Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2011 (Nº 37) As Expedições Científicas Estudantis (ECE) e o estudo da paisagem no ensino de Ciências Ambientais na região nordeste do Brasil
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As Expedições Científicas Estudantis (ECE) e o estudo da paisagem no ensino de Ciências Ambientais na região nordeste do Brasil

 

Cristiano Cunha Costa

Paulo Sérgio Maroti

Livia Maria de Jesus Santos

Fernanda Tatiane dos Santos Reis

Iris Rianne Santana Alves

Dayvisson Nunes Costa

 

 

RESUMO: A crescente pressão sobre os recursos naturais resulta na perda da qualidade dos vários serviços ambientais e os recursos hídricos estão entre os mais importantes. Dessa maneira, torna-se imprescindível o uso de metodologias que tentem re-aproximar ser humano e meio ambiente.  Esse trabalho teve como objetivo promover a percepção ambiental de alunos e professores sobre a qualidade da água da barragem por alunos de uma escola pública do povoado do entorno da barragem, visando subsidiar discussões sobre tal problemática. Como metodologia, realizou-se uma atividade de campo com alunos e professores da 8ª série, usando-se de uma ficha de campo. Observou-se uma diferença entre os ambientes estudados, segundo percepção dos grupos, quanto a erosão, vegetação ciliar, alterações antrópicas, presença de plantas aquáticas, dentre outros aspectos. Conclui-se que houve integração e participação nas questões ambientais, devido à experimentação e as aulas de campo, tão pouco usadas nas salas de aula.

Palavras-chave: expedições científicas estudantis, estudo do meio, aulas-passeio

 

ABSTRACT: To growing pressure about the natural resources results in the loss of the quality of the several environmental service and the water resources are between the most important.  Of that way, becomes-itself indispensable the use of methodologies that try re-approach be a human and environment. That work had like objective promote the environmental perception of students and professors about the quality of the water of the dam by students of a public school of the town of spill of the dam, aiming at subsidize arguments about such problem.  As methodology, carried out itself an activity of field with students and professors of the 8ª series, using itself of a card of field.  It observed itself a difference between the environments studied, second perception of the groups, as regards erosion, riparian vegetation, human alterations, presence of aquatic plants, among others aspects.  I concluded that had integration and participation in the environmental questions, due to the experimentation and the classes of field, so little used in the classroom. 

Keywords: student scientific expeditions, study of the environment, classes-walk

 

 

1. INTRODUÇÃO

            O crescimento acentuado dos grandes centros urbanos nas últimas décadas tem aumentando demasiadamente a pressão sobre os recursos naturais em seu entorno, devido a ampliação das fronteiras agrícolas e extrativistas sem qualquer planejamento, aliada à deficiência das políticas agrícolas e agrárias, causando enormes prejuízos estratégicos em termos de recursos naturais e biodiversidade, tendo como conseqüência o decréscimo da qualidade de vida de populações rurais e urbanas.

            A paisagem é definida por Troll (1950) apud Del Álamo et al. (1994), geógrafo alemão considerado como o pioneiro na ecologia da paisagem como, “entidade total espacial e visual em que o homem desenvolve sua vida, integrando a geosfera e a noosfera”. Para Zonneveld (1979) “uma parte da superfície terrestre consistente em um complexo de sistemas, formados por atividades das rochas, água, ar, plantas, animais e homem e que por sua fisionomia forma uma entidade reconhecível”.

            A paisagem oferece uma fonte de estímulos e recursos didáticos inesgotáveis que podem ser interpretados e valorados mediante a aplicação de diversas técnicas didáticas (DEL ÁLAMO et al., 1994).

Os recursos hídricos representados por rios, córregos, pelo mar e, principalmente na região nordeste, pelos açudes são de fundamental importância para a sobrevivência do sertanejo. Nesse contexto, a água da barragem da Cajaíba é usada para a irrigação de culturas, abastecimento das comunidades, para criação de peixes (Sarotherodon niloticus ou tilápia-do-nilo) e para o lazer, nos finais de semana e feriados, não havendo uma preocupação com a qualidade da água da barragem.

Diante da situação, torna-se de relevante a importância da participação das comunidades do entorno dos corpos d’água em atividades de educação ambiental, favorecendo um contato direto com a natureza, estimulando a sensibilização e a compreensão de que o homem é parte integrante da natureza e favorecendo a mudança de comportamentos, valores e hábitos sociais, por meio das expedições estudantis.

As Expedições Científicas Estudantis (ECE) (MARQUES, 1994), inspiradas nas grandes Expedições Científicas realizadas no passado em nosso país (Langsdorff, Spix e Martius, Saint-Hilaire, entre outros) e nas aulas-passeio proposto pela Pedagogia Freinet (SAMPAIO, 1989), são importante recurso metodológico para o ensino das Ciências Naturais, e visam resgatar a visão naturalista no trato das questões ambientais e promover a iniciação científica. Diferenciando-se do tradicional excursionismo ou das aulas de campo, em que a mesma dinâmica tradicional da sala de aula é adotada (aula expositiva), os grupos de alunos organizam-se em torno de temas ou problemas ambientais específicos da região e saem a campo devidamente instrumentalizados e motivados a observar, analisar e coletar dados através de fichas de observação e coleta, desenvolvendo atitudes e habilidades científicas.

As atividades em uma expedição científica devem ser cuidadosamente preparadas, utilizando-se os mais variados métodos, técnicas e equipamentos para o estudo do meio.

Nidelcoff (1979) define ao explicar o que é Estudo do Meio, coloca que Meio é a realidade física, biológica, humana que nos rodeiam e que se ligam de maneira direta por meio da experiência; e quanto ao Estudo , comenta que este pode apresentar valores e e gradações diferentes: aproximar-se afetivamente, descobrir coisas, exprimi-las, explicá-las, analisá-las. Para Pontuschka (1994), um estudo do meio pode variar “desde uma saída de estudantes e professores” com o objetivo de entretenimento, até “trabalhos interdisciplinares que demandam pesquisas de campo, bibliográfica, iconográfica”, levando a um investimento/necessidade de trabalho tanto individual quanto coletivo.

Esse tipo de estudo, onde o aluno constrói o conhecimento junto com o professor, gera um maior aproveitamento, pois quando o aluno é instigado para investigar as prováveis causas para um determinado problema e suas possíveis conseqüências para o ambiente analisado, ele sente-se importante por estar agindo junto com o professor, e acabam se interessando ainda mais pelo assunto.

É nesse sentido que também é inserida a metodologia da pesquisa-ação-participativa que articula, radicalmente, a produção de conhecimentos, a ação educativa e a participação dos envolvidos, isto é, produz conhecimentos sobre a realidade estudada e, ao mesmo tempo, realiza um processo educativo participativo (BRANDÃO, 1981). Para Thiollent (2000), a pesquisa-ação tem como ponto de partida a articulação entre a produção de conhecimentos para a conscientização dos sujeitos e solução de problemas socialmente significativos.

Os ideais que nortearam estas e outras “técnicas” da Pedagogia Freinet podem ser considerados universais, ao pensarem a escola, ou melhor, a Educação Ambiental como caminho especialmente importante para lidar com realidades.

            Para Reigota (2002), trata-se de uma educação que visa não só a utilização racional dos recursos naturais, mas basicamente a participação dos cidadãos nas discussões e decisões sobre a temática ambiental. Sato (2002), como outros autores, defende que a educação ambiental deve ser abordada como uma dimensão que permeia todas as atividades escolares perpassando os demais diversos setores de ação humana.

Além disso, a educação ambiental deve prover os meios de percepção e compreensão dos vários fatores que interagem no tempo e no espaço para modelar o meio ambiente. Quando possível, o conhecimento em questão deveria ser adquirido por meio da observação, do estudo e da experimentação de ambientes específicos. Deve também definir os valores e motivações que conduzam a padrões de comportamento de preservação e melhoria do meio ambiente (DIAS, 2003).  Uma questão crucial para o sucesso dos programas de educação ambiental é a adoção de ferramentas adequadas para que cada grupo atinja o nível esperado de percepção ambiental (JACOBI et al., 2004).

Krasilchik (1986) expressa que a base dessa diversidade de percepções sobre as causas da degradação do meio e suas soluções, por sua vez, reside na variedade de pontos de vista sobre o processo de desenvolvimento e sobre o conceito de qualidade de vida, que não podem ser padronizados, mas dependem das aspirações de cada população, de cada comunidade.

Diversas são as formas de se estudar a percepção ambiental: questionários, ou mapas mentais ou contorno, representações fotográficas, etc. Existem ainda trabalhos em percepção ambiental que buscam não apenas o entendimento do que o indivíduo percebe, mas promover a sensibilização, bem como o desenvolvimento do sistema de percepção e compreensão do ambiente.

Este trabalho tem como principal objetivo, utilizando-se das metodologias do estudo do meio e expedição científica estudantil (ECE) com alunos e professores de uma escola pública, aproximar estes atores sociais da realidade desse recurso hídrico representado em um açude de mesmo nome do povoado, visando subsidiar discussões e ações relacionadas a tal problemática.

 

2. METODOLOGIA

2.1. Caracterização da área de estudo

            O estudo foi realizado na barragem da Cajaíba, zona rural do município de Itabaiana-SE (agreste sergipano), que tem os recursos hídricos utilizados para os mais variados fins como: a) para a irrigação de culturas - utilizada por pequenos produtores rurais; b) para o abastecimento das comunidades mais próximas como Macambira, Campo do Brito e o município de Itabaiana; c) para a piscicultura (criação de Sarotherodon niloticus ou tilápia-do-nilo em tanques-rede); d) além de atividades de lazer nos finais de semana e feriados. 

Foram realizadas atividades de campo com alunos e professores do nono ano (antiga 8ª série do ensino fundamental) durante o segundo semestre de 2008, sendo que a barragem de mesmo nome do povoado[i][1] foi utilizada como instrumento de estudo.

Inicialmente foram escolhidos três pontos para a coleta de dados com os alunos durante as expedições. A escolha de tais áreas obedeceram a critérios que visavam a fácil diferenciação dos impactos ligados ao uso dos recursos hídricos pelo homem.  Durante as atividades com os alunos, foram utilizadas fichas de campo que eram preenchidas pelos grupos de alunos e professores, abordando características relacionadas ao estado de conservação da mata-ciliar, ao perfil da água (cor, cheiro), às atividades econômicas do entorno e o uso pelo homem. Para a confecção dessa ficha de campo, utilizou-se como exemplo os trabalhos realizados por Santos et al.(2007) (em anexo).

 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As fichas de campo foram de relevante importância durante as atividades desenvolvidas uma vez que permitiram aos estudantes e professores a orientação durante as atividades desenvolvidas, além de garantir a descrição minuciosa dos três ambientes estudados, além de descrever diferenças entre os mesmos e a influência destas para ambiente e de possíveis variáveis visando o monitoramento participativo futuro. Somado a isso, permitiu a obtenção de observações sobre a paisagem de diferentes ambientes pertencentes a mesmo corpo hídrico (figura 01).

 

   

Figura 01. Uso das fichas de campo pelos grupos nos pontos de coleta na barragem da Cajaíba/SE.

Fonte: Trabalho de campo, 2008.

 

Com o uso das fichas de campo, foi possível caracterizar os ambientes segundo percepção dos grupos. Assim, o ponto de coleta um (1) foi caracterizado pelos grupos como sendo de uma vegetação natural; com sinais evidentes de erosão em áreas próximas à barragem; com alterações antrópicas de origem doméstica (esgoto, lixo, como foi visto), porém não havendo odor na água, ou mesmo oleosidade perceptível. A água foi percebida como transparente e sem outro tipo de cascalho (fundo); a mata ciliar foi percebida, porém sendo destacados os sinais de alteração e com trechos com largura superior aos 20 metros e com a presença de plantas aquáticas (macrófitas ou algas filamentosas).

            O ponto de coleta dois (2), segundo a percepção dos grupos, é caracterizado por uma vegetação natural; com erosão ausente; alterações antrópicas de origem doméstica; sem odor e oleosidade na água; água turva e com areia e lama em seu substrato; a vegetação ciliar bem desenvolvida e diferenciada da formação do entorno com largura superior a 20 metros; com presença significativa de plantas aquáticas (macrófitas ou algas filamentosas).

            O ponto de coleta três (3) foi caracterizado como vegetação natural; com erosão ausente; alteração antrópica de origem doméstica; odor e oleosidade ausentes e água turva, com lama e areia como substrato; a mata ciliar presente, mas com sinais de alteração numa faixa de 20 metros; macrófitas distribuídas ao longo desse ponto.

            Confirmando os dados de Morais (2004), os alunos amostrados percebem o local que faz parte da rotina delas de forma superficial, parecendo existir uma espécie de opacidade referente à percepção das condições ambientais locais. O autor afirma que um visitante ocasional acaba percebendo mais detalhes do local, pois está com os olhos atentos vendo algo novo.

Considerado o “pai da educação ambiental”, o escocês Patrick Geddes, expressa que uma criança que vive em meio rural tem uma relação mais próxima com a natureza do que uma outra criança que vive no meio urbano, sendo necessário desenvolver na criança uma simpatia pela natureza, favorecendo uma interação com a fauna, com a flora e demais recursos naturais.

 

4. CONCLUSÃO

            Tanto a escola, estruturalmente falando, como seus profissionais não estão preparados para lidar com a situação ambiental em que vivemos, cuja possibilidade de transformar esse assunto em assuntos problema ou tema-gerador para atividades em várias áreas. A desconectividade é total e isso é muito grave! As atividades propostas através destas metodologias consistiram em tentar re-ligar a escola aos problemas locais e regionais e isso não tem sido fácil. As dificuldades são várias, a falta de tempo do professor devido a sua carga horária, o despreparo destes, a falta de estrutura da escola em oferecer condições para transporte e material didático aos alunos e por último, a fraca formação dos próprios alunos.

            O estudo do meio, as aulas passeio e estudos da paisagem consistiram em metodologias bem aceitas pelos professores e alunos, porém sem continuidade, o que é colocado em xeque tal ação.

A tentativa no uso de tais práticas é possibilitar que o ser humano adquira novas posturas ao lidar com o meio ambiente, adotando uma relação mais harmônica com os recursos naturais e com a natureza. Assim, como permite uma postura de integração e participação nas questões ambientais, sendo que cada pessoa exerça a cidadania. Além disso, a educação ambiental deve estimular a percepção necessária no sentido dos atores sociais envolvidos no processo, sejam capazes de transformarem a atual situação ambiental existente.

            Conclui-se que o interesse observado entre os alunos e professores se deve inequivocamente a “vedete” das atividades: a experimentação e as aulas de campo, tão pouco usadas nas salas de aula daqui e pelo país. Mas vale destacar também a importância da abordagem da realidade local, tantas vezes tratada em materiais didáticos focando o sul ou o sudeste (local de origem das editoras de material didático e paradidático).

 

5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

 

BRANDÃO, C. R. Pesquisa participante. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.

 

DEL ÁLAMO, J. B.; HERNÁNDEZ, F. H.; LUCIO, J. V.; ALBERO, C. M.; ESCUDERO, E. P. & RUIZ, J. P. Viviendo el Paisaje – guia didáctica para interpretar y actuar sobre el paisaje. undación para La integración y el Desarrollo Ambiental (FIDA), Madrid, España, 1994.

 

DIAS, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 8ª ed. São Paulo: Gaia, 2003.

 

JACOBI, C. M.; FLEURY, L. C.; ROCHA, A. C. C. L. Percepção ambiental em unidades de conservação: experiência com diferentes grupos etários no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, MG. Anais do 7º Encontro de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2004.

 

KRASILCHIK, M. Educação ambiental na escola brasileira – passado, presente e futuro. Revista Ciência e Cultura, Rio de Janeiro, nº. 38, 1986, p.1958-1961.

 

MARQUES, P. H. C. Expedição Científica Estudantil. Monografia de graduação. Curitiba: Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, 1994.

 

MORAIS, F. M. R. Educação e fotografia: contribuições à percepção de problemas ambientais. Dissertação de mestrado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba, São Paulo, 2004.

 

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo: Brasiliense, 1979.

 

Noções básicas de cartografia http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/elementos_representacao.html. Acesso em 02/12/09.

 

PONTUSCHKA, N. N. A formação pedagógica do professor de geografia e as práticas interdisciplinares. Tese de Doutorado, Programa de Pós Graduação em Educação, Universidade de São Paulo, 1994.

 

REIGOTA, M. Meio ambiente e representação social. 5ª ed. São Paulo, Cortez, 2002.

 

SAMPAIO, R. M. W. F. Evolução histórica e atualidades. São Paulo: Scipione, 1989.

 

SANTOS, L. M. J.; REIS, F. T. S. R.; NASCIMENTO, L. M. B.; MOURA, B. C.; XAVIER, A. B.; COSTA, D. N.; MAROTI, P. S. “Monitoramento socioambiental participativo do açude Marcela e barragem do rio Jacarecica no município de Itabaiana/SE: produção do conhecimento”. Anais do II Encontro Nordestino de Educação Ambiental. 2007. p. 15-18.

 

SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: RIMA 2002.

 

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2000.

 

ZONNEVELD, I.S. The land unit – A fundamental concept in landscape ecology, and its applications. Landscape Ecology, vol 3, n. 2, pp. 67-86, 1989.

 



[1] Localidade freqüente e 2 (dois) dos seguintes serviços ou equipamentos: 1 (um) estabelecimento de ensino de 1º grau em funcionamento regular, 1 (um) posto de saúde com atendimento regular e 1 (um) templo religioso de qualquer credo. Corresponde a um que tem a característica definidora de Aglomerado Rural Isolado e possui pelo menos 1 (um) estabelecimento comercial de bens de consumo aglomerado sem caráter privado ou empresarial ou que não está vinculado a um único proprietário do solo, cujos moradores exercem atividades econômicas quer primárias, terciárias ou, mesmo secundárias, na própria localidade ou fora dela. (Noções básicas de cartografia, 2009).

 



 

 

ANEXO

 

Local de coleta:     Açude  (   )      Represa  (   )

Dia: ___/___/___

Ponto de coleta: 1 (   )   2 (   )   3 (   )

 

                                        (A)                           (B)                              (C)                     LETRA

1. Tipo de ocupação das margens (atividade principal)

 

Vegetação natural

Campo de pastagem/

agricultura/

reflorestamento

Urbanização com impermeabilização do terreno

 

2. Erosão (estabilidade das margens)

Ausente

Sinais de erosão e áreas próximas ao rio

Erosão próxima ou nas margens, com assoreamento

 

3. Alterações antrópicas

Ausente

Alteração de origem doméstica (esgoto, lixo)

Alteração urbana ou industrial; canalização

 

4. Odor da água

Nenhum

Esgoto

Óleo ou químico

 

5. Oleosidade

Ausente

moderada

Abundante

 

6. Transparência

Transparente

Turva

Opaca ou colorida

 

7. Tipo de substrato

Pedra/cascalho

Bem diversificado

Lama/areia

(mais homogêneo)

Cimento/canalização

 

8. Características da mata ciliar

Bem desenvolvida e diferenciada da formação do entorno

Presente, mas com sinais de alteração

Ausente

 

9. Largura da mata ciliar

Mais que 20m

10 a 20m

Ausente

 

10. Presença de plantas aquáticas

Pequenas macrófitas e/ou musgos distribuídos pelo leito

Macrófitas ou algas filamentosas distribuídas;

Ausência de vegetação aquática ou grandes bancos de macrófitas

 

 

Ilustrações: Silvana Santos