Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 43) MONITORAMENTO ECOLÓGICO NA ECORREGIÃO DO RIBEIRÃO DO CARMO (MG/BRASIL) EM ÉPOCA DE SECA: UMA INSTRUMENTALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
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MONITORAMENTO ECOLÓGICO NA ECORREGIÃO DO RIBEIRÃO DO CARMO EM ÉPOCA DE SECA-

MONITORAMENTO ECOLÓGICO NA ECORREGIÃO DO RIBEIRÃO DO CARMO (MG/BRASIL) EM ÉPOCA DE SECA: UMA INSTRUMENTALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

 

Maria Alzira Diniz Almeida1, Hubert Mathias Peter Roser2,

Ana Maria Castillo Clereci3, Erik Sartori Jeunon Gontijo4

 

 

1-    Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Profa. Departamento de Química,

Dra. Ciências da Educação, Mestre em Engenharia Ambiental;

+55 31 35591741, 32250329 - dinizufop@hotmail.com

 

2-    Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Prof. Departamento de Engenharia Ambiental, Dr. Geologia/Ciências Naturais, Mestre em Geoquímica Analítica, Pesquisador CNPQ;

+55 31 35591496 - hubert-deamb@em.ufop.br

 

3-    Universidad Nacional de Asunción (UNA), Profa. Titular de la Facultad de Ciencias Exactas y Naturales (FACEN), Dra. Geologia Geral e Aplicada, Chefe do Dpto. Assuntos Sociais do Serviço Nacional de Saneamento Ambiental (SENASA)

+595 21 288 8000 - ana.clereci@gmail.com

 

4-    Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Departamento de Engenharia Ambiental, Mestre em Engenharia Ambiental, Colaborador Departamento de Engenharia Ambiental

+55 31 35591496 - eriksartori@yahoo.com.br

 

 

RESUMO - A mobilização de comunidades escolares pode levar a educação ambiental ser entendida por meio de práticas de sensibilização e conscientização com o objeto de cidadania.  A revitalização de recursos hídricos depende da gestão participativa e da construção de redes sociais e políticas, podendo despertar uma visão crítica dos alunos e da comunidade. A mobilização social em prol de um desenvolvimento sustentável englobou avanços nas áreas da educação ambiental, tendo como unidade de planejamento e gerenciamento o Ribeirão do Carmo, localizado em Mariana (MG/Brasil). Realizou-se na pesquisa, o monitoramento da unidade através de protocolo ecológico de avaliação rápida de trechos de bacias hidrográficas, buscando integrar sócio/economicamente o homem e o ecossistema.

 

Palavras-chave: Educação Ambiental, Cidadania, Recursos Hídricos, Protocolo Ecológico.

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

A conscientização da necessidade de recuperação do ambiente social e natural, bem como a busca por uma qualidade de vida digna ao lado da sustentabilidade em comunidades humanas são conquistas de amplo espectro ligadas a inserção da Educação Ambiental (EA) na vida dos sujeitos sociais. Tal fato é corroborado na busca de novos comportamentos éticos no campo individual e no campo coletivo. Começa em casa, ganha praças, ruas, bairros, periferias e centros educacionais. Envolvem pais, professores e comunidades. É um passo fundamental na conquista da cidadania

A parceria entre escolas, universidades e comunidades é essencial no fomento da EA como foco para a sustentabilidade. A procura de nova atitude e a formação de cidadãos responsáveis pode caminhar para modelos que garantam esta mesma sustentabilidade, evitando a desigualdade e a exclusão social. A recuperação dos recursos hídricos, a implantação do saneamento básico, a erradicação de doenças de veiculação hídrica, o aumento da disponibilidade hídrica não poluída e a formação de nova mata ripária são algumas sementes que poderão dar frutos através da inserção e comprometimento da sociedade nessa busca por novos valores.

Nesse intuito, cabe realizar um breve histórico sob o qual se atém o estudo e sob o qual permeiam fatores imprescindíveis da temática, como em questão, o uso e tratamento da água e das bacias hidrográficas. Para tanto, o recorte histórico se dará a partir da Conferência de Tbilisi, Geórgia, CEI, 1977, que é considerada um dos principais eventos sobre EA do Planeta. Deste encontro saíram as definições, os objetivos, os princípios e as estratégias para a educação ambiental no mundo (DIAS, 2004). Originou o documento de Tbilisi postulando que a EA é uma parte essencial para a educação global, reconhecendo que:

 

"A Educação Ambiental não deve ser uma disciplina agregada aos programas escolares existentes, senão que deve incorporar-se aos programas destinados a todos os educandos seja, qual for à idade. Seu tema deve envolver todas as partes do programa escolar e extraescolar e constituir um processo orgânico, contínuo, único e idêntico... A idéia motriz consiste em conseguir, graças a uma interdisciplinaridade crescente a uma coordenação prévia das disciplinas, um ensino concreto que tenda a resolver os problemas do meio ambiente, ou equiparar melhor os alunos para que possam participar das decisões... O processo educativo deveria ser orientado para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, através de enfoques interdisciplinares e, de participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade".

 

Em 1992 foi realizada a Conferência ECO-92 reafirmando a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Meio ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), adotada em Estocolmo em junho de 1972. É produzido o documento “Carta Brasileira para a Educação Ambiental” reconhecendo ser a EA um dos instrumentos mais importantes para viabilizar a sustentabilidade como estratégia de sobrevivência do planeta (GADOTI, 2010). A Agenda 21, um dos documentos resultantes da ECO-92, cap. 18, é tema central, além do desenvolvimento sustentável, o manejo integrado dos recursos hídricos “Proteção da Qualidade e do Abastecimento dos Recursos Hídricos- Aplicação de Critérios Integrados no Desenvolvimento, Manejo e Uso dos Recursos Hídricos”. Constitui assim o uso do monitoramento ambiental, que deve garantir, além do suprimento de água potável, a proteção à vida aquática. Passa a orientar o planejamento e o manejo dos recursos hídricos tanto para as necessidades humanas quanto para a proteção dos ecossistemas. Pela AGENDA 21 LOCAL o “Pensar globalmente e agir localmente”, adota o desenvolvimento de uma postura cidadã que pode vir a se tornar uma alternativa eficaz para a minimização dos impactos causados pelo desenvolvimento econômico e social, onde este se tornaria então sustentável (DIAS, 2004).

A implantação de projetos voltados para uma educação ateada à discussão e ações relativas à sustentabilidade, à conservação e manejo dos recursos naturais nas escolas é hoje um passo transformador, apontando na direção de implantar a transdiciplinaridade voltada para a reorganização das grades curriculares em uma lógica ambiental, transcendendo da escola informativa para a escola formativa. A formação de agentes capazes de criar e ampliar espaços de participação nas tomadas de decisões de nossos problemas sócio-ambientais é um direito e dever da sociedade civil e pública.

 

 

ESTUDOS DO MONITORAMENTO POR PROTOCOLOS ECOLÓGICOS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO INSTRUMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

 

A necessidade de conhecer a qualidade e monitorar a poluição das águas superficiais prevê as seguintes prioridades: saúde humana, segurança e bem estar da população, da biota, das condições sanitárias e da qualidade dos recursos ambientais, despertando na sociedade questões como cidadania e sustentabilidade (CALLISTO et al., 2009).

Por serem dinâmicos, sistemas fluviais sofrem alterações instantâneas por inúmeros fatores naturais e antrópicos. Os protocolos ecológicos se inserem dentro da busca de respostas às Leis das Águas, alimentando o sistema de monitoramento ecológico e dando suporte às estruturas naturais e sociais. Leva em consideração a análise integrada do ecossistema lótico, com uma metodologia fácil, simples e viável para a aplicação por monitores, gestores, previamente preparados. Estes protocolos avaliam os níveis de impactos naturais e antrópicos em trechos de bacias hidrográficas, constituindo em uma importante ferramenta nos programas de monitoramento ambiental (CALLISTO et al., 2009). Aspectos fundamentais a serem considerados neste tipo programa é a formação de agentes ambientais e a sua capacidade de repasse de informações para a comunidade em geral.

Nos protocolos de trecho de bacias hidrográficas (CALLISTO et al., 2002), a metodologia tem avaliação a nível macro dos impactos ambientais por medidas da alteração da estrutura dos ecossistemas. Mostram sua integridade em muitos casos e podem representar o caminho mais rápido e prático para o manejo do meio ambiente. Este protocolo é uma modificação do protocolo da USEPA (1987), levantando um rio em relação a vários parâmetros, com o intento de caracterizar o ecossistema em trechos de bacia: o meio aquático e o uso e ocupação do solo na região de entorno de um trecho de rio. Os 10 primeiros parâmetros visam avaliar as ocorrências por impactos ambientais provocados por atividades antrópicas e as características dos trechos de rios e são pontuados de 0 a 4 pontos. Os parâmetros restantes avaliam as condições de habitat e níveis de conservação das condições naturais e são pontuados de 0 a 5 pontos (FERNANDEZ, 2006). Do somatório dos valores dados para cada parâmetro obtêm-se a pontuação final do protocolo para cada trecho. Dessa pontuação obtêm-se as condições de preservação ambiental do ribeirão no trecho em foco. O valor na quantificação mínima e máxima da pontuação varia de 0 a 100. A sua sistematização apresenta o somatório como mostra a TAB. 1:

 

 

TABELA 1 - Pontuação e classificação do Protocolo Ecológico

≤ 40 pontos

                         Trecho Impactado

> 40 pontos a ≤ 60 pontos

                      Trecho Alterado

≥ 60 pontos

                    Trecho Natural

Fonte-Callisto et al., 2002

 

 

As águas dos cursos d’água da região de Mariana, MG, têm alta contaminação por agentes tóxicos (PIRHDOCE, 2009). A contaminação e a baixa qualidade são resultantes das condições geoquímicas da região e das atividades antrópicas desenvolvidas no entorno da bacia. Têm sua origem principalmente no lançamento de esgotos domésticos, lixo urbano, atividades minerarias e rurais, rejeitos industriais, supressão da mata ciliar entre outros. O tratamento de água para consumo doméstico e o tratamento de esgoto permanecem com o descaso de políticas públicas (ALMEIDA, 2008).

São estes os fatos que foram levados à discussão e à instrumentalização de práticas que introduzam e conduzam a EA no ensino fundamental do Centro Educacional Padre Avelar (CEMPA), em Mariana (MG). A implantação de políticas públicas orientadas para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis representa a possibilidade de garantir mudanças sócio-intituicionais que não comprometam os sistemas ecológicos e sociais. A necessidade de preservação de nossos rios, o empenho pelo resgate da responsabilidade social, das instituições de ensino e da sociedade tem que estar voltadas para um ato consciente, maduro reforçando o importante papel dos alunos e da comunidade como ente social, responsável e consciente de seus atos. Trazer os fatos para os debates nas escolas, questionando a realidade social e natural são atitudes fundamentais para a sociedade e para instituições que têm como responsabilidade a formação de cidadãos dotados de conhecimento, visão crítica e habilidade empreendedora.

Os objetivos do estudo tiveram como cerne o fomento da EA instrumentalizada pelo uso de protocolos ecológicos:

§    Aplicação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de habitats em trechos de bacias hidrográficas (PAR) no Ribeirão do Carmo visando seu uso pelos alunos do ensino fundamental do CEMPA;

§   Realizar atividades para regionalização do PAR;

 

 

PARTE EXPERIMENTAL

 

 

O trajeto metodológico do estudo da EA passou por estágios epistemológicos: compreensão, percepção, sensação, argumentação, comparação, até chegar à modificação científica. Determinar o status que se deve atribuir às interpretações que realizamos e as compreensões que alcançamos: tipo, características, valores, resultados do conhecimento obtido de uma investigação. O conhecimento é contigente da prática do homem construído a partir da interação homem/mundo transmitido em contextos sociais (Torres, 2008).

Ciência, ética, tecnologia, linguagem, cultura, história, cidadania e outros fizeram partes de uma realidade que transforma e é transformada continuamente à procura dos objetivos do estudo. Esse caminhar nos aponta que o conhecimento é uma construção individual e coletiva a partir da interação do sujeito (homem) com a realidade. A curiosidade, o prazer e o interesse motivam a busca pelo saber, tornando o aprendizado mais simples, dinâmico e natural.

O trabalho se consolidou na pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira por seu caráter exploratório, estimulando o grupo a pensar livremente sobre um tema, objeto ou conceito. Atingem aspectos objetivos e subjetivos, motivações conscientes ou não de forma espontânea. É utilizada quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.

As atividades iniciais começaram com o envolvimento da Secretaria do Meio Ambiente de Mariana, da coordenação administrativa do CEMPA e do grupo de apoio formado por 20 alunos (número máximo dentro das condições encontradas). Foi elucidado que o mesmo teria como foco a EA e a questão da cidadania através de estudos de trechos do Ribeirão do Carmo.

Dado o início com reuniões, cada aluno teve seu espaço para contar suas histórias, seus momentos na escola, suas vidas, num conhecimento mútuo. Envolvendo narrativas ateadas ao ribeirão, ao desmatamento, à mineração, às enchentes, à queda de barreiras e ao meio natural, o espaço foi-se abrindo entre sorrisos e brincadeiras. Em um segundo momento seguiu-se o esclarecimento da importância da educação ambiental na formação da cidadania, focando a sustentabilidade. Novas terminologias foram sendo apresentadas como: meio ambiente, bacia hidrográfica, antrópico, impacto ambiental, assoreamento, habitats. Esses são apenas alguns dos exemplos citados à procura da internalização, até a transparência da assimilação. Foi discutido a partir do sentido da conscientização da EA em todos os encontros com os alunos do CEMPA, como princípio de vida. Em seguida, foi apresentado o trabalho a ser empreendido pelo grupo de apoio.

Para realizar o protocolo, 04 pontos de amostragem foram escolhidos devido a características próprias: 01 área natural, 02 não ter lançamento de esgoto, 03 ter um lançamento de esgoto e 04, três lançamentos de esgoto. Cada parâmetro do protocolo foi explicado e elaborado até chegar ao entendimento. A quantificação em porcentagem foi estabelecida em frações. A documentação, através de registro fotográfico como forma de internalização mais consistente. Segue o PAR, (Callisto et al. 2002) realizado pelos alunos do CEMPA, TAB. 2.

 

 

TABELA 2 - Protocolo de Avaliação Rápida da Diversidade de Habitats em Trechos de

Bacias Hidrográficas

 


Fonte - Callisto et al. 2002

 

 

RESULTADOS

 

 

Os resultados da aplicação do PAR mostraram a existência de áreas de degradação ambiental nos pontos analisados. O baixo nível de preservação ecológica demonstra que a bacia do ribeirão do Carmo sofre forte pressão antrópica. A área de referência 01 é o ponto de melhor condição ecológica decrescendo até o ponto 04, classificado como impactado (TAB. 3 e FIG. 1).

 

 

Tabela 3 - Resultado e Classificação do Protocolo

Pontos de amostra

Pontuação do PAR

CLASSIFICAÇÃO

01

77,18

Natural

02

55,35

Alterado

03

39,69

Impactado

04

25,50

Impactado

 

 

Figura 1 - Pontuação do PAR e a classificação dos pontos de amostragem

 

Os parâmetros 08, 09, 16, 21 e 22 foram retirados a pedido dos alunos. Pela semelhança, não ocorrência na região (21), e devido a não assimilação (22). Outros pela impossibilidade total de registro. Vários parâmetros foram reescritos (parâmetros 1/1, 3/3, 11/09, 12/10; 13/11; 19/15; 20/16 no PAR original/regionalizado).

Os resultados apontam para a existência de uma indissociação da construção do conhecimento e atitudes relevantes na sua aplicação na prática. Assinala a imbricação que se dá no processo de significação das questões ambientais aliadas ao fator educação e trabalhos de ação. O incentivo articulado através do PAR foi essencial para a educação ambiental como meio de chegar ao desenvolvimento sustentável junto dos alunos do ensino fundamental.     Este tipo de aprendizado levou as experiências vivenciadas, associadas às teorias. Mudanças observadas através de novas motivações, olhares, emoções e, como autores de suas ações acabaram por levar a mudanças de atitudes, à capacitação de análise e de internalização de estruturas ambientais, através da regionalização do protocolo.

 

 

CONCLUSÃO

 

 

O trabalho ora apresentado teve como objeto de estudo o monitoramento ecológico na ecorregião do ribeirão do Carmo, num projeto escolar de educação ambiental no ensino fundamental A centralização do homem como principal responsável pelos impactos ambientais foi uma constante dada pelos alunos ao longo de todo o trabalho. Foi discutido a partir do sentido da conscientização da EA em todos os encontros com os alunos do CEMPA, como princípio de vida.

Assim observou e buscou uma intervenção nas questões de uso e tratamento da água e de sua bacia hidrográfica. O recorte se deu a partir da necessidade de recuperação do ambiente social e natural, bem como à procura de qualidade de vida digna e alcance da sustentabilidade em comunidade escolar e no seu entorno. Tal fato ficou configurado no trabalho desenvolvido no CEMPA, no sentido de aquisição de novos valores.

A partir do exposto e ao tentar aliar as diretrizes que estabelecem os caminhos para a prática da educação ambiental na região de Ribeirão do Carmo, cabe assinalar que as ações antrópicas merecem projetos de pesquisa que primam por uma intervenção educativa que contribua para a sustentabilidade da região. Portanto, a integração do homem com a natureza, a preservação dos sistemas sociais e naturais e a sustentabilidade são alguns notáveis resultados que podem ser alcançados por atitudes como está formalizada pelos alunos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

ALMEIDA, M. A. Diagnóstico Ambiental Do Rio Maracujá. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 93p., 2008.

 

CALLISTO, M.; FERREIRA, W.; MORENO, P.; GOULART, M. D. C.; PETRUCIO, M. Aplicação de um Protocolo de Avaliação Rápida da diversidade de habitats em atividades de ensino e pesquisa. Acta Limnologica Brasiliensia, Belo Horizonte, v. 13, p. 91-98, 2002. 

 

CALLISTO, M.; MORENO, P.; BARBOSA, F.A.R. Habitat diversity and benthic functional trophic groups at Serra do Cipó, Sourtheast. Rev. Bras. Rec. Hídricos, Porto Alegre, v. 6, p. 259-266, 2009.

 

CNUMAD - CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE E O DESENVOLVIMENTO, Agenda 21. BrasíliaL- Senado Federal. 1992. Disponível em- <ibge.gov.br/ibgeteen/datas/ecologia/eco92.html>. Acesso em- 12 set. 2010.

 

DIAS, G. F. Educação Ambiental- Princípios e Práticas. 9. ed. São Paulo- Ed. Gaia, 2004.

 

USEPA – US ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Biological criteria for the protection of aquatic life. Division of water Quality Monitoring and Assessment. Columbus, v. 1 -3- Surface water Section, 1987. Disponível em- <www.epa.gov>. Acesso em- 12 fev. 2010.

 

FERNANDEZ, Q.; SANDER, C. Aplicação de um protocolo simplificado de avaliação de habitats aquáticos no igarapé Caxangá, Boa Vista, RR. In- SIMPÓSIO DE GEOMORFOLOGIA, 6, 2006, Goiânia. Anais eletrônicos... Goiânia, 2006. Disponível em- . Acesso em- 08 abr. 2010.

 

GADOTI, M. A carta da Terra na Educação, (Série Cidadania Planetária, 3). Ed. Instituto Paulo Freire. São Paulo, 2010.

 

PIRHDOCE. Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce. Registro de Reunião, Reunião Consórcio ECOPLAN/LUME e GAT, n. 011, de 17 de set. de 2009. Disponível em: < www.pirhdoce.com.br>. Acesso em dez. 2010.

 

TORRE S. et. al. Transdisciplinaridade e Ecoformação - Um novo olhar sobre a educação. Centro de Educação Transdisciplinar, 2008. Disponível em: <www.triom.com.br>. Acesso em set. 2010.

 

 

Ilustrações: Silvana Santos