Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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04/09/2014 (Nº 49) ESTUDO ETNOECOLÓGICO DA ESPÉCIE TATU-BOLA (TOLYPEUTES TRICINCTUS) EM UMA COMUNIDADE DO ENTORNO DA RESERVA NATURAL SERRA DAS ALMAS, CEARÁ-PIAUÍ
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ESTUDO ETNOECOLÓGICO DA ESPÉCIE TATU-BOLA (Tolypeutes tricinctus) EM UMA COMUNIDADE DO ENTORNO DA RESERVA NATURAL SERRA DAS ALMAS, CEARÁ-PIAUÍ

 

David Dias Machado

Faculdade de Educação de Crateús – FAEC / Universidade Estadual do Ceará – UECE

e-mail: david.dias@aluno.uece.br

Marcelo Campêlo Dantas

Faculdade de Educação de Crateús – FAEC / Universidade Estadual do Ceará - UECE

e-mail: campelodantas@hotmail.com

 

 

RESUMO

 

O presente trabalho teve como objetivo a análise do conhecimento ecológico de moradores do entorno da Reserva Natural Serra das Almas, no município de Buriti dos Montes - PI, sobre a espécie T. tricinctus. Foi aplicado um questionário semiestruturado, relacionado a aspectos ecológicos do animal, a 205 moradores da área urbana. Observou-se que os moradores apresentam uma percepção da existência do tatu-bola, pois 95,0 % alegaram que conheciam ou já ouviram falar. Quando questionados sobre sua ocorrência, 42,0 % afirmaram que é encontrado na região. Algumas características ecológicas da espécie são desconhecidas, como o número da prole, hábitos alimentares e hábitat, caracterizando 78,0, 80,0, e 67,0 %, respectivamente. A caça do animal está presente, onde 18,0 % dos entrevistados indicaram praticar a ação para o consumo. Sobressai-se o valor do tatu-bola, já que 88,0 % dos entrevistados consideraram importante a preservação dessa espécie. A grande maioria (76,0 %) sabe da ameaça de extinção da espécie. Conclui-se que os entrevistados, na maior parte, não detenham conhecimento ecológico empírico do animal, de acordo com a literatura, contudo conhecem a importância da espécie, e que a caça coloca em risco sua conservação em longo prazo.

 

Palavras-chave: Caatinga. Extinção. Unidades de conservação.

 

1. INTRODUÇÃO   

 

            Com o aumento dos problemas ambientais, torna-se evidente a criação de meios para proteção do meio ambiente. Destaca-se a criação de Unidades de Conservação (UC) como estratégia para preservar e conservar os recursos naturais (HAUFF, 2010).

            Nesse contexto, a caatinga, nas últimas décadas, ganhou mais valorização com a criação de áreas de preservação e estudos feitos na região. Esse ecossistema abriga um patrimônio biológico que presta valiosos serviços à espécie humana (TABARELLI e SILVA, 2002). É um ecossistema de diversa variedade de fauna, flora e espécies endêmicas adaptadas a um clima seco e uma região polimórfica (ALVES et al., 2009).

            Somente a criação de UC’s não é suficiente para pleitear os objetivos destas, porém a relação homem-natureza, nesse viés, apresenta-se efetiva para a conservação da biodiversidade (DIEGUES, 2001). O estudo e compreensão dessa relação, junto à análise do conhecimento sociocultural dos moradores de comunidades tradicionais, pode ser a solução para mostrar formas adequadas para a ocupação ambiental sustentável de uma área. O indivíduo organiza fatos pertencentes a uma paisagem, criando uma identidade com os valores naturais e culturais (SOUSA et al., 2012).

            O estudo da percepção ambiental é essencial para uma melhor compreensão da relação entre o homem e o ambiente em que está inserido. Busca-se uma avaliação sobre anseios, expectativas, contentamentos, críticas e condutas entre estes.        Desta forma, estudos dessa percepção em comunidades ligadas diretamente a reservas e com dependências, são primordiais (MAROTI et al., 2000). Destaca-se ainda o aspecto do desenvolvimento sustentável, visto que o estudo da percepção na relação homem-ambiente pode favorecer o uso mais sustentável dos recursos naturais (MALAFAIA e RODRIGUES, 2009).

            Junto a esse conceito pode-se avaliar e compreender a relação entre o homem e o conhecimento sobre a fauna. Estes estudos validam uma excelência no gerenciamento dos recursos. Comunidades pré-existentes do entorno de UC’s possuem costumes e práticas relacionados às espécies nativas.

            Diante o exposto, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo etnoecológico com análise da percepção e do conhecimento ecológico da espécie Tolypeutes tricinctus e a importância da sua preservação no município de Buriti dos Montes (PI), localizado no entorno da Reserva Natural Serra das Almas.

 

2. MATERIAL E MÉTODOS

 

2.1 Área de Estudo

 

A pesquisa de campo foi realizada no município de Buriti dos Montes, localizado no Estado do Piauí, divisa com o Estado do Ceará, entorno da Reserva Natural Serra das Almas com coordenadas de Latitude 05°18’43’’ e Longitude 41°05’50’’. O município possui 7977 habitantes, sendo 2421 residentes na área urbana. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.560, segundo o PNUD (2000) (CEPRO, 2011).

A área do município é de 2.652 km2. A área da reserva é classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como de alta importância para a conservação do Bioma Caatinga com 6.146 hectares, administrados pela Associação Caatinga (ASSOCIAÇÃO CAATINGA, 2012).   

 

2.2 Instrumentos

 

Para a coleta de dados foram realizadas entrevistas com a aplicação de um questionário semiestruturado, que abordou aspectos ecológicos, como hábitat, morfologia, hábitos alimentares, prole, caça e preservação do animal. O questionário abordou ainda o conhecimento prévio dos moradores sobre o tatu-bola e sua existência no município, e a importância dessa espécie para o local estudado.

 

2.3 Coleta de Dados e Análise

 

            Para a obtenção dos dados de campo foram entrevistados 205 moradores, aproximadamente 10,0 % da população, com faixa etária entre 10 e 82 anos, da área urbana do município mais próxima à reserva.

 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Observou-se que os moradores do local, sem distinção de sexo, apresentam uma percepção da existência do tatu-bola, pois 95,0 % afirmaram conhecer ou já ter ouvido falar do tatu-bola. Essa percepção sugere que o animal já foi muito encontrado no entorno da reserva, visto que de acordo com Torres et al. (2009), o contato cotidiano de populações com recursos animais possibilita o seu reconhecimento, principalmente os que apresentam algum recurso ou valor utilitário como é o caso do tatu-bola, que pode ser usado para o consumo e comércio.

Quando questionados sobre a ocorrência da espécie da área estudada, a maioria (58,0 %) afirmou que a espécie não é encontrada. A ocorrência do tatu-bola no Estado do Piauí é relatada em estudos (OLMOS, 1995; VAZ et al., 2012).  Olmos (1995) relata a ocorrência dessa espécie no Parque Nacional da Serra da Capivara, na caatinga arbustivo-arbórea, principalmente em solos arenosos.

Outros registros foram observados em unidades de conservação de caatinga, bem como em área de transição entre o bioma cerrado, encontrado no Estado de Tocantins: Parque Nacional da Serra da Capivara (PI), Estação Ecológica da Serra Geral de Tocantins (TO/BA) e Parque Ecológico do Jalapão (TO) (MARINHO FILHO e REIS, 2008), e Estação Ecológica Raso da Catarina (BA) (MARINHO FILHO e REIS, 2008; SANTOS et al., 1994).

Sobre a existência de outras espécies de tatu nessa região, os entrevistados afirmaram ter mais duas, a do tatu-peba (Euphractus sexcinctus), e a do tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), que é conhecido na região como peba. Verifica-se que o valor encontrado para a percepção do tatu-galinha (61,5 %), pode estar relacionado com o fato de nessa região haver condições ambientais características, como a presença de mata ciliar (PEREIRA JUNIOR e BAGAGLI, 2011). Somente uma parcela de 21,0 % não soube responder sobre a presença de outras espécies, o que indica que os que afirmaram conhecer outros tipos de tatu, a maioria (79,0 %), conhece o tatu-bola não somente por divulgação da mídia nacional, por se tratar do símbolo (mascote) de um dos maiores eventos esportivos do mundo.

A maioria dos entrevistados, 58,5 %, afirma que o tatu-bola é encontrado principalmente livre na mata, enquanto 31,7 % afirmaram que ele é encontrado em tocas. Segundo Messias-Costa et al. (2001), o tatu-bola não é um forte escavador, ele tende a utilizar durante o dia tocas feitas por outras espécies de tatu e nunca retorna para uma toca já usada, provavelmente para evitar predadores. Segundo Marinho Filho e Reis (2008), tatu-bola não cava buracos, sendo sua única estratégia de defesa o ato de enrolar-se em forma de uma bola. De acordo com o observado, verifica-se que a parcela de 31,7 % dos moradores entrevistados da comunidade, confunde os hábitos da espécie avaliada com os das espécies do tatu-galinha e do tatu-peba. Estas são encontradas comumente na região e possuem a característica comportamental de cavar tocas.

            Ao se avaliar o conhecimento sobre dimorfismo sexual da espécie, obteve-se que a maioria dos entrevistados (53,3 %) alegou não ter conhecimento da existência de diferenças entre o macho e a fêmea da espécie, a não ser pela observação das genitálias. Outra parcela de 27,2 % sugeriu que não havia diferença entre os gêneros, e 19,6 % que o tamanho era a diferença perceptível entre os sexos. Segundo Guimarães (1997), o macho do tatu-bola é maior e mais pesado que a fêmea, o que caracteriza um dimorfismo sexual de tamanho, a pesar de possuírem outras características muito similares como cor do corpo e tamanho da cauda. A ausência de conhecimento sobre tal característica provavelmente se dê por se tratar de um dimorfismo não tão evidente para leigos, não somente para a espécie do tatu-bola, bem como para outras espécies, como observado por Barboza (2009).

Ficou evidente que a população estudada desconhece características relacionadas a um dos fatores da reprodução do tatu-bola, como o número de filhotes que essa espécie exibe (Figura 1). Esse animal apresenta baixas taxas reprodutivas, geralmente as fêmeas dão à luz a apenas um filhote (MARINHO-FILHO et al., 1997; MESSIAS-COSTA et al., 2001). As espécies do tatu-galinha e tatu-peba apresentam a característica de um maior número de filhotes, sendo que o tatu-galinha apresenta uma característica de, na maior parte das vezes, ter um número par de filhotes e com todos do mesmo sexo (BARBOZA, 2009). Dentre as principais espécies de tatu da região, a do tatu-bola é a que fica mais fragilizada com a caça indiscriminada, pela baixa taxa de procriação.

 Figura 1 – Quantidade de filhotes que a fêmea do tatu-bola pode gerar.

 

Os dados encontrados apontam (Figura 2) que nenhuma mulher alegou praticar a caça, o que está de acordo com Valsecchi e Amaral (2009), onde afirmam que a caça é uma atividade predominantemente masculina.

 

 

Figura 2 – Prática da caça desse animal.

 

            Segundo Lucena e Freire (2012), em um estudo realizado numa RPPN, 100,0 % dos entrevistados afirmaram não caçar nessa UC, uma vez que o IBAMA e a proprietária da reserva proíbem essa prática. Os autores afirmam ainda que apesar dos entrevistados afirmarem não existir a caça na reserva, existem evidências da entrada de caçadores na área e que os próprios moradores confirmam existir a prática da caça no interior da reserva, entretanto, não identificam ou apontam os caçadores. Andriguetto-Filho et al. (1998), em um estudo em uma APA, ressalta a desconfiança dos entrevistados em assumir a prática da caça, refletindo o receio de assumir ao entrevistador a atividade ilegal, e sofrer prováveis implicações negativas.

Observa-se na figura 3 que a maioria dos entrevistados que alegaram praticar a caça (18,0 %), a realizam com o intuito de utilizá-la na alimentação, o que está de acordo com Andriguetto-Filho et al. (1998), onde em um estudo em uma APA, afirmam que 80,0 % da caça praticada pelos moradores locais é para o consumo. Posteriormente ao consumo, a finalidade mais citada foi a criação (35,13 %), o que está contrário ao verificado por Santos et al. (1994), onde a população da área estudada assegurou que o tatu-bola é uma espécie que não serve para ser criada em cativeiro, pois não ganha peso nessas condições, o que dificulta a sua posterior utilização para o consumo. A prática do comércio normalmente não é citada de forma real, por se tratar de uma atividade ilegal, perante as leis vigentes para a proteção das UC’s.

 

 Figura 3 – Finalidade da caça.

 

            Em um estudo realizado por Torres et al. (2009), em uma APA, afirmam que os recursos biológicos (animais), são utilizados de vários modos, como de estimação, místico-religioso, alimentar e medicinal. Em um estudo realizado por Lucena e Freire (2012), numa RPPN, sobre a percepção e utilização da fauna local, o tatu-bola foi o animal mais citado, com 7,3 % das citações totais, sendo usado para a alimentação e comercialização.

De acordo com os dados obtidos, nota-se que a maioria dos entrevistados relata que o tatu-bola é caçado com o auxílio de cachorros (Figura 4), prática bastante comum na caça das outras espécies de tatu (tatu-peba e tatu-galinha) encontradas na área. Tal afirmação não condiz com a literatura, onde Marini-Filho e Guimarães (2010), afirmam que o tatu-bola é facilmente capturado, pois sua principal estratégia de defesa é enrolar-se em forma de bola. Santos et al. (1994) destacam também que o tatu-bola é muito vulnerável a caça, devido as suas características de defesa de predadores. Os mesmos autores no estudo enfatizam ainda que a população da área estudada repassou a impressão de que o tatu-bola era tão facilmente encontrado, que os cães de caça utilizados na atividade de caça de outras espécies de tatu, foram treinados para não persegui-los.

 

Figura 4 – Métodos aplicados na caça do tatu-bola.

            Percebe-se um desconhecimento por parte dos moradores, de características relacionadas à ecologia desse animal, como a alimentação, pois quase a totalidade dos entrevistados (80,0 %) afirmou não saber quais os alimentos ingeridos pelo tatu-bola. Uma pequena parte (14,0 %) afirmou que esse animal se alimenta de raízes e insetos. Um estudo realizado por Vaz et al. (2012), analisou o conteúdo fecal e estomacal do tatu-bola e foram encontrados amostras de besouros, formigas, aranhas, cupins e partículas de solo. Não foram encontradas sementes, alimento típico de outras espécies de tatu.

Guimarães (1997), em um estudo acerca dos hábitos alimentares do tatu-bola, concluíram que a dieta do tatu-bola consiste basicamente de cupins, besouros e formigas. Também foram encontrados fragmentos vegetais, que geralmente são pedaços de folhas e raízes. O mesmo autor classifica a espécie como insetívoro-especialista.

            Percebe-se que a população estudada acha importante a preservação do tatu-bola, visto que 88,0 % dos entrevistados alegaram considerar ser importante a preservação do mesmo. Para justificarem suas respostas, 67,0 % que consideraram importante a preservação do tatu-bola, atribuíram valores a espécie, como demonstrado na figura 5. Quando citaram o risco de extinção, para justificar a importância da preservação, observou-se que usaram respostas como “pra não acabar”, “pra não ser extinto”, o que evidencia uma preocupação com a extinção do animal.  Quando citaram um valor ecológico, foram usadas falas “é importante pra natureza”, “porque ele é um animal como os outros, deve ser preservado”. Nessas falas percebe-se que os moradores têm a percepção da importância da preservação da biodiversidade. Para justificar o valor cultural as falas foram do tipo “porque representa a nossa região”, “porque representa a copa do mundo”, afirmações que destacam o valor cultural dado à espécie.

 

 

Figura 5 – Importância do tatu-bola para a comunidade estudada.

 

Observa-se que a maioria dos moradores entrevistados da área de estudo, tem a percepção do risco de extinção do tatu-bola (76,0 %). A caça e a perda de habitat são fatores determinantes para a inclusão desse animal na lista de espécies ameaçadas de extinção. A situação do tatu-bola é crítica, considerando que no bioma da Caatinga está abrigada uma população extremamente pobre (MARINHO-FILHO et al., 1997). Os autores destacam ainda que a forte pressão exercida pela atividade de caça, associada a suas baixas taxas reprodutivas, tornam essa espécie bastante vulnerável a extinção. Os autores Marinho Filho e Reis (2008), enfatizam que a ocorrência em tempos passados do tatu-bola, em áreas onde atualmente ainda existem outras espécies de tatus, sugere serem uma das espécies de dasypodídeos mais sensíveis as alterações de hábitat. De acordo com Bocchiglieri et al. (2010), se não houver um maior controle da caça e de áreas de preservação, à existência do tatu-bola pode se tornar inviável, pois a população dessa espécie está sendo reduzida drasticamente.

Marinho Filho e Reis (2008), apontam algumas estratégias que podem ser utilizadas para a conservação do tatu-bola, como pesquisas científicas sobre o comportamento, ecologia e morfologia da referida espécie; inventariamento de áreas adicionais próximas aos limites de distribuição geográfica conhecidos da espécie, entre outras. Os autores ressaltam também a importância de programas de aumento de renda e inclusão social, para que seja evitada a caça nas regiões onde a espécie ocorre.

 

4. CONCLUSÃO

 

            Conclui-se que os entrevistados, na maioria, não detenham conhecimento ecológico empírico do animal de acordo com a literatura, contudo possuem informação da importância da preservação da espécie, e que a caça coloca em risco sua conservação em longo prazo. Assim, estratégias de conservação devem ser implementadas na comunidade para a espécie do tatu-bola.

 

 

5. REFERÊNCIAS

 

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Ilustrações: Silvana Santos