Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início
Cadastre-se!
Procurar
Área de autores
Contato
Apresentação(4)
Normas de Publicação(1)
Dicas e Curiosidades(7)
Reflexão(3)
Para Sensibilizar(1)
Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6)
Dúvidas(4)
Entrevistas(4)
Saber do Fazer(1)
Culinária(1)
Arte e Ambiente(1)
Divulgação de Eventos(4)
O que fazer para melhorar o meio ambiente(3)
Sugestões bibliográficas(1)
Educação(1)
Você sabia que...(2)
Reportagem(3)
Educação e temas emergentes(1)
Ações e projetos inspiradores(25)
O Eco das Vozes(1)
Do Linear ao Complexo(1)
A Natureza Inspira(1)
Notícias(21)
| Números
|
Dicas e Curiosidades
Em busca dos sonhos possíveis
A oportunidade de realizar um sonho é uma coisa que não se deve deixar passar, mesmo porque sonhos mudam. Nós crescemos, a vida toma outros rumos e aquele sonho de ser a princesa do reino encantado, passa. Desejar algo é legitimo, e em minha opinião, quando você deixa de sonhar, está “morrendo aos poucos”, este pensamento não é só meu, existem muitos autores que compartilham desta ideia. Temos sonhos que permanecem e nos acompanham por toda a vida, que crescem junto conosco; também aqueles sonhos de criança “sempre” possíveis, afinal quando criança tudo é crível; sonhos reais, possíveis, impossíveis... Enfim, um sem números de imagens que seguem, crescem, mudam, melhoram, pioram, alguns viram somente risadas e boas lembranças por toda a vida. Ah, imaginem porque que estou falando sobre a realização de um sonho. Adivinharam? Eu acabo de voltar do Peru, onde conheci um pouco de Lima. Em Lima não chove NUNCA, as ruas não tem “boca de lobo” e alguns telhados são planos. A cidade é a beira mar (Oceano Pacífico), e no meio da cidade existe o sítio arqueológico de HUALLAMARCA, uma pirâmide construída em adobe, uma mistura essencialmente de barro, palha e/ou pelo de animais. A cidade de Lima tem muitos encantos, e este lugar é imperdível.
De Lima fomos a Arequipa, cidade charmosa, que abriga o Mosteiro de Santa Catalina, merece uma visita. E então partimos rumo ao Vale Del Colca por uma estrada que corta o país, uma estrada na qual a paisagem se modifica muitas vezes, em parte pelas diferentes altitudes, saímos de 2300m e passamos por locais a 5000m, onde estava nevando. No vale onde está o rio a altitude é de 3140m, mas o mirante do Condor fica a 4800m, e você é capaz de ver esta paisagem maravilhosa preenchida por terraços de plantações. O Condor não veio nos ver, apesar do nosso esforço em visitá-lo, pois estava frio naquele dia.
De Colca partimos para Puno. Esta é uma das cidades que beira o Lago Titicaca, para chegar a Puno, pegamos novamente aquela estrada cuja paisagem me deslumbrou, vimos nela desde Arequipa, lhamas, guanacos, vicunhas, esquilos, flamingos, neve, chuva, vento... A cidade de Puno é feia, muito feia, uma cidade que vale conhecer se você pretende ser urbanista, pois aprenderá como NÃO deve ser uma cidade. O Lago Titicaca, tem cerca de 8300 km² e fica a 3821m acima do nível do mar, é o lago comercialmente navegável mais alto do mundo e o segundo em extensão da América Latina (fonte Wikipédia). Neste lago existem ilhas flutuantes, feitas de tuturo, uma planta aquática típica da região, das quais os habitantes fazem casas, embarcações e ilhas e que valem a pena a visita. Mas segundo informações obtidas, não existem mais moradores nas ilhas de Uros, este é somente um tipo de cenário, apesar de aqueles que “se dizem” moradores do local, ainda viverem do dinheiro dos visitantes/turistas.
(Nesta foto, a de chapéu é minha companheira de viagem) De Puno, fomos a Cuzco, nestas cidades e entre elas existem muitos sítios arqueológicos que merecem a visita. Cuzco era a capital do Império Inca, os sítios de lá são um espetáculo, pedras enormes, precisamente trabalhadas e encaixadas com perfeição, um dos cartões de visita dos Incas.
(Para quem não me conhece, esta sou eu!) A caminho de Machu Picchu, fizemos uma parada em Ollantaytambo, uma das grandes cidades Incas e uma visão das muitas paisagens de perder o fôlego no país.
De lá para Machu Picchu onde tivemos o prazer de circular por dois dias seguidos, mas poderíamos ficar só admirando por mais uma semana, a cada momento uma percepção diferente.
Machu Picchu, um sonho realizado.
MSc. Marina Strachman - arquiteta e urbanista, mestre em desenvolvimento regional e meio ambiente e especialista em educação ambiental. marinastrachman@yahoo.com.br
|