Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Breves Comunicações
10/09/2018 (Nº 43) A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS PRÁTICAS DAS ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO
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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA UMA EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA

A CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS PRÁTICAS DAS ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO

 

 

 

 

 

CREMONESE, Dejalma1, SILVA, Marco Aurélio da2, KAYSER, Aristéia Mariane3 ,

1Doutor em Ciências Política –UFRGS Professor do Departamento de PPGCSOCIAIS -UFSM. E-mail: dcremoisp@yahoo.com.br

2 Mestrando em Ciências Sócias – UFSM. E-mail: marcoaurelio22000@yahoo.com.br

3 Pós-graduada em Educação Ambiental - UFSM. E-mail: amarianekayser@yahoo.com.br

 

 

 

RESUMO: A temática deste estudo visa abordar a importância da Educação Ambiental nas práticas pedagógicas no âmbito escolar. Todavia, a educação ambiental surge como uma reflexão critica da realidade do sistema educacional. Observa-se que os currículos escolares não abordam as questões referentes às temáticas como Educação Ambiental, Sustentabilidade, Ecossistema para que possamos tem consciência da nossa conduta agressiva ao meio ambiente. A Educação Ambiental surge para fortificar o processo pedagógico, cooperando e facilitando o ensino e a aprendizagem dos educandos. Conclui-se que existem poucas políticas públicas no âmbito escolar enfatizando a conscientização da comunidade escolar para o respeito, para a preservação do meio ambiente.

 

 

Palavras – chave: Educação Ambiental, Educação em Saúde, Profissional Enfermeiro

 

 

INTRODUÇÃO

 

 No presente trabalho busca-se, refletir a contribuição da educação ambiental na formação do sujeito, mas principalmente na formação do profissional enfermeiro. Porém, a inclusão da Educação Ambiental nas práticas pedagógicas dos centros acadêmicos e consequentemente nos currículos escolares, é uma realidade ainda difícil de ser percebida. Pelo fato, de não existir propriamente uma identificação de conteúdos apropriados ou até mesmo, por muitos educadores acreditarem que a educação ambiental não é uma temática transversal, multidisciplinar e interdisciplinar. Outra questão é a própria anatematização do sistema de educação brasileiro.            

Todavia, a educação ambiental surge como uma reflexão critica da realidade do sistema educacional. Pois, a (EA) propõe um sistema de educação construtivista interdisciplinar, humanizado, consolidando a participação dos diversos atores da sociedade por meio de um sistema de cooperação. Contribuindo para uma relação mais harmoniosa e equilibrada entre homem e a natureza. Sabe-se, que todo processo de mudança requer uma nova forma de ação-reflexão-ação.

 Neste sentido o surgimento da Educação Ambiental vê de encontro aos anseios de sociedade. Esta sociedade que se encontra fragmentação e que por sua vez perdeu sua identidade. Todavia por meio de uma nova consciência ambiental, a qual desde o início deverá despertar em nossas crianças e jovens interesses em desenvolver uma comunidade sustentavelmente saudável. Onde a participação dos diversos atores da sociedade faz-se fundamental principalmente a participação da escola e dos educadores em desenvolverem uma pedagogia mais humanizada desencadeando experiências e vivências com intuito de fomentar uma consciência do respeito ao próximo e consequentemente de um trabalho mais humanizado (FREIRE, 1979). Houve uma preocupação do governo federal em reformar os Parâmetros Curriculares Nacionais para que as novas diretrizes estivessem de acordo com as exigências das novas normas mundiais. Algumas das ações adotadas foram os aperfeiçoamentos dos professores, melhoria de laboratórios, revisão de livros didáticos tudo para uma melhor qualidade de ensino. Pois na sociedade capitalista do século XXI a questão da Educação Ambiental é um paradigma emergente, pois vem discutir as questões complexas do Meio Ambiente e conseqüentemente a contribuição dos formadores na formação do sujeito (REIS E SANTOS, 2005). 

Logo, o sistema  Educacional tem como ponto de partida uma reflexão critica da contribuição do sujeito para com o seu  Meio Ambiente. Porém, hoje outro protagonista que poderá favorecer nesta formação é o profissional enfermeiro. Sabemos que a Educação Ambiental tem como ponto de partida uma reflexão critica da contribuição do sujeito para com o Meio Ambiente. Ainda podemos refletir sobre a “Política Nacional de Humanização” através do dispositivo da transversalidade ocupa espaço estratégico com a Bioética qual a relação com o meio ambiente, com a educação ambiental. Neste sentido as Políticas Públicas poderiam ser desenvolvidas no âmbito escolar visando trabalhar, abordar a temática Educação Ambiental. Buscamos no presente artigo,  uma discussão articulada entre os temas Educação Ambiental, práticas pedagógicas, educação emancipatória e o processo de humanização.

Uma vez que as Humanizações das práticas assistenciais e educativas visam à autonomia e o protagonismo do sujeito. Deparamos com uma pluralidade de informação científica a qual não se preocupa com a integridade do indivíduo, ou oportunidade formativa crítica e autônoma fundada na interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinaridade (DUBET, 1997, p. 223) .

Buscando-se, identificar ações e fatores que contribuam para conscientização critica do sujeito dentro das perspectivas da (EA) refletindo sobre a relação entre Ciência e Tecnologia e Sociedade. Para que o sujeito possa desenvolver uma reflexão critica da sua contribuição para com o ecossistema faz se necessário que analisemos as grades curriculares das nossas escolas e dos nossos Centros Acadêmicos. Observa-se que os currículos escolares não abordam as questões referentes às temáticas como Educação Ambiental, Sustentabilidade, Ecossistema para que possamos tem consciência da nossa conduta agressiva ao meio ambiente. No entanto, através de práticas concretas de esclarecimento dos problemas e a capacitação das pessoas, interagimos e enriquecemos, pois no dizer (FREIRE, 1987, p. 78) “ninguém ensina ninguém, mas juntos aprendemos”.

 

CONCLUSÃO

 

            Assim pretende-se um novo método de refletira Educação Ambiental , dentro do âmbito escolar conscientizando os educandos da importância de preservação do ecossistema. O que se objetiva é provocar uma construção de um novo sobre a educação ambiental de forma transversal, onde todos os profissionais da educação, comunidade escolar, gestores e a participação do cidadão  tenha garantia efetiva de uma construção e preservação solidária do meio ambiente.

Na qual é permitido refletir questões da Educação Ambiental e da humanização não como temas burocráticos ou normativos apenas, mas como condição de possibilidade de um mundo a começar por esse ambiente, mais justo, humano e solidário. Neste ambiente escolar a humanização é inserida de forma que tanto o educador como educando e a comunidade escolar tem seu espaço, concretizando assim uma rede de diálogo capaz de transcender as ações pontuais e fragmentadas a partir da dignidade ética da palavra, do respeito, do reconhecimento mútuo e da solidariedade.

Hoje existe uma necessidade real dos nossos adolescentes referente à  conscientização do meio ambiente, neste sentido é que podemos contar com a contribuição das práticas pedagógicas. Pois estas práticas pedagógicas  dispõem de algumas ferramentas que são únicas dentro do processo educativo e preventivo da formação do educando.

REFERÊNCIAS

Brasil. Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Resolução CNE/ CES Nº. 4,Brasília, 7 de novembro, 2001.  

BRASIL Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente saúde. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 1997.

 

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

 

LEFF, Enrique. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

 

PELICIONI, Maria Cecília Focesi; PHILIPPI Jr., Arlindo. Educação ambiental e sustentabilidade. (Col. Ambiental) São Paulo: Ed. Manole; 2005..

PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIEMTAL– ProNEA. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2005.   

REIS, Ana C.S. e SANTOS, Elza N. Projeto A Horta na Escola p. 1-16 nov. 2005 Disponível em: <http://www.ccmn.ufrj.br/curso/trabalhos/pdf/biologia-trabalhos/ ecoem/trabalhos% 20aprovados/ecoemhorta.pdf> Acesso em: 03 Jun. 2012.

 

SABIÁ, I.R. A escola e a educação ambiental. Relato de experiências. In: Cascino, F.,JACOBI, P., Oliveira, J. F. D. Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências. São Paulo: Secretaria de Meio Ambiente, Coordenadoria de Educação Ambiental, 1998.

 



Ilustrações: Silvana Santos