Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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10/09/2011 (Nº 37) Percepção Ambiental de estudantes DO ENSINO FUNDAMENTAL do município de Conceição das Alagoas/MG, utilizada como instrumento para Educação Ambiental
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Educação Ambiental em Ação 37

Percepção Ambiental de estudantes DO ENSINO FUNDAMENTAL do município de Conceição das Alagoas/MG, utilizada como instrumento para Educação Ambiental

 

 

 

 

Thiago Teixeira Silva 1

 

Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum 2

 

Roosevelt Silva Fernandes 3

 

 

 

1 Biólogo, Especialista em Gestão Ambiental, pelo Centro de Ensino Superior de Uberaba (CESUBE). Email: thiteixeira@hotmail.com.

Endereço: Rua Jerônimo Haydeé de Souza Melo, 492 – Centro – Conceição das Alagoas, MG – CEP: 38120-000.

 

2 Doutor em Ecologia, aluno de pós-doutorado PNPD – PRODEMA/UFRN, departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Natal, RN, Email: mnckokubum@yahoo.com.

 

3 Mestre em Engenharia de Produção Civil – COPPE/UFRJ, Coordenador do Curso de Engenharia de Produção Civil da Faculdade Brasileita (UNIVIX). Vitória, ES. Email: roosevelt@ebrnet.com.br.

 

 

 

Resumo: Este trabalho é fruto de pesquisa de campo, na qual investigou-se a percepção ambiental dos alunos do ensino fundamental, através de questionários. Os questionários foram aplicados entre os meses de Outubro e Dezembro de 2008, com alunos do município de Conceição das Alagoas, situado no Triângulo Mineiro. Diversas temáticas ambientais foram abordadas com objetivo de averiguar o entendimento da população estudantil acerca dos principais problemas ambientais, com finalidade de conhecer as relações existentes entre eles e o ambiente em que estão inseridos. Conhecendo a realidade dos estudantes e a inter-relação estabelecida com o meio ambiente, torna-se possível trabalhar a Educação Ambiental efetivamente.

 

Palavras-chave: Percepção Ambiental, Educação Ambiental, Meio Ambiente, Conceição das Alagoas.

 

 

Introdução

 

Diante o uso desenfreado dos recursos naturais, justificado em prol do desenvolvimento, o planeta enfrenta inúmeros problemas que resultam em ameaças ao equilíbrio ecológico e no comprometimento da biodiversidade, levando, em muitos casos, a extinção de espécies vegetais e animais, assim como a condições desfavoráveis para a vida humana.

As modificações ambientais decorrentes do processo antrópico de ocupação dos espaços e de urbanização, que ocorrem em escala global, especialmente as que vêm acontecendo desde os séculos XIX e XX, impõem taxas incompatíveis com a capacidade suporte dos ecossistemas naturais (Philippi Jr. e Malheiros, 2005, p.4).

É preciso refletir sobre as conseqüências resultantes das práticas incorretas, indevidas e não pensadas dos seres humanos, para agir de uma forma diferente e mais consciente quanto aos nossos recursos naturais ainda disponíveis.

A água, bem de uso comum, embora presente em maior quantidade no Brasil (ca de 15% de água doce superficial disponível no planeta), é um recurso que se torna cada vez mais escasso pela falta de consciência por parte de empresas e população.

Segundo relatório da ONU, datado de 2000, "No ritmo atual de poluição e explosão demográfica, as perspectivas são sombrias. Em 25 anos um terço da humanidade estará morrendo por sede ou contaminação de água. As primeiras vítimas serão moradores de metrópoles e regiões desérticas" (ROMANELLI, s.d).

Outro fator agravante que ocorre não só aqui, mas no mundo todo são os desmatamentos, resultado do crescimento das atividades produtivas, é talvez um dos principais problemas que vivenciamos. Muitos produtores a fim de expandirem suas lavouras, não fazem o manejo correto do solo e acaba por torná-lo infértil. Outras conseqüências decorrentes dessa prática são: perda da biodiversidade, degradação do solo, erosões, mudanças climáticas, entre outras.

No aspecto clima, observa-se que a temperatura média global na superfície do Planeta Terra elevou-se em 0,6 ºC para 0,7 ºC nos últimos 100 anos. Esse aquecimento é decorrente da emissão, por atividade antrópica, de gases que interferem com a radiação eletromagnética e, com isso, dificultam a transferência para o espaço da radiação térmica – o chamado “Efeito Estufa”. Os principais gases que participam deste processo são dióxido de carbono, metano, ozônio e óxido nitroso (NOBRE, 2004).

A sociedade moderna enfrenta sérias dificuldades que podem ser facilmente identificadas e, que são de crucial importância para o futuro da mesma: o esgotamento dos combustíveis fósseis e a constante degradação do meio ambiente. Estes problemas estão relacionados porque uma das principais fontes de poluição ambiental é o uso indiscriminado de combustíveis fósseis para produzir energia. Em particular, o uso desses combustíveis em um nível cada vez maior de veículos que transitam em grandes centros urbanos é uma das maiores preocupações atuais, visto o grande volume de poluentes produzidos (GONZALEZ, 2000, p.262).

Inúmeras discussões acerca dos resíduos gerados têm feito com que profissionais estudem formas de gestão para consumir, por exemplo, o lixo produzido pelos núcleos urbanos. Cada habitante produz em média 1 kg/dia de lixo (MEDEIROS, 2005, p.57) e o destino desse lixo tem sido normalmente o descarte a céu aberto.

Muito se pode fazer para evitar e até mesmo destinar de forma correta esse lixo, neste caso, adotando a regra dos 3 R’s: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir seria, basicamente, evitar adquirir objetos supérfluos, aquilo que não precisamos; reutilizar é saber reaproveitar aquilo que vai para o lixo, que nem sempre é lixo; e reciclar é trazer de volta ao ciclo produtivo àquilo que jogamos fora, mas que ainda tem condições técnicas e econômicas de ser aproveitado.

Quanto ao crescimento demográfico, Costa (1972) justifica que o problema se acentuou no período pós-guerra.

 

Esta “explosão demográfica” verifica-se principalmente nos países subdesenvolvidos, cujas taxas de crescimento populacional são, geralmente, três vezes superiores ou mais, aos dos países industrializados, capitalistas ou socialistas (COSTA, 1972, p.317).

 

Este trabalho teve por objetivo a investigação da percepção ambiental da população estudantil acerca dos principais problemas ambientais, com a finalidade de conhecer as relações existentes entre eles e o ambiente em que estão inseridos.

 

Percepção Ambiental

 

O Homem constantemente age no meio em que está inserido, a fim de sanar seu anseio e necessidade, deixando de lado e até mesmo não notando como o meio ambiente está respondendo às suas ações.

A consciência ecológica surgiu nos países do norte europeu e da América do Norte como reação à ação predatória dos homens e como decorrência da escolarização e informação dos cidadãos, que se posicionam criticamente em relação às questões que abalam a sociedade global. Nesses países, existe uma forte consciência e exercício de cidadania que se manifesta através de movimentos populares organizados, atuando e influenciando nos destinos do país e do mundo (GARCIA, 1991, apud SILVEIRA, 2007, p.1).

Percepção ambiental é definida por Faggionato (s.d) como uma tomada de consciência do ambiente pelo homem, ou seja, o ato de perceber o ambiente que se está inserido, aprendendo a proteger e a cuidar do mesmo. Cada indivíduo percebe, reage e responde diferentemente às ações sobre o ambiente em que vive. As respostas ou manifestações daí decorrentes são resultado das percepções (individuais e coletivas), dos processos cognitivos, julgamentos e expectativas de cada pessoa.

A importância da pesquisa em Percepção Ambiental para o planejamento do ambiente foi ressaltada na proposição da UNESCO (1973), que "uma das dificuldades para a proteção dos ambientes naturais está na existência de diferenças nas percepções dos valores e da importância dos mesmos entre os indivíduos de culturas diferentes ou de grupos sócio-econômicos que desempenham funções distintas, no plano social, nesses ambientes" (MAROTI, s.d).

Em meio a tantos problemas ambientais enfrentados nos dias de hoje, muitas pessoas ainda não conseguem percebê-los, e encaram com naturalidade os, resultados desencadeados gradativamente em prol do desenvolvimento. Lutzenberger (1980, apud SILVEIRA, 2007, p.2), defende que a solução para os problemas ambientais está na educação:

 

 [...] a ênfase da educação será não mais na direção do especialista estreito, reducionista, ignorante, fora de sua especialização e sem preocupação ética, mas na direção da cultura geral sólida, do horizonte científico e no sentido de responsabilidade difusa e inclusive como base para toda atividade humana.

Segundo Faggionato (s.d), saber como os indivíduos com quem se trabalha percebem o ambiente em que vivem, suas fontes de satisfação, e insatisfação é de fundamental importância, pois só assim, conhecendo a cada um, torna-se possível a realização de um trabalho com bases locais, partindo da realidade do público alvo.

A percepção do meio ambiente, sendo usada como um instrumento da educação ambiental poderá ajudar na defesa do meio natural, pois aproxima o Homem da sua verdadeira “casa”, a natureza, despertando-o para o cuidado e o respeito para com a Terra. Com isso, pode-se ter qualidade de vida para todos e para as novas gerações (PALMA, 2005).

 

Educação Ambiental

 

A Educação ambiental aparece diante o cenário em que as pessoas se preocupam cada vez mais com a atualidade e os avanços tecnológicos, esquecendo de que precisamos de um ambiente saudável, o qual dependemos para sobreviver.

Jacobi (2003, p.192) diz que, nestes tempos em que, a informação assume um papel cada vez mais relevante, ciberespaço, multimídia, internet, a educação para a cidadania, representam a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas formas de participação na defesa da qualidade de vida. Nesse sentido cabe destacar que a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável.

Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, de acordo com Tamaio (2000, apud Jacobi, 2003, p.193), se converte em “mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas”. O educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.

Oliveira (2006, p.33) diz que a partir do momento em que o ser humano se sentir como elemento integrante do meio ambiente, os problemas ambientais poderão ser amenizados. Como este, não se vê enquanto natureza, sua maior preocupação está relacionada exclusivamente à questão econômica, o que está provocando essa cadeia de desequilíbrio no nosso Planeta. Ainda, diante desse contexto, acredita-se, estar na Educação Ambiental e nos bancos escolares uma das soluções para amenizar esta problemática de ordem ambiental, social e econômica que assola o Planeta Terra.

Palma (2005) diz que com a percepção do meio e, conseqüentemente, o cuidado com o ambiente é possível reverter muitos dos problemas ambientais, pois quando pensamos em Educação Ambiental, estamos trabalhando toda a realidade da sociedade onde o conhecimento não está mais somente nas mãos dos educadores, mas em trocas de conhecimentos e experiências. Unindo os conhecimentos e experiências de todos, teremos uma Educação Ambiental onde todos podem e devem contribuir para o crescimento e entendimento da nossa sociedade. Devemos reaprender o mundo, reconstruir as relações e os valores e proporcionar novas atitudes social e ambientalmente justas.

Definida e recomendada mundial e nacionalmente pelos órgãos competentes oficiais e da sociedade civil, a Educação Ambiental (EA) tem-se inserido em nossa sociedade através de programas e/ou projetos desenvolvidos na escola por meio de ações implantadas pelos professores junto às suas turmas, através de programas desenvolvidos por empresas, organizações não governamentais (ONGs) e instituições ligadas ao poder público seja na esfera municipal, estadual ou federal, ou ainda, de forma menos percebida, através da organização de grupos ou comunidades (Rodrigues & Rodrigues, 2001, p.9).

Medina (2000) trata a Educação Ambiental como uma modalidade da educação em geral consistindo em propiciar às pessoas uma compreensão crítica e global do ambiente, para elucidar valores e desenvolver atitudes que lhes permitam adotar uma posição consciente e participativa, a respeito das questões relacionadas com a conservação e adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e consumismo desenfreado.

A Educação Ambiental é uma ferramenta privilegiada para o estabelecimento de um novo contrato com a natureza baseado em uma conscientização mais profunda, tanto dos elementos que compõe o meio ambiente, onde o homem passe a ser encarado como um elemento chave do contexto ambiental, quando da necessidade de ver o meio ambiente como condição maior da vida, podendo ainda levar a mudanças de comportamento pessoal e a atitudes e valores de cidadania que podem ter fortes conseqüências sociais (BRASIL, 1997).

Embora atitudes criativas e individualizadas sejam bem vindas, é fundamental um investimento sério nessa área, onde equipes interdisciplinares de profissionais treinados possam atuar junto às escolas trabalhando a partir de suas realidades locais (Rodrigues & Rodrigues, 2001, p.37).

A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global. Para isso, é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande desafio para a educação (Rodrigues & Rodrigues, 2001, p.37).

O trabalho com a realidade local possui a qualidade de oferecer um universo acessível e conhecido, passível de ser campo de aplicação de conhecimento, através de assuntos mais significativos. Portanto, para que os alunos possam compreender a complexidade e a amplitude das questões ambientais, é fundamental oferecer-lhes além da maior diversidade de experiências, uma visão abrangente que englobe diversas realidades, e ao mesmo tempo, uma visão contextualizada da realidade ambiental, o que inclui, além do ambiente físico as condições sociais e culturais (Rodrigues & Rodrigues, 2001, p.38).

 

O município de Conceição das Alagoas/MG – Estudo de caso

 

O município de Conceição das Alagoas (19º54’54.86’’S e 48º23’12.83’’O) está situado no Triângulo Mineiro, a 60 km de Uberaba, conhecido, em décadas passadas, por “Garimpo”, devido intensa exploração de diamantes, era uma cidade pacata de não muitos habitantes e de grandes fontes de recursos naturais.

Em meados dos anos 70 teve seu espaço ocupado pelo setor agrícola, especificamente na produção de grãos (SILVA e PELEGRINI, 2003).

Há pouco mais de 10 anos a realidade não é a mesma; o município está cercado pela monocultura de cana-de-açúcar, e como conseqüência desta cultura em larga escala, ocorreram transformações dos fatores econômicos e sócio-ambientais. Observa-se, por exemplo, desflorestamento de áreas, afetando diretamente a fauna e flora local e, poluição visual, do ar e dos solos, devido tratamentos prévios bruscos para plantação e práticas de queimadas, resultando em más condições a saúde da população e do meio ambiente no geral (SILVA e PELEGRINI, 2003).

Hoje, a população enfrenta, evidentemente: alteração no clima (aumento da temperatura e diminuição da umidade do ar), órgãos públicos lotados, crescimento da marginalização e violência e uma cidade pouco provida de recursos para enfrentar tais conseqüências.

 

 

Metodologia

 

Foram realizadas pesquisas através de questionários, durante os meses de Outubro, Novembro e Dezembro de 2008.

Procurou-se abranger 60% do público estudantil, do Ensino Fundamental, do município de Conceição das Alagoas, MG, para tanto em um total de 64 alunos da rede de ensino privada, foram amostrados 62 alunos (96,9% de entrevistados). Na escola municipal foram amostrados 393 alunos de um total de 651, representando os entrevistados em 60,4%. Já nas escolas estaduais em um total de 630 alunos, 381 dos mesmos serviram de amostras para a pesquisa, totalizando 60,5% do público total.

Como resultado, em um total de 1345 alunos do Ensino Fundamental de Conceição das Alagoas, MG, 836 dos mesmos foram amostrados abrangendo aproximadamente 62,2% do público total.

Como colaboradores tivemos as escolas:

  • Escola Municipal “Carlos Luz”, instituição mantida pela prefeitura local, localizada à Rua José Afonso de Souza nº 294, Centro, coordenadas: 19º55’03.16’’S e 48º23’14.17’’O; atende alunos do Ensino Fundamental nos turnos matutino e vespertino;
  • Escola Estadual “José Alexandre Miziara”, localizada à Rua Mantura Japur nº 66, Centro, coordenadas: 19º55’26.30’’S e 48º23’06.56’’O; atuante nos Ensinos Fundamental e Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos, divididos entre os turnos matutino, vespertino e noturno;
  • Escola Estadual “Herculégio Antônio Borges”, localizada à Rua Pedro Lima Chagas nº 450, Centro, coordenadas: 19º55’09.68’’S e 48º22’42.39’’O; oferece séries do Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino;
  • Centro Educacional “Brincar de Viver”, instituição de caráter privado, está localizada à Avenida Rodrigo Castilho de Sene nº 823, Centro, coordenadas: 19º55’23.50’’S e 48º22’57.82’’O; atua oferecendo as séries iniciais (Educação Infantil/Alfabetização) e Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino;
  • Centro Educacional Monteiro Lobato “CEMOL”, instituição particular, localizada à Rua Jesus Marques Prata nº 94, Centro, coordenadas: 19º55’24.16’’S e 48º23’03.49’’O; oferece à comunidade, séries iniciais (Educação Infantil/Alfabetização) e Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino.

Os questionários utilizados na pesquisa foram elaborados pelo Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental/NEPA e tiveram seu uso autorizado. Serviram de base para o levantamento de informações relacionadas à identificação do perfil dos entrevistados, da percepção ambiental dos grupos envolvidos, levando em consideração, também, as ações antrópicas sobre o meio ambiente natural (ou físico, englobando o ar, água, solo, fauna e flora) ou construído (a cidade), conhecimentos e/ou participação em atividades relacionadas aos temas ambientais (práticas da Educação Ambiental) e, responsabilidades ou ações para com o meio ambiente.

As questões 6, 7 e 8, foram analisadas de forma comparativa entre os segmentos das redes de ensino (privada, municipal e estadual), pois trata-se particularmente, a efetividade de assuntos e projetos trabalhos na escola, ligados a temática ambiental.

A questão 13 tratou-se do grau de incômodo dos entrevistados com relação aos problemas ambientais no município. Foram dados seis exemplos de problemas ambientais e, os mesmos deveriam optar por “Incomoda Pouco”, “Incomoda” e “Incomoda Muito”. A quantificação se deu por atribuição de valores a cada opção marcada pelos entrevistados: Incomoda pouco (1), Incomoda (2) e Incomoda muito (3).

 

 

Resultados e Discussões

 

·         Perfil da Amostra

 

O perfil do grupo entrevistado totalizou 836 pessoas, das quais 407 (48,68%) do sexo masculino e 429 (51,32%) feminino, sendo que destes 62 (7,42%) eram da rede privada, 393 (47,01%) da municipal e 381 (45,57%) da estadual. A idade dos entrevistados variou entre 10 e 18 anos, ficando a maior parte (c. de 80,6%), entre 11 e 14 anos.

 

·         Análise dos Resultados

 

Questão 1: Definição de “Meio Ambiente”

Através deste questionário procurou-se avaliar a percepção em relação à definição de “Meio Ambiente”. Pode-se observar que 20,33% dos alunos amostrados reconhecem o meio ambiente como um local – espaço em que eles estão também inseridos; o restante vê o meio ambiente apenas como o conjunto das plantas, animais, água e ar.

 

Questão 2: Mês de comemoração da Semana Nacional do Meio Ambiente

Com relação ao mês de realização da semana, 36,72% tem conhecimento da mesma, respondendo ser Junho; já a maioria (41,39%) destaca outros meses para esta comemoração, sendo 0,4% em Janeiro, 7,42% em Março, 25,84% em Agosto, 7,65% em Dezembro e outros (21,89%) para a opção “outros ou nulo”. Os entrevistados incluídos na porcentagem “outros”, a maioria citou o mês de Setembro.

 

Questão 3: Interesse por assuntos relacionados ao Meio Ambiente

Observa-se que 66,6% dizem ser interessados por qualquer que seja o assunto ligado ao tema Meio Ambiente. Já 1,91% interessam por assuntos tais como “poluição”, “desmatamento” e “preservação”. Outra parcela (1,91%) não mostra interesse por nenhum dos assuntos relacionados ao meio ambiente, enquanto que um percentual muito alto (c. de 28,6%) mostram interesse por um determinado assunto.

 

Questão 4: Responsabilidade de cuidar/zelar pelo Meio Ambiente

Um total de 80,9% dos entrevistados diz ser de “todos”, a responsabilidade de tratar/cuidar do meio ambiente; 18,2% optaram por responsabilizar apenas o governo, a sociedade, o município, órgãos ambientais e grupos ambientalistas voltados à defesa dos interesses da sociedade, e o restante (0,9%) do grupo não respondeu.

 

Questão 5: Apoio de empresas do município a iniciativas ligadas ao Meio Ambiente

Observa-se que 58,4% dos alunos dizem que “às vezes” as empresas apóiam, sendo que as que apóiam de fato, perfazem a um total de 11,7%, sendo citadas as empresas CEMIG e Usina Caeté. O restante (28,9%) diz que as empresas não apóiam e 1% omitiu dar opinião.

 

Questões 6, 7 e 8: A efetividade de assuntos, trabalhos e/ou projetos na escola ligados a temática ambiental

As questões de número 6, 7 e 8 tratam de investigações quanto a realização de trabalhos ligados ao Meio Ambiente nas escolas. Os resultados estão expostos na tabela (1, 2 e 3).

A comparação se deu entre as redes de ensino privada, pública municipal e estadual.

 

Tabela 1: Freqüência (%) de assuntos ligados ao Meio Ambiente, tratados em sala de aula:

 

Nunca

Raramente

Freqüentemente

Não sabem informar

Nulo

Particular

1,6

40,3

50

8,1

0

Municipal

3,05

42,24

43

9,41

2,3

Estadual

1,83

30,7

56,7

10,23

0,54

Fonte: Autoria própria (2009).

 

Observa-se uma leve predominância da opção “freqüentemente” para as escolas estadual e particular.

 

Tabela 2: Interesse em participar de algum projeto ou curso sobre o Meio Ambiente na escola:

 

Não

Sim, dependendo do assunto

Sim, qualquer que seja o assunto

Nulo

Particular

11,29

43,55

45,16

0

Municipal

5,34

47,07

46,06

1,53

Estadual

8,9

50,66

39,4

1,04

Fonte: Autoria própria (2009).

 

Merece destaque os 11,29% dado a opção “Não” nas escolas particulares, sugerindo que este ponto deveria ser analisado com mais detalhes pelos professores que ali lecionam.

 

Tabela 3: Envolvimento da população com temas ambientais discutidos em sala de aula:

 

Não

Sim

Não tem opinião

Nulo

Particular

3,22

87,1

9,68

0

Municipal

5,34

80,66

12,98

1,02

Estadual

2,89

75,59

20,47

1,05

Fonte: Autoria própria (2009).

 

Os valores mostram um aparente equilíbrio entre os três seguimentos comparados.

 

Questão 9: Qualidade de vida do município de Conceição das Alagoas, do ponto de vista ambiental

Do ponto de vista ambiental, a qualidade de vida do município de Conceição das Alagoas é para os entrevistados: predominantemente 43,18% como “Regular”, 6,82% como “Ótima”, 22,13% como “Boa”, 4,55% como “Má”, 16,15% como “Péssima” e 7,18% não sabem informar ou não omitiram opinião.

 

Questão 10: Danos causados ao Meio Ambiente

Do grupo amostrado 33,97% disseram que causam algum tipo de dano ao meio ambiente e grande parte destes, exemplificando sua ação, citou que jogar lixo no chão é o principal dano que admitem causar. Sendo que 64,47% não sabem ou não causam nenhum dano. Já 1,56% anularam suas respostas ou não quiseram expressar seus comportamentos.

É importante destacar que a grande maioria dos estudantes ainda se prende unicamente ao fato de “lançar lixo no chão”, quando analisam sua interferência com o meio ambiente, na realidade uma visão muito restrita de sua real intervenção com o meio ambiente.

 

Questão 11 e 12: Incômodo em relação a algum aspecto relacionado ao Meio Ambiente diante da mudança na situação

Observa-se que 81,46% dos entrevistados se sentem incomodados com aspectos como “poluição”, “queimadas”, “destruição das matas”, “lixos não acondicionados”, entre outros, e um total de 53,23% procuram formas de mudar as diversas situações de incômodos. Merece destaque o fato de que 17,22% não sentem incômodo algum e 1,32% não omitiram opinião.

 

Questão 13: Grau de incômodo dos problemas ambientais citados abaixo em relação ao município de Conceição das Alagoas

As opções propostas para amostragem foram: “Poluição da Água”, “Poluição do Ar”, “Poluição Visual”, “Lixo não acondicionado”, “Desmatamento” e “Queimadas”.

Para quantificar a prioridade relativa entre os diferentes tipos de impactos, cada opção colocada em análise foi atribuída, pelos entrevistados, um valor: Incomoda pouco (1), Incomoda (2) e Incomoda muito (3). Da análise de tais ponderações chegou-se aos resultados abaixo:

 

Tabela 4: Ordem de incômodo com relação aos problemas ambientais

 

Problemas

Pontos

Queimadas

2.119

Desmatamento

2.036

Poluição do Ar

1.975

Poluição da Água

1.910

Lixo não acondicionado

1.790

Poluição Visual

1.592

Fonte: Autoria própria (2009).

 

Questão 14: Nível de informação e conhecimento a respeito de problemas ambientais do Planeta Terra

Para um total de 19 opções de problemas ambientais no planeta, listados na questão, a o aluno deveria escolher no máximo sete (7), dos quais não tinha conhecimento, e tinha interesse em ter mais informações a respeito.

Os sete impactos com maior freqüência de indicação foram: Efeito El Niño (7,3%), Excesso de exploração dos aqüíferos hídricos (6,73%), Engenharia Genética (6,58%), Sobre-exploração dos recursos marinhos (6,36%), Degradação das Zonas Costeiras (6,15%), Perda da Biodiversidade (4,96%) e Redução da Camada de Ozônio (4,61%), perfazendo um total de 42,69%. Os 57,31% foram distribuídas nas demais opções (Efeito Estufa, Mudanças Climáticas, Escassez de Água, Desmatamento e Desertificação, Poluição das Águas, Emissão de gases pelas indústrias, Emissão de gases dos veículos automóveis, Consumo de Energia, Aumento da População, Desperdício de Recursos Naturais, Poluição do Ar, Poluição do Solo), sendo 12,39% não indicaram resposta.

 

Questão 15: Opção de compra por produtos que agridem menos o meio ambiente

Quando questionados se pagariam mais por um produto que agredisse menos o meio ambiente, 74,28% dos entrevistados afirmaram que pagariam mais, caso o produto agredisse menos o meio. Para 24,16% esse critério não é levado em consideração e 1,56% não deram resposta ao questionamento.

 

Questão 16 e 17: Da destinação do lixo gerado nas casas e possível descarte (separação) seletivo

Ao perguntar o que cada um dos entrevistados faz com o lixo gerado em casa, 88,04% responderam que coloca todo o lixo na porta e o lixeiro leva e caso tivessem que separar o próprio lixo para um destino correto 47,31% acreditam que somente alguns separariam e 32,22% acham que a separação do lixo somente ocorreria por obrigação em cumprimento de uma lei específica.

Merece destaque a pouca percepção do grupo em relação a prática da “coleta seletiva de lixo”, situação que destoa da prática supostamente discutida nas escolas, uma vez que esta temática aparece como prioritária quando se questiona os professores a respeito de temas ambientais abordados em sala de aula. Certamente, um ponto interessante para a reflexão do segmento dos professores e dos gestores de educação.

Questão 18: Identificação dos responsáveis por impactos ambientais no município de Conceição das Alagoas

Nesta questão os alunos deveriam enumerar de 1 a 6 os responsáveis pelo impactos ambientais no município, sendo que o número 1 seria ao mais responsável e o 6 ao que é menos responsável por impactos.

Decorrente da avaliação dos resultados observa-se que o maior responsável por impactos, com 39,08%, são as Indústrias, seguidos da População com 26,38%.

Ainda persiste, entre os entrevistados, a tendência natural de correlacionar o impacto ambiental unicamente com o segmento industrial, fato que, em muitos casos, não é uma verdade consolidada.

 

Questão 19 e 20: Indústria ligado a poluição e emprego versus aumento do nível de poluição em prol de maiores oportunidades de emprego

A questão 19 consistia em ligar a palavra “indústria” à algumas possíveis conseqüências geradas pela mesma. Dentre as opções oferecidas para escolha dos entrevistados obteve-se: Desenvolvimento (12,44%), Lucro (10,59%) e Responsabilidade Social (6,82%), sendo que as mais citadas foram Poluição (33,73%) e Emprego (20,57%).

Novamente percebe-se que a percepção dos entrevistados se prendeu unicamente a duas facetas importantes da existência das indústrias, porém já há o início da percepção de outros aspectos também importantes, diretamente relacionados ao campo social e não, unicamente, o ambiental (visão mais ampla do conceito de “Desenvolvimento Sustentável”).

Por outro lado, evidenciado na questão 20, 76,44% dos alunos disseram não aceitar um aumento do nível de poluição no município, mesmo que isso assegurasse um maior número de empregos para a população local.

 

Questão 21: Relação entre os níveis de poluição e a saúde da população

Para 55,74% dos entrevistados existe alguma relação entre os níveis de poluição e a saúde da população “para alguns casos de poluição”. Enquanto 9,69% acredita não ter relação alguma.

 

 

Considerações Finais

 

Segundo Philippi Jr. e Malheiros (2005, p.5), esse momento de início de um novo milênio apresenta-se propício à concentração de esforços, no sentido de rever os atuais padrões de consumo e de produção, observa-se ainda um crescente movimento mundial de conscientização para a questão socioambiental.

Urge priorizar sistemas menos agressivos e com metas auto-sustentáveis, onde os princípios ecológicos sejam otimizados e não contrariados. A questão é transdisciplinar e complexa, exigindo o esforço integrado de instituições de diferentes perfis e de profissionais com diversidade de formações. Como referiu Coimbra (1985), “é imperioso que as muitas disciplinas ambientais se interliguem num conjunto ordenado e apreensível”, e ainda, “o meio ambiente, como realidade global, só pode ser visto em multivisão”. Deduz-se que a conscientização da sociedade e de governos, em seus vários níveis, é de extrema importância para estabelecer políticas públicas que garantam a qualidade ambiental para o futuro (NATAL et al, 2005, p.59).

Segundo resultado de estudos desenvolvidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (2006), 37% dos alunos brasileiros com 15 anos de idade, apresentam um nível mínimo de conhecimento ambiental, nível este que impossibilita os mesmos a lidarem com os desafios ambientais. Fernandes (s.d.) conclui que os estudantes estão preocupados e conscientizados de que é preciso agir, entretanto não evidenciam condições plenas de assumir seu papel no processo da ação desejada.

Com isso, há necessidade que façamos uma reavaliação de como vem sendo trabalhada a Educação Ambiental. A alternativa seria partir de um diagnóstico prévio da percepção ambiental de um determinado seguimento a ser trabalhado, e não somente oferecer a Educação Ambiental, mas ter a certeza de que essa educação está realmente mudando a percepção do público trabalhado.

Trabalhos de Educação Ambiental devem ser um conjunto de atividades transdisciplinares ligados ao comportamento humano e a realidade local sobrepondo o global, de forma a interagir harmoniosamente em prol da saúde, do bem estar, da conservação e garantia de fontes de recursos naturais disponíveis.

Faz-se necessária a implementação de projetos de educação ambiental, inserção das diversas temáticas ambientais em disciplinas não ligadas a área, de forma a executar a interdisciplinaridade, meios de comunicações ativos sobre questões ambientais, eventos e encontros que envolvam alunos, comunidade e empresas, pois é objetivo da Educação Ambiental estimular o exercício pleno e consciente da cidadania, capaz de tornar a sociedade mais justa e sustentável.

 

 

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Ilustrações: Silvana Santos