Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Breves Comunicações
10/09/2018 (Nº 42) ACESSIBILIDADE PARA OS CADEIRANTES EM TRILHAS ECOLÓGICAS
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1353 
  

Acessibilidade para os Cadeirantes em Trilhas Ecológicas

 

Poliana Aparecida Tavares Brandalize

Engenheira Florestal, mestranda em Engenharia Florestal pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), politavares@yahoo.com.br

 

 

 

RESUMO

O estudo trata-se da avaliação da inclusão social entre o meio ambiente e os cadeirantes, em especial a acessibilidade em trilhas ecológicas no Brasil com ênfase no estado de Santa Catarina.

Foi realizada pesquisas e consultas, sabe-se que tem uma trilha em Santa Catarina a qual esta adaptada para receber cadeirantes, esta foi localizada no município de Itá/SC, e outra em nível de Brasil no estado de Pernambuco em Fernando de Noronha, sendo esta considerada ecologicamente sustentável pois foi feita toda de materiais ecologicamente sustentáveis. Se existe mais alguma não foi encontrada durante o período de realização desta pesquisa.

Palavra –chave: cadeirantes, acessibilidade, trilhas ecológicas.

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

Estima-se que 30 milhões de brasileiros apresentam alguma forma de deficiência física, sensorial ou mental, é importante lembrar que estas pessoas não são incapazes, apenas necessitam valorizar suas habilidade, e aceitar suas limitações, escolhendo as atividades em que possam participar e realizar (SANTOS s.d).

Trilhas ecológicas são uma boa opção, estas devem ser acessíveis ou seja devem permitir a entrada de todos usuários (figura 01), deve ser implantada sem comprometer a integridade do local, causando o mínimo possível de impacto em especial para a fauna e flora.

A atual politica para acesso a portadores de necessidades especiais nos Estados Unidos conforme Lechner (2006), é de que as trilhas sejam acessíveis para todos os públicos como os portadores de necessidades especiais.

No Brasil existem várias leis e normas da ABNT que regem em função da acessibilidade, porem nem sempre é cumprido.

É importante lembrar que antes de elaborar um projeto de trilha em que todos os usuários possam usufruir, deve-se pensar no terreno, onde costuma ter uma negligência entre a inclinação do piso e a cadeira de rodas, isso para garantir o tráfego com segurança para o cadeirante.

Geralmente pensa-se em fazer uma inclinação na trilha para haver uma drenagem da água, porem esta inclinação no piso conforme Lecher (2006) pode criar dificuldades para os usuários de cadeira de rodas, podendo ocorrer uma queda.

Esse fator pode limitar o acesso para apenas aqueles que tem uma cadeira de rodas especial para esporte ou aventuras. A sugestão é que sempre tenha um acompanhante para evitar as quedas, ou que estas realmente em sua totalidade tenham a segurança necessária para os cadeirantes.

 

Figura 01- Cadeiras de rodas guiadas pelo movimento das rodas dianteiras.

 

 

Mas quando há um bom planejamento, muitos inconvenientes podem ser supridos, outra questão que deve ser levado em consideração é quanto a largura da trilha o recomendado segundo Lecher (2006) é de 1,2 – 1,5 m com uma declividade de até 5% e uma inclinação lateral de no máximo 1%.

Informações como estas devem ser levadas em consideração na hora de elaborar um projeto de acessibilidade em trilha.

Garantindo assim o sucesso do projeto e a segurança do local para os cadeirantes.

 

 

2. METODOLOGIA

A pesquisa foi do tipo exploratório, buscando aprimorar o conhecimento sobre a área ambiente e social, foram feitas consultas bibliográficos com autores contemporâneos que fizeram pesquisa sobre o assunto.

Foi feito consulta em livros, artigos científicos e publicações recentes, entretanto verificou-se que tem poucas publicações e materiais de consulta sobre o assunto.

 

 

 

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

É preciso conhecer as dificuldades dos cadeirantes para planejar as trilhas ecológicas, estas devem estar adaptadas para o uso dos cadeirantes, deve-se ter o cuidado com a segurança e evitar possíveis obstáculos como (escadas, declividade, galhos, etc).

É necessário que se tenha maior inclusão social dentre a sociedade em geral e os cadeirantes, não apenas em trilhas ecológicas, mas em todos os meios é necessário ter livre acesso a todos, para isso ocorrer são necessárias ações práticas de inclusão, os empreendedores devem se deter mais no planejamento dos locais para receber estas pessoas.

Afinal as trilhas podem sim ser adaptadas para cadeirantes, todos tem o direito de sentir a natureza e conviver com ela nem que seja por alguns instantes.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

LECHNER, Larry. Planejamento, Implantação e Manejo de Trilhas em Unidades de Conservação. Cadernos de conservação ano 03. n° 03. Junho de 2006.

 

SANTOS, Lorraine Fogaça dos. Análise da Acessibilidade para Cadeirantes na Trilha do Engenho no Parque Estadual da Ilha Anchieta – SP. VIII Seminário da Associação Nacional de Pesquisa  e Pós graduação em Turismo. Univali.

Ilustrações: Silvana Santos