Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Trabalhos Enviados
31/05/2013 (Nº 44) A IMPORTÂNCIA DA COLETA DO ÓLEO USADO PARA O MEIO AMBIENTE
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1540 
  
A IMPORTÂNCIA DA COLETA DO ÓLEO USADO PARA MEIO AMBIENTE

 

A IMPORTÂNCIA DA COLETA DO ÓLEO USADO PARA O MEIO AMBIENTE

 

 

ELISANGELA DE SOUZA CUNHA – Graduada em Ciências Biológicas, Especialista em Ensino de Ciências e Biologia e Mestre em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro [eliangelasz@yahoo.com.br]

 

MARCELO DELENA TRANCOSO – Graduado em Química, Especialista em Ensino de Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro [marcelodt@uol.com.br]

 

COLÉGIO BRIGADEIRO NEWTON BRAGA - FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Endereço: Praça do Avião, 01 - Ilha do Governador – RJ

 Rio de Janeiro  CEP 21.941-320.

 

 

RESUMO

 

O consumismo exagerado despertou a sociedade levando-a a perceber que a natureza possui recursos limitados e que é necessária uma medida sustentável para mediar a situação atual e melhorar as condições de vida dos seres vivos. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo implantar a coleta do óleo usado no Colégio Brigadeiro Newton Braga, localizado no Rio de Janeiro. Foram selecionadas 06 alunas do Ensino Médio. Destinamos uma parte do óleo para fabricar o sabão e a outra parte é coletada pela Cooperativa Disque Óleo. É importante salientar que o óleo reciclado, evita a contaminação de milhões de litros de água todos os dias e pode ser usado na fabricação de sabão e biodiesel, entre outras aplicações relevantes. Desta maneira contribuímos efetivamente para a conservação do meio ambiente e enfatizamos a importância da educação ambiental como ferramenta para mudança socioambiental.

 

Palavras-chave: Aprendizagem; Sensibilização; Sustentabilidade

 

                                                                                                                                                                

INTRODUÇÃO                                                                                             

 

Nas últimas décadas a população mundial cresceu de forma acelerada (BRITO, 2006). Segundo Odum (1983), mesmo nos países pobres, as grandes cidades apresentam altos índices de crescimento, superando inclusive o crescimento da população. Em consequência desse crescimento, ocorreu um maior consumo dos recursos naturais e ao mesmo tempo, uma maior quantidade de detritos passou a ser lançada no meio ambiente. Paralelamente ao consumo excessivo e ao aumento de detritos, começou a surgir uma consciência de que a natureza tem recursos finitos e limitados e que é preciso preservá-la visando melhores condições de vida para os seres vivos.

Dessa forma, o mundo atual ampliou o debate sobre as questões ambientais em todos os níveis da sociedade, através de encontros, conferências, reuniões, entre outros, para buscar alternativas para reduzir o desperdício, minimizar as consequências devastadoras como, por exemplo, as mudanças climáticas. A capacidade humana em perturbar o sistema ambiental, evidenciada de modo incontestável nas últimas décadas, alterando o equilíbrio físico-químico do planeta, a superfície e a velocidade dos processos (NUNES, 2002).

Nesse contexto, sabemos que o óleo utilizado para fritura aparece como um resíduo gerado diariamente em nossas residências, indústrias, restaurantes, etc. Segundo Nogueira & Beber (2009), o óleo é um dos itens mais consumidos na refeição do brasileiro e que, devido à falta de informações, na maioria desses locais é descartado de maneira errada, pois é lançado diretamente nos ralos das pias das cozinhas e/ou bueiros das ruas, causando mau cheiro e entupimento das tubulações das redes de esgoto e elevando os custos para o tratamento. O lançamento desse tipo de óleo no sistema hídrico do planeta promove a diminuição da oxigenação e iluminação das águas, prejudicando a fauna e flora no local.

Além do mais, não podemos deixar de citar outro tipo de descarte inadequado de óleo bastante comum e muito prejudicial, aquele realizado diretamente no solo, e que causa graves consequências ao ecossistema, em virtude de aumentar a impermeabilização do solo, impedindo que as plantas absorvam seus nutrientes necessários para seu desenvolvimento e crescimento, acarretando a morte da flora, o que afeta diretamente a fauna presente.

O descarte inapropriado do óleo usado reflete diretamente no meio ambiente, uma vez que um litro de óleo lançado nos rios, pode contaminar cerca de um milhão de litros de água, quantidade que um ser humano, levaria cerca de 14 anos para consumir. Ao contrário do Brasil, outros países como Bélgica, Holanda, França, Espanha, Finlândia, Áustria, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Dinamarca, Suécia, Japão e Suíça possuem recomendações para o descarte correto de óleos e gorduras de frituras (PAUL & MITTAL, 1997). A importância de trabalhos que envolvam o tema em questão é de suma urgência para o planeta e os docentes têm como prioridade a realização de trabalhos sérios de sensibilização no intuito de mostrar os pontos cruciais na relevância da discussão.

É importante destacar que os lipídeos, juntamente com as proteínas e os carboidratos, são fontes de energia, apresentando grande relevância para a indústria, na produção de ácidos graxos, glicerina, lubrificantes, carburantes, biodiesel, além de inúmeras outras aplicações (COSTA NETO, 1993; FARIA et al., 2002; FERRARI et al., 2003). É uma questão de reflexão sobre as várias alternativas pertinentes, o ponto crucial é colocar em prática algo que traga benefícios sem danificar o meio ambiente.

 Vale ressaltar que a reutilização excessiva do óleo, também pode causar irritação na mucosa gástrica e piorar o estado de pessoas que tem gastrite, por exemplo, além de diminuir o valor nutritivo do alimento. Vários pesquisadores têm mostrado que o consumo excessivo de alimentos fritos representa riscos à saúde (CHRISTOPOULOU et al., 1989; MÁRQUEZ-RUIZ, 1990; ROJO & PERKINS 1997).

Um outro ponto relevante a considerar é o número de crianças obesas que têm crescido muito nos últimos anos, a obesidade é fator de risco para dislipidemia, promovendo aumento de colesterol, triglicerídeos e redução da fração HDL do colesterol. Assim como a obesidade, o nível de colesterol aumentado, o hábito de fumar, a presença de hipertensão arterial sistêmica, a diabetes melito e o sedentarismo são fatores de risco independentes para doença coronariana. A perda de peso melhora o perfil lipídico e diminui o risco de doenças cardiovasculares (DIETZ, 1998).

Dessa forma, durante a realização da coleta de óleo na escola, o orientaremos para as consequências danosas provocadas pela obesidade infantil, realizando um trabalho de educação alimentar no intuito dos nossos alunos diminuírem o consumo de frituras e optarem por alimentos mais saudáveis.

É de suma importância destacar que o nosso projeto tem uma imensa preocupação de trabalhar a educação ambiental de forma integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades de ensino, como previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), os quais servem como subsídios para a prática pedagógica.

Temos como principal meta diminuir os danos ambientais causados pelo descarte inadequado do óleo de fritura usado. Além disso, pretendemos introduzir conceitos fundamentais sobre educação ambiental e saúde para os alunos, no intuito de formar cidadãos conscientes e também mostrar aos mesmos a importância da reciclagem, uma vez que este projeto prevê ainda a produção de sabão por nossos próprios alunos, nas dependências do colégio, a partir de uma parte do óleo coletado.

 

 

MÉTODOS

 

            O projeto foi implantado no Colégio Brigadeiro Newton Braga (CBNB), um estabelecimento de Ensino administrado pela Força Aérea Brasileira no mês de janeiro de 2012. O colégio fica localizado na Ilha do Governador/ RJ, na qual encontramos alunos matriculados no Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio, além do curso Técnico de Enfermagem. 

Foram selecionadas 06 alunas do Ensino Médio para mediar e organizar todas as etapas do projeto tais como: divulgação, coleta, fabricação do sabão, organização do projeto e armazenagem do óleo trazido para o Colégio.

Para a seleção desses alunos, foram obedecidos os seguintes critérios de inclusão:

- pertencer a 2ª ou 3ª Série do Ensino Médio;

- ser voluntário para participar do projeto, sem bolsa de estudo;

- estar matriculado no turno da manhã;

- preferencialmente desejar cursar no nível superior, algumas das áreas que tenha a Química e Biologia ou áreas afins.

Foi elaborado um folder (ANEXO) para facilitar a divulgação do projeto, no qual constam os procedimentos corretos para coleta do óleo, como armazená-lo, transportá-lo até o colégio e outras informações pertinentes a respeito do projeto.

As alunas participantes do projeto no início de março de 2012 iniciaram a divulgação do trabalho para os alunos de todos os segmentos (Ensino Fundamental I e II; Ensino Médio), passando todo ensinamento que foi dado pelos docentes. Foram relatados alguns problemas ambientais que podem ser causados pelo óleo despejado em locais inadequados, o procedimento correto para a coleta do óleo usado e os principais objetivos do projeto. Na semana seguinte, já começamos a receber pequenas quantidades de óleos usados por alunos e funcionários.

Uma pequena parte do óleo de soja coletado foi destinada ao Laboratório de Química, para ser utilizada na preparação de sabões utilizados nos banheiros, cantina e cozinha do próprio colégio. Estas alunas foram orientadas pelos professores, na qual tiveram aulas teóricas e práticas sobre todo procedimento de preparar o sabão e também explicações sobre os danos ambientais acometidos por esses resíduos.

A maior parte do óleo usado foi coletada pela COOPERATIVA DISQUE ÓLEO VEGETAL USADO, a qual foi ao local indicado recolhê-los. Além do mais, disponibilizam recipientes para coleta do óleo no CBNB. Os alunos e os funcionários são os responsáveis em deixar o óleo usado no local indicado.

 

PROCEDIMENTO PARA REALIZAÇÃO DO SABÃO

 

Filtrar 200 mL de óleo usado. Pesar 40 gramas de hidróxido de sódio e colocar no bécher de 200 mL. Colocar 80 mL de água em um bécher de 200 mL e aquecer até a ebulição. Cuidadosamente derramar a água em ebulição no bécher que contém o hidróxido de sódio e mexer com o bastão de vidro até a dissolução total do hidróxido. Colocar 200 mL do óleo filtrado no bécher de 500 mL e aquecer levemente. Em seguida, mantendo o calor, adicionar a solução de hidróxido de sódio ao óleo aquecido e agitar. Com o uso da pipeta adicionar, se desejar, 3,0 mL de essência e 1,0 mL de corante. Mexer vigorosamente por cerca de 15 minutos e transferir o sabão para a caixa de leite, se preferir padronizar o tamanho do sabão pode ser colocado várias repartições da mesma antes de colocar o conteúdo, podendo reutilizá-la na próxima vez que fabricar o sabão. Aguardar endurecer, o que leva um período de quatro a cinco dias, cortar e usar.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A figura 1 mostra uma parte do óleo de fritura trazido por nossos alunos. Pela variação das cores do óleo e os resíduos podemos observar que alguns reutilizam diversas vezes, enquanto outros não reutilizam.

 

Figura 1 – Óleo de fritura recebido

 

Quando produzimos o sabão em sua forma original, ele apresenta cor branca, porém resolvemos empregar um corante azul, pois como foi comentado anteriormente, o colégio é administrado pela Força Aérea Brasileira, que tem a cor azul, adotada como cor primordial.

Na figura 2 apresentamos a “fôrma” (A) que utilizamos para colocar o sabão e esperar que o mesmo endureça e a “fôrma” (B) que apresenta o sabão já em processo de endurecimento. É usada uma caixa de leite, que pode ser montada utilizando separadores feitos com a própria caixa. Isso facilita na hora de separar as barras de sabões, não necessitando cortar a caixa. Dessa forma, facilita a padronização dos tamanhos dos sabões.

                                                                                                                

 

Figura 2 - Caixa de leite vazia e com sabão.

 

O sabão apresenta um aroma desagradável, para corrigir esse problema, adicionamos uma essência ao composto. Por escolha aleatória, resolvemos empregar essência de eucalipto, jasmim ou pompom. A figura 3 nos mostra alguns de nossos sabões produzidos em seus variados tamanhos e formas.

No presente estudo, observamos que os alunos acrescentaram muitas questões pertinentes em relação a cada etapa da saponificação, contribuindo de forma efetiva para melhoria do meio ambiente.

Segundo Freitas et al (2010), ao questionarmos os alunos sobre a reação que ocorria no processo de saponificação do óleo, a grande maioria mostrou ter domínio a respeito das etapas de sua realização e também propuseram sugestões com relação a novas atitudes que poderiam ser adotadas para minimizar os danos ambientais. Portanto, os resultados obtidos corroboram com o presente estudo, proporcionando aos discentes uma sensibilização a respeito dos danos que vêm ocorrendo com o Meio Ambiente mediante o descarte inadequado do óleo de cozinha, tais como poluição dos recursos hídricos, comprometimento do solo e extinção de espécies animais, habitantes desses ecossistemas.

 

Figura 3 - Sabão produzido por nossos alunos.

 

A figura 4 mostra os produtos de limpeza que recebemos pela troca do óleo de fritura. Optamos por trocar por produtos de cores e em consequência odores variados. Nas garrafas na cor verde está o “cloro” fornecido.

 

 

Figura 4 - Desinfetantes e cloros recebidos da Cooperativa

 

Verificamos na figura 5 que após a secagem o sabão apresentou-se excelente para determinadas limpezas e também muito eficiente na lavagem das mãos.

 

 

Figura 5 - Utilização prática do sabão produzido.

 

A tabela 1 apresenta as quantidades de óleo coletado e o destino que a ele foi dado. Estes dados nos mostram que a população em estudo apresenta um grande consumo em gordura saturada. Segundo um estudo realizado por Neutzling et al (2007) verificaram que mais de um terço (36,6%) dos adolescentes consome frequentemente alimentos ricos em gordura. Similarmente, estudos europeus, (ARANCETA et al, 2003; MATTHYS et al., 2003) norte-americanos (MUNOZ et al., 1997; ENNS et al., 2003) e latino americanos (MONGE-ROYAS, 2001) têm constatado consumos frequentes de dietas ricas em gordura entre adolescentes, independente do tipo de inquérito alimentar utilizado.

Segundo dados disponibilizados no site do Serviço de Pesquisas em Agricultura (USDA) de 2004 a 2007, o consumo mundial de óleos vegetais comestíveis cresce todos os anos.

Durante a divulgação do projeto as discentes relataram a importância dessa coleta para o meio ambiente, além de serem responsáveis em identificar pontos cruciais para melhorar a saúde do aluno, sugerindo alimentos mais saudáveis, sem a utilização do óleo e também, esclarecer a importância de não reutilizar excessivamente o óleo, uma vez que este procedimento faz muito mal ao nosso organismo.

 

 

Tabela 1 – Quantidade e destino do óleo coletado

 

Quantidade de óleo coletado

Destino do óleo

Troca na Cooperativa

Produção de sabão

1ª Troca

32 litros

303 litros

08 litros

2ª Troca

50 litros

3ª Troca

120 litros

4ª Troca

109 litros

Total

311 litros

 

Com os oito litros de óleo, destinados à produção de sabão, foram produzidas 80 barras de sabão com aproximadamente 200 gramas cada uma.

 

A tabela 2 apresenta as quantidades totais de produtos de limpeza que recebemos. Indicamos também as quantidades dos produtos após a diluição. Salientamos que essa diluição foi realizada conforme orientação do funcionário da Cooperativa que nos informou que o desinfetante é muito concentrado e que o mesmo deveria ser diluído a 50%.

 

Tabela 2- Quantidades recebidas de material de limpeza da Cooperativa

 

Materiais

Quantidades recebidas

da Cooperativa

Após diluição

Cloro

68 litros

- - - - -

Desinfetantes

102 litros

156 litros

Detergentes

3,0 litros

- - - - -

Sabão líquido

1,0 litro

- - - - -

 

Todo o material recebido foi empregado exclusivamente na limpeza do colégio. Temos grande interesse em ampliar o presente projeto, divulgando-o também em restaurantes, bares, padarias, ranchos, etc., pois sabemos que isso pode contribuir muito para melhoria do meio ambiente e qualidade de vida da população.

Em alguns países existem normas estabelecidas para o descarte de óleos utilizados para fritura, mas no Brasil não existem leis e regulamentações que estabeleçam limites para as alterações destes óleos (FIRESTONE et al., 1991).

Esses dados nos revelam que realmente temos que realizar uma divulgação mais séria, pois não estamos somente afetando o meio ambiente em que vivemos e sim atacando o próprio organismo com substâncias nocivas, não considerando a saúde como uma das prioridades da vida. Temos que reforçar a necessidade de coleta, mas também da não reutilização do óleo usado.

Atualmente, há uma grande preocupação com a saúde, geralmente algumas pessoas avaliam um melhor óleo para ser consumido no seu dia-dia. Os mais indicados são os óleos comestíveis, como o de canola e o de girassol, que, apesar de ter um custo mais elevado, ajudam a manter os níveis de colesterol do sangue e também são fundamentais para mantermos uma alimentação mais saudável.

 

 

CONCLUSÕES

 

O óleo de cozinha usado pode ser reaproveitado a partir do processo de saponificação, que é de grande valia na utilização da limpeza doméstica. Podemos perceber que o sabão feito pelas alunas está facilitando muito a vida dos discentes, ou seja, melhorando muito as condições de limpeza do ambiente escolar.

Verificamos uma participação significativa de todo segmento escolar e também dos funcionários da escola e queremos muito dar continuidade ao projeto, pois podemos proporcionar aos alunos um ensino de qualidade e mostrar-lhes a importância de desenvolver e executar trabalhos científicos.

Acreditamos que conseguimos sensibilizá-los quanto à importância da conservação ambiental e também da não reutilização do óleo. Não podemos deixar de mencionar que obtivemos um resultado muito relevante na quantidade de óleo trazida por estes alunos e funcionários. É muito importante destacar que essa colaboração efetiva dedicada ao projeto, contribui muito para melhoria e qualidade de vida desses alunos e também para conservação do meio ambiente.

 

 

AGRADECIMENTOS

 

Agradecemos primeiramente às alunas Alessandra Nascimento, Jéssica Martins, Laisa Bitencourt, Lawrraine Passos, Letícia Feitosa, e Natália Werneck pelo desempenho e participação durante o desenvolvimento do projeto.

Ao Administrador Geral do Colégio Sr. Carlos Barroso, à Diretora Administrativa, Professora Carmem Terra e ao Diretor Luis Otávio Martins pelo apoio logístico e estrutural dado ao nosso grupo.

À Coordenadora do Turno da Manhã, Professora Sônia Vargas pelo apoio na divulgação, motivação e incentivo constante aos nossos alunos para que colaborassem conosco no projeto.

À Pesquisadora Camila Meireles por todo apoio profissional e revisão no artigo na área ambiental.

Em especial aos Professores de Química, Celso Sobrinho, Raquel Lima e Thiago Santangelo; Professoras de Português Fátima Cunha, Rosana Souza, Janaina Souza, pelo apoio científico e profissional dado ao grupo.

A toda comunidade escolar pelo apoio dado ao projeto, com as quantidades de óleo que nos foram trazidas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ARANCETA, J., PEREZ-RODRIGO, C., RIBAS, L., & SERRA-MAJEM, L. I. (2003). Sociodemogra c and lifestyle determinants of food patterns in Spanish children and adolescents: the endkid study. Eur J Clin Nutr. London, v. 57 Supl1: S40-S4.

BRITO, F. (2006). O deslocamento da população brasileira para as metrópoles. ESTUDOS AVANÇADOS. 20 (57).

CHRISTOPOULOU, C. N., PERKINS, E. G. (1989). Isolation and characterization of dimers formed in used soybean oil. J. Am. Oil Chemists' Soc. Champaign, v. 66, n. 9, p. 1360-1370.

COSTA NETO, P. R. (1993) Estudos Preliminares sobre Alterações e Purificação do óleo de Soja usado em Frituras Múltiplas. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Química) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 114f.

DIETZ, W. H. (1998). Childhood weight affects adult morbidity and mortality. J Nutr. Philadelphia v. 128, n. 2, p. 411-14.

ENNS, C. W., MICKLE, S. J., & GOLDMAN, J. D. (2003). Trends in food and nutrient intakes by adolescents in the United States. Fam Econ Nutr Rev. v.15, n.2, p.15-27.

 

FARIA, A. A., LELES, M. I. G., IONASHIRO, M., ZUPPA,T. O., & ANTONIOSI FILHO, N. R.  (2002). Estudo da Estabilidade Térmica de Óleos e Gorduras Vegetais por TG/DTG e DTA. Ecl. Quím, São Paulo, v. 27, p. 111-119.

FELIZARDO, P. M. G., BERKEMEIER, R., & BORDADO, J. C., CORREIA, M. J. N. (2003). Produção de Biodiesel a Partir de Óleos Usados de Fritura. Relatório de Estágio para obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Química. Instituto Superior Técnico. Lisboa, out.

FERRARI, R. A., OLIVEIRA, V. S., & SCABIO, A. (2003). Óleo neutro de soja usado em fritura como matéria – prima para produção de biodiesel. In: ENCONTRO REGIONAL SUL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DEALIMENTOS, VIII, Curitiba. Anais… Curitiba: PUC, 434-438.

FIRESTONE, D., STIER, R. F., & BLUMENTHAL, M. M. (1991). Regulation of frying fats and oils. Food Technol. Chicago, v. 45, n. 2, p. 90-94.

FREITAS, P. A. A., MARIANO, A. F. S., & COUTO, J. A. (2010). Benefícios ambientais da reciclagem do óleo de cozinha com a produção de sabão em aulas práticas de Bioquímica. X Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão – JEPEX  – UFRPE: Recife, 18 a 22 de outubro.

MÁRQUEZ-RUIZ, G., PÉREZ-CAMINO, M. C., & DOBARGANES, M. C. (1990). Evaluación nutricional de grasas termoxidadas y de fritura. Aceites y Grasas. Sevilla, v. 41, n. 6, p. 432-439.

MATTHYS, C., DE HENAUW, S.; DEVOS, C., & BACKER, G. (2003). Estimated energy intake, macronutrient intake and meal pattern of Flemish adolescents. Eur J Clin Nutr. London, v. 57, n. 2, p.366-375.

MONGE-ROJAS. (2001). R. Dietary intake as a cardiovascular risk factor in Costa Rican adolescents. J Adolesc Health. New York, v. 28, n. 4, p.328-37.

MUÑOZ, K. A., KREBS-SMITH,  S. M., BALLARD-BARBASH, R., & CLEVELAND,  L. E. (1997). Food intakes of US children and adolescents compared with recommendations. Pediatrics. Evanston, v. 100, n.3, p. 323-9.

NEUTZLING, M. B., ARAÚJO, C. L. P., VIEIRA, M. F. A., HALLAL, P. C.; & MENEZES, A. M. B. (2007). Frequência de consumo de dietas ricas em gordura e pobres em fibra entre adolescentes. Rev Saúde Pública. São Paulo, v.41, n.3, p. 336-42.

NOGUEIRA, G. R., & BEBER, J. (2009). Proposta de metodologia para o gerenciamento de óleo vegetal residual oriundo de frituras.  Tese de Mestrado em Bioenergia – Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, Irati, Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2011.

NUNES, LUCÌ HIDALGO. (2002). Repercussões globais, regionais e locais do aquecimento global. Disponível em: <http://sma.visie.com.br/wp-content/uploads/cea/Texto_LuciNunes.pdf >. Acesso em: 01/12/2011.

ODUM, E. (1983). Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara.

PAUL, S., & MITTAL, G. S. (1997). Regulating the use of degraded oil/ fat in deep-fat/oil food frying. Critical Review in Food Science and Nutrition, Cleveland, v. 37, n. 7, p. 635-662.

ROJO, J. A.; & PERKINS, E. G. (1987). Cyclic fatty acid monomer formation in frying fats. I. Determination and structural study. J. Am. Oil Chemists' Soc. Champaign, v. 64, n. 3, p. 414-421.

 


 

 

ANEXO

APRESENTAÇÃO

O descarte do óleo de fritura usado, de maneira errada, reflete diretamente no meio ambiente e em nossas vidas, uma vez que um litro de óleo lançado nos rios, contamina um milhão de litros de água, quantidade que um ser humano, levaria cerca de 14 anos para consumir.

Assim criamos este projeto que visa:

·         diminuir os danos ambientais causados por seu descarte errado;

·         introduzir conceitos fundamentais sobre meio ambiente e saúde, visando formar cidadãos conscientes;

·         mostrar a importância da reciclagem, utilizando parte do óleo para produzir sabão.

 

COLETA DO ÓLEO DE FRITURA USADO - O QUE PODE SER FEITO COM O ÓLEO DE FRITURA USADO?

Através da reciclagem do óleo usado, podem ser produzidos: sabões, detergentes, amaciantes, lubrificantes para carros e máquinas agrícolas e biodiesel.

Assim pretendemos que uma parte do óleo coletado no colégio, seja recolhida por uma cooperativa e uma outra parte, seja empregada para fazer sabão, por um grupo de alunos do CBNB. O sabão produzido será utilizado nos banheiros dos próprios alunos e nas dependências da escola.

 

COMO ARMAZENAR O ÓLEO DE FRITURA USADO PARA ENTREGAR NO COLÉGIO?

Após a realização de qualquer tipo de fritura, independente do tipo de óleo utilizado (soja, canola, milho, girassol, etc), deixe o óleo esfriar e depois coloque-o em uma garrafa pet. Feche bem a garrafa e traga ao posto de coleta do CBNB.

É importante que a garrafa, esteja limpa. Para limpeza do recipiente, não use sabões ou detergentes, lave somente com água. Após a lavagem, deixe secar bem a garrafa antes de depositar o óleo.

 

 

Seja um consumidor consciente!

 

COLÉGIO

BRIGADEIRO NEWTON BRAGA

Praça do Avião, 01, Galeão

Ilha do Governador - RJ

 

CAER

COMGAR

III COMAR

 

 

COORDENADORES DO PROJETO:

 

TEN ELISANGELA

Prof. Biologia

 

SO MARCELO

Prof. Química

 

Fevereiro/2012

 

 

Ilustrações: Silvana Santos