Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Reflexão
04/04/2021 (Nº 47) TRÊS REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E UM PENSAMENTO
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1768 
  

Três reflexões sobre Educação Ambiental e um pensamento

Reflexão 1: Às vezes me questiono, se existe uma diferença entre os professores que trabalham com Educação Ambiental dos Educadores Ambientais. Na minha opinião, há uma diferença entre os dois tipos, pois somente a sensibilidade aos temas ambientais, força de vontade por parte do docente em trabalhar temas ecologicamente corretos, a realização de um adestramento verde e usar palavras bonitas como sustentabilidade e interdisciplinaridade em seu discurso corrente e ser reconhecido como “aquele professor” que desenvolve projetos em educação ambiental pelos demais colegas,  não irá proporcionar uma alteração relevante na atual crise socioambiental. Logo, professores que trabalham com Educação Ambiental estão longe de serem Educadores ambientais.

– x  –

Reflexão 2: Ao trabalharmos com Educação ambiental devemos considerar o olhar dos grupos envolvidos, pois, temos que entender quais representações sociais, norteiam o pensar e o agir desses grupos, diante de suas realidades. Portanto, ao iniciarmos uma proposta de EA, é importante que entendamos as diferentes percepções e representações dos envolvidos, em relação ao meio ambiente, em relação ao mundo e em relação à própria Educação Ambiental, sempre considerando e nunca excluindo visões que a principio pareçam divergentes ou mesmo equivocadas. Assim, ao compreendermos que trabalhamos com diferentes realidades e diferentes sujeitos, conseguimos realizar uma Educação Ambiental que considere as diferentes visões de mundo, em relação ao ambiente, as religiões, ao passado e história, as classes sociais e a culturas diferentes.

–x–

Reflexão 3: O trabalho de Educação Ambiental deve estar imerso em uma proposta que considere as questões ambientais e as contextualize em relação ao processo social, histórico, político e cultural. Assim o trabalho de EA visará estabelecer subsídios para que os sujeitos envolvidos possam se situar como cidadãos integrantes de um meio social, haja vista que somos seres sociais e como integrantes de um meio natural, pois também somos seres biológicos, sem é claro dicotomizar estas duas visões. A EA deve também favorecer o desenvolvimento de um posicionamento crítico, tornado os sujeitos envolvidos em cidadãos capazes de rediscutir valores existentes em sua realidade, muitas das vezes impostos por uma cultura vigente, além propor alternativas aos problemas, incentivando a participação popular e o protagonismo social.

–x–

Pensamento: “Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos preocupados e comprometidos possa mudar o mundo; de fato, é só isso que o tem mudado” Margaret Mead (antropóloga)

 

Fonte: http://eacritica.wordpress.com/2010/08/17/tres-reflexoes-sobre-educacao-ambiental-e-um-pensamento/

 

Ilustrações: Silvana Santos