b) hábitos referentes às questões socioambientais (hábito de manter as luzes acesas no laboratório; separação dos resíduos no laboratório); e c) percepção socioambiental (percepção sobre a importância do tema ambiente para a formação profissional; sobre a qualificação profissional na área; interesse por esse tipo de qualificação; interesse pelos assuntos socioambientais; percepção de danos causados ao ambiente universitário; percepção de atitudes pessoais para cuidar desse ambiente).

Os dados coletados foram analisados por meio da utilização do software SPSS, versão 17.0, no que se refere à análise quantitativa. Para descrever as características gerais dos participantes foi aplicada a estatística descritiva por meio de algumas medidas de tendência central (média e desvio padrão) e da frequência simples e do percentual. Para associar os hábitos e a percepção socioambiental ao sexo dos participantes foi empregada a estatística inferencial. Para tanto, aplicou-se o Teste Qui-Quadrado e o Teste Exato de Fisher. Adotou-se o nível de significância de 5% em ambos os testes.

Para a análise qualitativa foi aplicada a técnica de análise de conteúdo, seguindo as orientações de Bardin (2010). A aplicação dessa técnica é organizada em três etapas: 1) pré-análise (organização e leitura do material, e início da categorização); 2) exploração do material e tratamento dos resultados (criação de novas categorias de análise); e 3) interpretação (descrição dos resultados, desvelando novas informações). Para auxiliar a organização dos dados qualitativos foi utilizado o software NVivo, versão 9.2.

A realização deste estudo foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade do Estado de Santa Catarina (número de parecer 28/2011). Além disso, todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

 

Resultados e Discussões

 

Encontrou-se como resultados de caracterização dos participantes do estudo 60,6% (80) do sexo feminino e 39,4% (52) do sexo masculino, com média de idade 27,6±8,4 anos. A maioria, 41,7% (55), foi classificada como aluno de graduação dos cursos de Bacharelado em Educação Física, Licenciatura em Educação Física, ou Fisioterapia; ou, ainda, como aluno de pós-graduação em Ciências do Movimento Humano ou em Fisioterapia, 27,3% (36). Os demais recursos humanos participantes do estudo foram classificados como professores, 17,4% (23); e como voluntários e técnicos universitários, 13,6% (18). Pode-se apontar, também, que os investigados têm sua formação inicial, concluída ou em andamento, predominantemente nas áreas Educação Física 50% (66) e Fisioterapia 39% (51). Por outro lado, 11% informaram que concluíram sua graduação em outros cursos, tais como Medicina (5), Farmácia (1), Educação Especial (1), Enfermagem (1) e Ciências da Computação (1).

Esses resultados estão diretamente relacionados ao fato de o contexto universitário investigado contar com dois cursos de graduação em Educação Física, um de Bacharelado e um de Licenciatura; e com um curso de graduação em Fisioterapia, além de Programas de Pós-graduação em nível de mestrado e de doutorado relacionados a essas áreas do conhecimento, tendo, portanto, maior quantidade de alunos e professores vinculados a tais áreas. A predominância de indivíduos atrelados à Educação Física e à Fisioterapia, neste estudo, pode contribuir para que sejam desenvolvidas as primeiras investigações sobre hábitos e percepção socioambiental relacionadas a essas áreas.

Ainda, aponta-se que a maioria, 68,2% (90), faz parte dos laboratórios e núcleos de pesquisa há mais de um ano; e, 31,8% (42), participam desses ambientes por um período inferior a um ano. Para além disso, os investigados frequentam o laboratório ou núcleo de pesquisa em que estão inseridos em quase todos os dias da semana, sendo 37,9% (50) até três vezes, e 62,1% (82) mais que três vezes na semana.

Ao considerar que a maioria frequenta assiduamente o ambiente do laboratório por um período de tempo relativamente longo, espera-se maior sensibilidade para com as percepções sobre esses espaços e sobre o ambiente universitário mais amplo nos quais estão inseridos, uma vez que se acredita que essa construção depende necessariamente do tempo de inserção em determinado contexto. Os resultados do estudo de Villar et al. (2008) corroboram com essa afirmação, uma vez que, ao avaliarem a percepção ambiental de 243 moradores de um município da região noroeste do Rio de Janeiro, os autores constataram que aqueles com idades mais avançadas apresentaram percepções mais aguçadas sobre as questões ambientais em detrimento aos indivíduos mais jovens, podendo essas percepções, portanto, estarem relacionadas ao tempo de envolvimento com aquele contexto.

Os autores supracitados ressaltam que a investigação de aspectos relacionados à percepção ambiental de diferentes pessoas e em contextos variados é de fundamental importância para uma melhor compreensão da inter-relação ser humano-ambiente, levando em conta suas expectativas, satisfações, insatisfações, julgamentos e condutas (VILLAR et al., 2008). Também é pertinente inserir a perspectiva relacional de sexo nessa temática. Conforme ressalta Trigueiro (2012), a crise ambiental atual pode não ser simplesmente redutível a uma questão de sexo, mas certamente aspectos relacionados a essa variável podem influenciar, em algum momento, a percepção da realidade contemporânea, referente ao contexto ambiental que cerca os indivíduos, com maior ou menor sensibilidade.

Nessa direção, na Tabela 1 estão apresentados os resultados encontrados a partir dos testes de associação Qui-Quadrado e Exato de Fischer acerca dos hábitos e da percepção socioambiental dos participantes do presente estudo, de acordo com o sexo.

 

Tabela 1 - Resultados da associação entre hábitos e percepção socioambiental com o sexo de integrantes de laboratórios e núcleos de pesquisa de uma universidade pública de Santa Catarina.

Hábitos e percepção socioambiental

Sexo feminino (%)

Sexo masculino (%)

p-valor

Luzes acesas

 

 

 

Sempre

56 (70)

31 (59,6)

0,291b

Às vezes

19 (23,8)

19 (36,5)

Não

5 (6,3)

2 (3,8)

Separação dos resíduos

 

 

 

Sim

21 (26,3)

7 (13,5)

0,188a

Às vezes

6 (7,5)

6 (11,5)

Não

53 (66,3)

39 (75)

Interesse pelos assuntos socioambientais

 

 

 

Sim, todos os assuntos

66 (82,5)

37 (71,2)

 

Sim, alguns assuntos

12 (15)

8 (15,4)

0,048a*

Não

2 (2,5)

7 (13,5)

Importância dos assuntos para a formação profissional

 

 

 

Importantes

66 (82,5)

38 (73,1)

0,386b

Já têm suficientes

10 (12,5)

11 (21,2)

Não são fundamentais

4 (5)

3 (5,8)

Qualificação profissional na área socioambiental

 

 

 

Sim

6 (7,5)

2 (3,8)

0,479b

Não

74 (92,5)

50 (96,2)

Interesse em qualificação profissional na área

 

 

 

Sim, qualquer que seja o assunto

17 (21,3)

11 (21,2)

0,397a

Sim, mas dependendo do assunto

30 (37,5)

14 (16,9)

Não

33 (41,3)

27 (51,9)

Danos ao ambiente

 

 

 

Sim

37 (46,3)

26 (50)

0,702a

Não

26 (32,5)

18 (34,6)

Não soube informar

17 (21,3)

8 (15,4)

Cuidados com o ambiente

 

 

 

Sim

34 (42,5)

33 (44,2)

0,844a

Não

46 (57,5)

29 (55,8)

a: p-valor gerado a partir do Teste Qui-Quadrado; b: p-valor gerado a partir do Teste

Exato de Fisher; *: p-valor < 0,05.

Fonte: autoria própria (2014).

 

É possível constatar que existe associação estatisticamente significativa entre o sexo dos participantes e a percepção de interesse pelos assuntos da temática socioambiental (p-valor=0,048). Apesar de a maioria das mulheres e dos homens afirmar que percebe que tem tal interesse, elas o manifestaram em maior proporção do que os homens, seja em interesse por todos ou por apenas alguns assuntos do tema.

Na resposta a pergunta correspondente, os participantes puderam especificar quais assuntos lhe interessavam. A análise qualitativa revelou que as mulheres têm interesse por aspectos mais variados, relacionados, por exemplo, à reciclagem de resíduos e de materiais diversos, à preservação dos recursos naturais, ao aquecimento global e efeito estufa, e a outras formas de poluição ambiental. Os homens, por sua vez, apesar de também apontarem o interesse por alguns desses assuntos, como a reciclagem e a exploração de recursos naturais, apresentaram outros interesses mais diretamente relacionados à sua área de intervenção acadêmico-profissional e/ou aos seus interesses pessoais, como sobre ambiente e esporte e sobre novas tecnologias.

Apesar dessas diferenças, neste estudo não puderam ser observadas associações estatisticamente significativas entre o sexo dos participantes e as demais variáveis analisadas. Constatou-se que, independentemente do sexo, a maioria dos participantes mantém as luzes do laboratório acesas sempre ou às vezes, ainda que, em outro questionamento, a maior parte tenha apontado que permanece nesse espaço nos períodos matutino 45,4% (60) e/ou vespertino 81% (107), nos quais, supostamente, a iluminação natural poderia ser suficiente.

A análise qualitativa demonstrou que os motivos atribuídos a esse hábito, em ambos os sexos, estão relacionados às características arquitetônicas dos laboratórios e núcleos de pesquisa, as quais não possibilitam o aproveitamento suficiente da iluminação solar. De acordo com os participantes, muitos laboratórios sequer possuem janelas e, aqueles que possuem não as têm em quantidade e tamanhos adequados. Em alguns casos, há apenas um interruptor para ascender todas as luzes, portanto, se houver a necessidade de apenas uma ser mantida acesa, todas inevitavelmente também serão.

Alguns indivíduos também relacionaram tal hábito à necessidade de melhorar a visualização para a realização de atividades como leituras, por exemplo. Alguns afirmaram que a luminosidade natural atrapalha as atividades realizadas com a utilização de computadores, sendo necessário manter as janelas e/ou cortinas fechadas. Neste caso, percebe-se que, dependendo da estrutura do local, medidas simples de disposição dos materiais no espaço do laboratório poderiam solucionar esse problema.

Outros participantes afirmaram que mantêm as luzes acesas “porque elas já estavam ligadas e ninguém desliga” ou “porque quando chego já estão acesas”, revelando determinado comodismo e influência dos hábitos e atitudes dos demais recursos humanos que integram os laboratórios. Por outro lado, apesar de ser a minoria (7), também foram constatados participantes que afirmaram não ter o hábito de manter as luzes acesas no laboratório. As respostas destes indivíduos revelam a preocupação com a economia de energia elétrica e a percepção de que não é necessário ascender as luzes quando o ambiente está claro.

Também foram poucos aqueles que afirmaram ter o hábito de separar os resíduos produzidos no laboratório ou núcleo de pesquisa que integram (28), sendo que 46,2% (61) dos participantes que não fazem tal separação atribuem este hábito ao fato de o ambiente em questão não oferecer espaços adequados para a separação dos resíduos, por meio de lixeiras recicláveis, por exemplo. Percebe-se que as justificativas atribuídas pelos participantes para estes hábitos, considerados desfavoráveis ao ambiente, revelam um contexto físico e espacial que dificulta a adoção de atitudes consideradas mais adequadas. Por outro lado, acredita-se que as condições do ambiente de trabalho, por si só, não impedem mudanças nestes hábitos.

É pertinente ressaltar que, no contexto universitário investigado, recentemente está sendo desenvolvida uma ação de sensibilização socioambiental, como parte de um projeto de ensino mais amplo, na tentativa de disponibilizar recursos materiais para a separação adequada dos resíduos produzidos. Porém, mais do que isso, a iniciativa busca fornecer informações aos participantes sobre a importância do hábito de separação dos resíduos e de outras atitudes relacionadas ao ambiente, possibilitando que os indivíduos, munidos de conhecimentos, tenham condições de tomada de decisões, de enfrentamento dos aspectos que dificultam a adoção de hábitos favoráveis ao ambiente, e de participação nas questões que envolvem a universidade na qual estão inseridos.

Seria ingênuo acreditar que uma ação como essa poderia resolver por completo o problema de separação de resíduos dessa instituição, mas acredita-se que iniciativas desse teor, ainda que modestas e/ou isoladas, devam ser valorizadas e mencionadas, uma vez que os níveis de engajamento dos envolvidos podem contribuir para o vislumbrar de outras soluções e iniciativas, as quais podem integrar políticas sociais mais amplas. Conforme salienta Sauvé (2005), a mudança de valores e de atitudes mais favoráveis ao ambiente pode ser induzida por meio de práticas de educação ambiental, a qual, por sua vez, tendo início em uma comunidade local, pode, posteriormente, disseminar-se por redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam, bem como das soluções possíveis para eles. Ao conhecer o valor do ambiente e ao se sentir parte dele, os indivíduos são incitados a refletir sobre soluções para os problemas existentes e a agir para tentar minimizá-los.

Sorrentino (2000) destaca que o sentido de pertencimento e de vontade para agir perpassa necessariamente pela identificação do indivíduo com os desafios colocados, a qual ocorre por meio da participação efetiva. O autor esclarece que participar significa oferecer condições básicas de infraestrutura e de acesso a todos; disponibilizar informações e permitir que as pessoas dialoguem sobre essas informações, troquem ideias, sentimentos e afetividades; possibilitar que todos tenham vez e voz na tomada de decisões; que se comprometam de corpo e alma com a situação ambiental; e, ainda, que se sintam pertencentes ao local, ao planeta e à humanidade, percebendo que tudo isso lhes diz respeito. Nesta direção, os fazeres educacionais relacionados ao ambiente, como no caso da iniciativa apresentada anteriormente, devem caminhar, possibilitando a participação igualitária entre homens e mulheres.

Considera-se que iniciativas voltadas à temática socioambiental que permitam a efetiva participação da comunidade acadêmica devem ser cada vez mais desenvolvidas, especialmente porque, no contexto da presente investigação, observam-se, independentemente do sexo dos participantes, percentuais expressivos de percepção de causa de danos ao ambiente universitário (46,3% para as mulheres e 50% para os homens), a partir de seus hábitos e do pouco desenvolvimento com ações e atitudes para cuidar desse ambiente. Alguns homens e mulheres, inclusive, consideraram causar danos em todos os modos de poluição relacionados à universidade; e outros em apenas alguns casos, como na poluição sonora, da água, do ar, e em situações envolvendo o desperdício de alimentos e de recursos naturais, assim como o descarte equivocado de materiais que poderiam ser reaproveitados.

Estes resultados corroboram com as constatações do estudo de Rocha, Moura Júnior e Magalhães (2012). Ao investigarem 145 acadêmicos de três cursos de graduação da Universidade Federal Rural de Pernambuco acerca da percepção sobre a gestão integrada dos resíduos sólidos no ambiente urbano em que estão inseridos e sobre as atitudes pró-ambientais que praticam, os autores constataram que 75% dos participantes consideraram-se responsáveis pelos danos ambientais causados a partir dos resíduos sólidos gerados cotidianamente. Por outro lado, embora os acadêmicos tenham reconhecido a sua participação no processo de degradação ambiental, os autores do estudo evidenciaram que 60% destes universitários não adotam atitudes favoráveis ao ambiente.

Faz-se necessário destacar que a responsabilidade das pessoas pela preservação do ambiente começa por suas atitudes cotidianas, podendo se estender também para outras esferas da vida social (MORIGI; CERRUTI; COSTA, 2010). O que se observa na atualidade é a fraca incorporação e articulação por parte dos indivíduos na adoção de boas práticas visando minimizar os impactos da geração de resíduos e do desperdício de recursos naturais, ainda que geralmente reconheçam sua responsabilidade nesses impactos (ROCHA; MOURA JÚNIOR; MAGALHÃES, 2012).

Esse cenário remete a necessidade de cuidado, pois conforme lembra Boff (2005), importa colocar cuidado em tudo, especialmente diante da crise ecológica e civilizacional verificada no cenário atual. O cuidado, entendido como atitude de desvelo, solicitude e atenção para com o outro, pode ser capaz de inspirar um novo acordo entre os seres humanos e uma nova relação para com o ambiente.Para tanto, é necessário, primeiramente, desvincular-se da difamação do cuidado como feminilização das práticas humanas, como empecilho à objetividade da compreensão e como obstáculo à eficácia, a qual se deu a partir da superioridade do trabalho produtivo na vida contemporânea que abriu espaço ao patriarcalismo e ao machismo (BOFF, 2005).

Uma cultura sustentável que seja capaz de transformar homens e mulheres para cuidar do ambiente e do ser humano, e para o exercício da cidadania, implica em um processo de formação política, possível por meio da educação, nas instâncias de ensino formal, informal e não formal, e em todos os níveis (ROCHA; MOURA JÚNIOR; MAGALHÃES, 2012). Iniciativas que possibilitem o aprendizado, a discussão e a reflexão sobre as questões socioambientais, desenvolvidas na universidade, especificamente, poderiam contribuir com a problemática ambiental de forma global (ROCHA; MOURA JÚNIOR; MAGALHÃES, 2012).

Os resultados do presente estudo evidenciam que os universitários, independentemente do sexo, percebem que as informações sobre as questões socioambientais são importantes para melhorar sua formação profissional. Por outro lado, ainda são poucos aqueles que efetivamente participaram, nos dois últimos anos, de alguma iniciativa de qualificação profissional na área, ou seja, de algum curso, evento, projeto e/ou atividade que abordasse o tema.

Quando questionados sobre seu interesse em participar dessas possibilidades de qualificação profissional se fossem oferecidas na universidade, nem todos os participantes o manifestaram e, alguns, afirmaram que dependeria do tema. Alguns assuntos de interesse, apontados por participantes de ambos os sexos são: mobilidade urbana; reaproveitamento de materiais; reciclagem e coleta seletiva de resíduos; ambiente de sala de aula; alterações globais; preservação de recursos naturais; e outros assuntos mais diretamente relacionados à Educação Física e à Fisioterapia.

Em outro questionamento os participantes expuseram a maneira pela qual gostariam que os assuntos sobre o tema fossem trabalhados/discutidos na universidade. Encontrou-se que 62,1% (82) têm preferência pelas discussões de assuntos sobre o ambiente a partir de cursos e/ou projetos de ensino e/ou de extensão que envolvam a universidade e a comunidade. Outros, especialmente os alunos, consideram que esses assuntos deveriam ser discutidos por todos os professores e em todas as disciplinas dos cursos que integram, 29,5% (39); e alguns gostariam que existisse uma disciplina específica para tratar do ambiente, 26,5% (35). Ainda, foi encontrada preferência pela abordagem do tema a partir de projetos de pesquisa, 26,5% (35) e, há, inclusive, alguns participantes, 31,8% (42), que gostariam que os assuntos socioambientais fossem trabalhados e discutidos combinando mais de uma maneira, entre essas apresentadas.

Em um estudo desenvolvido por Silva (2013), a percepção dos alunos em relação à presença de temas ambientais nas disciplinas do curso de graduação em Pedagogia da Universidade Federal do Pará, bem como as suas expectativas em relação a sua prática profissional futura indicaram a necessidade de ampliação das orientações teóricas e de indicativos metodológicos na área de educação ambiental capazes de melhor habilitar os alunos ao exercício profissional futuro. Para isso, sugeriu-se a inserção da educação ambiental no currículo do curso de modo sistemático, regular e obrigatório, e não da maneira como está sendo implementada no curso em questão, sob a forma de núcleo eletivo.

A legislação brasileira prevê a inserção da educação ambiental em todos os níveis de ensino (BRASIL, 1981, 1988, 1997). Inclusive, o artigo 3ª. da Lei nº. 10.861/2004, a qual institui o sistema nacional de avaliação da educação superior, considera como responsabilidade social das instituições de ensino superior o desenvolvimento econômico, social e a defesa do ambiente (BRASIL, 2004). Porém, a universidade ainda permanece carente de políticas específicas que visem apoiar e incentivar o fortalecimento de ações e estruturas de educação ambiental existentes e a criação de novos espaços de disseminação de práticas ambientais educativas (SORRENTINO; NASCIMENTO, 2010).

Faz-se necessário, portanto, a sistematização de um saber ambiental que possa ser incorporado às práticas acadêmicas por meio de ações, iniciativas e espaços que favoreçam relações interdisciplinares, tornando a educação ambiental um componente essencial e, portanto, transversal (BRASIL, 2005). Mais que uma educação “a respeito do”, “para o”, “no”, “pelo” ou “em prol do” ambiente, o objeto da educação ambiental reporta-se, fundamentalmente, às inter-relações estabelecidas entre os seres humanos e o ambiente (SAUVÉ, 2005). Nesta perspectiva, as relações entre os sexos devem ser pensadas como possibilidades de reflexão socioambiental, especialmente sobre hábitos e percepção socioambiental no ambiente universitário.

 

Considerações finais

 

No presente estudo, a maioria dos participantes afirmou ter interesse pelos assuntos socioambientais, porém, quando realizada a comparação estatística por sexo, as mulheres apresentaram tal interesse em maior proporção. Diferenças estatísticas desse teor não foram encontradas de forma significativa nas demais variáveis analisadas relacionadas aos hábitos e à percepção socioambiental. Dessa forma, ainda que haja interesse pela temática envolvendo os assuntos socioambientais, tanto homens como mulheres do presente estudo apresentaram hábitos considerados desfavoráveis à universidade, assim como percepções negativas relativas a atitudes de cuidado para com este ambiente.

Considera-se, assim, que hábitos e percepção socioambiental nem sempre podem ser considerados uma questão de diferenciação por sexo. No entanto, alguns aspectos relacionados a esta temática merecem atenção de outros pesquisadores, tendo em vista as particularidades socioculturais, historicamente construídas e regionalmente contextualizadas, existentes entre homens e mulheres, e a busca pela igualdade nas relações entre os sexos, as quais envolvem o ambiente.

Embora sejam reconhecidas as limitações deste estudo, como o fato de não aprofundar e/ou incluir todas as possibilidades de hábitos referentes às questões socioambientais e de percepções sobre o ambiente, acredita-se que esta pesquisa possa contribuir com o desenvolvimento da temática em questão, suscitando novas investigações que superem e avancem em tais limitações. Para além disso, espera-se que os resultados ora apresentados possam servir como um diagnóstico que, embora seja específico de dois cursos da área das Ciências da Saúde de uma universidade pública de Santa Catarina, possa se configurar como referência para novas pesquisas e ações em outros contextos.

A inserção da educação socioambiental, de forma transversal, global e transdisciplinar, nos cursos de Educação Física e Fisioterapia, especificamente, seria uma possibilidade fértil para a sensibilização de universitários sobre o assunto, tornando-os instruídos acerca dos hábitos socioambientais e, consequentemente, para alterar positivamente suas percepções sobre o ambiente. Supõe-se que a concretização da educação socioambiental na universidade poderia melhorar o cuidado socioambiental em laboratórios e núcleos de pesquisa, por exemplo. Espera-se que estas formas de comportamento e de atitudes no âmbito de estudo/trabalho possam refletir, progressiva e gradualmente, em um contexto mais amplo, repercutindo em alterações nas residências, nos bairros e na sociedade, sem diferenciações significativas entre os sexos.

 

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Ilustrações: Silvana Santos