Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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04/09/2014 (Nº 49) A ENFERMAGEM E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA
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A ENFERMAGEM E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA

 

 

DÉBORA APARECIDA DA SILVA SANTOS

Mestre em Ciências Ambientais e da Saúde e Doutoranda em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande. Docente Assistente II pelo Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso. deboraassantos@hotmail.com

 

MICHELE SALLES DA SILVA

Mestre em Saúde Coletiva e Doutoranda em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande. Docente Assistente I pelo Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso - UFMT. michelesalles@yahoo.com.br

 

VALÉRIA CRISTINA MENEZES BERRÊDO.

Mestre em Enfermagem pela UFC-CE e Doutoranda em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande. Docente Adjunto I pelo Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso. valberredo@hotmail.com

 

LILIAM CARLA VIEIRA GIMENES SILVA

Especialista em Saúde Pública e Mestranda em Atenção à Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Docente Auxiliar I pelo Curso de Enfermagem na Universidade Federal do Mato Grosso. liliamcarla@hotmail.com

 

EMILIANA TIMOTHEO MELONI

Discente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso.

emitimotheo@hotmail.com

 

JANAINE DA FONSECA ARAÚJO GOMES

Discente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Mato Grosso.

jhany_araújo@hotmail.com

 

 

RESUMO

 

Os profissionais de enfermagem na atenção básica devem desenvolver atividades aos usuários dos serviços de saúde e a coletividade em relação às questões de saúde e meio ambiente, promovendo um cuidado integral. Neste sentido, a educação ambiental é uma das ações que colaboram com a qualidade de uma assistência a saúde de forma interdisciplinar. Esta pesquisa tem como objetivo analisar as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem no âmbito da atenção básica em relação à educação ambiental, em um município no interior do estado do Mato Grosso- MT, no ano de 2013. Trata-se de um projeto de pesquisa de campo, quantitativo e descritivo, não documental. Foi realizado com 28 enfermeiros, 23 (82,14%) sexo feminino e 05 (17,86%) masculino, predominando a faixa etária de 20 a 29 anos (46,43%). Em relação ao tempo de trabalho na atenção básica, foi considerado o critério de inclusão estar atuando neste setor há mais de 6 meses. Destes, 26 (92,86%) são contratados e somente 2 (7,14%) concursados. No que tange a realização de atividades de educação ambiental, 20 (71,43%) responderam afirmativamente e 8 (28,57 %) negativamente. Dos enfermeiros que citaram desenvolver atividades de educação em saúde, 5 (25%) deles afirmaram realizar palestras e também 5 (25%) palestras e orientações. Desta forma, a educação ambiental é desenvolvida pela maioria das equipes do município em estudo, principalmente através de palestras e orientações individuais ou em grupos, melhorando a qualidade de vida e saúde da população.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O setor saúde deve centrar-se no individual e no coletivo, buscando responder a uma pluralidade de necessidades, às mudanças demográficas, às condições sociais e às mudanças epidemiológicas. Os profissionais de saúde têm um importante papel no que tange ao desenvolvimento sustentável.

As políticas públicas em saúde podem servir como um eixo estruturador para este desenvolvimento com o objetivo de incentivar a busca da saúde e de uma melhor qualidade de vida aos indivíduos e a população. Sendo assim, o indivíduo e o meio devem constituir-se em uma totalidade.

Todos os envolvidos devem ser sujeitos e promotores da compreensão da realidade e das mudanças necessárias para um meio ambiente saudável. As ações de educação possuem como características desenvolver vínculos e estimular a reflexão com ênfase na promoção e na prevenção de riscos à saúde.

            Neste sentido, a educação ambiental deve comprometer-se com a transformação destes sujeitos e da sociedade, visando uma consciência local e global de direitos e deveres na relação saúde e meio ambiente. A inserção desta educação deve contemplar a interdisciplinaridade, envolvendo de forma efetiva diversos profissionais.

A unidade de Atenção Básica é um dos espaços onde se realiza o pensar na realidade com suas especificidades, necessitando do encontro e da troca entre os diversos setores da sociedade. Considerada como a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, define a saúde como um processo dinâmico e complexo, devendo destacar a importância da interatividade entre os campos ambiental e da saúde coletiva.

As discussões entre as questões ambientais e da promoção de saúde, facilitam um repensar nos problemas de saúde de forma mais abrangente, revelando que a vida saudável depende intrinsecamente de um mundo saudável. Desta forma, a equipe de enfermagem necessita compreender as questões ambientais que interferem diretamente no processo de saúde-doença da população, a fim de desenvolver ações que melhorem a qualidade de vida de forma integral e holística do indivíduo.

Os profissionais de enfermagem devem realizar de forma adequada, atividades de educação ambiental para a população atendida nos serviços de saúde, no intuito de transformar a realidade e incentivar a responsabilidade ambiental através de comportamentos ecologicamente corretos.

Desta maneira, o objetivo desta pesquisa consistiu em analisar as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem para o atendimento ao indivíduo e à coletividade no âmbito da atenção básica em relação à educação ambiental, em um município no interior do estado do Mato Grosso- MT, no ano de 2013.

 

METODOLOGIA

 

Trata-se de um projeto de pesquisa de campo, quantitativo e descritivo, não documental. A pesquisa quantitativa é um meio para testar teorias objetivas, examinando a relação entre as variáveis. Tais variáveis podem ser medidas tipicamente por instrumentos, para que os dados numéricos possam ser analisados por procedimentos estatísticos (CRESWELL, 2010).

No primeiro momento foi realizada uma revisão de publicações científicas sobre a temática abordada, educação ambiental e as atribuições da equipe de enfermagem na atenção básica, com o intuito de realizar uma fundamentação justificada para a relevância da execução deste estudo. 

Os participantes foram 28 profissionais enfermeiros atuantes na Atenção Básica de um município no interior do MT, após seleção dos critérios de inclusão e exclusão. Os critérios de inclusão foram profissionais enfermeiros, de ambos os sexos e de diversas idades, que estavam atuando nestas instituições de saúde há pelo menos 6 meses e que, no período da coleta de dados aceitaram participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos os profissionais que estavam de licenças médica ou maternidade, de férias ou afastamento.

A coleta de dados foi realizada no mês de março do ano de 2014, no período de funcionamento das unidades de saúde. A atenção básica neste município constitui-se de 35 Unidades de Estratégia de Saúde da Família, 05 Centros de Saúde e 01 Policlínica. Esta foi realizada por meio de aplicação de questionário elaborado pelas pesquisadoras, com perguntas abertas e fechadas, nos seguintes aspectos: se a equipe de enfermagem realiza alguma atividade de educação ambiental na unidade de Atenção Básica no município estudado e qual atividade.

Em relação aos procedimentos metodológicos, foi assinado um termo de autorização para realização da pesquisa pela Secretaria Municipal de Saúde deste município, autorizando a pesquisa nas dependências das unidades de saúde. Além disso, os nomes não são divulgados para atender aos aspectos éticos legais da pesquisa com seres humanos, sendo respeitada a Resolução 466/2012 (BRASIL1, 2012).

Portanto para a execução da pesquisa, o projeto foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), cujo protocolo é 440.386. Cabe ressaltar que esta pesquisa faz parte do projeto matricial Atuação do profissional enfermeiro na relação saúde e meio ambiente na atenção básica.

A análise dos dados foi descritiva, com uso de tabelas e gráficos para melhor exposição e interpretação dos resultados.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Esta pesquisa foi realizada com 28 enfermeiros da Atenção Básica do município em estudo. Destes, 23 (82,14%) são do sexo feminino e 05 (17,86%) do masculino, predominando a faixa etária de 20 a 29 anos com 13 (46,43%) enfermeiros, seguido de 12 (42,86%) de 30 a 39 anos, 1 (3,57%) de 40 a 49 anos, 1 (3,57%) de 50 a 59 anos e 1 (3,57%) de 60 a 69 anos.

Em relação ao tempo de trabalho na atenção básica, foi considerado o critério de inclusão estar atuando neste setor há mais de 6 meses. Do total destes profissionais, 26 (92,86%) são contratados e somente 2 (7,14%) são concursados.

O enfermeiro do município em estudo exerce suas atribuições durante o período diurno de segunda a sextas-feiras, devendo desenvolver todas as atribuições de sua competência de forma eficaz e integral no que tange a atenção básica em saúde. As equipes das unidades de saúde incluem o enfermeiro, técnicos de enfermagem, médico, assistente administrativo, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e auxiliar de serviços diversos. Nas unidades ampliadas, consta o odontólogo, o auxiliar de consultório dentário e o técnico de higiene bucal.

A Lei nº 7.498/86 dispõe sobre o exercício profissional da enfermagem determinando que a mesma passasse a ser exercida privativamente pelo enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, e pela parteira. Em 1987 o Decreto 94.406 regulamenta essa lei, onde são citadas as atividades de responsabilidade dos enfermeiros, presentes no Artigo 8°. No parágrafo II, alínea m, destaca-se a “participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e da população em geral” (BRASIL, 1987, p. 3). Cabe ao Técnico de Enfermagem assistir ao enfermeiro nas atividades realizadas pela equipe de saúde.

Neste contexto, cabe aos profissionais da equipe de enfermagem, o planejamento e execução de ações que envolvam os temas saúde e meio ambiente, incluindo a educação ambiental em nível individual e coletivo.

O profissional enfermeiro é encarregado por diversas atividades em uma unidade de saúde da família, tais como supervisionar, controlar, planejar, organizar e avaliar tais ações desenvolvidas, dentre essas, o cuidado coletivo, que se aprofunda entre os comportamentos de risco, categoriza os agravos comuns e apresenta medidas que implicarão diretamente na mudança dos hábitos de vida, fazendo com que assim não seja apenas um agrupamento de pessoas com variáveis em comum, mas sim uma oportunidade de desencadear mudanças para as práticas de saúde na direção pretendida (FORTUNA et al, 2011).

A Atenção Básica utiliza tecnologias de cuidado complexas e variadas que devem auxiliar no manejo das demandas e necessidades de saúde de maior frequência e relevância em seu território. Devem ser observados critérios de risco, vulnerabilidade, resiliência e o imperativo ético de que toda demanda, necessidade de saúde ou sofrimento devem ser acolhidos (BRASIL2, 2012).

No que tange a realização de atividades de educação ambiental pela equipe de enfermagem deste estudo, 20 (71,43%) responderam que sim e 8 (28,57 %) que não realizam (GRÁFICO 1).

O que corrobora com um artigo com objetivo de identificar e analisar as práticas de cuidados coletivos do enfermeiro e seus conhecimentos estruturantes, que evidenciou que por certas vezes o entendimento deste profissional perante o coletivo denota pela educação em saúde e que a consciência de ser saudável deve ser despertada no indivíduo para que se faça o certo, muitas vezes já pré-definido, transformando por vezes suas ações em um modelo biomédico. Destaca-se ainda a complexidade dos encontros grupais, as necessidades das tomadas de decisões e o quanto isso interfere no trabalho, pois acaba submetendo-o em um papel centralizador que tanto sobrecarrega, quanto prepara o outro para a autonomia fazendo disso um ciclo de trocas (FORTUNA et al, 2011).

 

 

 

GRÁFICO 1- Distribuição do percentual das equipes de enfermagem que realizaram atividades de educação ambiental nas unidades de atenção básica de um município no interior do estado de MT, ano 2013.

 

 

Uma pesquisa no Rio Grande do Sul com o objetivo de analisar como 32 enfermeiras e 19 médicos das unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) identificam estratégias para trabalharem a relação entre saúde e ambiente, mostrou que estes profissionais conferiram maior índice de avaliação ao que se referem os conhecimentos das situações ambientais do município, que impliquem em riscos efetivos ou potenciais à saúde humana. Já a nota inferior, foi no sentido de desenvolvimento de ações de políticas públicas e envolvimento com projetos, remetendo que as unidades não influenciam expressivamente a atuação do trabalho na relação dos temas. Destaca-se a necessidade do reconhecimento dos problemas de natureza local que possibilite organizar o trabalho a atenção básica à saúde de maneira a implementar a Atenção Primária Ambiental (APA) (CEZAR-VAZ, M. R. et al).

O enfermeiro juntamente com a equipe de Estratégia da Saúde da Família (ESF) relaciona-se com a comunidade de forma integral, a fim de identificar problemas de ordens sociais, econômicos ou ambientais. Deve estar diretamentecomprometido com o cuidado humano e com a qualidade de vida através de ações voltadas para a promoção da saúde, buscando soluções necessárias para manter o ambiente saudável. Neste sentido a problematização da saúde ambiental, exige o preparo de indivíduos comprometidos com o meio ambiente e as ações educativas desenvolvidas poderão estimular a prática das habilidades pessoais e o fortalecimento da ação comunitária, estimulando o desenvolvimento de condutas ecologicamente corretas (BESERRA e et al., 2010).

Neste sentido, esta pesquisa descreve que na relação das atividades de educação ambiental desenvolvidas pelas equipes de enfermagem, destacam-se as palestras realizadas por 5 equipes (25%) e palestras e orientações com o mesmo percentual, conforme apresentado na Tabela 1. Somente 01 enfermeiro (5%) não respondeu a atividade que a equipe realiza.

 

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

FREQUÊNCIA (N)

PORCENTAGEM (%)

Ações educativas

4

20

Educação em saúde na sala de espera/ mutirões em casas

2

10

Orientações a grupos de caminhada/ reunião do conselho

2

10

Palestras

5

25

Palestras e orientações

5

25

Programa Saúde na Escola

1

5

Sem resposta

1

5

TOTAL

20

100

 

TABELA 1- Atividades desenvolvidas por 20 (71, 43%) das equipes de enfermagem de unidades de atenção básica de um município no interior do estado de MT, ano 2013.

 

 

Um estudo cujo objetivo é refletir a contribuição da educação ambiental na formação do sujeito, verificou que identificar as necessidades dos educandos a respeito de sua identidade e formação de personalidade, é fundamental para a iniciação do cuidado. Os profissionais da área da saúde, principalmente o enfermeiro que é munido do saber da arte do cuidar, devem atuar como educadores corresponsáveis por essa construção de caráter, criando cidadãos compromissados com a saúde ambiental, pois o mesmo possui ferramentas que são únicas dentro do processo educativo e preventivo da formação do educando (KAYSER; CREMONESE, 2013).

A Atenção Primária Ambiental (APA) é uma estratégia de ação ambiental, que é essencialmente preventiva e participativa em nível local, interferindo no processo de saúde-doença da população, especificamente das comunidades de cada UBS. O profissional enfermeiro e sua equipe devem elaborar ações de promoção à saúde, buscando estratégias coletivas e sustentáveis de saúde e ambiente, identificando e solucionando problemas ambientais (CEZAR-VAZ, M. R. et al).

Foram citadas também ações de atividades educativas sobre o ambiente por 04 equipes (20%), porém não especificaram em qual âmbito. As práticas educativas em saúde devem ser realizadas em âmbitos individual e coletivo, através de um modelo dialógico e participativo. Individualmente, o enfermeiro pode realizar esta práticas através das consultas de enfermagem e nas visitas domiciliárias. Já no coletivo, são destacados o desenvolvimento de atividades grupais (SANTOS; RIBEIRO, 2013).

Outras respostas incluíram educação em saúde ambiental na sala de espera/ mutirões em casas (10%) e orientações a grupos de caminhada/ reunião do Conselho de Saúde do município (10%).

            A menos citada pelos enfermeiros entrevistados foi a ação no Programa de Saúde na Escola, mencionada por apenas 01 equipe (5%). Uma das atribuições da equipe de enfermagem é envolver de forma participativa, as redes de apoio social para a troca de saberes.

As organizações educacionais, profissionais, comerciais, voluntárias e governamentais devem estipular ações que envolvam as escolas, os lares, os locais de trabalho e espaços comunitários na promoção da saúde, assim para que a saúde tenha níveis satisfatórios, a promoção da mesma deve contar com a divulgação, a informação e a educação em saúde para contribuir com as habilidades essenciais do ser humano, fazendo com que a população tenha autonomia em sua própria saúde e sobre o meio ambiente (BRASIL, 2002).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Esta pesquisa possibilitou analisar as atividades das equipes de enfermagem em relação às questões de educação ambiental no município no interior do estado de Mato Grosso, destacando que a maioria das equipes de saúde da atenção básica realizam ações voltadas para o indivíduo e coletividade nestas áreas.

Faz-se necessário este conhecimento sobre o que é realizado por estes profissionais, bem como o estímulo a interdisciplinaridade entre saúde e meio ambiente, a fim de trabalhar com as necessidades da população.

O enfermeiro e sua equipe devem interferir no processo de orientação da comunidade, acompanhando de forma direta e crítica a educação ambiental, direcionada a elaboração de mudanças na realidade.

Desta forma cabe a equipe de enfermagem na atenção básica, o desenvolvimento de ação educativa ambiental para propiciar uma reflexão crítica, problematizadora, ética, estimulando o diálogo, a escuta e a construção do conhecimento compartilhado, melhorando a qualidade de saúde de indivíduos e grupos.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BESERRA, E. P.; ALVES, M. D. S.; PINHEIRO, P. N. da C.; VIEIRA, N. F. C. Educação ambiental e enfermagem: uma integração necessária.Rev. bras. enferm., v.63, n.5, p. 848-852, 2010. ISSN 0034-7167.

 

BRASIL1. Portaria n°466/2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa com seres humanos. Brasília (DF): Conselho Nacional de Saúde; 2012. Disponível em:  http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acessado em: 13/04/2014. Publicada no DOU nº 12 – quinta-feira, 13 de junho de 2013, Seção 1, Página 59.

 

BRASIL2. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Portaria 2.488 de 21 de outubro de 2011. Brasília, 2012.110p. Disponível em . Acesso em 07/04/2014.

 

BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 56p. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_promocao.pdf > Acesso em: 10/04/2014.

 

BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Decreto n. 94.406, de 08 de junho de1987.Regulamenta a Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício de enfermagem e da outras providências. Brasília, 1987. Disponível em: Acesso em: 21/03/2014.

 

CEZAR-VAZ, M. R. et al. Estudo com enfermeiros e médicos da atenção básica àSaúde: uma abordagem socioambiental. Texto contexto – Enfermagem [online], v. 16, n. 4, p. 645-653. Florianópolis, 2007. ISSN 0104-0707.

 

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativos, quantitativos e misto. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 296p.

 

FORTUNA, C. M. et al. O enfermeiro e as práticas de cuidados coletivos na estratégia saúde da família.Revista Latino-Americana de Enfermagem [online], v.19, n.3, p. 581-588. Ribeirão Preto, 2011. ISSN 0104-1169.

 

KAYSER, A. M. SILVA, M. A. da, CREMONESE, D. Ações da educação ambiental como estratégia prática na saúde. Rev. Educação Ambiental em Saúde. n. 44, Ano XII.
Junho-Agosto, 2013. ISSN 1678-0701. Disponível em: < http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1564&class=02 >.

 

SANTOS, D. A. da S.; RIBEIRO, L. A. Educação em saúde no âmbito individual e coletivo. IN: MATTOS, M. de; VERONESI, C. L.; JUNIOR, A. J. da S. (orgs.). Enfermagem na educação em saúde. Curitiba: Prismas, 2013. 255p.

Ilustrações: Silvana Santos