Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2018 (Nº 43) ...AS BARRAGENS CAUSAM INÚMEROS IMPACTOS?
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FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

VOCÊ SABIA QUE...

Leonardo Francisco Stahnke – Biólogo

leosinos@gmail.com

 

 

 

...AS BARRAGENS CAUSAM INÚMEROS IMPACTOS?

Leonardo Francisco Stahnke – Biólogo

 

 

 

Todos nós sabemos que para acender uma lâmpada, por exemplo, algum recurso natural é subtraído e um impacto no meio ambiente é produzido. Assim, temos uma grande responsabilidade quando usamos a energia e, para tanto, devemos saber um pouco mais sobre como ela pode ser gerada, suas vantagens e desvantagens.

As Usinas Hidrelétricas (UHE) e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), apesar de tratadas como “energia limpa”, causam grandes impactos nos locais onde são instaladas, os quais muitas vezes não são valorados nos balanços de seus investimentos. Abaixo são descritos alguns desses principais danos gerados a partir do represamento de arroios e rios:

  • Aspectos Físicos
    • Água: transformação de ambientes hídricos lóticos (água corrente) em lênticos (água parada) e consequente mudança nas características físico-químicas das águas (redução da concentração de oxigênio, estratificação térmica, estratificação hidráulica, retenção de material sólido hidrotransportado, variações do nível e da vazão do reservatório e elevação dos níveis freáticos).
    • Clima: variação térmica, aumento da umidade relativa, redução da quantidade de horas de incidência solar nas regiões próximas ao reservatório devido a nevoeiros, e o aumento na velocidade dos ventos.
    • Geologia (Sismologia): o aumento da pressão hidrostática, produzido pela ação da água infiltrada, pode diminuir a resistência das rochas, reativar falhas geológicas, quebrar camadas rochosas e alterar a resistência do substrato, provocando um aumento na frequência de abalos sísmicos.
  • Aspectos Bióticos
    • Afogamento da Vegetação: produção de gases sulfídricos e de metano, eutrofização da água, proliferação de algas e macrófitas, depleção do oxigênio dissolvido.
    • Diminuição da biodiversidade local: redução das relações interespecíficas (presas e predadores, competidores e parasitas etc.), deslocamento de animais de seu habitat natural, afogamento de animais e desequilíbrios de outros habitats onde foram introduzidos animais resgatados.
    • Fauna aquática: alteração das espécies aquáticas no reservatório e na ocorrência da Piracema.
  • Aspectos Socioeconômicos
    • Redução da oferta de peixes para pesca e declínio de espécies migratórias.
    • Expulsão de algumas cidades, povoados e florestas.
    • Perda de solos cultiváveis, de material arqueológico e de riquezas pré-históricas que podem existir no sub-solo da área alagada.
    • Aumento do fluxo de pessoas na região e uso das infraestruturas locais.

Além destes danos, muitos outros podem ser detalhados, entretanto vale ainda apresentar sucintamente as demais formas de energia:

 

 

IMAGEM

 

 

Formas de obtenção de Energia.

 

Ilustrações: Silvana Santos