Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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04/09/2012 (Nº 41) PRODUÇÃO DE MODELOS DIDÁTICOS PARA O ESTUDO DE PORÍFEROS NO ENSINO BÁSICO: RELATO DE ATIVIDADES
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PRODUÇÃO DE MODELOS DIDÁTICOS NO ESTUDO DE PORÍFEROS NO ENSINO BÁSICO: RELATO DE ATIVIDADES

 

 

Luciana Araújo Montenegro 1

Ana Carla Iorio Petrovich 2

Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo 3

 

 

1 Mestre em Ciências Biológicas -PPCB - Área de Concentração: Biodiversidade; Professora Supervisora do Observatório em Educação em Ciências/UFRN; Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Av. Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, CEP 59.072-970.  luciannamontennegro@yahoo.com.br  

2 Mestre e Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; Professora Substituta do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo/UFRN. Campus Universitário, Lagoa Nova – Natal/RN. CEP 59.072-970. (84)3215-3437; carla.iorio@gmail.com

3 Doutora em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos/UFSCAR; Professora Titular do Departamento de Microbiologia e Parasitologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Campus Universitário, Lagoa Nova – Natal/RN. CEP 59.072-970. (84)3215-3437, mag@cb.ufrn.br

 

 

 

RESUMO

 

Este artigo se propõe ao relato de uma atividade realizada com alunos do ensino básico, objetivando a participação ativa dos estudantes na elaboração de modelos referentes ao estudo dos poríferos. O texto descreve na forma de relato de caso, uma oficina para elaboração de modelos com o grupo de invertebrados em estudo, no qual foram realizadas aulas teóricas e práticas sobre o filo porífero. Para construção de um modelo didático de fácil confecção e durabilidade, vários materiais foram testados: massa de “biscuit”, massa de modelar e argila. Observou-se que a massa de “biscuit” foi a mais adequada para o uso, por apresentar uma maior durabilidade. Foram confeccionados 66 modelos didáticos de poríferos, sendo: 22 modelos morfológicos, abordando caracteres morfológicos externos e internos, 22 modelos de espículas e 22 modelos relacionados aos tipos de reprodução encontrados nos poríferos. A metodologia utilizada também buscou investigar como os alunos se portam diante da realização de atividades práticas em termos de participação, envolvimento e motivação. Assim, o estudo trouxe elementos para refletir a viabilidade e a importância da utilização de modelos em aulas de Ciências, por educadores comprometidos com a formação integral de seus alunos.

 

Palavras-chave: modelos didáticos, poríferos, ciências, ensino básico.

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

            É preciso (re) elaborar continuamente os processos didáticos- metodológicos que o professor apresenta de forma que esse possa ser trabalhado e refletido pelo aluno, para se constituir em conhecimento. Nesse sentido, um dos grandes desafios encontrados pelos professores de ciências ao ensinar seres vivos no ensino básico é como associar o conteúdo a ser ministrado com a prática, de forma a facilitar o processo ensino aprendizagem. 

            No ensino básico, o conteúdo referente ao estudo dos seres vivos, em especial invertebrados, vem muitas vezes sendo acompanhando no processo de ensino aprendizagem, por manipulações e explorações de diversos grupos de animais, no sentido de facilitar a apropriação de conhecimentos relativos à sua anatomia interna e externa como também conhecimentos morfofisiológicos.

            Pecatti et. al. (2007) afirmam, que não é mais possível conceber que o sistema educacional tenha por fim apenas questões propedêuticas ou mesmo que estejam unicamente direcionados para o mundo do trabalho, é necessário que ela apresente em sua estrutura organizacional elementos que permitam aos jovens uma formação para a vida. Os currículos necessitam contemplar questões que ultrapassem os conhecimentos específicos das disciplinas escolares, buscando envolver elementos como valores, atitudes, emoções, hábitos, etc.

            O uso de animais como alternativa para assimilação e melhor compreensão dos conteúdos, demanda uma reflexão por parte dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem em relação a princípios e valores tão pouco conhecidos como bioética. Além disso, a maioria das escolas apresenta escassez de material biológico para realização de aulas práticas e falta um espaço adequado para a realização das práticas laboratoriais.

            De acordo com Lima e Freitas (2008) no ensino básico o uso de animais é apenas uma estratégia utilizada para confirmar conceitos existentes em livros, sem ampliar novas aprendizagens, que justifiquem o uso desses procedimentos em sala de aula. Ao invés disso, negligenciamos valores e práticas condizentes a um planeta que busca alternativas de sustentabilidade e respeito a todas as formas e expressões de vida.       A formação de professores éticos e conscientes requer uma mudança de métodos e valores, como a inclusão de conceitos e princípios relativos à bioética e com a utilização de métodos/ modelos ao uso de animais, de modo a reestruturarem suas práticas didático-metodológicas no Ensino de Ciências / Biologia na Educação Básica, necessárias para a formação de conceitos.

            O ensino de ciências não pode visar apenas os conhecimentos dos conceitos e fenômenos específicos da disciplina, mas sim deve ser entendido como “uma alavanca preciosa para o desenvolvimento da passagem à abstração, das capacidades de raciocínio e de antecipação, favorecendo o acesso a novas operações mentais” (Astolfi et. al., 1998).

            Diante das dificuldades apresentadas e a da preocupação com valores relacionados à bioética em sala de aula, alguns pesquisadores da área do Ensino de Ciências vem desenvolvendo modelos didáticos, como forma de facilitar o processo ensino aprendizagem. Souza (2008) nos diz que a partir da utilização de materiais de baixo custo, encontrados no cotidiano, é possível se propiciar aulas mais atraentes e motivadoras, nas quais os alunos são envolvidos na construção de seu conhecimento

            Acreditando na possibilidade de um fazer pedagógico sustentável e eficiente, voltados para a formação de professores dinamizadores e éticos, este artigo traz como objetivo central, apresentar como os estudantes se portam em termos de participação, envolvimento e motivação na elaboração de modelos didáticos em biscuit, como alternativas que fortalecem a não manipulação de animais em atividades práticas do ensino e que contribui de forma significativa para a formação e aprendizagem do educando em sala de aula. Relatamos na seqüência do texto a atividade prática desenvolvida com um grupo de estudantes do ensino básico, de modo a discutir os pontos mencionados na reflexão teórica com os resultados obtidos na atividade proposta.

 

 

 

PERCURSO METODOLÓGICO

 

            A pesquisa foi desenvolvida com 23 alunos, com faixa etária entre 14 e 16 anos, vinculados a um Centro de Ciências e Pesquisas, em uma escola particular de Natal/RN. O assunto abordado na atividade vinculava-se ao estudo dos poríferos e integrava o programa do estudo dos seres vivos, abordado no programa de ensino de ciências.

            O tema modelos didáticos em ciências, foi selecionado pela professora titular da turma que julgou relevante, por propiciar aulas mais atraentes e motivadoras, nas quais os alunos são envolvidos na construção de seu conhecimento. A professora solicitou aos pesquisadores que a auxiliassem na escolha dos materiais para construção de um modelo didático de fácil acesso, confecção, aplicação e durabilidade. Para isso, vários materiais foram testados: massa de “biscuit”, massa de modelar e argila. Observou-se que a massa de “biscuit” foi a mais adequada para o uso, por apresentar uma maior durabilidade.

            Dessa maneira, foi desenvolvida uma proposta de elaboração de modelos didáticos para ser aplicada em sala de aula e, conjuntamente, foi elaborada uma proposta de pesquisa que permitisse investigar a participação, a inclusão e a motivação dos estudantes durante a atividade.

            Esta pesquisa, que teve origem a partir da iniciativa da professora de Biologia/Ciências do Centro de Ciências e Pesquisas, permitiu desenvolver um estudo referente à viabilidade e a importância da utilização de modelos para o ensino básico, através da análise da produção e posicionamento dos estudantes frente à proposta metodológica. Para a coleta dos dados da pesquisa, foram utilizados instrumentos como observação direta em sala de aula durante o momento de preparação do modelo didático e questionário referente ao estudo dos poríferos antes e após a elaboração de modelo didático.

            Os modelos didáticos elaborados pelos alunos, os registros escritos decorrentes da aplicação do questionário e os registros obtidos através da observação direta, permitiram identificar importantes elementos vinculados a motivação para aprender e para buscar o conhecimento em espaços além da sala de aula.

 

A PRODUÇÃO DO MODELO DIDÁTICO

 

            Os modelos de poríferos foram elaborados tendo como base a definição de modelo didático proposta por Justina & Ferla (2006), os quais afirmam que modelo didático corresponde a um sistema figurativo que reproduz a realidade de forma esquematizada e concreta, tornando-a mais compreensível ao aluno. Representa uma estrutura que pode ser utilizada como referência, uma imagem que permite materializar a idéia ou o conceito, tornando-os assimiláveis. Os modelos didáticos devem permitir uma (re) leitura, através de uma estrutura explicativa que possa ser confrontada com a realidade.

            Para atingir o propósito do estudo, as atividades com os estudantes foram organizadas em três momentos: um destinado a proporcionar discussões (diálogos) com os estudantes referentes ao tema de estudo; outros dois, destinados a produção dos modelos didáticos e aplicação de questionários. A atividade do primeiro momento foi organizada de forma coletiva, através de questionamentos e explanações com auxílio de vídeos, músicas e slides referentes ao filo feitos pelos pesquisadores aos estudantes, de modo a proporcionar momentos de diálogo e de resgate de conhecimentos prévios. Desta forma, os alunos foram indagados sobre o filo dos poríferos, em relação ao seu habitat, coloração, tamanho, alimentação, estruturas típicas, formas de reprodução e anatomia externa e interna, incluindo estruturas e funções. Alguns questionamentos foram levantados, conforme ilustramos a seguir: Vocês sabem por que o filo dos poríferos apresenta esse nome? Por que esses animais são considerados bioindicadores? Já se depararam com estes animais em algum local? Onde? Vocês acham que existem algumas semelhanças deste grupo de animais com os vegetais? O que vocês entendem sobre reprodução sexuada e assexuada? Quais? O que vocês entendem por brotamento? Já ouviram falar hermafroditismo? Quando?  Se esse animal não apresenta boca, como vocês acham que eles se alimentam? Porque se diz que os poríferos não apresentam tecidos verdadeiros sustentação desses animais? Que função vocês atribuem a presença dos flagelos nas células conhecidas como coanócitos? De acordo com o que estudamos sobre o esqueleto de sustentação de um porífero, o que vocês acham que aconteceria com uma espícula calcaria se fosse mergulhada em ácido clorídrico?

            A necessidade de que essa última questão lançada não tivesse uma resposta pronta e definitiva, proporcionou uma atividade paralela, onde foi realizado um experimento para observação, através de microscópio estereoscópico, de imersão de fragmentos de poríferos em ácido clorídrico, para observação do desprendimento de gás carbônico por parte de esponjas que apresentavam carbonato de cálcio em sua constituição e conseqüente dissociação das espículas, que formavam o esqueleto de sustentação do animal. Esse fato já era previsto pelos pesquisadores e considerado de grande importância para motivação do grupo.

            No segundo momento, correspondente ao segundo e terceiro dia da oficina, foi proposto aos estudantes que visualizassem as pranchas contendo fotos do animal em estudo e foi solicitado para cada um a confecção dos modelos didáticos. Para confecção dos modelos, foram utilizados os seguintes materiais: massa de biscuit, tinta guache e a óleo de várias cores, silicone líquido, régua, estilete, microscópio estereoscópico, catalisador, fita adesiva, pincel, vaselina sólida régua, caneta, papelão, espátula, tesoura, becker, luvas descartáveis, prancha de madeira, cola e um livro texto (RUPPERT, EDWARD E. Zoologia dos Invertebrados) como referência. A construção dos modelos consistiu, basicamente, na confecção de réplicas em biscuit de estruturas referentes à anatomia interna e externa dos poríferos, tipos de espículas, estrutura de uma rede de espongina e formas de reprodução apresentadas pelo filo e estudadas no ensino básico (Figura1). Todo o processo de construção dos modelos didáticos foi realizado manualmente.

            Foram elaborados três modelos didáticos por parte de cada participante, baseado em pranchas entregues individualmente a cada aluno. A primeira prancha apresentava modelos diversificados de espículas e também uma rede de espículas formadas por espongina. Cada aluno deveria escolher 3 entre os 10 modelos de espículas apresentadas e seguidamente, identificar e representar através de modelagem em biscuit. O segundo modelo didático, elaborado de acordo com a segunda prancha entregue, apresentava tipos de reproduções assexuadas encontradas nos poríferos, gemulação e brotamento.

O último modelo representado apresentava as principais estruturas presentes morfologia externa e interna de um porífero. Para elaboração desse modelo, foi solicitado também que além da prancha fosse utilizado microscópio óptico e estereomicroscópio para que os estudantes visualizassem a estruturas possíveis e pudessem discutir e relacionar as estruturas com as funções desempenhadas. Foi questionado aos estudantes que forma poderia se dar a circulação da água e dos alimentos no corpo dos poríferos. Fato que chamou a atenção, pois eles sentiram-se angustiados por não visualizarem estruturas digestórias que são facilmente encontradas em outros filos. (Boca, estômago).

            No terceiro momento, foram aplicados questionários para avaliar o nível de satisfação dos alunos, durante a oficina.

            Para facilitar a compreensão dos modelos apresentados, as estruturas presentes nos modelos receberam colorações diferentes, de maneira a facilitar a sua identificação.        Os modelos foram fixados em uma prancha de madeira e cada estrutura do modelo foi identificada com palitos contendo etiquetas com o nome da estrutura correspondente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Figura 1 – Modelos didáticos de poríferos confeccionados pelos alunos.

           

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

 

            A realização desse tipo de atividade através da participação ativa dos estudantes, como sujeitos protagonistas do processo ensino aprendizagem, se mostrou significativo, tanto em aspectos cognitivos, associados à aprendizagem do conteúdo especifico, quanto no que diz respeito ao envolvimento e a motivação para a aprendizagem.

            Através da exposição dos modelos didáticos elaborados pelos alunos, foi possível observar a relevante contribuição que este tipo de material pode trazer para a construção do conhecimento. A partir dos modelos confeccionados, os alunos puderam expor ao público participante, as características que cada estrutura apresenta, relacionando-as com os diversos aspectos do modo de vida dos poríferos, como: tipo de habitat que ocupam importância econômica e ecológica, contribuindo para uma melhor assimilação do conteúdo abordado. 

            O questionário aplicado para analisar o nível de satisfação dos alunos, revelou que quando os alunos se sentem envolvidos com o objeto do conhecimento despertam mais interesse e motivação na apropriação do conhecimento.

            Diversos trabalhos têm destacado a importância dos modelos didáticos, como facilitadores da compreensão dos estudos nas subáreas da Biologia (Giordan & Vecchi, 1996; Brandão & Acedo, 2000; Justina & Ferla, 2006)

            Para o estudo dos poríferos, a utilização de modelos didáticos se mostrou bastante relevante, pois possibilitou a construção do conhecimento sobre o objeto de estudo, ao invés de apenas fornecer suporte de natureza teórica.

Os modelos didáticos substituíram o uso de animais, de modo a possibilitar a escola, professores, alunos envolvidos e comunidade escolar, refletirem sobre as práticas didático-metodológicas, necessárias para a formação de conceitos biológicos, baseadas em cima de práticas com o uso de animais, como alternativa para assimilação e melhor compreensão do assunto abordado.

            A metodologia utilizada no desenvolvimento das atividades propostas revelou que os estudantes são movidos pela curiosidade e pelo desejo de conhecer. O protagonismo de cada aluno ficou evidenciado não apenas pela produção dos modelos, mas também durante os momentos em que foram instigados a produzir, refletir e discutir questionamentos apresentados durante a oficina. Esse protagonismo foi um indicativo do nível de entusiasmo e motivação em relação às atividades propostas, indicando que é possível repensarmos nossas práticas metodológicas de forma a tornar o ensino de ciências mais prazeroso e ético. Witter (2004) afirma que o conceito de motivação pode estar vinculado a três vertentes: fatores ambientais; fatores internos, como desejo, emoção, instinto, interesse, etc.; e, ainda, estar associado ao objeto em si, que pode atrair ou repelir o indivíduo. As atividades que foram propostas possibilitaram a motivação dos nossos alunos, através de um ou todos esses fatores associados, o que pode ser notado ou justificado, pelo interesse do grupo em perguntar quando seria a próxima oficina e com que grupos de animais iriam trabalhar.

            Os modelos didáticos de poríferos que foram desenvolvidos pelos alunos do Centro de Ciências e Pesquisa possibilitaram a proposta de um museu, (não previsto inicialmente) para organização dos modelos já elaborados e futuros trabalhos sugeridos pelos alunos, de maneira a possibilitar para todos os professores da escola, modelos didáticos que poderão ser utilizados como referência, permitindo que conceitos sejam diretamente assimiláveis.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            Metodologias alternativas, como a elaboração de modelos didáticos, possibilitam a integração entre teoria e prática e devem ser valorizadas e estimuladas pelas instituições de ensino básico, uma vez que tornam mais efetivas o envolvimento do aluno com o tema em estudo, possibilitando uma aprendizagem mais significativa, uma vez que provocam uma motivação para a apreensão do conhecimento

            É necessário, propormos novas metodologias que (re) encantem os alunos continuamente, para que a ciência possa se fazer mais presente no dia-a-dia de nossos alunos e para que seja possível, o desenvolvimento não apenas de aspectos cognitivos, relacionados à linguagem e conceitos científicos, mais também o desenvolvimento de valores éticos, ambientais e sociais, para que estes possam atuar de maneira justa e consciente na comunidade em que se encontra inserido.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

 

ASTOLFI, J. P.; PETERFALVI, B.; VÉRIN, A. (1998). Como as crianças aprendem as ciências. Tradução: Maria José Figueiredo. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget.

 

BRANDÃO, R.L.; ACEDO, M.D.P. (2000). Modelos didáticos em genética: a regulação da expressão do Operon de lactose em bactérias. Genetics and Moleculary Biology, v.23, n.3, p.179.

 

 

JUSTINA L.A.D.; FERLA, M. R. A (2006). Utilização de Modelos Didáticos no Ensino de Genética – Exemplo de Representação de Compactação do DNA Eucarioto. Arq Mudi.; 10 (2): p. 35-40.

 

 

GIORDAN, A.; VECCHI, G. (1996). Do saber: das concepções dos aprendentes aos conceitos científicos. 2 ed. Porto Alegre: Artemed; 222p.

 

LIMA, K. C. ; FREITAS, G. (2009).  A manipulação de animais é necessária para a aprendizagem de conceitos zoológicos no ensino básico In: VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Educação em Ciências, 2009, Florianópolis,SC. VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Educação em Ciências.

 

PECATTI, C.; ROSA, B.A.; ROSA, W.C. (2007). Atividades experimentais nas séries iniciais: relato de uma investigação. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 6, Nº 2, 263-274.

 

RUPPERT, E.E.; FOX, R.S.; BARNES, R.D. (2005). Zoologia dos invertebrados. 7ed. São Paulo: Roca, 1168p.

 

SOUZA, D.C.; ANDRADE, G.L.P.; NASCIMENTO JUNIOR, A.F. (2008). Produção de material didático-pedagógico alternativo para o ensino do conceito pirâmide ecológica: um subsídio à educação cientifica e ambiental. In: Fórum Ambiental da Alta Paulista. 4., , São Paulo. Anais... São Paulo: ANAP.

 

WITTER, G. P. (2004). Psicologia e educação: professor, ensino e aprendizagem. São Paulo: Alínea e Átomo.

 

Ilustrações: Silvana Santos