Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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07/12/2014 (Nº 50) DESENVOLVIMENTO DA RESPOSTA ADAPTATIVAS DAS PLANTAS À DEFICIÊNCIA HÍDRICA
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Desenvolvimento da Resposta adaptativas das plantas à deficiência hídrica

 

 

Pimentel, Carlos.Desenvolvimento da Resposta adaptativas das plantas á deficiência hídricas. In: A relação da planta com a água – Seropédica, RJ: Edu, 2004

Alessandra Martins Alves1, Núbia Maia1 , Richelly Alves Celho da Silva1 e Valquíria Silva Machado2

 

1  – Graduandas de Engenharia Ambiental na Faculdade Doctum na cidade de Juiz de Fora, MG

2 – Professora de Biologia Vegetal no curso de Engenharia Ambiental na Faculdade Doctum na cidade de Juiz de Fora, MG. valquiriabiologa@yahoo.com.

 

 

 

            No capítulo 6 inicia-se com um estudo realizado por (Beagles,1831 a 1836), pela América do Sul, onde mostra a resposta do ser vivo da natureza as mudanças como clima.Trata-se de um estudo aprofundado sobre o desenvolvimento da resposta adaptativas das plantas á deficiência hídrica.

A resposta fisiológica das plantas ao déficit hídrico éavaliado em função da água disponível no solo (Ritche et al.1972).Os solos argilosos têm como principal característica reter água em maior quantidade, enquanto os solos arenosos caracteriza-se por ter maior área superficial e os poros menores entre partículas, assim a água é absorvida rapidamente, aumentando assim a força de retenção realizada pelas plantas. Além disso, o déficit de água no solo tem como consequência variação na distribuição e desenvolvimento radicular, podendo mudar o período de disponibilidade e quantidade de água disponível na planta.

O déficit hídrico esta relacionado com a evapotranspiração, pois há diferença entre o conteúdo de água no solo “capacidade de campo”, e conteúdo de água no solo em processo de ressecamento. Isso pode alcançar até 10% da diferença entre o desenvolvimento da planta bem irrigada ou um déficit hídrico.

A área foliar de uma planta é considerada um fator essencial para determinação do uso da água. Além disso, seu potencial de produtividade pode ser inibido pela falta hídrica.Com a diminuição da área foliar o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos, o equilíbrio entre a produção de assimilados é severamente atingido.  Exemplo disso são as áreas foliar das gramíneas e as do milho que têm suas áreas reduzidas quando as plantas foram submetidas ao déficit hídrico.

O contato íntimo entre a superfície das raízes e o solo é essencial para absorção efetiva da água pelas raízes. Estes contatos sãopotencializados pela emissão dos pelos radiculares, gerando um aumento na área superficial e na capacidade de absorção de água. Além disso, o déficit hídrico estimula a expansão do sistema radicular para zonas mais profundas e úmidas do perfil do solo.

Algumas plantas criam estratégias para sobreviver com déficit de água são elas:maximizar a absorção de água através do sistema radicular, a otimização do uso da água absorvida para produção de matéria seca e capacidade do tecido vegetal em tolerar um baixo conteúdo de água. Citando Turner (1986) e Kramer (1980) o autor propõe três tipos de respostas adaptativas das plantas por deficiência hídrica. São elas: mecanismos de escape, mecanismos de tolerância sob alto conteúdo de água, e mecanismos de tolerância sob baixo conteúdo de água.

O mecanismo de escape ocorre com o desenvolvimento fenológico rápido e plasticidade de desenvolvimento, ou seja,as plantas completam seu ciclo reprodutivo durante o curto período de chuvas. Já os mecanismos de tolerância sob alto conteúdo de água ocorrem quando as plantas fazem o controle estomático que pode favorecer o vegetal se o déficit hídrico for curto. Porém, se o fechamento estomático for de longa duração logo acontecerá à diminuição na absorção de CO2,conseqüentemente afetará a produção.

 Os mecanismos de tolerância sob-baixo conteúdo de água vai depender das características morfológicas do vegetal, como o porte das plantas, a área foliar,folhas xerófitas e vegetais com sistema radicular profundo e denso.Estas características serão as que melhor se adaptaram. Além disso,outro método bem eficiente, seria o acúmulo de amido,que ocorre em raízes. O uso do deste amido proporciona a reidratação e com isso a rápida recuperação da planta. Alémde manter a planta,fará uma rápida recuperação ,quando reidratada, com o uso deste amido.

Segundo o autor, entre os seres vivos da natureza existe alguma variabilidade individual, pois caso essa variação contribua favorávelmente para um indivíduo de mesma espécie englobando uma relação com outros seres vivos e com suas condições físicas de vida permitindo sua preservação sendo estas diferenças individuais favoráveis, e a destruição daquelas nocivas.

Já a seleção natural, preserva os indivíduos novos com características que os fazem mais adaptados ao seu local de sua habitação. No clima podemos observar uma grande importância em números de espécies, períodos, frio e de seca os quais são mais efetivos nesse controle.

Portanto, os solos argilosos sua principal característica é reter água em grande quantidade, enquanto os arenosos contêm um grande número de área superficial e seus poros são pequenos em partícula, no qual a água é absorvida rapidamente causando um processo de ressecamento do solo. Além disso, o contato entre a superfície das raízes do solo é primordial absorção da água. Observamos que os fatores principais que causam a redução de produtividade são a deficiência hídrica, carência nutricional e quando ocorre a chegada das pragas e doenças, no qual precisa de um controle para seu combate.

Referência Bibliográfica

Harlan, J. R. 1992. Crops & Man. Am. Soc. Agr., Madison.

 

Kramer, P. J. 1980. Drought stress, and the origins of adaptations. In:

Adaptation of plants to water and high temperature stress.

 

Turner, N. C. e Kramer, P. J. (Ed.) Wiley publ., New York. p. 7-22.

 

Pimentel, Carlos, 1955 - A relação da planta com a água / Carlos Pimentel.

Seropédica, RJ: Edur, 2004.

Turner, N. C. 1986. Adaptation to water deficits: a changing perpective.

Austr. J. Plant Physiol., 43: 175- 190.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ilustrações: Silvana Santos