Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Reflexão
A
Globalização acelerou um
processo irreversível de acesso as tecnologias avançadas. Hoje é possível
falar e ver alguém do outro lado do planeta ao mesmo tempo que comemos algo
ou assistimos TV, através das salas de “Chat” ou de “Webcan”; tudo
isto é fácil devido a inserção da INTERNET, seja em casas de informática,
cafés, escolas, universidades. O
deslumbramento pelo acesso a tecnologia fascina as lembranças do passado e
anseia pela chegada do futuro, porém tudo seria um avanço amplo para a
humanidade se o homem não perdesse a sensibilidade, o senso de percepção.
Hoje, nos tornamos tão técnicos, essencialmente racionais, com formulas e
ajustes de modelagem para todos os problemas sejam ambientais, sociais ou econômicos.
Perdemos a percepção, o senso de nos identificarmos com sensações e emoções
ao entrarmos em contato com paisagens serenas do campo, onde o “tempo”
parece que não chegou, a tecnologia é quase uma visão utópica de um futuro
longínquo. O carisma encontrado nas pessoas das cidades do interior, desperta
uma saudade de um tempo passado. Porém o resgate destes valores passa por um
estreito vale de educadores ambientais que possuem a missão de despertar
dentro de cada um o senso de valoração. Como tudo que tem lado negativo também
deve ter um lado positivo, este é o aspecto positivo da globalização, a
INTERNET acelera o “tempo de percurso” dos movimentos
perceptivos/educativos. Constantemente
nos chegam questionamentos sobre como “sensibilizar certo grupo de pessoas
de classe A ou B, especiais ou não, jovens ou idosos para determinado
problema sócio/ambiental, percebe-se a ansiedade de quem busca uma solução
e também de quem tem de sugerir atividades técnicas, sempre nos vem a mente
que usar o sentimento e o instinto é o melhor indicativo”. Passei
por uma experiência que ainda hoje traz reflexos em minhas atitudes. Uma
atividade de oficina, em um congresso que aparentemente seria somente um
recreativo, fez –me pensar em como sou estranha as rotinas da natureza,
fazendo a “Teia da Vida” com o pessoal da UNIVALI percebi que não
conhecia mais o que é ter contato com areia molhada, água da chuva, vento
frio, folhagens em movimento...Então percebi que estava perdendo a minha
sensibilidade e a percepção de encontrar na natureza as soluções dos
problemas, já que a natureza esta em constante busca pelo equilíbrio onde a
grande maioria dos grupos convive em relações harmônicas mesmo que em
competição, isto faz com que o universo esteja sempre em nível produtivo. Creio
que o homem esta despertando para um problema com graves conseqüências
futuras. A insensibilidade sobre
os problemas ambientais, sociais e econômicos se faz necessário para que
resgatemos a interação HOMEM –NATUREZA e para isto a Educação Ambiental
tem um papel essencial de definidor de paradigma. Sandra
Barbosa – Ecológa. Aperfeiçoamento em EA. Co- editora da revista EA EM AÇÃO.
sicecologia@tutopia.com.br
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