Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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31/05/2013 (Nº 44) PROJETO COZINHA ECOLÓGICA
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FACULDADES RADIAL

projeto cozinha ecológica - CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL

Ana Lidia Bastos Thalhammer, Claudia Elisa Alves Ferreira e Clarissa Bueno Wandscheer
[1] Pedagoga. E.mail: thalhammer.ana@gmail.com.

[1] Doutora em Educação. FE/USP. E.mail: claudiaeferreira@bol.com.br

[1] Mestre. E.mail clarissabueno@hotmail.com. doutora em direito econômico e socioambiental pela PUCPR

Endereço para correspondência: Centro Universitário Radial Estácio. Av. do Jangadeiro, 111 - Cidade Dutra. São Paulo/SP. CEP: 04815-020

 

 

RESUMO

 

 

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade de aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana que, preservam a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo em sua manutenção.  Projetos dedicados à sustentabilidade ambiental são essenciais no ambiente das instituições e constituem um meio de configurar as atividades humanas de forma que a sociedade e suas economias possam satisfazer suas necessidades e expressar todo o seu potencial. Sabemos que não basta apenas realizar projetos de sustentabilidade ambiental, mas é necessário comunicar a importância de sua prática e conscientizar a sociedade, público externo e interno, da sua relevância, das ações necessárias e de benefícios possíveis. Em nosso trabalho propomos demonstrar a possibilidade de incluir hábitos sustentáveis nas dependências de instituições de ensino superior. Essas práticas envolvem o aproveitamento de bens/produtos e confecção de composteira; a troca solidária entre os alunos e comunidade; realização das feiras; coleta seletiva de óleo de cozinha e o diálogo sustentável entre corpo docente, discente e comunidade. Nossa metodologia será pelo método funcionalista e para acompanhamento das metas utilizaremos questionários. A Sustentabilidade nessas instituições objetiva contribuir para o desenvolvimento social e econômico,  assim como  para  o  equilíbrio  ambiental,  mantendo  uma  postura  ética  e  transparente com  todos  os  públicos  de  relacionamento,  dentro  de  uma  perspectiva  de responsabilidade social e de valorização da diversidade. Acreditamos que nosso projeto atingirá esses objetivos constantes do projeto pedagógico das instituições, pois a Estácio a sustentabilidade como tema transversal que deve permear o projeto pedagógico de todos os seus cursos, disseminando a cultura da responsabilidade socioambiental entre seu público docente, discente e nas comunidades em que atua.

 

Palavras-chave: sustentabilidade, reaproveitamento, consumo consciente.

  

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Os projetos de sustentabilidade ambiental visam à satisfação das necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das futuras, enquanto preservando a característica custo-benefício às empresas e empreendimentos.

De acordo com ECP (2012) Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade de aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana que, preservam a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo em sua manutenção (fig. 1).

Estes projetos de sustentabilidade ambiental são um meio de configurar as atividades humanas, de tal forma que a sociedade e as suas economias possam satisfazer as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente.

Um empreendimento sustentável deve obedecer a quatro requisitos básicos de projetos de sustentabilidade ambiental:

·                     Ser ecologicamente correto;

·                     Economicamente viável;

·                     Socialmente justo;

·                     Culturalmente aceito.

 

Sustentabilidade

Fig. 1: Conceito de Sustentabilidade

Fonte: ECP Projetos de Sustentabilidade Ambiental

 

Não basta apenas realizar projetos de sustentabilidade ambiental, mas é necessário comunicar a importância de sua prática e conscientizar a sociedade, público externo e interno, da sua relevância, das ações necessárias e de benefícios possíveis.

O ideal seria a aplicação contínua de projetos de sustentabilidade ambiental integrados aos produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados.

Alguns exemplos desta metodologia incluem a reutilização de garrafas PET para confecção de outros produtos, controle de qualidade evitando desperdícios, reutilização de subprodutos de processos, adoção de materiais biodegradáveis, entre outros.

Araújo, Rocha e Wesz mencionam em seu trabalho “Projeto alimentação inteligente = desperdício zero” [2011?] que a alimentação está relacionada com a cultura, os valores, os hábitos. Lembram ainda que o Brasil produz uma variedade de frutas, vegetais, hortaliças e legumes, porém, parte desses perde-se na colheita, no transporte ou pela falta de informação no preparo correto dos mesmos.

Segundo o Manual Cozinha Brasil (2004), do Serviço Social da Indústria, utillizar alimentos em sua totalidade resulta mais do que economia. Significa usar os recursos disponíveis sem desperdício, reciclar, respeitar a natureza e alimentar-se com prazer, além de reaproveitar restos de alimentos para produzir composteiras, incentivar o destino correto do lixo e o reaproveitamento de óleo de cozinha.

Dessa forma, é fundamental a realização de projetos de educação nutricional, que visem “esclarecer a população sobre a importância do aproveitamento integral dos alimentos para melhoria do estado nutricional, bem como apresentar alternativas de utilização desses alimentos”  (BRASIL, 2004, p.8).

De um modo geral os alimentos são perecíveis e deterioram com facilidade, independente de ter origem animal ou vegetal. As frutas e vegetais por possuírem grande quantidade de água livre ao serem mal transportadas, muitas vezes, estragarão e serão jogadas no lixo.

O processamento de alimentos envolve vários procedimentos, que vão desde o cuidado na colheita, a higienização pré-processamento, assim como os cuidados com a armazenagem, com o objetivo de obter um alimento próprio para o consumo, livre de microrganismos patogênicos causadores de doença e com uma vida útil mais ampla.

A fome é um problema mundial que pode ser sanada com ações sociais, vontade política e projetos que visem à sustentabilidade e a união de entidades participativas. De acordo com o Instituto Brasileiro Geografia e Estatística de (IBGE), entre 30% e 40% dos alimentos comprados pelas famílias brasileiras vão parar no lixo. Destaca ainda que o lixo domiciliar é composto por comida (cascas, folhas, talos, sementes, bagaços), sendo que a cada ano 26,3 milhões de toneladas de restos de alimento são desperdiçados. A forma mais comum do desperdício caseiro é falta do conhecimento em reaproveitar e utilizar todo o alimento confeccionando pratos atrativos visualmente, nutritivos e muito saborosos com o que seria jogado no lixo. (Araújo, Rocha e Wesz [2011?]).

Observamos na tabela abaixo, algumas propriedades importantes de sobras de alimentos:

 

Valor Nutritivo das Cascas, Talos e Folhas

Talos de salsinha

Aproveitados como temperos, contem

vitamina C, que auxilia na absorção de

ferro e auxilia na imunidade, elevando a

resistência a doenças.

Folhas e talos de couve-flor

Sua folha possui vitamina C. Utilizada em

recheios de tortas, esfihas, panquecas,

sopas e bolinhos.

Cascas de maracujá

A casca é rica em fibras que auxiliam no

controle do colesterol elevado.

Cascas de batata

Pode-se utilizá-la cozida ou ate frita como

aperitivo. Rica em minerais e fibras, a

casca serve para fazer receitas de bolinhos.

Fonte: Araújo, Rocha e Wesz [2011?]).

 

Entre os cuidados que devemos ter na hora de preparar os alimentos, destacamos: os legumes usados em sopas, purês, e outras receitas devem ser lavados em água corrente. Ainda pode-se cozinhá-los com casca, com exceção para os que têm a casca muito grossa como mandioca; A água das vitaminas e proteínas dos vegetais recém-cozidos pode ser usada para preparar arroz, lentilha, feijão e macarrão; As verduras devem se possível ser cozidas no vapor ou cozinhe em pouca água e panela sempre fechada. Para manter a cor adicione uma colher de chá de suco de limão ou vinagre. Essas são apenas algumas dicas de como podemos aproveitar melhor os alimentos e tornar a nossa alimentação mais nutritiva.

O desperdício dos alimentos pode ser prevenido através da educação, pelo esclarecimento dos alunos e da comunidade sobre a utilização dos alimentos. Além disso, uma alimentação alternativa pode servir de auxílio para a economia dos individuos, e também auxiliar na diminuição do lixo que é produzido.

Observamos também que o conhecimento da maneira correta do aproveitamento dos alimentos deve ser incorporado aos hábitos alimentares da comunidade em geral.

Pensando nisso, sugerimos a utilização do processo de compostagem, que se refere ao processo de transformação de materiais grosseiros biodegradáveis em materiais orgânicos (nutrientes minerais e carbono) utilizáveis na agricultura. Dessa forma, temos o reaproveitamento do material orgânico, ou seja, refere-se a um processo natural de decomposição biológica.

Trata-se de uma técnica milenar praticada pelos chineses há mais de 5 (cinco) mil anos, não sendo diferente ao que a natureza faz há bilhões de anos desde o surgimento dos seres decompositores que fez com que cada resíduo de origem animal ou vegetal fosse reaproveitado pelo ecossistema como fonte de nutrientes (COMPOSTAGEM, 2012).

A Compostagem usada para o tratamento de lixo domiciliar é chamada de Aeróbia, pois é realizada por organismos dependentes de oxigênio, as Minhocas, por exemplo. Neste processo aeróbico de compostos orgânicos temos como produto material rico em húmus e nutrientes minerais.

Como visto, a Compostagem domiciliar nos permite diminuir, os impactos causados pelo descarte incorreto, muitas vezes, do lixo orgânico, além de prover terra para cultivo que podemos obter sem nenhum gasto aparente reaproveitando o que jogaríamos fora (Anexo 4).

Para montar a Composteira é necessário recolher previamente restos orgânicos em casa, na escola ou até mesmo solicitar aos participantes da oficina para que levem restos de alimentos que iriam para o lixo em suas casas. Cabe aqui ressaltar que a produção de uma quantidade significativa de compostos proveniente da Composteira leva em torno de 3 a 4 semanas e que o resultado torna-se visível após os 10 (dez) primeiros dias.

Feita a Composteira, o professor deve explicar aos alunos como e por quem a degradação dos alimentos é feita e o resultado dessa degradação (liberação de hidratos de carbono, lipídios, vitaminas, microminerais, dentre outros). Nesse caso, a degradação dos alimentos é feita principalmente pelas Minhocas provenientes do húmus, porém não deve descartar a presença de microrganismos decompositores.

 

METODOLOGIA E ESTRATÉGIA DE AÇÃO

Escolha do método: funcionalista

Segundo a professora Luiza Magalhães “é mais um método de interpretação do que de investigação. A sociedade é formada de partes componentes, diferenciadas, interrelacionadas e interdependentes. As partes são melhor entendidas compreendendo-se as funções que desempenham no todo” (MAGALHÃES, 2007. p.22). Incluímos nossa proposta nesse método pelo fato de que pretendemos demonstrar a possibilidade de incluir hábitos sustentáveis nas dependências da Faculdade Estácio, onde atuamos como docentes.

A pesquisa destina-se a implantação de práticas sustentáveis nas Faculdades Estácio. Essas práticas envolvem o aproveitamento de bens/produtos; a troca solidária entre os alunos e comunidade; realização das feiras; coleta seletiva de óleo de cozinha; a confecção de composteira e o diálogo sustentável entre corpo docente, discente e comunidade.

 

ETAPAS DA PESQUISA

1º PARTE

1.    identificar os bens / produtos para aproveitamento:

1.    utilização de cascas em receitas,

2.    coleta de óleo de cozinha,

 

  1. promover a troca solidária entre os alunos e comunidade:

1.    materiais didáticos,

2.    utensílios domésticos,

3.    organizar o calendário para a realização das feiras de trocas,

4.    estabelecer um local apropriado para as trocas;

 

  1. divulgar o objetivo das trocas – reuso, preservação dos recursos naturais;
  2. incentivar o diálogo sustentável entre corpo docente, discente e comunidade.

 

2º PARTE

  1. Realizar cursos de culinária com o foco no melhor aproveitamento de comida e diminuição da produção de resíduos, principalmente, orgânicos;
  2. Sinalizar o ponto de coleta de óleo de cozinha:

1.    Contatar empresas que fazem a reciclagem do óleo;

 

  1. Campanha de conscientização sobre as trocas – reuso, reciclagem, preservação do meio ambiente:

1.    Cartazes com informações;

2.    Palestras de conscientização abertas à comunidade e gratuitas.

 

3º PARTE

  1. Concretizar a transversalidade, rompendo com os limites impostos pelas disciplinas e a distância entre comunidade e faculdade;
  2. Coletar o óleo de cozinha;
  3. Firmar a feira de trocas como um evento periódico na instituição.

 

AMBIENTE DA PESQUISA

  • Corpo de funcionários

   impacto do curso de reaproveitamento de alimentos;

  • Corpo docente, discente e funcionários

   para a implantação de ponto de coleta de óleo de cozinha e lâmpadas fluorescente,

   para a implantação da feira de trocas – impactos e benefícios;

 

  • Comunidade

   para a implantação de ponto de coleta de óleo de cozinha e lâmpadas fluorescente,

   para a implantação da feira de trocas – impactos e benefícios.

 

ACOMPANHAMENTO DAS METAS

  • aplicação de questionários com funcionários que receberam o treinamento (cozinha ecológica); (ANEXO 1)
  • enquete com corpo docente, discente e de funcionários sobre a coleta de óleo de cozinha; (ANEXO 2)
  • enquete com a comunidade sobre os benefícios da coleta de óleo de cozinha; (ANEXO 3)
  • análise dos questionários para manter/expandir ou suspender o projeto.

 

CRONOGRAMA E EXECUÇÃO DO PROJETO

O tempo estimado para a produção do projeto será de quatro meses no total, sendo dividido da seguinte maneira:

Primeiro mês: Inicio 28 de julho a 28 de agosto – Pré-produção.

Segundo e terceiro mês: Inicio 28 de agosto a 28 de setembro - Pesquisa e execução do projeto. 

Quarto mês: Inicio 28 de setembro a 28 de outubro– Finalização e conclusão do projeto.

 

Planilha de execução de cada mês / etapa:

1º mês – pré-produção

Inicio 28 de julho a 28 de agosto

Levantamento de produtos recicláveis na cozinha : óleo,  folhas, talos e cascas de frutas.

2º e 3º mês – Montagem e a execução do projeto.

Inicio 28 de agosto a 28 de setembro

Montagem de uma cozinha ecológica, com todos os produtos levantados e separados para confecção de uma receita de reuso (óleo de cozinha -sabão). Casca de laranja, melancia...

4º Finalização e conclusão do projeto.

Inicio 28 de setembro a 28 de outubro

Produção final , montagem as receitas na cozinha,  marketing de produtos reaproveitados e divulgação do projeto. 

 

 

Planilha de execução das filmagens:

Inicio 28 de junho a 28 de agosto

 

A entrada da equipe será em horários e datas a definir, de acordo com a disponibilidade da instituição.

 

Total em horas, dias, semanas e meses.

Totalizando 16 (dezesseis) horas semanais de filmagens, em 12 (doze) semanas, em 2 (dois) meses.

 

 

Descrição do material e custo aproximado do projeto em valores reais.

Pré-produção

Oleo de cozinha

R$ 3,000,00

Casca de melancia 

R$ 500,00

Cascas de laranja

R$ 200,00

Efeitos especiais

R$ 1,000,00

Total

R$ 4.700,00

 

Montagem e execução do projeto

Alimentação

                                                                             R$ 2.600,00

Cozinha ecológica

                                                                             R$3.200,00

Custos adicionais (emergências)

                                                                             R$ 1.500,00

Transporte

R$1.000,00

Total

R$ 8.300,00

 

Finalização e conclusão do projeto

Total para a execução do marketing de lançamento e divulgação do projeto

R$ 2.000,00

 

Valor total do projeto

R$15.150,00

 

Referências:

 

ARAÚJO, Marcia Eliana Migotto; ROCHA, Andreia Maria Piovesan e WESZ, Rosemar da Silva. Projeto alimentação inteligente = desperdídio zero. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFET). Campus São Vicente do Sul/RS. {2011?].

 

BRASIL. Cozinha Brasil Serviço da Indústria Conselho Nacional – São Paulo. Serviço Social da Indústria Departamento Regional de São Paulo (SESI). Julho 2004, disponível em: http://www.sesi.org.br/portal/main.jsp?lumChannelId=8A90153D14DB3C990114DB7B947F4257. Acesso Jun/2012.

COMPOSTAGEM. Lixo.com.br. Disponível em

http://www.lixo.com.br/index.php?Itemid=254&id=147&option=com_content&task=view   Acesso em Junho/2012.

 

ECP Projetos de Sustentabilidade Ambiental. Disponível em: http://www.consultoriaambiental.com.br/Projetos-De-Sustentabilidade-Ambiental.asp. Acesso em Maio/2012.

 

LOPES, Roberta Cristina & BALDIN, Nelma. EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A REUTILIZAÇÃO DO ÓLEO DE COZINHA NA PRODUÇÃO DE SABÃO – PROJETO “ECOLIMPO”. In: IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. Outubro de 2009. PUCPR.

 

MAGALHÃES, Luiza Eliana Reis. O trabalho científico: da pesquisa à monografia. Curitiba: FESP, 2007. 170p.

 

PROJETOS Educacionais – Compostagem. Instituto Aprenda.bio. São Paulo, Maio de 2011. Disponível em: www.aprenda.bio.br/.../Projeto-Educacional-Compostagem1.pdf. Acesso Junho/2012.

 

 

ANEXO 1 – Questionário sobre as vantagens da cozinha ecológica

 

1 – Você considera importante a máxima utilização dos alimentos?

Sim

( )

Não

(  )                            )

 

2 – O curso de cozinha ecológica contribuiu para uma melhor utilização dos alimentos?

Sim

( )

Não

(  )                            )

 

3 – Você verificou uma redução dos resíduos na cozinha após a utilização das técnicas apreendidas no curso?

Sim

( )

Não

(  )                            )

 

4 – Você aplica as mesmas técnicas na sua casa?

Sim

( )

Não

(   )                           )

 

5 – Você utiliza o ponto de coleta de óleo de cozinha?

 

Sim

( )

Não

(   )                           )

 

6 – Você utiliza o ponto de coleta de lâmpadas fluorescentes?

 

Sim

( )

Não

(   )                           )

 

 

7 – Você conhece os benefícios de reciclar óleo de cozinha?

 

Sim

( )

Não

(   )                           )

 

 

ANEXO 2 – Questionário com corpo docente/discente

 

1 – Você conhece a importância de reciclar óleo de cozinha?

 

Sim

( )

Não

(  )                            )

 

2 – Você utiliza o ponto de coleta de óleo de cozinha da Faculdade Estácio?

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

 

3 – Você utiliza o ponto de coleta de lâmpadas fluorescentes?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

4 – Você participa da feira de trocas?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

5 – Quais benefícios você percebeu nessa iniciativa?

 

___________________________________________________________________________________________

 

___________________________________________________________________________________________

 

 

6 – O material informativo ajudou-o(a) a ter uma atitude ecologicamente melhor?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

7 – Você acha que a IES deveria manter essas atividades?

Sim

(  )

Não

(  )

                                )

 

 

ANEXO 3 – Questionário com a comunidades[1]

 

1 – Você conhece a importância de reciclar óleo de cozinha?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

2 – Você utiliza o ponto de coleta de óleo de cozinha da Faculdade Estácio?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

3 – Você utiliza o ponto de coleta de lâmpadas fluorescentes?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

4 – Você participa da feira de trocas?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

5 – Quais benefícios você percebeu nessa iniciativa?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

 

6 – O material informativo ajudou-o(a) a ter uma atitude ecologicamente melhor?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

7 – Você acha que a IES deveria manter essas atividades?

 

Sim

(  )

Não

(  )                            )

 

8 – Como tomou conhecimento dessas iniciativas?

 

Site

(  )                            )

Palestra

(  )                            )

Alunos

(  )                            )

Outro

( )                             )

 

 

ANEXO 4– Como montar a composteira (Projetos Educacionais, 2012)

 

Objetivos: Conhecer e aprender a técnica de compostagem, separar o Lixo orgânico e armazená-lo.

Duração da Montagem: Aproximadamente 10 min. /Duração da Compostagem: de 3 a 4 semanas. / Local: Laboratório adequado.

Material: Caixa de madeira ou de PVC com capacidade de aproximadamente 7 litros, restos de alimentos – cascas de frutas, folhas de verduras, migalhas de pão, restos de arroz e feijão etc.. – folhas de jornal, água, húmus.

 

Número de participantes: No máximo 30.

 

Procedimentos: Forre o fundo da caixa com aproximadamente 7 folhas de jornal bem umedecidas. Fazer pequenos furos no fundo dessas folhas de jornal. Preencher este forro com o lixo orgânico previamente selecionado (algumas cascas de frutas, algumas folhas de verduras, etc...) juntamente com as minhocas e a terra (húmus). Cobrir esta mistura (restos dos alimentos + húmus) com mais uma camada de jornal bem úmida. Tampar a caixa após o procedimento. Refaça semanalmente uma nova camada de composto e folhas de jornal úmidas para que as minhocas possam sempre ter alimento disponível.

 

Resultados esperados: Observar por aproximadamente 10 dias seguidos a quantidade de lixo orgânico que as minhocas comem. O resultado desta observação será a capacidade de reciclagem que a composteira terá. Quanto maior será a proliferação de minhocas, ou seja, quanto mais rápido elas se reproduzirem; maior será o consumo do lixo orgânico e maior será o material orgânico reciclado. (Cabe lembrar que os ovos das minhocas eclodem de 8 a 10 dias depois de colocados). Outro método de perceber a relação consumo X atividade metabólica das minhocas é escutar o barulho da composteira, semelhante ao de um líquido escorrendo. Pronto! Sua composteira está em intenso trabalho de reciclagem orgânica.

 

Discussões esperadas: À medida que o composto vai se formando lentamente, ele atinge uma altura da composteira. O processo de compostagem, responsável pelas minhocas que reciclam o lixo de baixo para cima, é muito semelhante daquele que ocorre na natureza, pelos microrganismos decompositores, como bactérias, fungos e até mesmo as minhocas. Realizar este tipo de reciclagem de lixo é necessário para que possamos diminuir o volume de lixo que despejamos nos aterros e para que possamos reutilizar o produto da compostagem (composto) como adubo para plantas, ou até mesmo vender para casas especializadas com vendas de plantas, sementes, etc...

 

Observação:

O húmus pode ser comprado em casas de jardinagem a um preço acessível. No húmus há ovos e algumas minhocas jovens.

Pode haver produção de um líquido mau cheiroso, o famoso chorume. Para evitar que este líquido vaze da composteira, coloque-a sobre uma bandeja de plástico ou até mesmo de madeira e cubra-a com aproximadamente 7cm areia bem grossa, ou brita. Caso se queira produzir mais composto quando a composteira se preencher completamente, forrar da mesma maneira que a primeira composteira, uma segunda composteira e depositar uma quantidade da superfície da primeira composteira para o fundo da segunda composteira, e repetir o processo de depositar constantemente o lixo orgânico.

 

 

 

ANEXO 5– RECEITAS COM RESTOS DE ALIMENTOS

 

ASSADO DE CASCAS TALOS OU FOLHAS

Ingredientes: 4 Xícaras de chá de cascas bem lavadas, picadas e cozidas, 2 Colheres de sopa de queijo ralado, 1 Xícara de chá de pão amanhecido molhado no leite, 1 Cebola pequena picada, 1 Colher de sopa de óleo, 2 Ovos batidos, Cheiro verde e sal a gosto e Óleo ou Margarina.

Materiais: Liquidificador, Peneira, Tigela de vidro, Forma de alumínio, Fogão, Panela, Colher de Pau.

Modo de Preparo: Bata as cascas cozidas no liquidificador ou passe por peneira. Coloque a pasta obtida numa tigela e misture o restante dos ingredientes. Unte uma forma de alumínio com óleo ou margarina, despeje a massa e leve para assar até que esteja dourada. Sirva quente. Use para este prato, cascas de abóbora japonesa, ou chuchu, folhas de beterraba, cenoura, nabo, rabanete, etc.; ou talos de agrião, beterraba, couve, brócolis, etc.; refogados ou cozidos.

 

BOLINHOS DE FOLHA DE CENOURA

Ingredientes: 2 Ovos, 6 Colheres de sopa de farinha de trigo, 1 e 1/2 Xícara de chá de folhas de cenoura lavadas e picadas e 1 Lata de óleo

Materiais: Tigela de vidro, Fogão, Panela, Colher de sopa

Modo de Preparo: Misture todos os ingredientes numa tigela e frite colheradas em gordura quente. Rende 10 bolinhos.

 

DOCE DE CASCA DE MARACUJÁ

Cascas bem lavadas de 6 maracujás firmes

2 xícaras (chá) de açúcar

3 xícaras (chá) de água

1/2 xícara (chá) de suco de maracujá

1/2 colher (sopa) de canela em pó

Modo de Preparo

1 - Lave 6 maracujás. Descasque-os deixando toda a parte branca e cubra com água.

2 - Deixe de molho de um dia para o outro.

3 - Escorra e coloque em uma panela com o açúcar, a água, o suco de maracujá e a canela.

4 - Leve ao fogo e cozinhe tudo até que se forme uma calda meio grossa.

Rendimento : 12 porções de 40g cada

 

BOLO DE CASCA DE BANANA   em http://sabor.sampasite.com
Bolo de casca de banana

Ingredientes:

1/2 xícara de chá de óleo

1 xícara de chá de leite

3 gemas

1 colher de sopa de canela em pó

casca das 4 bananas picadas

4 bananas picadas

2 xícaras de chá de açúcar

2 xícaras de chá de farinha de trigo

1 colher de sopa de fermento em pó (quem não viu ainda eu usei o fermento com sabor de baunilha Dona Benta que é uma delícia para doces)

3 claras em neve

canela e açúcar para polvilhar

Preparo:

No liquidificador coloque o óleo, o leite, as cascas de banana e a canela, e bata.

Em uma tigela coloque o açúcar, a farinha, o fermento e despeje a massa do liquidificador, mexendo com uma colher até qur fique uniforme.

Por último junte as calaras em neve e as bananas picadas.

Coloque em forma untada e polvilhada com farinha de rosca e leve ao forno pré-aquecido a 180graus até que ao enfiar um palito ele saia limpo de lá, cerca de 45 minutos no meu forno.

Retire do forno, espere 5 minutos, desenforme e polvilhe com açúcar e canela.

 

 

Anexo 6: FEIRA DE TROCAS

 

Em nossas casas temos muito mais do que precisamos, ou então muitas vezes nos cansamos de usar as mesmas coisas. Então, é interessante promover de tempos em tempos dentro da escola uma feira de troca e o estímulo à economia solidária e ao comércio justo. Para que isso ocorra é necessário planejar quais os tipos de objetos que podem ser trocados: utensílios de cozinha, decoração, roupas, CDs, livros, bijuterias, sapatos, serviços (massagem, limpeza, organização de espaços), e alimentos saudáveis. As trocas devem ser efetuadas diretamente, porém pode haver uma moeda de troca específica do evento para dimensionar o valor de cada objeto ou serviço. A ideia é não envolver dinheiro nesta atividade, mas promover o diálogo e a possibilidade de ampliar formas de negociação sempre buscando o consenso. Ao final da feira os objetos e serviços não trocados podem ser doados a alguma instituição que mantém bazar da pechincha!

 

Sugestão de alguns vídeos que podem ser reproduzidos para o público, enquanto a atividade é realizada:

 

Desafio do Lixo (1-5)

Direção: Washington Novaes / Realização: TV Cultura

Duração: 56 min / Brasil, 2005

 

Reciclagem - Série Lixo e Cidadania

Direção: Sylvio Costa Filho / Realização: SENAC Nacional

Duração: 20 min / Brasil, 1998

 

Como Implantar Um Programa de Coleta Seletiva

Direção: Sérgio Baldassarini Junior / Realização: SBJ Produções

Duração: 31 min / Brasil

 

Fonte: Consumo sustentável / 5 Elementos -Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental; coordenação Mônica Pilz Borba e Patricia Otero. – São Paulo : Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: 5 Elementos – Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental, 2009. 96 p.: il. – (Coleção consumo sustentável e ação).

Anexo 7: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A REUTILIZAÇÃO DO ÓLEO DE COZINHA NA PRODUÇÃO DE SABÃO.

(CONSUMO SUSTENTÁVEL / 5 Elementos, 2009)

 

A água é o bem mais precioso que temos, porém está se tornando um recurso finito

para o mundo. Alunos e professores, juntamente com a comunidade do entorno da instituição podem contribuir para a preservação da água e o combate ao aquecimento global.

Por ser menos denso que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre a mesma, o que provoca a retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem quando colocados nas redes coletoras de esgoto. Nos arroios e rios, a película formada pelo óleo de cozinha dificulta a troca de gases entre a água e a atmosfera, causando a morte de peixes e outros seres vivos que necessitam de oxigênio. O óleo de cozinha jogado diretamente na pia pode prejudicar o meio ambiente. Se o produto for para as redes de esgoto encarece o tratamento dos resíduos em até 45% e o que permanece nos rios provoca a impermeabilização dos leitos e terrenos, o que contribui para que ocorram as enchentes. A solução para este problema é a reciclagem do óleo vegetal. E existem várias maneiras de reaproveitar esse produto sem dar prejuízos ao meio ambiente.

Quem lida diariamente com grandes quantidades de óleo de cozinha muitas vezes tem dificuldades para descartá-lo. A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado diretamente no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuir o aquecimento global e proteger as águas dos rios. A decomposição do óleo de cozinha emite gás metano na atmosfera. O Metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa que contribui para o aquecimento da Terra, pois o óleo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo da pia acaba chegando aos oceanos pelas redes de esgoto. Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam em emissão de metano. Assim, no mar, acaba ocorrendo a decomposição e a geração do metano, através de uma reação anaeróbica (sem ar) de bactérias.

Nesse encaminhamento, há de se considerar que por trás do trabalho do professor em cada escola do mundo estão séculos de reflexão sobre o ofício de educar.  Sendo assim, sabe-se que a educação poderá contribuir para que essa produção desenfreada de gás metano seja reduzida.

E, em especial, essa será uma tarefa da Educação Ambiental, a qual vem estimulando longo do tempo, a esperança daqueles que desejam construir um mundo mais harmônico e mais coerente com as necessidades, possibilidades e desejos reais de cada povo.

Trabalhar com o Projetos de reutização de óleo de cozinha na produção de sabão nas instituições gera agentes fortalecedores no combate  à devastação ambiental e, principalmente, indivíduos com visões de mundo menos consumistas e mais comprometidos em ajudar a natureza, uma vez que o compromisso, o conhecimento e a sabedoria dos professores inspiram, nos seus alunos, admiração e amor pelo Planeta Terra.

É possível ampliar as discussões e as ações implantadas nas escolas sobre o fato das consequências que o óleo de cozinha jogado no meio ambiente pode trazer para o nosso planeta. Assim, a medida foi a de se tomar uma simples atitude de reutilizar o óleo de cozinha para fazer sabão. Essa atitude pode salvar milhões de litros de água, sendo que um litro de óleo polui um milhão de litros de água.

 

RECEITA DE SABÃO FEITO DE ÓLEO DE COZINHA USADO:

Esta é a técnica de reciclagem do óleo de cozinha mais fácil e você pode fazer em casa da seguinte maneira, logo após você usar o óleo para fritar algum alimento e ele não for ter mais utilidade, você deve simplesmente deixar ele guardado em um recipiente de plástico velho, e vá guardando ate chegar em uma quantidade grande de óleo, casso você não queira fazer o sabão na sua casa você pode doar ele para alguma cooperativa da sua cidade, pois eles sempre estão fazendo coleta de óleo para fazer a reciclagem dele.

Os ingredientes são os seguintes,

- 4 litros de óleo comestível usado
- 2 litros de água
- ½ copo de sabão em pó
- 1 kg de soda cáustica


Junte todos eles em uma balde de plástico grosso, pois a soda pode corroer o balde, depois de colocar todos os ingredientes você deve bater ele por mais ou menos 30 minutos sem parar, para dar ponto ao sabão passado este tempo ele vai estar bem grosso e então você deve parar de bater e colocar em uma caixa de papelão forrada com jornais ou ate mesmo embalagens de leite para que o sabão já fique do formato e o tamanho certo despeje o liquido nas embalagens ou na caixa e deixe em um lugar com sombra por um dia mais ou menos quando você ver que e ele esta bem duro você pode tirar da caixa ou da embalagem de leite e começar a usar, por usar soda ele é muito bom para lavar roupas e a louça também, apesar de ter óleo de cozinha na sua receita e como base da mesma, ele tira completamente as sujeiras e o óleo.

Como fazer sabão com óleo de cozinha

Fonte: www.moedeiro.com.br

 

 



[1]             Elaborado pela equipe do projeto.

Ilustrações: Silvana Santos