Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. - Ailton Krenak
ISSN 1678-0701 · Volume XXI, Número 86 · Março-Maio/2024
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Apresentação
04/06/2011 (Nº 36) Editorial da 36ª edição da Educação Ambiental em Ação
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Educação Ambiental em Ação 36

Editorial da 36ª edição da Educação Ambiental em Ação

JUNHO/2011

 

Chegamos a mais um mês de junho, mês de intensas comemorações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia (5/JUN), e com ele chega a 36ª edição da Educação Ambiental em Ação.

 Em todas as esferas, principalmente escolas e universidades, a data é comemorada com uma grande variedade de atividades voltadas para a conscientização ambiental, e isto é excelente. Definitivamente é o mês do ano em que o Meio Ambiente se torna o centro das atenções.

 A cada dia surgem mais e mais projetos, programas e eventos focados no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e mais sustentável, e mesmo que poucos, tivemos avanços, porém, ainda estamos longe de alcançar práticas que realmente mobilizem a população para uma participação mais efetiva na mudança de postura dos seres humanos, que minimizem os impactos que causamos à natureza.

 Na busca de intensificação de atividades focadas na Educação Ambiental, esta edição apresenta muitos artigos - vindos das mais diversas partes do País - , relatos, textos, e informações selecionadas, para que estes incentivem cada vez as mudanças que queremos e que precisamos processar.

 Inspiramo-nos na frase: "Para que repetir os erros antigos quando há tantos erros novos a cometer?"  de Bertrand Russel, pois temos consciência de que a atual situação ambiental é resultado de muitos equívocos praticados ao longo do processo civilizatório, e somente mudando de direção é que conseguiremos encontrar a sustentabilidade ambiental, e deixá-la para os que virão...

 

Para os que virão

Thiago de Mello

 

Como sei pouco, e sou pouco,

faço o pouco que me cabe

me dando inteiro.

Sabendo que não vou ver

o homem que quero ser.

 

Já sofri o suficiente

para não enganar a ninguém:

principalmente aos que sofrem

na própria vida, a garra

da opressão, e nem sabem.

 

Não tenho o sol escondido

no meu bolso de palavras.

Sou simplesmente um homem

para quem já a primeira

e desolada pessoa

do singular - foi deixando,

devagar, sofridamente

de ser, para transformar-se

- muito mais sofridamente -

na primeira e profunda pessoa

do plural.

 

Não importa que doa: é tempo

de avançar de mão dada

com quem vai no mesmo rumo,

mesmo que longe ainda esteja

de aprender a conjugar

o verbo amar.

 

É tempo sobretudo

de deixar de ser apenas

a solitária vanguarda

de nós mesmos.

Se trata de ir ao encontro.

( Dura no peito, arde a límpida

verdade dos nossos erros. )

Se trata de abrir o rumo.

 

Os que virão, serão povo,

e saber serão, lutando.

 

 

 

À todos desejamos uma boa leitura e um bom proveito!

www.revistaea.org

Berenice Gehlen Adams e Equipe da Educação Ambiental em Ação

Ilustrações: Silvana Santos