Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Plantas medicinais
20/09/2003 (Nº 6) Acerola e Maracujá
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Acerola

Nome botânico: Malpighia glabra Linné

Família: Malpighiaceae

Parte utilizada: fruto

  A acerola é originária das Antilhas, norte da América do Sul e América Central, sendo introduzida em Pernambuco em 1955, procedente de Porto Rico.

Atualmente devido a esta característica ímpar e outras, como o significativo grau de tanino, é intensamente cultivada em Porto Rico, Hawai, Cuba e Flórida, constituindo-se em ponderável fonte de riqueza para essas regiões.

A vitamina C, principal constituinte da acerola, desempenha importante papel na proteção do organismo contra infecções, aumenta resistência e atenua os efeitos do stress. Torna-se também, como suplemento desta vitamina um excepcional antiescorbútico.

Pesquisas na área de cosmetologia indicam a inclusão de ácido ascórbico em produtos contra o envelhecimento celular graças à sua ação antioxidante e sequestrante de radicais livres. Seus sais minerais lhe conferem a propriedade remineralizante em peles cansadas estressadas. As mucilagens e proteínas são responsáveis pelas ações de hidratação e condicionamento capilar.

Seu uso é indicado em estados carenciais de vitamina C, stress, fadiga, gravidez, gripes e resfriados, afecções pulmonares do fígado e da vesícula biliar, hepatite virótica, varicela, poliomielite. Coadjuvante no tratamento contra envelhecimento precoce da pele e no condicionamento capilar.

Suas propriedades são ação antioxidante, remineralizante, hidratante capilar e condicionante capilar.

É recomendado o uso da acerola no período de gravidez e lactação como suplemento de vitamina C.

O fruto contém:

- ácido ascórbico 2 a 4g%

- sais minerais (ferro; cálcio 12mg%; flúor 11mg%)

- proteínas 4g%

- carboidratos 8,7g%

Possui também mucilagens, rutina, hisperidina e outros bioflavonóides, caroteno, tiamina, riboflavina e niacina.

O seu uso pode ser feito por meio de sucos ou de suplementos em pós, cápsulas, comprimidos ou pastilhas.

Maracujá

 

Nome botânico: Passiflora alata Dryand

Família: Passifloraceae

Parte utilizada: folha, podendo também ser utilizada a polpa

 

O maracujá é originário da América Tropical, que necessita de temperaturas elevadas e só se aclimata bem em regiões temperadas.

É uma trepadeira perene que floresce na primavera e dá seus frutos no início do verão. Suas flores lembram os instrumentos utilizados na crucificação de Cristo, daí ser conhecida em outros idiomas por flor-da-paixão, e são de grande efeito ornamental.

Seus frutos são ovóides amarelados e a polpa comestível, contém sementes rugosas, que servem para preparar bebidas refrescantes. É rica em vitamina C.

Em 1867, os estudo de um investigador americano chamaram a atenção para a passiflora e demonstraram o seu grande interesse para a medicina como sedativa e antiespasmódica.

Devido às frações alcalóidicas e flavonoidicas, o maracujá age como depressoe inespecífico do sistema nervoso central, resultando em uma ação sedativa, tranqüilizante e antiespasmódica da musculatura lisa.

A passiflorina é similar a morfina e é um medicamento de grande valor terapêutico como sedativo e que apesar de narcótico, não deprime o SNC. O seu uso diminui por instantes a pressão arterial e ativa a respiração, deprimindo a porção matriz da medula.

Possui efeitos analgésicos o que justifica o seu emprego nas nevralgias.

Constituintes

-         alcalóide indólicos (harmana, harmina, harmol, harmalina);

-         flavonóides (vitexina, isvitexina, orientina, 0,55g% de apigenina);

-         glicosídeos cianogênicos;

-         álcoois;

-         ácidos;

-         gomas;

-         resinas;

-         taninos.

Seu uso é recomendado para dores de cabeça, de origem nervosa; ansiedades; perturbações nervosas da menopausa; insônia; taquicardia nervosa; doenças espasmódicas; nevralgias; asma; por ter como ação características sedativas, tranqüilizante, antiespasmódicas, diuréticas.

Referência Bibliográfica:

TESKE, M; TRENTINI, A.M.M. Herbarium – Compêndio de Fitoterapia. 3ed. Curitiba: Herbarium Laboratório Botânico. 1997.

Autora:Iahel Manon

Ilustrações: Silvana Santos