Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
Início Cadastre-se! Procurar Área de autores Contato Apresentação(4) Normas de Publicação(1) Dicas e Curiosidades(7) Reflexão(3) Para Sensibilizar(1) Dinâmicas e Recursos Pedagógicos(6) Dúvidas(4) Entrevistas(4) Saber do Fazer(1) Culinária(1) Arte e Ambiente(1) Divulgação de Eventos(4) O que fazer para melhorar o meio ambiente(3) Sugestões bibliográficas(1) Educação(1) Você sabia que...(2) Reportagem(3) Educação e temas emergentes(1) Ações e projetos inspiradores(25) O Eco das Vozes(1) Do Linear ao Complexo(1) A Natureza Inspira(1) Notícias(21)   |  Números  
Saber do Fazer
16/03/2012 (Nº 39) EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FACILITADORA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS
Link permanente: http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1180 
  
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IPA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO FACILITADORA

DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS

 

HATTJE, Daniele de Souza Idalgo¹

FOFONKA, Luciana²

 

 

RESUMO: A temática deste estudo aborda a importância da implementação da Educação Ambiental no âmbito escolar em duas escolas de ensino fundamental, E.E.E.F. Paraíba e E.E.E.F Visconde do Rio Grande, Porto Alegre, RS como forma de facilitar o processo de ensino-aprendizagem de alunos. Ao lecionar em escolas públicas percebe-se que as metodologias utilizadas pelos professores de ciências não despertavam interesse nos alunos. Por esta razão, a Educação Ambiental foi introduzida informalmente para trazer ao aluno a importância do ensino de ciências e fundamentar esse aprendizado. Como alternativas, foram usados jogos pedagógicos, cultivo de horta e a participação em projetos financiados por empresas particulares, o que melhorou a participação dos estudantes em sala de aula enriquecendo o senso de responsabilidade com o meio, fortificando a cooperação entre eles e facilitando o aprendizado. Analisando qualitativamente os alunos antes e após a introdução da Educação Ambiental, conclui-se que eles obtiveram um aumento significativo de seu aproveitamento escolar.

 

Palavras-chave: Educação Ambiental. Ensino-aprendizagem. Escola. Ensino de ciências.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

A educação, enquanto forma de ensino-aprendizagem, é adquirida ao longo da vida dos cidadãos e pode ser dividida em três diferentes formas, conforme os autores Vieira, Bianconi e Dias (2005): educação escolar formal, informal e não-formal.

A educação formal é toda educação desenvolvida nas escolas, informal a que pode ser transmitida por qualquer indivíduo e a educação não formal considera-se toda atividade de inclusão educacional organizada, estruturada, sistematizada e planejada que ocorre durante um período contínuo e pré-determinado de tempo e que pode ocorrer dentro de instituições educacionais ou fora delas. (BRASIL, 2008)

 

¹ Bióloga, professora de Ciências do Estado do Rio Grande do Sul. E-mail: danielesidalgo@yahoo.com.br

² Bióloga, professora orientadora IERGS. E-mail: lufofonka@yahoo.com.br

 

Neste estudo a Educação Ambiental se enquadra na educação não formal, por não estar dentro do currículo escolar e sim fazer parte de uma estratégia de melhorar o ensino e o aprendizado dos alunos, referente a proteção do meio ambiente e consequência disso, sanar as dificuldades de aprendizagem nas aulas de ciências.

Este trabalho relata uma experiência como professora, aborda a importância da implementação da Educação Ambiental no âmbito escolar em duas escolas de ensino fundamental, E.E.E.F. Paraíba e E.E.E.F. Visconde do Rio Grande, RS.

Pude observar que as dificuldades apresentadas pelos alunos, a falta de interesse e o seu baixo rendimento escolar, poderiam ser resultado de diversas fragilidades dentro e fora do ambiente escolar, como a ausência da família na participação da vida escolar dos filhos, muitos alunos por classe, metodologias de ensino ultrapassadas e falta de formação continuada de professores.

Neste contexto, este trabalho é um estudo de caso referente às observações e considerações realizadas durante minha docência, onde identifiquei a dificuldade que os alunos tinham em aprender em sala de aula somente com explicações corriqueiras. A percepção destas dificuldades foi precursora da implementação de atividades não formais de Educação Ambiental com o intuito de minimizar as dificuldades de aprendizado e concentração encontradas pelos alunos.

 

 

2 O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DOS EDUCADORES NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

 

Gurgel (2008) relata que foi realizada uma análise pela Fundação Carlos Chagas em 71 currículos universitários, apenas 28% das disciplinas dos cursos de pedagogia e licenciatura aborda o “que” e o “como” ensinar e que de fato os cursos não preparam os futuros educadores para a realidade escolar.

Tiba (2008) diz que os alunos não respeitam os educadores e que estes não estão aprendendo o que realmente precisam aprender, e os educadores revelam-se com baixa autoestima não conseguindo dar o melhor de si em sala de aula. O que ocorre é que as escolas precisam atualizar seus métodos de ensino fortalecendo a educação continuada de seus professores para encontrar novos caminhos de ensino.

Conforme Grossi (2008), Diretor de Redação da revista Nova Escola, é consenso, no dia-a-dia da sala de aula, que nenhum fator tem mais influência no desempenho dos alunos do que o professor.

Por essa razão concordo com o que diz o Ministro da Educação Fernando Haddad que é essencial que as universidades preparem mais e melhor os professores para o ensino fundamental e para a realidade em sala de aula. Haddad (2008, apud PELLEGRINI e GROSSI, 2008, p. 32-36)

De acordo com Tiba (2008) a maioria dos professores já se encontra desgastados, lutando contra muitas dificuldades para se manter em suas funções e as consequências disso são o desinteresse dos alunos em aprender, a falta de respeito entre colegas e corpo docente e a diminuição da capacidade do professor para ensinar sendo que a maioria dos professores em atividade hoje não tiveram em seu currículo profissional aulas de capacitação para exercer o papel de formador de personalidade do aluno.

Carvalho e Gil-Pérez (2006), dizem que nós professores de ciências, não só carecemos de uma formação adequada, mas não somos se quer conscientes das nossas insuficiências, sendo que, antigamente a preocupação era entre os bons e maus professores, ao passo que hoje a questão se coloca em termos de quais são os conhecimentos que nós professores precisamos adquirir.

Conforme Tobim e Espinet (1989 apud CARVALHO e GIL-PÉREZ, 2006, p.21), essa falta de conhecimentos científicos constitui a principal dificuldade para que os professores afetados se envolvam em atividades inovadoras. Carvalho e Gil-Perez (2008) dizem que os trabalhos investigados existentes mostram a gravidade de uma carência de conhecimentos da matéria, o que transforma o professor em um transmissor mecânico dos conteúdos do livro texto.

 

 

2.1 IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A MELHORIA DA APRENDIZAGEM

 

A escola é um espaço de ação, transformação e educação, assim a implantação de propostas como Educação Ambiental dentro do próprio ambiente escolar requerem mudanças nas metodologias educacionais, com ações compartilhadas entre os professores e pais que respondam às necessidades dos alunos.

No ensino de ciências, a Educação Ambiental se torna uma grande aliada nas escolas, onde eventualmente há pouca disposição, tanto da própria escola como dos próprios professores, para elaboração de aulas práticas e lúdicas devido à falta de tempo, espaço e incentivo.

Segundo Haddad (2010), nossas sociedades requerem com urgência novos tipos de educação, que possam ajudar a prevenir a futura degradação do planeta e que gerem cidadãos mais cuidadoso, responsáveis e comprometidos, capazes de contribuir para um mundo mais justo e pacífico.

A Educação Ambiental deve ser ampla e não simplesmente levar os alunos as áreas externas da escola ou parques a fim de mostrar as belezas da natureza e sim incentivar nossos alunos a se engajarem na proteção do meio ambiente e sustentabilidade.

Compartilhando do pensamento de Haddad (2008), o desenvolvimento sustentável requer pessoas capazes não só de pensar criticamente, mas também de encontrar soluções criativas e alternativas às praticas sustentáveis que tendem a dominar o presente.

Não é preciso inventar metodologias novas para ensinar Educação Ambiental, precisa apenas, abordar de verdade esse assunto em todos os conteúdos de ciências, pois o cuidado com o meio e a sustentabilidade é interdisciplinar.

 

 

3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E SEU PAPEL NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

 

De acordo com Joullié et al (1980) quando um aluno realiza atividades que necessitem mais comunicação e envolvimento ele utiliza os sentidos para observar, raciocinando, analisando e sintetizando melhor as informações recebidas.

Compartilhando dessa mesma idéia, Reis, Azevedo e Scalco (sd) dizem que o educando precisa interagir com o objeto da aprendizagem, é ele que deve trabalhar, pesquisar, realizar operações mentais, como deduzir, induzir, classificar, ordenar, associar, avaliar, adquirir destrezas, habilidade e capacidade para tomar decisões.

Portanto quando surgem iniciativas e projetos com finalidade de promover a continuidade da aprendizagem de sala de aula, dentro do currículo escolar, o professor de ciências tem mais liberdade de promover aulas diferenciadas, e como afirma Antunes (2007), usar ferramentas de ensino como jogos pedagógicos, aulas práticas, dinâmicas e conversações transformam as informações em conhecimento.

            Em minha docência são enfatizados jogos pedagógicos e atividades práticas envolvendo o meio ambiente sustentável que segundo Lima (2008), melhoram a participação dos alunos em sala de aula enriquecendo o senso de responsabilidade e fortificando as normas de cooperação e a facilidade de consciência no aprendizado.

            Lima (2008), afirma ainda que os jogos quando usados de maneira correta e indutiva pelo educador poderão exercer a função de educar oportunizando a aprendizagem do educando, mas é de fundamental importância que educadores entendam que educar não se limita apenas a repassar informações e que jogos não são feitos só pra serem jogados e sim, são facilitadores no processo de aprendizagem.

            Bortoloto e Felício (sd) ressaltam que os alunos ficam entusiasmados quando recebem uma proposta de aprender de uma forma mais interativa, pois para uma criança toda novidade é empolgante se tornando um estímulo e tratando de aprender brincando o aluno se empenha mais para atender as propostas solicitadas pelos professores.

            Ao longo das minhas aulas, além de jogos, também realizo atividades práticas, como o desenvolvimento de uma horta dentro do ambiente escolar, confecção de pufes de garrafas pet para mobiliar a sala do vídeo, gincanas com coleta de jornais, revistas, papéis em geral, para serem revertidos em dinheiro para a escola, recolhimento de pilhas e baterias, coleta de papel rascunho, confecção de cartazes de economia de energia para cada sala de aula, e atualmente confecção de árvore de natal com fuxicos de retalhos trazidos pelos alunos e confeccionados em aula.

Além da participação em projetos financiados por empresas particulares, como o Verde-Azul da Sul Gás, que custeará a implementação de um biocombustível e uma cisterna  para coleta de água da chuva na escola.

            Atividades em que é oportunizado o contato direto com a natureza têm como objetivo maior, dinamizar o ensino de ciências no ensino fundamental, sendo utilizado como mais um recurso educacional e didático, uma vez que os adolescentes urbanos não têm esse tipo de oportunidades (REIS E SANTOS, 2005).

            As autoras acima afirmam que essas atividades vêm mostrando resultados satisfatórios, onde a relação homem/meio ambiente se estreita a partir do envolvimento da cidadania e a aquisição de conhecimentos às áreas de ecologia, geografia e química.

            Compartilhando da mesma idéia de Reis e Santos (2005), Ferreira e Cardoso (sd) também ressaltam que o objetivo maior de atividades quem envolvam a natureza é trazer a teoria do ensino de química, física e biologia para a prática, estimulando a aprendizagem e a participação dos alunos no ensino de ciências.

            Como diz Kindel (2010), precisamos conhecer mais sobre a vida de cada ser para que nossas explicações pautem-se em fundamentos ecológicos. Enfim, encontrar razões para dar um grande valor a cada ser vivo da natureza é uma das estratégias para se chegar ao entendimento de que não apenas nós, seres humanos, merecemos viver neste planeta e, sobretudo, de que a Terra não existe somente para nós.

 

 

3.1 REFLEXÕES SOBRE AS PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

Durante meu primeiro ano como docente pude observar uma falta de interesse mútuo, tanto dos professores como dos próprios alunos quanto ao comprometimento e envolvimento com as atividades solicitadas nas aulas de ciências.

A maioria dos alunos não se importa com a qualidade das aulas que estão sendo oferecidas, apenas querem realizar as tarefas propostas sem prestar atenção no que estavam fazendo, e muitas vezes nem as tarefas se propõem a realizar.

 Os alunos não estão naturalmente dispostos a fazer o papel de aluno. A situação escolar é definida pelos alunos como uma situação, não de hostilidade, mas de resistência ao professor. (DUBET, 1997, p. 223).

Bianconi e Caruso (2005), dizem que o ensino de ciências é mais do que promover a fixação dos conteúdos programáticos e sim proporcionar situações de aprendizagem que possibilitem ao aluno a formação de sua bagagem intelectual. Eles afirmam ainda que a construção de situações para o ensino de ciências é uma tarefa de extremo cuidado para os profissionais preocupados com o ensino e meio ambiente.

Nossas escolas estão tão presas a uma metodologia de ensino de apenas transmissão de conteúdos e com uma infinita preocupação de cumprir todo o conteúdo programático que acabam esquecendo–se do principal objetivo da escola, que de acordo com Antunes (2002), é tornar o aluno um verdadeiro leitor, capaz de expor e usar com clareza e objetividade as idéias que cria e aprende, não só para demonstrar esses saberes na escola, mas também para fazer uso dos mesmos na vida.

Portanto, acredito que cabe ao professor saber estimular o aprendizado de forma mais objetiva e aproximar este aluno das atividades desenvolvidas em sala de aula de forma dinâmica e criativa e este resgate do aluno pode ser desenvolvido através de aulas de Educação Ambiental, onde aproxima o aluno do meio onde ele vive fazendo compreender e respeitar o Meio Ambiente.

      Percebi que são poucos os professores que abordam o ensino da Educação Ambiental dentro do seu plano de ensino, tornando os alunos pouco preparados para as mudanças globais, os alunos apenas lêem os capítulos solicitados e respondem as questões formuladas no livro sem demonstrar interesse pelo conteúdo, sem assimilar os conhecimentos adquiridos em aula com suas vidas.

         Observando que os resultados desta forma de ensino não são satisfatórios, em minhas aulas realizo atividades diferenciadas, como experiências de plantio de mudas, jogos de memória, bingo, boliche, cadeia alimentar com temas referentes à ecologia e suas interações, realizo atividades de campo, como no entorno da escola, Jardim Botânico e, Museus, para que dessa forma, o estudo de ciências se tornasse mais prazeroso e houvesse uma interação maior com o meio ambiente.

             Em um primeiro momento, os alunos sempre mostram indisciplina e resistência em cooperar com atividades diferenciadas. Acredito que seja esse o motivo pelo qual professores desistem de realizar aulas dinâmicas que exijam maior envolvimento dos alunos.

Mas em um segundo momento, após explicar a importância dessa interação com contato visual e tátil com o meio ambiente, os alunos passam a compreender a fundamentação dessas práticas, por esta razão, percebi que nós professores temos que incentivar a implementação da Educação Ambiental em sala de aula.

Lima (2008), diz que sabemos que quando o aluno gosta do professor e este desperta o amor pelos estudos, automaticamente, o discente passa a gostar daquilo que está sendo ensinado e se esforça cada vez mais para aprender e não decepcionar, se comprometendo a buscar novos conhecimentos não só em séries iniciais como até no nível superior.

            Como diz Ferreira et al (sd) cada vez mais, a nossa responsabilidade em relação à proteção e preservação dos recursos do planeta é premente e a disseminação de ações educativas é urgente, não só em nível formal nas escolas como através da mídia. Penso ainda que além dessas duas as ações educativas também poderiam ser mais exploradas de forma não formal como a deste estudo.

                                                           E como Reis e Santos (2005), procurei buscar através da prática o desenvolvimento de um espaço interdisciplinar, de motivação concreta para os alunos, além de contribuir diretamente para a sua conscientização referente a sustentabilidade.

 

           

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Acredito, assim como Kishimoto (1996), que o professor deve rever a utilização de propostas de ensino, passando a adotar em sua prática aquelas que atuem nos componentes internos da aprendizagem, já que estes não podem ser ignorados quando o objetivo é a apropriação de conhecimentos por parte do aluno.

            Neste trabalho as atividades de Educação Ambiental desenvolvidas serviram para auxiliar a aprendizagem como forma facilitadora no ensino de ciências, melhorando o entendimento dos alunos e esclarecendo suas dúvidas.

Analisando qualitativamente, verificou-se entre os alunos que tiveram a Educação Ambiental abordada dentro da disciplina de ciências, um aumento positivo em seu desempenho e, assim como um crescente interesse pelo estudo de ciências à medida que puderam relacionar os conteúdos trabalhados com suas vivências diárias.

Entendo que a inclusão da Educação Ambiental é  uma importante estratégia para vencer o fracasso escolar podendo ser usados com mais frequência em aulas de outras disciplinas, visto que, o meio ambiente é abordado na maioria delas, favorecendo a compreensão e o processo de ensino-aprendizagem.

Para Lima (2008), formar professores com pleno conhecimento lúdico é uma tarefa árdua e difícil, pois para educar é necessário ter conhecimento profundo e acreditar que é possível conciliar o ensino lúdico com o ensino tradicional, tornando-o uma forma de aprendizagem significativa.

Conforme Christensen, Horn e Johnson (2008), cada aluno tem sua maneira de aprender a assimilar os conteúdos, cabendo a nós professores saber abordar metodologias de aprendizagem diferenciadas com estilos e ritmos diferentes na hora de ensinar, customizando para maximizar o potencial de entendimento dos alunos. Como diz Furtado (2008), o professor tem um grande potencial de ser um multiplicador de conhecimentos desde que conheça sua capacidade de ensinar o aluno a estudar e aprender. 

Com base neste estudo é possível inferir que o baixo desempenho escolar é de responsabilidade de duas instituições: Aluno e Escola

O aluno por não se interessar por algo que ele não visualiza, por algo que ele não tem o conhecimento prático e a escola, porque não exige de seus docentes uma formação continuada e aperfeiçoamento de seus métodos de ensino fazendo com que a escola permaneça utilizando metodologias obsoletas, não trazendo a sala de aula inovações desejadas pelos alunos.

Dessa forma, a implementação das atividades ambientais em escolas públicas é um importante aliado no processo de ensino-aprendizagem trazendo aos alunos aulas diferenciadas, mais dinâmicas, interativas e com objetivos específicos no ensino do meio Ambiente.

 

 

5 REFERÊNCIAS

 

ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar- Artmed, 2002- 172p. cap.5.

 

ANTUNES, Celso. Novas Maneiras de ensinar, Novas Formas de Aprender ENCONTRO TEMÁTICO REGIONALIZADO, 2007, Marília, SP. Disponível em:

<http://www.escolainterativa.com.br/canais/20_encontros_tem/2007/bh/Texto%20Reflexivo%20BH.pdf > Acesso em: 16 jan. 2009.

 

BIANCONI, Lucia M. e CARUSO, Francisco. Educação não-formal, Revista Ciência e Cultura Educação não-formal, São Paulo, nº 4, ano 57, p. 20. out-dez. 2005.

 

BORTOLOTO,T.M & FELÍCIO, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e Biologia: Uma proposta para favorecer a aprendizagem, p.47-60  Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaode jogos.pdf >  Acesso em: 04 mai. 2009.

 

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1998. 139p.

 

BRASIL, Ministério da Educação. Inclusão: Um desafio para os sistemas de ensino, nov.2008. Disponível em:<http://potal.mec.gov.br/seesp>

 

CARVALHO, Anna M. P e GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências, Cortez, nº 26, 8ª ed., 120p.

 

CHAMMAS, Roger. A escola vai à universidade, Revista Ciência Hoje, Rio de Janeiro, vol. 43, p. 62-64, dez 2008.

 

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2000. 432p.

 

CHRISTENSEN, Clayton M.; HORN, Michael B. e JOHNSON, Curtis W. Ruptura e inovação na sala de aula, Revista Pedagógica Pátio. Porto Alegre ano VIIn° 47, p.8-11, 2008.

 

CUNHA, N. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE. 1988.

 

DUBET, François. Espaço Aberto: Quando o Sociólogo quer saber o que é ser professor, Revista Brasileira de Educação, São Paulo, nº 6, p.222-231, set-dez. 1997.

 

FERREIRA, José.H.B.P.; LAMARCA, Karol P., DINIZ, Renato E.S. e NISHIDA Silvia M. Aprendendo sobre a relação presa-predador por meio de jogos pedagógicos,  p. 604-615, Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2005/artigos/capitulo %2010/aprendendopresapredador.pdf > Acesso em: 17 nov. 2008

 

FERREIRA, Silvia.C.M e CARDOSO Willany C. Horta escolar- Um laboratório vivo, p.1-9, Disponível em: <http://www.ufpi.br/mesteduc/eventos/ivencontro/GT17/ horta_escolar.pdf > Acesso em: 05 mai. 2009.

 

FURTADO, Thais. Muito além da obrigação, Revista Pedagógica Pátio, Porto Alegre ano VII n° 47, p.36-39, 2008.

 

GOMES, R.R. e FRIEDERICH, M. A contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de ciências e biologia. In: EREBIO,1, Rio de Janeiro, 2001, Anais..., Rio de Janeiro, 2001, p.389-92.

 

GROSSI, Gabriel P. O peso da formação, Revista Nova Escola, São Paulo, n° 216 p. 8, out 2008.

 

GURGEL, Thais. A origem do sucesso (e do fracasso) escolar, Revista Nova Escola, São Paulo, nº 216 p. 48-49, out 2008.

 

JOULLIÉ,Vera & MAFRA,Wandra. A didática de ciências através de módulos instrucionais.Petrópolis: Ed. Vozes, p.120-1. 1980.

 

KISHIMOTO, T. M. (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 10. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2007. 183 p.

 

LIMA, João R. A importância dos jogos nas séries iniciais, p. 1-16, abr. 2008. Disponivel em: <http://www.artigonal.com/print/385913> Acesso em: 04 mai 2009, 20:57.

 

PELLEGRINI, Denise e GROSSI, Gabriel P. A formação docente é prioridade para o Ministério, Revista Nova Escola, n° 216 p. 32-36 out 2008.

 

REIS, Ana C.S. e SANTOS, Elza N. Projeto A Horta na Escola p. 1-16 nov. 2005 Disponível em: <http://www.ccmn.ufrj.br/curso/trabalhos/pdf/biologia-trabalhos/ ecoem/trabalhos% 20aprovados/ecoemhorta.pdf> Acesso em: 16 jan. 2009.

 

REIS, M., AZEVEDO, Antúlio J. e SCALCO, Maria M. R. Reforço de Escolaridade aos alunos de ensino supletivo residentes nos assentamentos de Pirajuí e Presidente Alves (SP), p. 467-476 Disponível em: <www.unesp.br/prograd/ PDFNE2004/artigos/eixo8/reforcodescolaridade.pdf> Acesso em: 04 mai. 2009.

 

TIBA, Içame. Conversas com Içame Tiba: Volume 1 São Paulo  Ed Integrare, 2008.

 

VIEIRA, Valéria; BIANCONI, Lucia M. e DIAS, Monique. Espaços não formais de ensino e o currículo de ciências Revista Ciência e Cultura Educação não-formal, São Paulo, nº 4, ano 57, p. 21-23, out-dez. 2005.

 

 

 

Ilustrações: Silvana Santos