Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
Rafael Alves Orsi Na realidade essa especialização visa conseguir um
melhor emprego, ganhar mais clientes, atrair mais capital para a região, ou
seja, o objetivo final é o lucro. Quando se coopera o objetivo final é o bem
comum, a igualdade, a qualidade de vida de todo um grupo e não apenas de alguns
poucos. Nesse sentido devemos ressaltar que a discussão que se faz a respeito
das questões ambientais passam necessariamente por nossa visão de mundo,
podendo ser cooperativa ou competitiva, mas nunca as duas ao mesmo tempo. Dentro de uma visão competitiva a natureza é
transformada em um recurso passível de ser explorado, utilizando-se o máximo
que ela pode oferecer, buscando sempre ser mais competitivo, desbancar seus
concorrentes e aumentar seus lucros. Competir é buscar a vitória, usar todos
os meios para tal e, como não se pode ter só vencedores, há sempre uma massa
de perdedores. De fato quem perde é a natureza, a sociedade... a vida. Quando
se coopera busca libertar-se do egocentricismo, da visão unidimensional e da
ambição. A idéia central na cooperação é que através da ajuda mútua se
construa um mundo melhor e mais justo. Essa cooperação libertária deve estar
calcada num sistema de valores que abomina qualquer Poderíamos ter como exemplo a ajuda dada por empresas à
projetos ambientais. Será que essa ajuda é uma manifestação da tomada de
consciência do empresariado ou é mais uma estratégia competitiva? Se a população
está se conscientizando sobre problemas ambientais, a tendência é que
produtos ambientalmente corretos vendam mais. Elevar as vendas é competição,
é ganhar de alguém, significa arrecadar mais. Essa ajuda, mesmo válida, não visa o bem comum nem a
preservação da natureza pelo reconhecimento de um valor intrínseco a ela. Na
verdade, ela visa a competição e, como em todo jogo, as regras às vezes são
desrespeitadas e podem mudar rapidamente. Valores culturais são mais duradouros
e difíceis de mudar, daí a maior dificuldade na conscientização, mas a
partir do momento que se tomar consciência da importância da cooperação, sem
dualismos, a base para um mundo sustentável estará formada. |