Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Artigos
19/09/2003 (Nº 5) Uma experiência em Educação Ambiental na Costa Rica
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Uma experiência em Educação Ambiental na Costa Rica

 

Lisandro da Silveira Gonçalves

Acadêmico de Biologia – Licenciatura Plena – ULBRA-RS

Ex - Monitor ambiental no Jardim Botânico – FZB -RS

Rua Leopoldo Bier, 489 ap 306 –Porto Alegre – RS 90620-100

Fone: 32235367 e-mail: kometa-poa@uol.com.br

 

Resumo:

 

Artigo:

Localizada na América Central a Costa Rica é um país com aproximadamente 90% da população alfabetizada (até a nona série), e possui um dos maiores corredores biológicos do mundo, fazendo parte deste corredor, está a Reserva Biológica Bosque Nuboso Monteverde, onde participei do projeto “Cajas Viajeras”. Este é um projeto complementar de educação ambiental da RBNM, em que consiste em três caixas que circulam entre as escolas que margeiam a reserva. Nelas encontram-se materiais didáticos para que sirva de apoio quando os docentes abordarem temas relacionados a área ambiental. Utilizando estas, com a intenção de colaborar com os centros educativos localizados na área que margeia a reserva (são 7 centros educativos da zona rural com aproximadamente 591 educandos, e com escassos recursos econômicos).

Fazendo assim com que os educandos aprendam acerca da conservação dos ecossistemas tropicais e suas inter relações de forma amena, simples e acima de tudo divertida. Cada caixa fica 3 semanas em cada centro educativo.

 

A cada semana ia eu a determinada escola, e com os materiais disponíveis na caixa, realizava ações interdisciplinares, tais como hora do conto, criação de histórias com fantoches, atividades de desenvolvimento motor para as séries iniciais, (como por exemplo colorir livros que tinham animais da reserva.) e jogos lúdicos.

 

Aqui gostaria de fazer uma observação minha aos valores: fiquei intrigado ao ver que nas caixas havia uma fita e um livro com a história de um astronauta, descobri então que tratava se de um costariquenho e notei que assim, eles ajudavam a “auto estima” dos alunos, que mesmo sendo um país pequeno, ainda em fase de desenvolvimento, “vocês” podem ser qualquer coisa que quiserem, até astronautas!. Coisa que nós, professores brasileiros, esquecemos muitas vezes de tentar estimular nossos alunos dessa forma.

Houve também a visitação de algumas escolas onde além de conhecerem a reserva através de trilhas guiadas, tiveram oficinas de reciclagem e a possibilidade de utilizarem a informática como meio de adquirir novos conhecimentos através de um software da reserva. Para os mais velhos desenvolvemos oficinas de Sobrevivência na Selva (até porque a região é um dos pólos de ecoturismo do país!).

 

A receptividade tanto da parte dos professores , quanto dos alunos, foi muito boa, (claro que tive que primeiro falar muito sobre Pelé, Romário e etc..), o que eu acreditava até então que seria o mais difícil.

No final do período, houve uma reunião onde todos do setor de educação ambiental, relatamos as experiências, sugerimos ajustes e etc.. com o objetivo de analisar a validade do projeto.

 

Voltando a minha rotina diária, descobri que a troca de vivências tem um papel fundamental na conscientização cultural e ecológica do ser humano, indiferente do de instrução. Isto ficou evidenciado no projeto pela mudança de comportamento dos alunos bem como no meu inclusive.

Gostaria de fazer meus agradecimentos a: Família Torres Ortega (Alexis, Magda, Francisco, Orlando, Ana, Jenny,), Família Batista, Família Díaz, Adelina Gonzales, ACI-Costa Rica (Mauricio, Flora, Marta, e todo o meu grupo de intercambistas), ao pessoal da Reserva Biológica Bosque Nuboso Monteverde, a todos da escola Santa Elena, a todos da escola Cerro Plano, a Karla Garro, Alan Ackerly, Marcia Alfaro, por terem feito meu período na Costa Rica o mais agradável possível e por terem colaborado para o meu crescimento pessoal.

Ilustrações: Silvana Santos